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SISTEMA ESQUELÉTICO


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Sistema Esquelético
EmbriologiaEmbriologia
-Inicialmente, as células da camada germinativa mesodérmica se arranjam formando uma fina camada de tecido frouxo de cada lado da notocorda.
-Próximo ao 17º dia(3º semana) do desenvolvimento embrionário, à medida que estruturas como a notocorda e o tubo neural já se formam, as células mais próximas à notocorda proliferam e formam uma placa espessada: o mesoderma intraembrionário, que se diferencia em MESODERMA LATERAL, INTERMEDIÁRIO e PARAXIAL.
-O mesoderma paraxial (encontra-se na região dorsolateral da coluna e são elevações arredondadas). Terá a notocorda na parte mais central do dorso do embrião e bem na região lateral o mesoderma paraxial, situado dos dois lados da notocorda .
-Após isso, o mesoderma paraxial vai dar origem aos somitos(segmentação em blocos de mesoderma), e por fim, esses somitos originarão os primórdios do que serão músculo, esqueleto e pele.
-Região do DERMOMIÓTOMO (encontrado na porção dorsolateral) : originará à pele e à musculatura (através dos miótomo: vai dar origem aos mioblastos / dermátomo: vai dar origem aos fibroblastos)
-Região do ESCLERÓTOMO (encontrado na porção ventromedial, sendo a parte mais interna) : originará a parte esquelética do indivíduo através das células dessa região que formam o um tecido conjuntivo frouxo, denominado: mesênquima (as vértebras e as costelas).
-Do ponto de vista de sinalização celular para o desenvolvimento ósseo e cartilaginoso:
- Sinalizadores importantes: BMP5 e 7, GDF5 (os 2 fatores de estimulação da diferenciação celular e o surgimento desses tecidos especializados) e TGF-b (fator importante no desenvolvimento dos ossos do SNC)
moléculas secretadas e dos fatores de transcrição que regulam a diferenciação
inicial, a proliferação e a diferenciação terminal de condrócitos. De cima para baixo: as células mesenquimais (azul), condrócitos
em repouso e proliferando (não-hipertróficos) (vermelho), e condrócitos hipertróficos (amarelo). As linhas com setas indicam uma
ação positiva, e linhas com barras indicam uma inibição. β-Cat, β-catenina; BMP, proteínas morfogenéticas do osso;
FGF, fator de
crescimento de fibroblasto; PTHrP, proteína relacionada ao hormônio da paratireoide.
-As proteínas codificadas pelos genes HOX, as proteínas morfogenéticas ósseas (BMP5 e BMP7), o fator de crescimento
GDF5, os membros da superfamília do fator de crescimento transformador β (TGF-β), e outras moléculas de sinalização
são reguladores endógenos da condrogênese e do desenvolvimento do esqueleto. O comprometimento da linhagem de
células precursoras ósseas em condrócitos e osteoblastos é determinada pelos níveis de β-catenina. A β-catenina na via de
sinalização Wnt canônica desempenha um papel crítico na formação de cartilagem e de osso.
-4º SEMANA (INÍCIO DO DESENVOLVIMENTO ÓSSEO)
- As células do esclerótomo formarão através do mesênquima, um tecido conjuntivo e esse tecido permite a formação do osso.
-Haverá também as condensações de células mesenquimais- que serão moldes ósseos – através das ossificações (intramembranosa-derivado do tecido mesenquimal- e endocondral) e após essa estrutura óssea formada, será inundada por células ósseas: osteoblastos > osteócitos e perpetuarão o crescimento e a manutenção daquele osso. Depende do lugar que se encontra o osso, para pode se determinar o tipo de crescimento ósseo(ossificações).
· DESENVOLVIMENTO DO ESQUELETO AXIAL
-Esqueleto axial: composto por crânio, coluna vertebral, costelas e esterno.
- Durante a 4ºsemana, as céls nos esclerótomos circundam o tubo neural(precursor da medula espinhal) e a notocorda(primórdio das vértebras se desenvolve). A mudança de posição de céls do esclerótomo não é a sua migração, e sim pelo seu crescimento diferencial das estruturas que o circundam.
-Genes HOX e PAX: regulam a padronização e o desenvolvimento regional das vértebras ao longo do eixo antero-posterior.
-Desenvolvimento da coluna vertebral:
-Durante a fase mesenquimal, as céls mesenquimais do esclerótomo encontram-se em 3 regiões principais: em torno da notocorda, circundando o tubo neural e na parede do corpo.
-No embrião de 4 semanas, os esclerótomos em uma secção frontal deste, aparecem como condensações pareadas de céls mesenquimais ao redor da notocorda. Cada esclerótomo é constituído por céls frouxamente arranjadas craniamente e céls densamente agrupadas caudalmente.
-Algumas céls densamente compactadas se movem cranialmente, oposto ao centro do miótomo, onde formam-se os discos intervertebrais.
-A notocorda degenera e desaparece onde é cercada pelos corpos vertebrais em desenvolvimento.
-Entre as vértebras, a notocorda se expande para formar o núcleo pulposo (centro gelatinoso do disco intervertebral). Posteriormente, tal núcleo cercado por fibras circularmente que formarão o arco neural (primórdio do arco vertebral ).
- Céls mesenquimais da parede do corpo formam os processos costais (que formam as costelas da região torácica).
-Desenvolvimento das costelas
-Desenvolvidas a partir dos processos costais mesenquimais das vértebras torácicas.
-Se tornam cartilaginosas durante o período embrionário e se ossificam no período fetal.
-O local original da união dos processos costais com a vértebra é substituído por articulações sinoviais costovertebrais.
-Desenvolvimento do esterno
-Um par de bandas mesenquimais verticais (barras esternais) desenvolvem-se ventrolateralmente na parede do corpo.
-Condrifricação ocorre nestas barras enquanto estas se movem medialmente.
-10º semana, as barras se fundem craniocauldamente no plano mediano formando moldes cartilaginosos: do manúbrio, das esternétebras e do processo xifoide.
-Desenvolvimento do crânio
-Crânio se desenvolve em torno do encéfalo em desenvolvimento.
-Crescimento do neurocrânio (ossos do crânio que envolvem o encéfalo) é iniciado a partir de centros de ossificação dentro do mesênquima do desmocrânio (primórdio do crânio).
- TGF-b: desempenha função importante no desenvolvimento do crânio por regular a diferenciação dos osteoblastos.
-Neurocrânio: ossos do crânio que envolvem o encéfalo.
-Viscerocrânio: o esqueleto facial (derivado de arcos faríngeos).
-Maior parte do mesênquima na região da cabeça é derivado da crista neural. As células da crista neural
migram para os arcos faríngeos e formam os ossos e o tecido conjuntivo das estruturas craniofaciais.
-Os genes Homeobox (HOX) regulam a migração e a diferenciação posterior das células da crista neural, que são cruciais para o padrão complexo da cabeça e da face.
· DESENVOLVIMENTO DO ESQUELETO APENDICULAR
-Esqueleto apendicular consiste: nas cinturas peitoral e pélvica e nos ossos dos membros.
-Durante a 5º semana, os ossos mesenquimais se formam quando as condensações do mesênquima aparece, nos brotos dos membros.
-Durante a 6º semana, os moldes dos ossos mesenquimais dos membros sofrem uma condrificação para formar os modelos ósseos de cartilagem hialina.
-O padrão de desenvolvimento dos membros é regulado por genes HOX.
-A ossificação começa nos ossos longos por volta da 8º semana e, inicialmente, ocorre nas diáfises dos ossos.
· O GH É FUNDAMENTAL PARA O DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO?
 - O GH, juntamente com a insulina estimula a proliferação celular dos blastocistos, aumentando a taxa de produção e sobrevivência embrionária.
- Embriões tratados com GH quando submetidos à vitrificação, apresentam maior taxa de sobrevivência à criopreservação, indicando melhor qualidade dos embriões cultivados com GH.
- Há muitas evidências que o GH pode agir como fator antiapoptótico para diferentes tipos celulares, assim como o IGF-I, que também pode estar envolvido na proteção contra a morte celular em embriões.
- Níveis de GH encontra-se elevada no feto, alcançando seu pico, aproximadamente, na metade da gestação.
-Níveis de IGF-I reduzidos, acredita-se que nesse período do desenvolvimento fetal a expressão de receptores funcionais de GH (GHR) esteja comprometida , já que há evidências da existência de locais alternativos de iniciação de traduçãodo RNAm que codifica o GHR, sugerindo que sejam produtivos fragmentos peptídicos menores, em vez de receptores funcionais.
-Estágios mais tardios da gestação os níveis de GH do feto diminuem 
-Conclui-se que o crescimento intrauterino independe de GH fetal.
Anatomia:
Anatomia:
DIFERENCIAR:
· Esqueleto axial: composto pela cabeça e o tronco (coluna vertebral, costelas e esterno).
-Composto por 80 ossos divididos em: Crânio (8 ossos), face (14 ossos), Tórax anterior (25 ossos, sendo 12 pares de costelas e o esterno) e a coluna vertebral (33 ossos- englobando a coluna cervical, coluna torácica, a coluna lombar, sacro e cóccix).
-Dividido em 2 partes: neurocrânio (ossos do crânio, composto por 8 ossos – frontal, parietais, occiptal, temporais, esfenóide e etmóide, tais ossos se ligam através de suturas articulares e entrelaçam entre sim) e os viscerocrânio (ossos quem compõe a face, composto por 14 ossos- 2 ossos nasais, 2 ossos maxilares, 2 ossos zigomáticos, osso mandibular, 2 ossos lacrimais, 2 ossos palatinos, 2 conchas nasais inferiores e o osso vômer)
· Esqueleto apendicular: dividido em superior (onde encontra-se a 
cintura escapular e os membros superiores) e o inferior (onde encontra-se a cintura pélvica e os membros inferiores). 
-Composto por 124 ossos divididos em: superior- cintura escapular(4 ossos), braços (2 ossos: 2 úmeros), antebraços (4 ossos: 2 unas e 2 rádios) e o punho e a mão (54 ossos) / inferior- cintura pélvica (2 ossos: 2 ilíacos), coxa (2 ossos: 2 fêmur), perna (4 ossos: 2 tíbias e 2 fíbulas) e tornozelo e pé (52 ossos).
CLASSIFICAÇÃO QUANTO A FORMA:
· Ossos longos: Comprimento consideravelmente maior que a altura e a espessura. Boa parte desses ossos apresentam um canal central, canal/cavidade medular. 
-Exemplo: Fêmur, úmero, tíbia, fíbula.
· Ossos curtos: 3 dimensões equivalentes, cuboides. Dimensões (comprimento, largura e espessura) são equivalentes.
-Exemplo: Ossos do carpo (mão) e do tarso.
· Ossos irregulares: formas diferentes dos longos, curtos ou planos. Não apresenta uma forma geométrica definida (morfologia irregular).
-Exemplos: vértebras, osso temporal.
· Ossos chatos/planos/laminares: Comprimento e largura equivalentes e possuem fina espessura.
-Exemplo: os ossos do crânio, esterno e escápula.
· Ossos alongados: São ossos longos, achatados e não apresentam canal medular.
-Exemplo: Costelas
· Ossos sesamóides: Desenvolvem-se em alguns tendões sujeitos à tensão, são pequenos e arredondados.
-Exemplo: patela
· Ossos Pneumáticos: Apresentam cavidades revestidas de mucosa e preenchidas com ar.
-Exemplos: Ossos frontal, maxilar, esfenoide, etmoide.
DESCREVER AS ESTRUTURAS DOS OSSOS LONGOS:
· Diáfise: constitui o corpo do osso – a parte longa, cilíndrica e principal do osso.
· Epífises: são as extremidades proximal e distal do osso.
· Metáfises: são as regiões entre a diáfise e as epífises. No osso em crescimento, cada metáfise contém uma lâmina epifisial (de crescimento), formada por uma camada de cartilagem hialina que possibilita que a diáfise do osso cresça em comprimento (descrito posteriormente neste capítulo). Quando o comprimento de um osso para de crescer por volta dos 14 aos 24 anos, a cartilagem na lâmina epifisial é substituída por osso; a estrutura óssea resultante é conhecida como linha epifisial.
· Cartilagem articular: é uma fina camada de cartilagem hialina que recobre a parte da epífise onde o osso se articula
com outro osso. A cartilagem articular reduz o atrito e absorve o choque nas articulações livremente móveis. Uma vez que a cartilagem articular não apresenta pericôndrio nem vasos sanguíneos, o reparo de lesões é limitado.
· Periósteo: é a bainha de tecido conjuntivo resistente que reveste a superfície óssea não recoberta por cartilagem articular. É composto por uma lâmina fibrosa externa de tecido conjuntivo denso não modelado e uma lâmina osteogênica interna composta de células. Algumas das células permitem que o osso cresça em espessura, mas não em comprimento. O periósteo também protege o osso, auxilia no reparo de fraturas, ajuda na nutrição do tecido ósseo e serve de ponto de fixação para ligamentos e tendões. O periósteo é fixado ao osso subjacente por fibras perfurantes,ou fibras de Sharpey, que se estendem do periósteo até a matriz extracelular óssea.
· Cavidade medular :é um espaço oco e cilíndrico na diáfise que contém a medula óssea amarela adiposa e numerosos vasos sanguíneos em adultos. Essa cavidade minimiza o peso do osso porque reduz o material ósseo compacto onde é menos necessário. O formato tubular dos ossos longos fornece resistência máxima com peso mínimo.
· Endósteo :é uma fina membrana que reveste a cavidade medular. Contém uma única camada de células formadoras de osso e pouco tecido conjuntivo.
DIFERENCIAR OSSO COMPACTO E OSSO ESPONJOSO (CLASSIFICAÇÃO DO TIPO DE TECIDO ÓSSEO MACROSCOPICAMENTE): 
· Osso esponjoso: 
-Parte com muitas cavidades intercomunicantes.
- Chamado tecido ósseo reticular ou
Trabecular
- Não contém ósteons
- Está sempre localizado no interior do osso protegido por uma camada de osso compacto.
- consiste em lamelas dispostas em um padrão
irregular de finas colunas chamadas trabéculas.
- Esses espaços
macroscópicos são preenchidos por medula óssea vermelha nos ossos que produzem células sanguíneas e por medula óssea
amarela (tecido adiposo) em outros ossos.
- Dois tipos de medula óssea contêm numerosos e pequenos vasos sanguíneos
que fornecem nutrição aos osteócitos.
- Cada trabécula consiste em lamelas concêntricas, osteócitos que repousam nas
lacunas e canalículos que se irradiam para fora das lacunas.
- Compõe a maior parte do tecido ósseo interno dos ossos curtos, planos, sesamoides e
Irregulares.
- Nos ossos longos, ele constitui o cerne da epífise abaixo da fina camada, como de papel, de osso compacto e
forma uma borda estreita variável que margeia a cavidade medular da diáfise.
- Sempre coberto por uma
camada de osso compacto para efeito de proteção.
- Osso esponjoso nos ossos do quadril, nas costelas, no esterno, nas vértebras e nas extremidades
proximais do úmero e do fêmur é onde medula óssea vermelha é armazenada e, portanto, o local onde ocorre a
hematopoese (produção de células sanguíneas) em adultos.
· Osso compacto: 
- Parte sem cavidades visíveis ou poucos espaços.
- Tecido ósseo mais resistente 
- Encontrado abaixo do periósteo de TODOS os ossos.
-Constitui maior parte das diáfise dos ossos longos.
- Composto por unidades estruturais repetidas – os ósteons ou sistemas de Havers.
*Cada ósteons:
 - Constituído por lamelas concêntricas distribuídas ao redor de um canal central ou canal de Havers. 
 - Lembrando anéis de crescimento de uma árvore, as lamelas concêntricas são lâminas circulares de matriz extracelular mineralizada, circundam uma pequena rede de vasos sanguíneos e nervos localizada no canal central. Entre as lamelas concêntricas, são encontrados pequenos
espaços chamados lacunas, contendo osteócitos. Irradiando para todas as direções a partir das lacunas, observamos
canalículos cheios de líquido extracelular.
- Os osteócitos vizinhos se comunicam por junções comunicantes.
- Canalículos conectam as lacunas umas às outras e aos canais centrais, formando um complexo sistema de canalículos interligados entre si por todo osso. Tal sistema oferece diversas rotas para chegada de nutrientes e oxigênios aos osteócitos, assim como a remoção de resíduos.
- As áreas entre os ósteons vizinhos contêm lamelas chamadas lamelas intersticiais (são fragmentos de ósteons mais antigos parcialmente destruídos durante o crescimento ou a reconstrução óssea), as quais também apresentam
lacunas com osteócitos e canalículos.
- Os vasos sanguíneos e nervos do periósteo penetram no osso compacto
 através de canais perfurantes transversos ou
canais de Volkmann. Os vasos e nervos dos canais perfurantes se conectam àqueles da cavidade medular, do periósteo e dos canais centrais.
- lamelas circunferenciais se encontram distribuídas ao redor de toda a circunferênciainterna e
externa da diáfise de um osso longo. Se desenvolvem durante a formação óssea inicial. As lamelas circunferenciais diretamente profundas ao periósteo são chamadas de lamelas circunferenciais externas , as quais se conectam ao periósteo e dos canais centrais pela fibras perfurantes (sharpey). E as lamelas circunferenciais internas são as que revestem a cavidade medular.
Organização macroscópica de cada tipo de osso:
-Osso longo: Extremidades ou epífises são formadas por osso esponjoso com uma delgada camada superficial compacta . A diáfise é quase totalmente compacta , com pequena quantidade de osso esponjoso na parte profunda, delimitando o canal medular.
-Osso curtos: Tem centro esponjoso, sendo recoberto em toda periferia por uma camada compacta.
-Ossos chatos: existem duas camadas de osso compacto (tábuas internas e externas) e uma de osso esponjoso separando a interna da externa. 
Funções gerais dos ossos:
Funções gerais dos ossos:
-Suporte para o corpo e cavidades
-Proteção para estruturas vitais (exemplo: órgãos vitais
-Assistência ao movimento
-Armazenamento e liberação de minerais (exemplo: cálcio, fosfato e outros íons) 
-Produção de céls sanguíneas novas, pela medula óssea (a aloja e a protege) que está localizada na cavidade medular de muitos ossos 
-Apoio aos músculos esqueléticos
 Tecido ósseo
Tecido ósseo
CARACTERIZAÇÃO:
-É um tipo especializado de tecido conjuntivo formado por células e M.E.C calcificada (matriz óssea).
-As céls presentes são: osteócitos (que situam-se em cavidades ou lacunas no interior da matriz), os osteoblastos (sintetizam a parte orgânica da matriz óssea e localizam-se na periferia) e os osteoclastos (céls gigantes, móveis e multinucleadas que reabsorvem o tecido ósseo, participando dos processos de remodelação dos ossos)
-A nutrição dos osteócitos se dá através de canalículos que existem na matriz. Tais canalículos possibilitam a troca de moléculas e íons entre os capilares sanguíneos e os osteócitos.
-Todos os ossos são revestidos em suas superfícies externas e internas por membranas conjuntivas eu contêm céls osteogênicas, o periósteo que contém principalmente fibras colágenas e fibroblastos (externamente) e o endósteo (internamente).
 CÉLULAS DO TECIDO ÓSSEO
· Osteócitos: 
-Encontradas no interior da matriz óssea, ocupando as lacunas de onde partem os canalículos
-Cada lacuna contém apenas um osteócito
-Dentro dos canalículos os prolongamentos dos osteócitos se comunicam por meio de junções comunicantes, por onde podem passar pequenas moléculas e íons de um osteócito para o outro
-São céls achatadas, com pouca quantidade de REG, complexo de golgi pouco desenvolvido e núcleo com cromatina condensada
-A morte dos osteócitos é seguida por reabsorção da matriz
· Osteoblastos
-Sintetizam a parte orgânica (colágeno do tipo I, proteoglicanos e glicoproteínas) da matriz óssea
-Sintetiza também osteonectina (facilita a deposição de cálcio) e a osteocalcina (estimula a atividade dos osteoblastos)
-São capazes de concentrar fosfato de cálcio, participando da mineralização da matriz
-Dispõem-se sempre nas superfícies ósseas, lado a lado, em arranjo que lembra um epitélio simples 
-Quando os osteoblastos são aprisionados pela matriz recém sintetizada, eles passam a ser osteócitos
-A matriz se deposita ao redor da célula e de seus prolongamentos, formando assim as lacunas e os canalículos 
-A matriz recém formada, adjacente aos osteoblastos ativos e que ainda não está calcificada, chama-se osteoide 
· Osteoclasto
-Céls móveis, gigantes, multinucleadas e extensamente ramificadas 
-Frequentemente, nas áreas de reabsorção de tecido ósseo encontram-se porções dilatadas dos osteoclastos, colocadas em depressões da matriz escavadas pela atividade dos osteoclastos e chamadas de lacunas de Howship 
-São células que se originam de precursores mononucleados provenientes da medula óssea que, ao contato com o tecido ósseo, unem-se pra formar osteoclastos multinucleados 
-Essa degeneração da matriz óssea, chamada reabsorção óssea , é a parte do desenvolvimento, da manutenção e dos reparos ósseos
MATRIZ ÓSSEA
-Mineralizada (dura)
-Localizada entre as céls
 
· Parte inorgânica (50% do peso da matriz óssea e dá a flexibilidade)
-Íons mais encontrados são o fosfato e o cálcio, há também, bicarbonato, magnésio, potássio, sódio e citrato em pequenas quantidades. Além de ter cristais que se formam pelo cálcio e o fósforo tem a estrutura da hidroxiapatita 
· Parte orgânica(Dá a dureza)
-Formada por fibras colágenas (95%) constituídas de colágeno do tipo I e por pequena quantidade de proteoglicanos e glicoproteínas (glicoproteínas do osso podem ter alguma participação na mineralização da matriz)
Obs: Outros tecidos ricos em colágeno tipo I, mas que não possuem essas glicoproteínas, normalmente não calcificam 
Obs²: Associação de hidroxiapatita a fibras colágenas é responsável pela rigidez e resistência do tecido ósseo
Obs³: Após a remoção de cálcio, ossos mantêm sua forma intacta, porém tornam-se tão flexíveis quantos aos tendões
DIFERENCIAR TECIDO ÓSSEO PRIMÁRIO E SECUNDÁRIO
- Histologicamente existem dois tipos de tecido ósseo: o imaturo ou primário; e o maduro, secundário ou lamelar. 
-Os dois tipos contêm as mesmas células e os mesmos constituintes da matriz. 
-O tecido primário é o que aparece primeiro, tanto no desenvolvimento embrionário como na reparação das fraturas, sendo temporário e substituído por tecido secundário. 
-No tecido ósseo primário, as fibras colágenas se dispõem irregularmente, sem orientação definida, porém no tecido ósseo secundário ou lamelar essas fibras se organizam em lamelas, que adquirem uma disposição muito peculiar.
· Tecido ósseo Primário
- Em cada osso o primeiro tecido ósseo que aparece é do tipo primário (não lamelar), sendo substituído gradativamente por tecido ósseo lamelar ou secundário. No adulto é muito pouco frequente, persistindo apenas próximo às suturas dos ossos do crânio, nos alvéolos dentários e em alguns pontos de inserção de tendões
- apresenta fibras colágenas dispostas em várias direções sem organização definida, tem menor quantidade de minerais e maior proporção de osteócitos do que o tecido ósseo secundário.
· Tecido ósseo secundário
- O tecido ósseo secundário (lamelar) é a variedade geral mente encontrada no adulto
-Sua principal característica é conter fibras colágenas organizadas em lamelas que ficam paralelas umas às outras ou se dispõem em camadas concêntricas em torno de canais com vasos, formando os sistemas de Havers ou ósteons -As lacunas que contêm osteócitos estão em geral situadas entre as lamelas ósseas, porém algumas vezes estão dentro delas.
-Em cada lamela, as fibras colágenas são paralelas umas às outras
-Tecido ósseo secundário que contém sistemas de Havers é característico da diáfise dos ossos longos, embora sistemas de Havers pequenos sejam encontrados no osso compacto de outros locais.
- Cada sistema de Havers ou ósteon é um cilindro longo, paralelo à diáfise e formado por 4 a 20 lamelas ósseas concêntricas. No centro desse cilindro ósseo existe um canal revestido de endósteo, o canal de Havers, que contém vasos e nervos. Os canais de Havers comunicam-se entre si, com a cavidade medular e com a superfície externa de osso por meio de canais transversais ou oblíquos, os canais de Volkmann. Estes se distinguem dos de Havers por não apresentarem lamelas ósseas concêntricas. Os canais de Volkmann atravessam as lamelas ósseas. Todos os canais vasculares existentes no tecido ósseo aparecem quando a matriz óssea se forma ao redor dos vasos preexistentes.
 Ossificação
Ossificação
 
-O tecido ósseo é formado por um processo chamado ossificação que, pode ser endocondral ou intramembranosa.
- Tanto na ossificação intramembranosa como na endocondral, o primeiro tecido ósseo formado é do tipo primário, o qual é, pouco a pouco, substituído por tecido secundário ou lamelar. Portanto, durante o crescimento dos ossos podem-se ver, lado a lado, áreas de tecido primário, áreas de reabsorçãoe áreas de tecido secundário. Uma combinação de formação e remoção de tecido ósseo persiste durante o crescimento do osso. Isso também ocorre no adulto, embora em ritmo muito mais lento.
· Ossificação Intramembranosa
- Ocorre no interior de membranas de tecido conjuntivo
- o processo formador dos ossos frontal, parietal e de partes do occipital, do temporal e dos maxilares superior e inferior. Contribui também para o crescimento dos ossos curtos e para o aumento em espessura dos ossos longos.
- O local da membrana conjuntiva onde a ossificação começa chama-se centro de ossificação primária. O processo tem início pela diferenciação de células mesenquimatosas que se transformam em grupos de osteoblastos, os quais sintetizam o osteoide (matriz ainda não mineralizada), que logo se mineraliza, englobando alguns osteoblastos que se transformam em osteócitos. Como vários desses grupos surgem quase simultaneamente no centro de ossificação, há confluência das traves ósseas formadas, conferindo ao osso um aspecto esponjoso. Entre as traves formam-se cavidades que são penetradas por vasos sanguíneos e células mesenquimatosas indiferenciadas, que darão origem à medula óssea.
· Ossificação Endocondral 
- A substituição da cartilagem por osso é chamada ossificação endocondral. Embora a maioria dos ossos do corpo seja
formada dessa maneira, o processo é observado melhor no osso longo.
Desenvolvimento do modelo de cartilagem: No local onde o osso será formado, mensagens químicas específicas
fazem com que células no mesênquima se aglomerem no formato do futuro osso e, em seguida, se desenvolvam em
condroblastos. Os condroblastos secretam matriz extracelular cartilaginosa, produzindo um modelo de cartilagem
que consiste em cartilagem hialina. Uma cobertura chamada pericôndrio se desenvolve em torno do modelo de cartilagem.
Crescimento do modelo de cartilagem: Quando os condroblastos se encontram profundamente imersos na matriz
extracelular cartilaginosa, eles passam a ser chamados condrócitos. O comprimento do modelo de cartilagem cresce pela divisão celular contínua dos condrócitos, acompanhada por mais secreção de matriz extracelular cartilaginosa.
Este tipo de crescimento cartilaginoso, chamado crescimento intersticial (endógeno) (crescimento a partir de
dentro), resulta em crescimento em comprimento. Em contraste, o crescimento da cartilagem em espessura decorre principalmente pelo depósito de material de matriz extracelular na superfície cartilaginosa do modelo por novos condroblastos que se desenvolvem a partir do pericôndrio. Esse processo é chamado crescimento por aposição(exógeno), o que quer dizer crescimento na superfície externa. Com o crescimento do modelo de cartilagem, os condrócitos na sua região média hipertrofiam (aumentam de tamanho) e a matriz extracelular cartilaginosa circundante começa a calcificar. Os outros condrócitos dentro da cartilagem em calcificação morrem porque os nutrientes não podem mais ser difundidos com rapidez suficiente pela matriz extracelular. Os espaços deixados pelos condrócitos mortos formam pequenas cavidades chamadas lacunas.
Desenvolvimento do centro de ossificação primário: A ossificação primária ocorre para dentro, a partir da superfície externa do osso. Uma artéria nutrícia penetra no pericôndrio e no modelo de cartilagem em calcificação por um forame nutrício na região média do modelo cartilaginoso, estimulando as células osteoprogenitoras no pericôndrio a se diferenciarem em osteoblastos. Uma vez que o pericôndrio começa a formar osso, passa a ser chamado periósteo.
Próximo ao meio do modelo, capilares periosteais crescem pela cartilagem calcificada em desintegração, induzindo o crescimento do centro de ossificação primário, que consiste em uma região onde tecido ósseo vai substituir a maioria da cartilagem. Em seguida, os osteoblastos começam a depositar matriz extracelular óssea sobre os
remanescentes da cartilagem calcificada, formando trabéculas de osso esponjoso. A ossificação primária se espalha a partir dessa localização central em direção às duas extremidades do modelo cartilaginoso.
Desenvolvimento da cavidade medular: Enquanto o centro de ossificação primário cresce em sentido às extremidades
ósseas, os osteoclastos degradam parte das recém formadas
trabéculas de osso esponjoso. Essa atividade deixa na
diáfise uma cavidade, a cavidade medular. Por fim, grande parte das paredes da diáfise é substituída por osso
compacto.
Desenvolvimento dos centros de ossificação secundários: Quando ramos da artéria epifisial penetram na epífise, são desenvolvidos centros de ossificação secundários, em geral próximo ao momento do nascimento. A formação óssea é similar àquela que ocorre nos centros de ossificação primários. Entretanto, nos centros de ossificação secundários, o osso esponjoso permanece no interior das epífises (não ocorre formação de cavidades medulares). Em contraste à
ossificação primária, a ossificação secundária procede para fora, a partir do centro da epífise, em sentido à superfície externa do osso.
Formação da cartilagem articular e da lâmina epifisial (de crescimento): A cartilagem hialina que reveste as
epífises se torna a cartilagem articular. Antes da idade adulta, a cartilagem hialina permanece entre a diáfise e as
epífises como lâmina epifisial (de crescimento), região responsável pelo crescimento em comprimento dos ossos
longos, o que será abordado em um momento posterior.
-O disco epifisário/cartigem de conjugação é formado por cartilagem hialina, que tem vária zonas:
· Zona de cartilagem propriamente dita/zona de repouso– onde existe cartilagem hialina sem qualquer alteração morfológica.
· Zona de cartilagem seriada ou de proliferação – os condrócitos se dividem rapidamente e formam fileiras paralelas de células achatadas e empilhadas no eixo longitudinal do osso.
· Zona de cartilagem hipertrófica – cavidades dos condrócitos aumentam de tamanho e morte dos condrócitos por apoptose
· Zona cartilagem calcificada – nessa zona ocorre a mineralização da matriz cartilaginosa e termina a apoptose dos condrócitos
· Zona de ossificação – esta é a zona em que aparece o tecido ósseo. Capilares sanguíneos e células osteoprogenitoras originadas do periósteo invadem as cavidades deixadas pelos condrócitos mortos. As células osteoprogenitoras se diferenciam em osteoblastos, que formam uma camada contínua sobre os restos da matriz cartilaginosa, os osteoblastos depositam a matriz óssea.
- Os discos epifisários estão ativos no crescimento e termina a sua atividade entre os 18-20 anos. Se houver 1 puberdade precoce, há 1 aumento das hormônios sexuais precocemente, os discos epifisários encerrem precocemente e dão origem a nanismos, indivíduos de baixa estatura. 
 crescimento ósseoFatores que influenciam no crescimento ósseo
· HORMÔNIOS
-Androgênio como a testosterona (hormônio sexual): produzidos pelos testículos e encontrados em pequena quantidade nas mulheres. várias funções, assim como os estrogênios, já que são precursores destes, como: aumentar a atividade dos osteoblastos, inibir a retirada de cálcio do organismo ao diminuir a formação e atividade dos osteoclastos, estimular o crescimento longitudinal dos ossos longos na puberdade, assim como causando a ossificação do disco epifisário. Com a diminuição da secreção desse hormônio sexual, a atividade osteoclástica é maior do que a osteoblástica, reduzindo potencialmente a formação óssea.
-Hormônio do crescimento (GH): 
- Secretado pela adeno-hipofise, promove o crescimento geral de todos os tecidos do corpo, incluindo ossos, tal fato ocorre pela estimulação da produção dos fatores de crescimento insulina-similes (IGF). 
-Secreção excessiva de hGH na infância: produz o gigantismo.
-Secreção deficiente de hGH: produz o nanismo. 
-Secreção excessiva de hGH na maturidade: produz acromegalia, os ossos da mão, do pé e mandíbulas engrossam e outros tecidos crescem. As pálpebras, lábios, língua e nariz crescem e a pele engrossa e desenvolve sulcos, especialmente na fronte e nas plantas dospés.
-IGF: Durante a infância, os hormônios mais importantes para o crescimento ósseo são os fatores de crescimento insulina símiles (IGFs), produzidos pelo fígado e tecido ósseo. Os IGFs estimulam os osteoblastos, promovem a divisão celular na lâmina epifisial e no periósteo e intensificam a síntese das proteínas necessárias para construir osso novo. Os IGFs são produzidos em resposta à secreção do hormônio de crescimento do lobo anterior da glândula hipófise.
-Cortisol: Os GC inibem a replicação das células da linhagem osteoblástica, diminuem a produção de pré-osteoblastos, osteoblastos e induzem apoptose de osteoblastos maduros e osteócitos. Além disso, os GC prejudicam a diferenciação das células do estroma para a linhagem de osteoblastos e diminuem a diferenciação terminal dos osteoblastos, com isso, provocando uma diminuição no número de osteoblastos maduros. Os corticóides alteram/inibem a síntese do colágeno do tipo 1 através da redução da atividade do IGF-1 e por efeito direto no metabolismo intracelular do seu precursor (pró-colágeno), inibindo a atividade das enzimas responsáveis pela hidroxilação e glicosilação do pró-colágeno. Os corticosteróides também podem aumentar o catabolismo e a excreção deste própeptídeo. Além de inibir a produção de outras proteínas ósseas.
-Estrogênio: são esteroides femininos que produzem o fenótipo feminino como aparência física, sexual e emocional. O fato de os estrogênios serem produzidos pelos ovários, tendo os androgênios como precursores, obriga a mulher a primeiro ter de produzir hormônios masculinos para, subsequentemente, transformá-los em hormônios femininos. apresentam várias funções no tecido ósseo, tais como: aumentar a atividade dos osteoblastos, inibir a retirada de cálcio do organismo ao interferir e diminuir a formação e atividade dos osteoclastos, e estimular o crescimento dos ossos longos após a puberdade. Ainda promove a rápida calcificação óssea fazendo com que o disco epifisário tenha a sua atividade de proliferação diminuída até cessar.
-Paratormônio: - A presença de níveis de PTH mais altos aumenta o número e a atividade dos osteoclastos, que estabelecem o ritmo da reabsorção óssea. A liberação resultante de Ca2+, do osso para o sangue, restitui o nível de cálcio no sangue. O PTH atua também nos rins para diminuir a perda de cálcio pela urina. Além de atuar nos ossos, nos rins e no intestino, mantendo os níveis de cálcio do líquido intersticial equilibrados. No osso, o PTH liga-se a receptores nos osteoblastos, sinalizando para as células aumentarem a secreção do fator estimulante de osteoclastos.
-Insulina: produzida no pâncreas, promove o crescimento ósseo aumentando a síntese de proteínas ósseas.
-Calcitonina: Secretada pelas células parafoliculares da glândula tireoide quando o nível de cálcio no sangue aumenta. A calcitonina atua para diminuir o nível de Ca2+ no sangue, inibe a atividade dos osteoclastos, acelera a captação de cálcio sanguíneo pelo osso e acelera a deposição de cálcio nos ossos. Resulta, então, na formação de osso e diminui a concentração de cálcio no sangue. Inibe a reabsorção óssea.
· MEDICAMENTOS:
-Corticóides: alteram/inibem a síntese do colágeno do tipo 1 através da redução da atividade do IGF-1 e por efeito direto no metabolismo intracelular do seu precursor (pró-colágeno), inibindo a atividade das enzimas responsáveis pela hidroxilação e glicosilação do pró-colágeno. Os corticosteróides também podem aumentar o catabolismo e a excreção deste própeptídeo. Além de inibir a produção de outras proteínas ósseas.
· EXERCÍCIO FÍSICO: Dentro de certos limites, o tecido ósseo é capaz de alterar a sua resistência em resposta às alterações na tensão mecânica. 
-Quando submetido à tensão, o tecido ósseo torna-se mais resistente por meio do aumento da deposição de sais minerais e da produção de fibras colágenas pelos osteoblastos.
- Sem a tensão mecânica, o osso não se remodela normalmente, porque a reabsorção ocorre mais rapidamente do que a formação óssea.
- As principais tensões mecânicas resultam da contração dos músculos esqueléticos e da atração da gravidade.
 -Exercícios regulares de sustentação de peso, como caminhada ou levantamento moderado de peso, ajudam a formar e reter a massa óssea. Adolescentes e adultos devem antes do fechamento das cartilagens epifisiais, para ajudar a formar massa óssea total, antes de sua inevitável redução com o envelhecimento.
-As atividades com sustentação de peso estimulam os osteoblastos e, consequentemente, ajudam a formar ossos mais fortes e mais espessos, além de retardar a perda de massa óssea que ocorre com o envelhecimento.
· VITAMINAS:
- Vitamina D: atua no crescimento e remodelação óssea, aumentando a reabsorção de cálcio óssea e intestinal e regulando a concentração de fósforo. A maior parte da vitamina D existente no organismo humano é proveniente da conversão cutânea do 7-deidrocolesterol (pró-vitamina D) à pré-vitamina D. A Vitamina D3 (Colecalciferol), em particular, regula positiva e negativamente a expressão do ligante do receptor ativador do Fator Nuclear Kappa-B (RANKL) e da osteoprotegerina (OPG), respectivamente, e é usada como um indutor da formação de osteoclastos. O corpo produz calcitriol a partir da vitamina D que foi obtida pela dieta ou produzida na pele pela ação da luz solar.
-Vitamina A: estimula a atividade dos osteoblastos. Entretanto, a ingestão indiscriminada de vitamina A estimula a reabsorção óssea, que em excesso, causa a fragilidade óssea.
-Vitamina C: Necessária para a síntese de colágeno, a principal proteína óssea; sua deficiência ocasiona diminuição da produção de colágeno, retardando o crescimento ósseo e atrasando o reparo de ossos quebrados.
· CÁLCIO E FÓSFORO: Produzem matriz extracelular óssea dura.
· HÁBITOS DE VIDA:
-Tabagismo: Afeta a saúde óssea, fumar aumenta as exigências para a vitamina C em 50%. Também elimina ferro, vitaminas e antioxidantes do grupo B. 
-A função dos antioxidantes é prevenir os danos dos radicais livres às células e órgãos. 
-A nicotina e os radicais livres afetam a saúde dos ossos, das seguintes formas:
- O equilíbrio hormonal que afeta o estado ósseo é comprometido. O cortisol aumenta, levando à destruição do osso, enquanto a calcitonina diminui, retardando o crescimento ósseo.

- Nicotina mata os osteoblastos que produzem células ósseas. 
- Danifica os vasos sanguíneos diminuindo o suprimento de oxigênio no sangue.
Reabsorção Óssea
- Reabsorção óssea é uma das partes do processo de remodelação dos ossos, atuando em conjunto com a formação óssea. Estas duas etapas interligadas são intermediadas, respectivamente, pelos osteoclastos e osteoblastos. Os osteoclastos liberam H+ e enzimas (colagenases e hidrolases) que atuam digerindo a matriz óssea e dissolvendo os sais para liberar para a corrente sanguínea.
- Um osteoclasto se fixa firmemente à superfície óssea no endósteo ou
periósteo e forma uma vedação impermeável nas margens da sua borda pregueada. Em seguida, libera
enzimas lisossômicas que digerem proteína e vários ácidos na bolsa selada. As enzimas digerem fibras de colágeno e outras substâncias orgânicas enquanto os ácidos dissolvem os minerais ósseos. Trabalhando juntos, diversos osteoclastos
cavam um pequeno túnel no osso antigo. As proteínas ósseas degradadas e os minerais da matriz extracelular, sobretudo
cálcio e fósforo, entram no osteoclasto por endocitose, atravessam a célula em vesículas e sofrem exocitose no lado oposto
da margem pregueada. Agora no líquido intersticial, os produtos da reabsorção óssea se difundem para os capilares
sanguíneos vizinhos. Uma vez que uma pequena área de osso foi reabsorvida, os osteoclastos saem de cena e os
osteoblastos chegam para reconstruir o osso naquela área.
CORRELAÇÃO
Remodelação Óssea
é a substituição contínua do tecido ósseo antigo por tecido ósseo novo. Esse processo envolve
reabsorção óssea, que consiste na remoção de minerais e fibras de colágeno do osso pelos osteoclastos, e deposição
óssea, que é a adição de minerais e fibras decolágeno ao osso pelos osteoblastos. Dessa maneira, a reabsorção óssea
resulta em destruição de matriz extracelular óssea, enquanto a deposição óssea ocasiona formação de matriz extracelular
óssea. O tempo todo, cerca de 5% da massa óssea total no corpo está sendo remodelada. A taxa de renovação de tecido ósseo compacto é de cerca de 4% ao ano e a do tecido ósseo esponjoso é de cerca de 20% por ano. A remodelação também
ocorre em velocidades distintas nas diferentes regiões do corpo. A porção distal do fêmur é substituída a cada 4 meses aproximadamente. Em contraste, o osso em determinadas áreas da diáfise do fêmur não é substituído por completo durante toda a vida do indivíduo. Mesmo após os ossos alcançarem forma e tamanho adultos, o osso antigo é continuamente destruído e substituído por osso novo. A remodelação também remove osso lesionado, substituindo o por tecido ósseo novo. A remodelação pode ser influenciada por fatores como exercício, estilo de vida sedentário e alterações na dieta. A remodelação oferece vários outros benefícios. Uma vez que a resistência do osso está relacionada ao grau de tensão a que é submetido, se o osso recém-formado for submetido a cargas intensas, ele cresce mais espesso e, portanto, mais resistente que o osso antigo. Além disso, a forma do osso pode ser alterada para suporte apropriado com base nos padrões
de tensão sofridos durante o processo de remodelação. Por fim, o osso novo é mais resistente à fratura do que o osso antigo.
· PIEZOELETRICIDADE
- É a habilidade de certos materiais cristalinos de desenvolver carga elétrica proporcional a um estresse mecânico. 
- A modelação e a remodelação respondem principalmente à deformação do osso (Piezoeletricidade). 
- As maiores cargas sobre os ossos vêm da ação dos músculos e não do peso corporal, portanto, a força muscular afeta de forma significativa a sua massa e resistência.
EFEITO PIZOELÉTRICO: voltagem gerada pela deformação dos cristais de hidroxiapatita que atrai Ca2+ para a estrutura óssea.
- As cargas positivas aumentam a atividade dos osteoclastos e as cargas negativas dos osteoblastos.
LEI DE WOLF: a tensão imposta aos ossos gera modificações em seu tamanho, forma e densidade. Quando um osso é estimulado mecanicamente transversalmente, há aumento da atividade osteoclástica na área pressionada e aumento da atividade osteoblástica na área contralateral.
Diferenciar o processo de crescimento ósseo dos meninos e das meninas
- Esses hormônios são responsáveis pela intensificação da
atividade dos osteoblastos, pela síntese de matriz extracelular óssea e pelo “estirão de crescimento” que ocorre durante a adolescência. Os estrogênios também promovem alterações no esqueleto típicas das mulheres, como alargamento da pelve. Por fim, os hormônios sexuais, sobretudo os estrogênios nos dois sexos, cessam o crescimento nas lâminas epifisiais (de crescimento), interrompendo o alongamento dos ossos. Em geral, o crescimento em comprimento dos ossos termina mais cedo nas mulheres do que nos homes devido aos níveis mais elevados de estrogênios.