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direitos e garantias fundamentais estratégia

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AULA 1 – DIREITOS E GARANTIAS INDIVIDUAIS:
Direitos fundamentais vs humanos: Ricardo Vale, curso do estratégia para
desempregados.
fundamentais – tem previsão constitucional;
direitos humanos – tem previsão em tratados internacionais.
1. gerações de direitos fundamentais:
A expressão é criticada pois a ideia de geração dá impressão que exclui uma da
outra enquanto que na verdade ocorre é justamente ao contrário.
1ª geração de direitos fundamentais: são os direitos de liberdade, se tendo o dever
de abstenção. O estado aqui deixa de intervir na atividade privada. São liberdades
negativas, sendo o estado impedido de intervir.
Exemplo: liberdade de reunião, locomoção, de defesa. São os direitos civis e
políticos.
2ª geração: ideia de igualdade – tem atuação positiva do estado, sendo os direitos
sociais, econômicos e culturais, se tratando de liberdades positivas.
Direitos sociais são mais difíceis de se concretizar pois demanda receita do estado.
Existem prestações positivas para se garantir o direito de primeira geração.
3ª geração: tem como característica a fraternidade ou solidariedade, não sendo
titularizado por apenas uma pessoa, sendo por mais de uma dela, sendo os direitos
da coletividade.
Quem são os titulares de direitos fundamentais?
Pessoas físicas (todos os direitos), sendo brasileiros e estrangeiros, sendo os
residentes ou ainda os não residentes.
Pessoas jurídicas.
2. características:
a) universalidade: núcleo mínimo de direitos que são titularizados por todas as
pessoas;
b) historicidade: processo histórico de firmação de direitos fundamentais, sendo uma
conquista gradual da humanidade;
c) indivisibilidade: formam parte de sistema harmônico e coerente;
d) inalienabilidade: intransferíveis e inegociáveis, não tendo conteúdo econômico –
patrimonial;
e) imprescritíveis: não se perdem com o tempo, sendo exigíveis;
f) irrenunciabilidade: o titular não pode renunciar ao direito fundamental, se
admitindo a autolimitação voluntária;
g) relatividade: não há direitos fundamentais absolutos.
h) concorrência: podem ser exercidos de forma cumulativa;
i) efetividade: não podem ser apenas uma previsão em folha de papel, se tendo o
dever de concretizar os direitos fundamentais;
j) proibição de retrocesso: a proteção social não pode piorar.
3. dupla dimensão dos direitos fundamentais:
dimensão subjetiva e objetiva, onde subjetiva é referente ao sujeito, onde o sujeito
exige do estado uma prestação.
Objetiva: os direitos fundamentais são princípios estruturantes do estado. Produzem
efeitos irradiantes para o ordenamento jurídico.
4. limites aos direitos fundamentais:
a) teoria interna ou absoluta: processo de definição dos limites é um processo
interno desse direito.
b) externa ou relativa: o processo de definição dos limites de um direito fundamental
leva em consideração os fatores externos, tais como conflito entre direitos
fundamentais, princípio da proporcionalidade, sendo adotada pelo STF.
É a teoria do limite dos limites, onde pode ter restrição mas com limites, não
podendo ser afetado o núcleo essencial, só sendo definido através de um caso
concreto, aplicando o princípio da proporcionalidade.
5. eficácia horizontal vs vertical: eficácia entre estado e indivíduo é a vertical,
enquanto que a horizontal se dá entre particulares.
Eficácia diagonal: relações assimétricas entre particulares.
6. catálogo dos direitos fundamentais: título 2, temos os direitos e deveres
individuais e coletivos, estando no artigo 5° CF, os direitos sociais, aparecem do
artigo 6 até o artigo 11, direitos de nacionalidade ( artigo 12 e 13) direitos políticos (
artigo 14 ao 16), partidos políticos.
7. aplicação dos direitos fundamentais: artigo 5 parágrafo primeiro: as normas
definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata. Se trata de
um comando de otimização, prevendo que o poder público deve buscar a máxima
concretização, não sendo apenas uma previsão em uma folha de papel.
8. abertura material dos direitos fundamentais:
§2º -os direitos e garantias individuais expressos nesta constituição não excluem
outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados
internacionais em que a república federativa do Brasil seja parte.
São um rol não exaustivo de direitos, existindo outros direitos fundamentais
adotados pela constituição.
DIREITO FUNDAMENTAL => disposição declaratória;
GARANTIA => não são disposições declaratórias e sim assecuratórias.
9. hierarquia dos tratados de direitos humanos: artigo 5º parágrafo 3º: os tratados e
convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada
casa do congresso nacional, em dois turnos, por 3/5 dos votos dos respectivos
membros, serão equivalentes às emendas constitucionais.
Foi adicionada pela emenda constitucional de nº 45/04.
jurisprudência do STF: os tratados de direitos humanos podem ser equivalentes ás
emendas constitucionais (rito qualificado artigo 5 §3º) ou ainda supralegais (rito
ordinário).
Valério Mazuolli: controle de convencionalidade => reconhecimento de que os
tratados podem servir como controle de validade em relação com a norma interna,
sendo um duplo controle.
Ou seja, as normas devem ser compatíveis com os tratados de direitos humanos.
DIREITOS E GARANTIAS INDIVIDUAIS:
a) introdução:
caput do artigo 5° CF:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade
do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos
seguintes:
Titularidade: são os brasileiros e os estrangeiros, sendo tanto os residentes
quanto não residentes! ( reconhecido por doutrina e jurisprudência).
* segundo o STF, os estrangeiros residentes no País, uma vez atendidos os
requisitos constitucionais, são beneficiários da assistência social, fazendo jus ao
denominado benefício de prestação continuada ou BPC.
É devido a pessoa portadora de deficiência ou ao idoso.
2. direito á vida:
a) alcance: extrauterina e intrauterina, e até por isso que o aborto ainda é crime. Tem
dupla acepção, sendo a sobrevivência e existência digna ( ou boa), sendo aqui que
surge a condição do mínimo existencial.
Mínimo existencial: são as condições mínimas que uma pessoa precisa para ter uma
existência digna.
b) união homoafetiva: união estável entre pessoas do mesmo sexo, sendo entidades
familiares, tendo o direito á busca pela felicidade.
c) interrupção da gravidez de feto Anencéfalo: não é tipificada como aborto, sendo
admitida pelo STF, sendo protegida a dignidade da pessoa humana da mãe.
d) pesquisa com células-tronco embrionárias: células obtidas a partir de embriões
produzidos em fertilizações in vitro e não utilizados no útero da mãe.
É admitida pelo STF, não se falando em direito á vida.
e) relatividade do Direito á Vida: em caso de guerra declarada é relativizado, se
tendo a pena de morte por fuzilamento.
3. direito a igualdade:
inciso 1: homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações (igualdade
material), nos termos desta constituição;
a) igualdade perante a lei e igualdade na lei:
igualdade na lei: comando que se destina ao legislador, ou seja, quando ele editar
uma lei, tem que se observar o princípio, não podendo discriminar as pessoas que
estão em uma mesma situação.
Igualdade perante a lei: intérpretes e aplicadores da lei.
b) igualdade material: ela permite tratamento diferenciado entre as pessoas.
Exemplo: ações afirmativas, são políticas de discriminação afirmativa, ex: cotas
raciais em universidades públicas e em concurso público.
As cotas raciais podem ser admitidas autodeclaração e critérios de
heteroidentificação ( comissão usada para ver se determinado indivíduo se enquadra
ou não nas cotas).
c) limite de idade em concurso público: é legitima a previsão em lei de limite de
idade para concurso, súmula 683 STF, sendo que edital não é suficiente.
Precisa ser compatível com a natureza das atribuições do cargo.
d) transgêneros– alteração de nome e gênero no registro civil:
é alteração direta no registro civil, independente de cirurgia ou tratamento hormonal.
e) critérios distintos para a promoção de integrantes do corpo feminino e masculino
da Aeronáutica: sim é admitido, de acordo com o STF.
Súmula vinculante 37:
Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar
vencimentos de servidores públicos sob o fundamento de isonomia.
Depende ainda de lei de iniciativa do chefe do poder executivo.
Video 4 – direitos e garantias individuais parte 2:
4. princípio da legalidade:
artigo 5 inciso 2 – a lei que cria obrigações, que impede.
Se aplica em maneiras diferentes entre o particulares e a administração pública,
onde os particulares podem fazer tudo aquilo que a lei não proíbe, enquanto que a
administração pública pode fazer somente aquilo que a lei prevê.
A liberdade da administração pública é limitada por lei.
4.1 legalidade e reserva legal:
A reserva legal é mais restrita sendo somente lei, enquanto que a legalidade é mais
ampla, sendo em lei ou ainda outros atos normativos.
Reserva legal absoluta: aquela matéria é objeto de integral regulamentação da lei
formal, artigo 37 inciso 10.
reserva legal relativa: exige lei formal mas permite parâmetros de atuação para um
órgão público.
Artigo que fala da AGU é um exemplo, dependendo de lei complementar.
Reserva legal simples: a CF exige a lei formal mas não especifica o conteúdo e a
finalidade do ato.
Reserva legal qualificada: a CF define previamente o conteúdo e a finalidade do ato.
Exemplo: artigo 5 inciso 8 CF ( reserva legal simples);
artigo 5 inciso 12 CF (reserva legal qualificada), que fala da interceptação telefônica.
4.2 VEDAÇÃO A TORTURA: inciso 3, ou a tratamento desumano e degradante.
A CF proíbe penas cruéis, penas de trabalhos forçados, pena de morte exceto em
caso de guerra.
É mais uma garantia do que um direito fundamental.
4.3 LIBERDADE DE EXPRESSÃO: artigo 5 inciso 4:
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;
É um ônus a vedação ao anonimato, para que se evite abusos na liberdade de
expressão, podendo resultar inclusive na prática de crimes como calúnia, injúria e
difamação.
Exemplos: marcha da maconha => defesa da liberação das drogas, onde não se tem
a apologia ao uso de drogas.
Discurso de ódio = > manifestação que visa discriminar determinados grupos, sendo
incompatíveis com o ordenamento jurídico.
Racismo = > apologia ideias anti semitas, ou seja, contra judeus.
Exigência de diploma de jornalista => a pessoa não precisa ser formada na área,
caso ao contrário, violaria a liberdade de expressão.
Biografias não autorizadas => quando a pessoa não deixa escrever sobre a vida
dela, se fazendo um juízo de ponderação.
STF – ADMITE AS BIOGRAFIAS NÃO AUTORIZADAS, se dando a prevalência do
direito de liberdade de expressão em razão da privacidade, mas pode pleitear
indenização.
STF SOBRE LIBERDADE DE EXPRESSÃO:
As autoridades não podem iniciar persecução penal somente com base em peças
apócrifas ou anônimas.
Não podem ser incorporados formalmente, salvo se for produzido por acusado ou
quando constitui o corpo de delito.
DIREITO DE RESPOSTA: artigo 5 inciso 5:
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização
por dano material, moral ou à imagem;
Além do direito de resposta, ao qual se aplica a todas as ofensas e não apenas as
que constituem ilícito penal, sendo tanto as pessoas físicas quanto jurídicas e
proporcional à ofensa, se tem o direito à indenização, independente do exercício do
direito de resposta.
Os danos são acumuláveis ( material, moral , imagem).
8. LIBERDADE RELIGIOSA: inciso 6 do artigo 5, é inviolável a liberdade de
consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e
garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e as suas liturgias;
inciso 7: é assegurada, nos termos da lei, a proteção de assistência religiosa nas
entidades civis e militares de internação coletiva;
O Estado é laico ou não confessional, onde não existe uma religião oficial do estado.
8.1 ESTADO LAICO:
artigo 19 inciso 1 CF, que fala das vedações federativas
Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o
funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de
dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse
público;
Somente acontece a colaboração entre o estado e a igreja!
ENSINO RELIGIOSO EM ESCOLAS PÚBLICAS:
Ele é facultativo (ensino fundamental), e pode ter caráter confessional vinculado a
uma religião específica, não ofendendo o estado laico.
SACRIFÍCIO DE ANIMAIS EM CULTOS DE RELIGIÕES DE MATRIZ AFRICANA:
Pode sim ser praticado, sendo constitucional, prevalecendo a liberdade religiosa.
9. ESCUSA DE CONSCIÊNCIA:
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de
convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal
a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;
dupla recusa – resulta na privação de direitos recusando tanto a obrigatória quanto a
alternativa.
Ex: serviço militar obrigatória.
Eficácia contida
10. LIBERDADE DE EXPRESSÃO DA ATIVIDADE INTELECTUAL, ARTÍSTICA,
CIENTÍFICA E DE COMUNICAÇÃO:
IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de
comunicação, independentemente de censura ou licença;
10.1 liberdade de imprensa
Direito de fazer críticas contundentes, podendo responder no campo civil e penal.
10.2 censura estatal ilegítima
O poder público impedir de alguém publicar determinada notícia.
Ainda que praticada em sede jurisdicional viola a liberdade de expressão.
11. DIREITO A PRIVACIDADE:
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas,
assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua
violação;
11.1 titularidade: pessoas físicas e pessoas jurídicas;
11.2 submissão compulsória á exame de DNA – violabilidade do corpo humano, não
sendo admitida;
11.3 privacidade dos agentes públicos: é relativizada, tendo o dever de prestar
contas.
11.4 sigilo bancário:
a) poder judiciário – pode determinar a quebra de sigilo bancário;
b) CPI – federais e estaduais podem determinar a quebra de sigilo bancário, onde as
CPIS dos municípios não podem;
c) ministério público – não pode quebrar sigilo bancário, exceto se for de conta de
titularidade de ente público se reconhece a possibilidade;
d) tribunal de contas – não podem quebrar sigilo bancário, podem requisitar
informações sobre OP. de créditos originárias de recursos públicos.
e) autoridades fiscais – se fala aqui de transferência de sigilo – sigilo fiscal, onde as
autoridades podem requisitar ás instituições financeiras, informações protegidas por
sigilo bancário.
12 ) direito á inviolabilidade do domicilio:
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem
consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para
prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial;
regra geral – consentimento.
Exceção – flagrante delito, desastre, prestação de socorro, ordem judicial, as três
primeiras são a qualquer hora e a ordem judicial somente durante o dia.
12.1 Conceito de casa: conceito amplo, englobando escritórios profissionais, quarto
de hotel ocupado, trailers, motor home.
Bares e restaurantes – fora do conceito de casa, pois são abertos ao público.
12.2 a inviolabilidade domiciliar pode ser escudo para a prática de atos ilícitos ?
R:não, é licita a prova obtida a partir de escuta ambiental instalada á noite em
escritório de advocacia, se tendo a autorização judicial.
12.3 ingresso durante o dia e prolongamento das ações pelo período noturno: é
admitido e pode acontecer.
12.4 crimes permanentes: o estado de flagrância é permanente.
“A entradaforçada em domicilio sem mandado judicial só é licita, mesmo em período
noturno, quando amparada em fundadas razões ( parâmetro para entrada forçada),
devidamente justificadas a posteriori, que indiquem que dentro da cassa ocorre
situação de flagrante delito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do
agente ou da autoridade e de nulidade dos atos praticados” (RE 603.615 Rel.Min,
Gilmar mendes. Julgamento: 05.11.2015).
13. SIGILO DE COMUNICAÇÕES TELEFÔNICAS:
XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de
dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas
hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou
instrução processual penal;
violar o sigilo das comunicações telefônicas = interceptação telefônica, ou seja,
conteúdo da conversa.
13.1) sigilo da correspondência e administração penitenciária: pode violar o sigilo da
correspondência do preso por segurança pública e disciplina prisional.
13.2) quebra de sigilo telefônico x interceptação telefônica:
A primeira diz respeito aos registros enquanto que a interceptação telefônica fala do
acesso ao conteúdo da conversa.
A quebra do sigilo telefônico pode se dar por meio de CPI federal e estadual ou
ainda através de ordem judicial, enquanto que a interceptação telefônica se dá
mediante ordem judicial para investigação criminal ou ainda instrução processual
criminal.
13.3) apreensão de disco rígido (HD) de computador: é admitida pelo STF, não há
violação do sigilo da comunicação de dados.
13.4) prisão em flagrante delito – acesso a mensagens de WhatsApp: tem
necessidade de autorização judicial específica para isso.
Sem autorização judicial é ilícita.
13.5) operação de busca e apreensão x mensagens de WhatsApp de celular
apreendido: já existe autorização judicial ou prova ilícita.
13.6) interceptação telefônica ( crime punível com reclusão) – “crimes achados”,
nesse caso é prova lícita, inclusive crimes puníveis com detenção;
13.7) interceptação telefônica – conversa entre advogado e acusado: admite-se.
13.8) prova emprestada – interceptação telefônica: admite-se, para outros processo
também.
13.9) definições:
a) interceptação telefônica: o terceiro que grava e sem o conhecimento das pessoas
envolvidas.
b) escuta telefônica: uma das pessoas sabem que estão sendo gravados por um
terceiro.
c) gravação telefônica: as próprias partes gravam a conversa.
13.10 gravação telefônica e investida criminosa
Gera uma prova lícita, onde a parte age com legítima defesa.
13.11 interceptação telefônica a partir de denúncia anônima (investigação
preliminar): prova ilícita.
14. LIBERDADE PROFISSIONAL:
XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as
qualificações profissionais que a lei estabelecer;
Tem eficácia contida “que a lei estabelecer”.
14.1 exame de ordem – é constitucional o exame da OAB, pois a advocacia traz um
risco coletivo.
14.2 profissão de músico – prescinde de controle pelo estado, ou seja, não
necessita.
15 SIGILO DA FONTE:
XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte,
quando necessário ao exercício profissional;
Ele é destinado aos jornalistas, onde não há conflito com a vedação ao anonimato.
16 DIREITO DE REUNIÃO: é o direito de manifestação pública, sendo um direito
individual de expressão coletiva.
XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao
público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião
anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à
autoridade competente;
Ele é condicionado:
1. para fins pacíficos, sem armas;
2. locais abertos ao público;
3. não pode frustrar outra reunião;
4. prévio aviso, independe de autorização do poder público.
16.1 MARCHA DA MACONHA
Compatível com o direito de reunião e com a liberdade de expressão.
16.2 REMÉDIO CONSTITUCIONAL QUE PROTEGE O DIREITO DE REUNIÃO:
mandado de segurança, sendo o direito liquido e certo não protegido por HC ou HD.
17 LIBERDADE DE ASSOCIAÇÃO:
Caráter permanente, diferente do de reunião que é temporário.
XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter
paramilitar;
XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem
de autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento;
XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado;
Tem que ter finalidade lícita e o poder judiciário poderá intervir em caráter
excepcional.
A pessoa é livre para sair ou permanecer.
17.1 DISSOLUÇÃO COMPULSÓRIA E SUSPENSÃO DAS ATIVIDADES:
Decisão judicial transitada em julgado para a compulsória e suspensão das
atividades mera decisão.
Inciso 19:
XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas
atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito
em julgado;
17.2 A EXISTÊNCIA DE UMA ASSOCIAÇÃO INDEPENDE DA AQUISIÇÃO DE
PERSONALIDADE JURÍDICA.
17.3 REPRESENTAÇÃO PROCESSUAL E SUBSTITUIÇÃO PROCESSUAL:
Na representação processual não é parte, enquanto que na substituição é parte.
Na representação a autorização e expressa diferente de sindicatos aos quais atuam
com substituição processual e não precisam de necessidade de autorização.
XXI - as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm
legitimidade para representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente;
substituição processual: mandado de segurança e mi coletivo desde que estejam
regularmente instituídas ha pelo menos um ano.
Autorização estatutária genérica é suficiente para viabilizar a representação
processual?
Não é suficiente, se tendo uma autorização expressa através de assembleia
geral ou ainda pegando assinaturas de cada um dos integrantes.
18. DIREITO DE PROPRIEDADE:
XXII - é garantido o direito de propriedade; tem eficácia contida, sendo relativo.
XXIII - a propriedade atenderá a sua função social;
XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou
utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em
dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição;
Se dá mediante indenização, sendo prévia, justa e em dinheiro, podendo em alguns
casos não ser em dinheiro.
18.1 classificação: eficácia contida, autoaplicável e restringível.
18.2 desapropriação com base na tutela do interesse público:
necessidade pública, utilidade pública e interesse social, onde a indenização poderá
ser prévia, justa e em dinheiro;
18.3 exceções: desapropriação para fins de reforma agrária, acontecendo mediante
títulos da dívida agrária resgatáveis pelo prazo de até 20 anos.
Desapropriação de imóvel não edificado, subutilizado ou não utilizado: indenização
em títulos de dívida pública – até 10 anos.
Desapropriação confiscatória – independe de qualquer indenização: exploração de
mão de obra escrava e o cultivo ilegal de plantas psicotrópicas.
19 REQUISIÇÃO ADMINISTRATIVA: inciso 25.
XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar
de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se
houver dano;
O estado usa a propriedade particular, continuando a ser do particular.
É compulsória para o particular, sendo cedido gratuitamente para o ente. Um ente
federativo não pode fazer a requisição administrativa de bens de outro ente.
20 IMPENHORABILIDADE DA PEQUENA PROPRIEDADE RURAL:
XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada
pela família, não será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de
sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu
desenvolvimento;
Pequena propriedade rural explorada em regime de economia familiar não pode ser
penhorada para fins de pagamento de débitos decorrentes de sua atividade
produtiva.
21 DIREITOS DE PROPRIEDADE INTELECTUAL
XXVII - aos autores pertenceo direito exclusivo de utilização, publicação ou
reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar;
Direitos autorais são válidos toda a vida do autor e quando vem a falecer é
transmissível aos herdeiros.
XXVIII - são assegurados, nos termos da lei:
a) a proteção às participações individuais em obras coletivas e à reprodução da
imagem e voz humanas, inclusive nas atividades desportivas;
b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico das obras que criarem
ou de que participarem aos criadores, aos intérpretes e às respectivas
representações sindicais e associativas;
XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio temporário
para sua utilização, bem como proteção às criações industriais, à propriedade das
marcas, aos nomes de empresas e a outros signos distintivos, tendo em vista o
interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do País;
Propriedade industrial tem privilégio temporário enquanto que os direitos autorais
são válidos por toda a vida do autor e são transmissíveis aos herdeiros.
22 HERANÇA E SUCESSÃO:
XXX - é garantido o direito de herança; alçado ao patamar constitucional pela CF de
88.
XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada pela lei
brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não lhes
seja mais favorável a lei pessoal do "de cujus";
Norma de direito internacional privado, sendo a lei mais benéfica.
AULA 2 CONTINUAÇÃO:
23) DIREITOS DO CONSUMIDOR ( PROTEÇÃO) :
O estado promoverá ,na forma da lei, a defesa do consumidor;
Se trata de direitos de terceira geração, sendo transindividuais e tem eficácia
limitada, ou não autoaplicável.
Defesa do consumidor – princípio da ordem econômica ( artigo 170, V).
24) direito á informação:
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu
interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo
da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja
imprescindível à segurança da sociedade e do Estado;
obrigação de transparência- deriva do princípio da publicidade, onde a informação
sigilosa é imprescindível á segurança da sociedade e do estado.
24.1 divulgação na internet da Remuneração dos Servidores Públicos = compatível
com a CF e não viola o direito á privacidade desses agentes públicos.
24.2 documentos impressos e arquivos fonográficos de sessões públicas e secretas
do STM:
devem ser fornecidos ao pesquisador, “busca pela verdade”.
24.3 remédio usado é o mandado de segurança.
25 DIREITO DE PETIÇÃO: remédio administrativo
XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas:
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra
ilegalidade ou abuso de poder;
25.1 IMUNIDADE TRIBUTÁRIA: independe do pagamento de taxa.
25.2 QUEM SÃO OS TITULARES DE DIREITO DE PETIÇÃO? Qualquer pessoa
física ou ainda qualquer pessoa jurídica.
25.3 independe de advogado, pois é diferente de postulação em juízo que depende
de advogado.
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e
esclarecimento de situações de interesse pessoal;
Vai ser protegido por mandado de segurança também.
26 INAFASTABILIDADE DE JURISDIÇÃO:
XXXV – a lei não excluirá da apreciação do poder judiciário lesão ou ameaça a
direito;
26.1 – sistema inglês x francês:
inglês: adotado pelo brasil, jurisdição una, poder judiciário faz coisa julgada material.
Regra geral é que a jurisdição é incondicionada !
Sistema francês: contencioso administrativo, onde a administração pública decide
alguns casos com definitividade.
26.2 Hipóteses de jurisdição condicionada:
a) habeas data;
b) controvérsias desportivas – prévio esgotamento das instâncias da justiça
desportiva;
c) reclamação contra o descumprimento de súmula vinculante;
d) requerimento judicial de beneficio previdenciário, que exige prévio requerimento.
26.3 sumula 667: Viola a garantia constitucional de acesso à jurisdição a taxa
judiciária calculada sem limite sobre o valor da causa.
Tem que ter correlação com o custo da prestação jurisdicional.
26.4: sumula vinculante 28:
É inconstitucional a exigência de depósito prévio como requisito de admissibilidade
de ação judicial na qual se pretenda discutir a exigibilidade de crédito tributário.
26.5 duplo grau de jurisdição e sistema constitucional: é um princípio que está no
ordenamento jurídico pois o brasil está na convenção americana de direitos
humanos. Não está previsto de forma expressa na constituição federal de 88.
Constituição prevê exceções.
27. SEGURANÇA JURÍDICA:
xxxvi: a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa
julgada;
situações jurídicas consolidadas.
a) direito adquirido: já se incorporou ao patrimônio do particular, foram cumprido
todos os requisitos, sendo diferente de expectativa de direito.
b) ato jurídico perfeito: reúne todos os elementos constitutivos exigidos pela lei,
sendo o ato já consumado.
c) coisa julgada:decisão judicial ao qual não cabe mais recurso.
27.1 DIREITO ADQUIRIDO E BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO:
É diferente de expectativa de direito, onde a segurança jurídica não a abrange.
Aqui o vocábulo lei é amplo abrangendo emenda constitucional.
27.2 SÚMULA STF 654 – artigo 5 inciso 36 irretroatividade da lei.
Podem ser editadas leis retroativas desde que seja benéfica.
Súmula 654
A garantia da irretroatividade da lei, prevista no art. 5º, XXXVI, da Constituição da
República, não é invocável pela entidade estatal que a tenha editado.
27.3 NÃO SE TEM DIREITO ADQUIRIDO:
a) normas constitucionais originárias – PCO é jurídico ilimitado;
b) mudança de padrão da moeda;
c) criação ou aumento de tributos;
d) mudança de regime estatutário.
Parte 9 – PRINCÍPIO DO JUÍZ NATURAL:
XXXVII – não haverá juízo ou tribunal de exceção;
LIII – ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade
competente; respeito absoluto ás regras de competências, CF DE 88, constituição
estadual, leis de organizações judiciárias.
tribunal de nuremberg – foi um tribunal de exceção, onde foi criado a partir dos fatos.
TRIBUNAL DO JÚRI:
XXXVIII – é reconhecida a instituição do juri, com a organização que lhe der a lei,
assegurados:
a) a plenitude de defesa; (variação da ampla defesa e contraditório)
b) o sigilo das votações;
c) a soberania dos veredictos; ( as decisões são recorríveis quando manifestamente
contrárias aos votos).
d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida.
latrocínio: é o roubo seguido de homicídio, onde é considerado crime contra o
patrimônio, não sendo considerado crime contra a vida não é competência do
tribunal do juri.
Foro por prerrogativa de função:
se o foro for por prerrogativa de função for o previsto pela CF – foro prevalece, mas
se tiver exclusivamente na constituição estadual, prevalece o tribunal do júri.
Sv 45 : A competência do tribunal do juri prevalece sobre o foro por prerrogativa de
função estabelecido exclusivamente pela constituição estadual.
Princípio da legalidade em matéria penal:
XXXIX – não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia
cominação legal;
reserva legal – lei formal e anterioridade – lei anterior.
Norma penal em branco: aquela que por si só não é suficiente, se tendo a
complementação legislativa.
Elas não violam o princípio da legalidade.
IRRETROATIVIDADE DA LEI PENAL MAIS GRAVE OU RETROATIVIDADE
BENIGNA
XL – a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu.
A novatio legis in mellius ou retroatividade benigna é admitida.
Abolicio criminis: descriminalização da conduta, retroage para beneficiar o réu.
Novatio legis in pejus não retroage.
MANDADOS DE CRIMINALIZAÇÃO:
são comandos dados pela constituição ao legislador.
3 th não tem graça inafiançáveis, insuscetíveis de graça ou anistia – terrorismo,
trafico e tortura, sendo hediondos
XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdadesfundamentais;
XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena
de reclusão, nos termos da lei;
XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a
prática da tortura , o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os
definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os
executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem; (Regulamento)
XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis
ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático;
racismo e ação de grupos armados = inafiançáveis porém são imprescritíveis
INTRANSCENDÊNCIA DAS PENAS
XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de
reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei,
estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do
patrimônio transferido;
INDIVIDUALIZAÇÃO DA PENA:
XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes:
a) privação ou restrição da liberdade;
b) perda de bens;
c) multa;
d) prestação social alternativa;
e) suspensão ou interdição de direitos
é um rol não exaustivo.
PENALIDADES PROIBIDAS: serve para garantir a dignidade da pessoa humana
XLVII - não haverá penas:
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX;
b) de caráter perpétuo; execução penal máxima da pena é de 30 anos
c) de trabalhos forçados;
d) de banimento; expulsão de nacionais.
e) cruéis;
GARANTIA DOS PRESOS:
XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a
natureza do delito, a idade e o sexo do apenado; execução da pena individualizada.
XLIX - é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral;
L - às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer com
seus filhos durante o período de amamentação; => dupla garantia, sendo tanto para
mãe quanto para o bebe.
EXTRADIÇÃO: instituto de cooperação internacional em matéria penal, um estado
entrega um indivíduo para outro país.
LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime
comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em
tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei;
LII - não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião;
TIPOS DE EXTRADIÇÃO:
extradição ativa: quando o Brasil requer ou pede a extradição.
extradição passiva: quando o Brasil recebe o pedido.
Brasileiro nato não pode ser extraditado, já o naturalizado pode:
1. crime comum praticado antes da naturalização;
2. tráfico de drogas (não precisa comprovar se foi antes ou depois da naturalização).
LIMITES Á EXTRADIÇÃO:
dupla tipicidade: tem que ser considerada crime, quanto no requerente quanto no
requerido e a dupla punibilidade, ou seja, punível.
FUNDAMENTO DO PLEITO EXTRADICIONAL:
tratado internacional ou ainda uma promessa de reciprocidade.
FASES DA EXTRADIÇÃO:
a) administrativa:PR pode fazer a recusa sumária ou ainda deferir o pedido
encaminhando ao STF;
b) etapa judicial: o STF faz a analise jurídica, podendo deferir ou não, indo ainda
para a terceira etapa que também é administrativa;
c) etapa administrativa: o presidente decide se entrega ou não.
Proteção aos direitos fundamentais do extraditando:
stf não defere a extradição: tribunal de exceção, pena de morte tentando fazer uma
comutação da pena.
DEVIDO PROCESSO LEGAL: conjunto de práticas que visam buscar a justiça
LIV :
tem aspecto formal ( são garantias processuais como ampla defesa e contraditório,
juiz natural inadmissibilidade de provas ilícitas e motivação das decisões judiciais) e
material.
Já o material aplica o princípio da proporcionalidade, tendo 3 parâmetros como
adequação, necessidade, proporcionalidade em sentido estrito.
AMPLA DEFESA E CONTRADITÓRIO:
LV – aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral
são assegurados o contraditório e a ampla defesa, com os meios e recursos a ela
inerentes.
Trazer ao processo todos os elementos lícitos ( ampla defesa) e contraditório ( trazer
elementos contraditórios sobre o que foi alegado pela parte diversa e apresentar os
seus argumentos).
Inquérito civil ou policial: não se aplica a ampla defesa e o contraditório, sendo pré
processual.
Sumula vinculante 14: “é direito do defensor ter acesso amplo aos elementos de
prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão
com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício de defesa”.
Sindicância: vem antes de um PAD, sendo pré processual não se aplicando a ampla
defesa e contraditório.
Se a sindicância resultar em penalidade deve ser garantida a ampla defesa e o
contraditório.
Sumula vinculante nº 5: a falta de defesa técnica por advogado no processo
administrativo disciplinar não ofende a Constituição.
Não é obrigatória a presença de advogado ou a defesa técnica em PAD, sendo
validamente exercidas sem o advogado.
Sumula vinculante 21: é inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento
prévios de dinheiro ou bens para a admissibilidade de recurso administrativo.
Sumula vinculante 28: é inconstitucional a exigência de depósito prévio como
requisito de admissibilidade de ação judicial na qual se pretenda discutir a
exigibilidade de crédito tributário.
INADMISSIBILIDADE DE PROVAS ILÍCITAS:
LVI – São inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos;
teoria dos frutos da arvore envenenada:
Provas ilícitas devem ser expurgadas do processo e aquelas decorrentes de provas
ilícitas.
Interceptação telefônica se autorização judicial, obviamente é uma prova ilícita.
Interceptação telefônica determinada a partir apenas de denuncia anônima.
Interrogatório sub-repticio – conduzido sem as formalidades típicas de um
interrogatório.
Confissão durante prisão ilegal – prova ilícita.
Gravação telefônica – investida criminosa prova licita.
Gravação telefônica feita por um dos interlocutores sem conhecimento do outro –
ausente causa legal de sigilo, prova lícita.
Gravação ambiental feita por um dos interlocutores sem o conhecimento do outro.
Parte 12:
PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA
LVII – ninguém será considerador culpado até o trânsito em vulgado da sentença
penal condenatória.
Prisões cautelares: preventiva, temporária flagrante delito, onde não ofendem a
presunção de inocência.
Adcs 43,44,45 :
“A execução provisória da sentença penal condenatória revela-se frontalmente
incompatível com o direito fundamental do réu de ser presumido inocente até que
sobrevenha o trânsito em julgado de sua condenação criminal”.
PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA E CONCURSO PÚBLICO: RE 559.135
“Viola o princípio constitucional da presunção de inocência, previsto no artigo 5,
LXVII CF, a exclusão de candidato de concurso público que responde a inquérito ou
ação penal sem trânsito em julgado da sentença condenatória”.
IDENTIFICAÇÃO CRIMINAL:
LVIII – o civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo
nas hipóteses previstas em lei;
É uma norma de eficácia contida, restringir o direito.
AÇÃO PENAL PENAL PRIVADA SUBSIDIÁRIA DA PÚBLICA:
LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for
intentada no prazo legal;
O MP é o titular, onde ficando inerte ( não intentou no prazo legal) o particular
poderá impetrar.
PUBLICIDADE DOS ATOS PROCESSUAIS:
LX – a lei poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da
intimidade ou interesse social o exigirem;
GARANTIAS PENAIS:
LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e
fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão
militar ou crime propriamente militar, definidos em lei;
LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a
liberdade provisória, com ou sem fiança;
REGRA GERAL: a prisão depende de uma ordem judicial escritae fundamentada.
EXCEÇÕES: 1. flagrante delito; 2. crime militar ou transgressão militar.
LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados
imediatamente ao juiz competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada;
LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer
calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado;
Aqui se fala direito ao silêncio ou ainda direito á não-autoincriminação.
Depoimento ao poder legislativo, executivo ou judiciário.
LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu
interrogatório policial;
LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária;
PRISÃO CIVIL POR DÍVIDA
LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo
inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário
infiel;
Súmula Vinculante 25
É ilícita a prisão civil de depositário infiel, qualquer que seja a modalidade de
depósito.
A CF autoriza a prisão civil nas duas hipóteses previstas acima, só que o Brasil faz
parte do pacto San José da costa rica que não permite a prisão do depositário infiel.
Tem efeito supralegal, mas é abaixo da Constituição, por isso que o STF fez a SV
25.
O pacto teve um efeito paralisante.
HABEAS CORPUS E LIBERDADE DE LOCOMOÇÃO :
LXVIII - conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar
ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por
ilegalidade ou abuso de poder; ele protege a liberdade de locomoção.
XV – é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer
pessoa, nos termos da lei nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens.
O hc preventivo – ameaça;
o hc repressivo – já aconteceu a limitação.
O HC tem natureza penal, é de procedimento especial, independe de advogado,
gratuito.
Legitimados ativos: qualquer pessoa física ou qualquer pessoa jurídica, seja
brasileiro ou estrangeiro, ministério público ou ainda defensoria pública.
Pode ser concedido de oficio pelo juíz.
Paciente: pessoa jurídica pode impetrar hc mas em favor de pessoa física, sendo
somente pessoa física.
Tem eficácia contida.
Legitimado passivo: autoridade coatora, sendo tanto a autoridade pública quanto
particular.
Ofensa indireta á liberdade de locomoção: ex: quebra de sigilo bancário, fiscal ou
telefônico e tiver a prisão pode ser cabível HC.
Não cabe hc:
Em decisões do STF – plenário, turma ou decisão monocrática;
suspensão dos direitos políticos;
pena em processo administrativo disciplinar;
pena de multa;
quebra de sigilo bancário, fiscal ou telefônico, salvo se implicar ofensa indireta á
liberdade de locomoção;
discussão de mérito de punição disciplinar militar, mas é cabível para legalidade;
exclusão de militar/ perda de patente/ perda de função pública.
Cabe hc:
medidas cautelares diversas da prisão;
questionar medidas de proteção á mulher previstas na Lei Maria da Penha;
HC COLETIVO – 143.641/SP – CF não prevê expressamente mas o STF admite.
Bloco 14 MANDADO DE SEGURANÇA:
LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo,
não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela
ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica
no exercício de atribuições do poder público;
proteger direito líquido e certo que não amparado por habeas corpus e nem habeas
data.
Tem caráter residual.
Ele não tem natureza penal e sim civil, tem procedimento especial, caráter residual,
tem prova pré constituída ou sem dilação probatória.
Direito liquido e certo é o evidente de imediato e os fatos estejam claros.
Sumula 625 STF: controvérsia sobre matéria de direito não impede concessão de
mandado de segurança.
cabimento contra o ato de autoridade, não importando se for ato vinculado ou
discricionário.
Ilegalidade – vício do ato vinculado;
abuso de poder – vicio de ato discricionário.
Legitimidade ativa: qualquer pessoa física ou pessoa jurídica pode impetrar o
mandado de segurança, órgãos públicos, MP, universalidades como espólio, massa
falida.
Prazo de impetração – decadencial de 120 dias artigo 23 da lei 12.016.
Não se admite liminar – compensação de créditos tributários entrega de mercadorias
provenientes do exterior e a reclassificação ou ainda equiparação de servidores
públicos, concessão de vantagens e ainda aumento de remuneração.
Desistência : possível desistir a qualquer tempo.
Reexame necessário: se a sentença concedeu o mandado de segurança, será
obrigatório o duplo grau de jurisdição.
Pode ser concedida liminar em mandado de segurança.
Não é cabível mandado de segurança:
– decisão judicial ao qual caiba recurso com efeito suspensivo;
– ato administrativo do qual caiba recurso com efeito suspensivo;
– decisão judicial transitada em julgado – ação rescisória;
– lei em tese, exceto se produtora de efeitos concretos.
– contra ato de natureza jurisdicional salvo situação de absoluta excepcionalidade;
– ato de gestão comercial praticados pelos administradores de empresas públicas,
sociedades de economia mista e de concessionárias de serviço público.
Sumula 429 STF: A existência de recurso administrativo com efeito suspensivo não
impede o uso do mandado de segurança contra omissão de autoridade.
MS COLETIVO
LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por:
a) partido político com representação no Congresso Nacional;
b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente
constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses
de seus membros ou associados;
Requisito de um ano cabe para associação. A atuação se dá em substituição
processual e não representação, sendo parte, independente de autorização de
filiados.
É possível por meio do mandado de segurança coletivo defender os direitos de parte
da categoria.
Pode ser usado para defender direitos coletivos e direitos individuais homogêneos.
O Ms não cabe para proteger direitos difusos, se tratando de indeterminado e difuso.
MANDADO DE INJUNÇÃO – omissões inconstitucionais:
LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma
regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e
das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania;
Combate omissões inconstitucionais, sendo total ou parcial;
cabimento – eficácia limitada – natureza impositiva;
legitimidade – qualquer pessoa física e qualquer pessoa jurídica.
Pressupostos:
a) a falta de norma regulamentadora;
b) nexo de causalidade;
c) decurso de prazo razoável.
MI COLETIVO – há previsão expressa na lei 13.300/16, não havendo previsão na
CF.
LEGITIMADOS – são os mesmos do MS COLETIVO + MP e DEFENSORIA
PÚBLICA.
É cabível medida liminar em mi ? Não é cabível.
Não cabe mandado de injunção:
houver norma regulamentadora;
ausência de norma regulamentadora de direito infraconstitucional;
ausência de obrigatoriedade da regulamentação.
FEITOS DA DECISÃO DO MI:
adotou a corrente concretista intermediária individual, corrente concretista fala que o
poder judiciário não se limita a declarar a omissão inconstitucional, intermediária
pois se concede um prazo razoável para edição da norma, não editando a norma o
poder judiciário estabelece as condições em que o direito é exercido, individual “inter
partes”.
Ado – processo objetivo e não há partes, erga homnes;
MI – há partes envolvidas, mas pode ser que haja efeitos ultra partes,
HABEAS DATA
LXXII - conceder-se-á habeas data:
a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do
impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades
governamentais ou de caráter público;
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo
sigiloso, judicial ou administrativo;
Tem caráter personalíssimo e retificação de dados;
características: natureza civil, rito sumário, caráter personalíssimo.
Re 589.257/DF – É parte legítimapara impetrar o habeas data o cônjuge
sobrevivente na defesa de interesse do falecido.
Supérstite = sobrevivente.
Legitimados ativos: qualquer pessoa física ou jurídica.
Legitimados passivos: pessoa jurídica de direito público ou privado, desde que tenha
banco de dados de caráter público.
Requisito para a impetração – interesse de agir ( jurisdição condicionada) – se
houver negativa ou omissão por um prazo razoável.
HABEAS DATA X DADOS DO CONTRIBUINTE: RE 673.707
“O habeas data é a garantia constitucional adequada para a obtenção, pelo próprio
contribuinte, dos dados concernentes ao pagamento de tributos constantes de
sistemas informatizados da apoio á arrecadação dos órgãos de administração
fazendária dos entes estatais”.
Não cabe habeas data:
acesso aos autos de processo administrativo => mandado de segurança,
protegendo o direito de petição;
direito á obtenção de certidões => mandado de segurança.
O Habeas data é gratuito mas precisa de advogado.
Parte 16:
AÇÃO POPULAR:
vialibiliza o controle popular dos atos da administração pública.
LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a
anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à
moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural,
ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da
sucumbência;
cidadão – pleno gozo de direitos políticos é que pode entrar. É o título de eleitor que
é prova para a condição.
Bens jurídicos tutelados pela ação popular – patrimônio público, moralidade
administrativa, meio ambiente, patrimônio histórico e cultural.
CARACTERÍSTICAS:
ANULAR ATO LESIVO, NÃO SE EXIGINDO A COMPROVAÇÃO DE EFETIVO
DANO MATERIAL PECUNIÁRIO, DEPENDE DE ADVOGADO.
Legitimado ativo – cidadão onde o mp não pode propor ação ação popular.
Ação popular e ato de conteúdo jurisdicional – não cabe.
O mp pode atuar como substituto do autor de ação popular ? E como sucessor ?
Pode atuar como substituto do autor, quando ele for omisso no processo e também
como sucessor em caso de desistência da ação.
Ação popular e foro por prerrogativa de função: não há foro por prerrogativa de
função em ação popular.
Se julgada improcedente, regra geral é que o autor da ação popular não paga custas
judiciais ou ônus da sucumbência, exceto se comprovada má-fé.
ASSISTÊNCIA JURÍDICA INTEGRAL E GRATUITA:
LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que
comprovarem insuficiência de recursos;
referente a defensoria pública.
ERRO JUDICIÁRIO
LXXV - o Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim como o que
ficar preso além do tempo fixado na sentença;
Responsabilidade civil do estado, objetiva.
GRATUIDADE DO REGISTRO CIVIL DE NASCIMENTO E CERTIDÃO DE ÓBITO
LXXVI - são gratuitos para os reconhecidamente pobres (proteção mínima, não
impedindo que a lei amplie) , na forma da lei:
a) o registro civil de nascimento;
b) a certidão de óbito;
GRATUIDADE HC E HD:
LXXVII - são gratuitas as ações de habeas corpus e habeas data, e, na forma
da lei, os atos necessários ao exercício da cidadania.
DURAÇÃO RAZOÁVEL DO PROCESSO:
LXXVIII - a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a
razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua
tramitação.
APLICAÇÃO IMEDIATA DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS:
§1º – as normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação
imediata.
Se trata de um comando de otimização, significando que o poder público deve
buscar a máxima concretização dos direitos fundamentais.
CLAUSULA DE ABERTURA MATERIAL:
§2º – Os direitos e garantias expressos nesta constituição não excluem outros
decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados
internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte.
Rol não exaustivo: significa que há outros direitos fundamentais não previstos na CF
de 88.
TRATADOS INTERNACIONAIS DE DIREITOS HUMANOS:
§ 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem
aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos
dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (Atos aprovados
na forma deste parágrafo: DLG nº 186, de 2008, DEC 6.949, de 2009, DLG 261, de
2015, DEC 9.522, de 2018)
Em 45/04 – tratados internacionais de direitos humanos podem ser equivalentes a
emendas constitucionais como no artigo 5º §3º, fora dele tem status supralegal – rito
ordinário.
TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL:
§ 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja criação
tenha manifestado adesão
extradição é diferente de entrega.

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