Avaliação 2_Gestão Pública

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NP-1
UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA
MARCELO AUGUSTO FERREIRA SILVA
AVALIAÇÃO 2
Gestão Pública
Rio de Janeiro
2021
1. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DA PREFEITURA DE CAMPINA GRANDE – PB
1.1. INTRODUÇÃO
Este documento tem por objetivo apresentar o Planejamento Estratégico para a cidade de Campina Grande a ser implantado pela Prefeitura, sob a gestão do prefeito Carlos Otávio Machado Campos que elegeu-se no pleito de 2016, com mandato no início de 2017, com término previsto para final de 2020. 
O Planejamento Estratégico foi coordenado pelo Chefe de Gabinete, Marcelo Augusto Ferreira Silva, Administrador, formado pela Faculdade Veiga. Os trabalhos foram desenvolvidos por grupo composto pelos representantes de todas as secretarias da prefeitura, seguindo as etapas propostas por Djalma de Pinho Rebouças de Oliveira (Consultor de empresas, palestrante, professor universitário e autor de livros de administração focados), utilizando-se métodos ágeis e ferramentas de qualidade, tais como: Kanban, Scrum, Brainstorm, Espinha de Peixe (Diagrama de Ishikawa), Diagrama de Pareto.
1.2. DIAGNÓSTICO
1.2.1. CARACTÉRISTICAS E ASPECTOS GEOGRÁFICO E SÓCIO-ECONÔMICO-AMBIENTAL
O trabalho iniciou pelo diagnóstico da situação atual da cidade de Campina Grande, no estado da Paraíba, mapeando suas características geográficas, econômicas, políticas, sociais e ambientais.
A cidade de Campina Grande, considerada um dos principais polos industriais da Região Nordeste, foi fundada em 1 de dezembro de 1697, tendo sido elevada à categoria de cidade em 11 de outubro de 1864. De acordo com estimativas do IBGE de 2010, sua população era de 385.213 habitantes, sendo a segunda cidade mais populosa da Paraíba, e sua região metropolitana, formada por dezenove municípios, possui uma população estimada em 638 017 habitantes.
Campina Grande possui uma extensão territorial de 591,658 km2, pertencente a região do Agreste Paraibano, possuindo a caatinga como bioma preponderante. Em 2010 possuía um índice de 84% de esgotamento sanitário adequado e apenas 19% de vias públicas urbanizadas (presença de bueiro, calçada, pavimentação e meio-fio).
As principais atividades econômicas do município de Campina Grande são: extração mineral; culturas agrícolas; pecuária; indústrias de transformação, de beneficiamento e de desenvolvimento de software; comércio varejista, atacadista e serviços. O município é grande produtor de software para exportação.
Campina Grande possui o segundo maior PIB entre os municípios paraibanos, em torno de 8 bilhões de reais, representando 15,63% do total das riquezas produzidas na Paraíba, com renda per capita de R$ 22.583,86, com a maioria de sua receita (75%) oriunda de fontes externas, com o total de despesas empenhadas superando o total de receitas realizadas. 
Campina Grande possui Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) [2010] igual a 0,720, com salário médio mensal dos trabalhadores formais de R$ 2.200,00 e apenas 27% da população ocupada, com 39,5% da população com rendimento nominal mensal per capita de até 1/2 salário mínimo.
Na educação Campina Grande se destaca como um importante centro universitário, contando com vinte e uma universidades e faculdades, sendo três delas públicas. E também é a cidade com proporcionalmente o maior número de doutores do Brasil, 1 para cada 590 habitantes, seis vezes a média nacional. Além de ensino superior, o município é destaque também em centros de capacitação para o nível médio e técnico.
Esta cidade possuí uma taxa de escolarização de 97,6% para idade entre 6 a 14 anos, com 286 estabelecimento de ensino fundamental e 65 de ensino médio.
Na saúde, Campina Grande possuí uma taxa de mortalidade infantil média de 13.55 para 1.000 nascidos vivos. As internações devido a diarreias são de 1.7 para cada 1.000 habitantes. Comparado com todos os municípios do estado, fica nas posições 99 de 223 e 67 de 223, respectivamente. Quando comparado a cidades do Brasil todo, essas posições são de 2236 de 5570 e 1738 de 5570, respectivamente.
1.2.2. SITUAÇÃO POLÍTICA, SOCIAL, ECONÔMICA E AMBIENTAL
Agora que as características da cidade foram explanadas, passamos a uma análise da situação atual política, social, econômica e ambiental de Campina Grande.
Quanto a situação política de Campina Grande, o partido político do atual prefeito não possui maioria da câmera de vereadores, mas guarda a simpatia do Governador da Paraíba, ainda restando informar que seu partido se posiciona de forma conservacionista com relação ao tipo de gestão pública, demonstrando tendência desenvolvimentista, onde o estado possui grande escopo sobre os serviços públicos. 
A situação social da cidade requer atenção, com grande parte da população ativa da área urbana sem trabalho formal, com elevado número de ambulantes. A cidade já apresenta bairros periféricos com baixo nível de infraestrutura, elevado nível de homicídios e de furtos e roubos. Na zona rural, aonde se encontra a maior parte da população, a agricultura ainda prevalece a subsistência, com deficiência de água face ao clima agreste e a ineficiência de políticas públicas anteriores, que privilegiaram ações de curto prazo e não estruturantes. Estas deficiências provocam um elevado êxodo nos últimos anos da zona rural para zona urbana, agravando os problemas nesta última.
A situação econômica de Campina Grande é de grande preocupação, com a receita em sua maioria procedente de fontes externas, com os custos da máquina pública apresentando déficit nas últimas décadas. A cidade possuí número reduzido de industrialização, com a economia sustentada internamente pelo turismo, comércio, agricultura e caprinocultura, estas últimas extremamente impactas pelas questões climáticas em anos de índice pluviométrico baixo.
Segundo estuda Universidade Federal da Paraíba 14,7% do território do município está inserido na categoria de risco ambiental, portanto, faz-se necessária a aplicação correta das políticas públicas sociais e ambientais, para que se torne possível reduzir a vulnerabilidade socioambiental de Campina Grande. O referido estudo identificou que porções territoriais não deveriam ser utilizadas para a ocupação humana, devido as condições de risco existentes. 
1.3. MISSÃO
Após o diagnóstico da situação atual da cidade de Campina Grande, a prefeitura definiu a seguinte missão para o seu Planejamento Estratégico:
“Implantar uma gestão pública com serviços de excelência, que possibilite o desenvolvimento sócio, econômico e ambiental, garantindo de forma equânime qualidade de vida para a população. ”
A missão foi definida com o conceito de uma gestão pública desenvolvimentista, onde o estado assume a gestão de todos os serviços públicos essenciais, visando reduzir as diferenças sociais, através de uma gestão pública gerencial, buscando benchmark na gestão privada, visando elevar o nível de excelência da prestação dos serviços, com redução dos custos.
 
1.4. OBJETIVO E DESAFIOS
Para alcançar a missão definida a prefeitura definiu os seguintes objetivos:
· Implantar políticas que permitam uma gestão pública gerencial, com redução dos níveis de paternalismo, corrupção, através de procedimentos de “compliance” prioritariamente nas áreas de recursos humanos e procurement.
· Estabelecer e implantar uma sistemática de gestão do conhecimento, focada na capacitação de todos os servidores públicos.
· Implantar ações estruturantes na zona rural, que permita proporcionar a toda população o acesso a água necessária a necessidades pessoais e que permita o desenvolvimento da agricultura familiar e a melhoria dos índices de produtividade da caprinocultura. A melhoria de qualidade de vida na zona rural permitirá a redução e inversão do êxodo rural.
· Estabelecer parcerias com instituições de pesquisas públicas e privadas, visando desenvolver estudos e projetos que possibilitem a implantação de técnicas e projetos inovadores com objetivo principal de elevar a produtividade na prestação de serviços, na agricultura e caprinocultura e na indústria.
· Elevar o nível de eficiênciana apuração e arrecadação de impostos, que possibilite o aumento de receitas, proporcionando condições para que políticas de incentivo fiscal para atrair e aumentar o nível de industrialização da cidade, com consequente elevação dos trabalhos formais, com absorção da mão de obra qualificada.
· Implantar projeto estruturante de infraestrutura nos bairros periféricos, através de parceiras privadas, aumentado o acesso da população a água e saneamento básico.
· Estabelecer parcerias com cidades nacionais ou outros países na busca de benchmark acerca de políticas que permitam a redução da violência e do domínio do tráfico de drogas nas periferias.
· Definir políticas claras e objetivas que permitam o desenvolvimento sustentável da cidade, aparelhando os órgãos reguladores, e implantando incentivos fiscais que atraiam inovações que possibilitem reduções de emissão de gases na atmosfera e de poluentes agrícolas.
Certos que os objetivos definidos possuem caráter inovador e de grande mudança, considerando ainda todo o cenário político a prefeitura mapeou os seguintes desafios, a serem superados para que os objetivos sejam alcançados:
· Aparelhagem de toda máquina pública com profissionais de alta competência técnica, sem que as motivações políticas superem as competências e habilidades necessárias ao alto nível de desempenho.
· Planejamento de todos os projetos com o envolvimento de todos os stakeholders, de forma a aumentar as chances de sucesso.
· Estabelecer uma cultura de accountability que possibilite a descentralização das decisões, objetivando a agilidade na implantação de ações de correções em função de mudanças de cenário.
· Implantar uma cultura em excelência de comunicação, mitigando os atrasos e retrabalhos em função de mensagens mau transmitidas pelo emissor, possibilitando o entendimento equivocado pelo receptor.
1.5. PROJETOS E PLANO DE AÇÃO
1.6. CONTROLE E AVALIAÇÃO
1.7. REFERÊNCIAS 
· IBGE
· DOI: https://doi.org/10.20396/sbgfa.v1i2017.2333