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Semiologia pediátrica | Ana Beatriz Rodrigues e Gleysla Silva 1 Reflexos neurológicos REFLEXO DE MORO Durante o reflexo, observa-se uma abdução e extensão dos membros superiores com abertura das mãos seguida de uma adução e flexão cruzada destes membros. Desaparece até o sexto mês de vida. Resposta assimétrica ou unilateral pode indicar lesão periférica ou ortopédica (paralisia do plexo braquial, fratura umeral ou clavicular) no lado que se move pouco. REFLEXO TÔNICO-CERVICAL É desencadeado por rotação da cabeça da criança em 90° para, permanecendo por 14 segundos, enquanto a outra mão do examinador estabiliza o tronco do RN. Observa-se extensão do membro superior ipsolateral à rotação e flexão do membro superior contralateral, remetendo a posição do esgrimista. Desaparece entre o terceiro e quarto mês de vida. A persistência do reflexo pode corresponder a atraso do desenvolvimento neurológico. Semiologia pediátrica | Ana Beatriz Rodrigues e Gleysla Silva 2 REFLEXO PREENSÃO PALMAR E PLANTAR O reflexo de pressão palmar é desencadeado pela pressão da palma da mão. O examinador deve posicionar o dedo index na palma da mão da criança, observa-se como resposta a flexão dos dedos. Enquanto, o reflexo de preensão plantar é avaliado com o examinador colocando o polegar na planta do pé do bebê, logo abaixo dos dedos, observando a flexão dos dedos do bebê. Ambos os reflexos são substituídos por ações voluntarias. No entanto, o reflexo da preensão palmar desaparece entre 4 e 6 meses, enquanto o reflexo da preensão desaparece por volta dos 15 meses de vida. REFLEXO DE PROCURA (ou da voracidade) O examinador deve tocar a região perioral da criança, o que fará com que ela vire a cabeça em direção ao estimulo, abrindo a boca e realizando uma tentativa de sucção com protrusão da língua. Esse reflexo é extremamente importante para a amamentação, porem a partir do quarto mês começa a se tornar voluntario e desaparece ao sexto mês de vida. REFLEXO DA SUCÇÃO Está intimamente relacionado com o reflexo da voracidade, mas pode ser avaliado individualmente com a presença de um estimulo tátil nos lábios ou a inserção de um objeto na boca da criança, como uma chupeta ou o próprio dedo do examinador. O desaparecimento ocorre entre quarto e seis meses. Semiologia pediátrica | Ana Beatriz Rodrigues e Gleysla Silva 3 REFLEXO CUTÂNEO PLANTAR O examinador estimula a margem lateral do pé da criança, indo em direção superior, ou seja, de baixo para cima. Ocorre uma extensão do háluz em 100% dos recém-nascidos e desaparece com 1 ano de idade. Persistência do reflexo denomina-se sinal de Babinski, o qual indica lesão piramidal. REFLEXO DA MARCHA Para verificação da marcha reflexa, o avaliador deve segurar e suspender a criança pelo tronco, mas permitindo que ela toque os pés em uma superfície. O reflexo será obtido com a inclinação do tronco do RN após obtenção do apoio plantar. Observa-se o cruzamento das pernas, uma à frente da outra. Semiologia pediátrica | Ana Beatriz Rodrigues e Gleysla Silva 4 EXAME DO TÔNUS MUSCULAR A avaliação do tônus muscular é feita pela palpação do músculo, em que se deve pegar toda a massa muscular, e não só o subcutâneo, avaliando a consistência muscular; pela movimentação passiva das articulações, verificando o grau de alongamento atingido, e pelo balanço passivo das articulações, em que, com o paciente relaxado, balançam-se os segmentos distais dos membros e observa-se a amplitude dos movimentos (ADM). *Registra-se a resistência, a flexão e a extensão. POSIÇÃO SENTADA Avalia-se o tônus cervical com a manobra de tração, de modo que resultará, ate o final do terceiro mês, uma hipotonia cervical. POSIÇÃO EM PÉ Realiza-se o reflexo da marcha e o reflexo da escada, o qual esta presente em 100% dos bebês. Manobra de tração Semiologia pediátrica | Ana Beatriz Rodrigues e Gleysla Silva 5 MARCOS DO DESENVOLVIMENTO A sequencia no desenvolvimento postural obedece sempre a mesma ordem Firma o pescoço Sentar com e depois sem apoio Engatinha Ergue-se com apoio e depois fica em pé sem apoio Anda
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