ESCOLAS PENAIS

Prévia do material em texto

EXPOENTES ORIGEM CRIME PENA DELINQUENTE PALAVRAS-CHAVE 
ESCOLA 
CLÁSSICA 
Principal: 
Francesco 
Carrara 
(Programa dol 
corso di diritto 
criminale) 
 
Outros: 
Carmignani, 
Rossi, Jeremy 
Benthan, 
Filangieri, 
Romagnosi 
Final do séc. XVIII até 
metade do séc. XIX 
 
Surgiu como reação 
ao totalitarismo do 
Estado Absolutista, 
filiando-se ao 
movimento 
revolucionário e 
libertário do 
Iluminismo. 
É um ente jurídico, 
pois consiste na 
violação de um 
direito. 
Para Francesco 
Carrara, crime é a 
“infração da lei do 
Estado promulgada 
para proteger a 
segurança dos 
cidadãos, resultante 
de um ato externo 
do homem, positivo 
ou negativo, 
moralmente 
imputável e 
politicamente 
danoso”. 
É forma de 
prevenção de 
novos crimes, 
defesa da 
sociedade. 
 
Restabelecimento 
da ordem externa 
da sociedade. 
Predominava a concepção do 
livre-arbítrio, isto é, o homem 
age segundo a sua própria 
vontade, tem a liberdade de 
escolha independentemente 
de motivos alheios 
(autodeterminação). Logo, 
por ser possuidor da 
faculdade de agir, o homem 
é moralmente responsável 
pelos seus atos. 
 
🔑 Método RACIONALISTA 
E DEDUTIVO (Lógico) 
🔑 JUSNATURALISMO 
(Direito Natural) 
 
🔑 LIVRE-ARBÍTRIO 
 
🔑 RESTABELECIMENTO 
do 
DIREITO E DA ORDEM 
 
🔑 FRANCESCO 
CARRARA 
 
 
ESCOLA 
POSITIVA 
 
Principal: 
Augusto Comte 
Meados do séc. XIX, 
em uma época de 
criminalidade 
crescente (pós-
Revolução Francesa 
de 1789). 
É fenômeno natural e 
social, sujeito às 
influências do meio 
e de múltiplos 
fatores, exigindo o 
estudo pelo método 
experimental. 
É medida de defesa 
social, visando à 
recuperação do 
criminoso ou a sua 
neutralização. 
É sempre, psicologicamente, 
um ser ANORMAL, de forma 
temporária ou permanente. 
A responsabilidade penal é 
social, por viver o criminoso em 
sociedade, e tem por base sua 
periculosidade. 
🔑 Método EXPERIMENTAL 
🔑 Fenômeno NATURAL e 
SOCIAL 
🔑 NEUTRALIZAÇÃO 
🔑 Criminoso é um ser 
ANORMAL 
🔑 AUGUSTO COMTE 
Anotações extraídas do livro Direito Penal - Parte Geral do Cleber Masson e 
Manual de Direito Penal – Parte Geral do Rogério Sanches Cunha 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESCOLA 
POSITIVA 
FA
SE
 
A
N
TR
O
PO
LÓ
G
IC
A
 
Cesare 
Lombroso 
Obras: “O 
cretinismo na 
Lombardia” 
(1859) e “O 
homem 
delinquente” 
(1876) 
O crime é um 
fenômeno 
biológico, não um 
ente jurídico. 
Funda-se na 
defesa social. 
É um selvagem que nasce 
delinquente, como outros nascem 
sábios ou doentios (degeneração). 
A causa é a epilepsia (larvada ou 
evidente), que ataca os centros 
nervosos. 
Apresenta características físicas 
e morfológicas específicas 
(assimetria craniana, face ampla e 
larga, dentre outras). 
 
🔑 ANTROPOLOGIA 
🔑 Método EXPERIMENTAL 
🔑 Teoria do Criminoso NATO 
🔑 Fenômeno BIOLÓGICO 
🔑 Forças INATAS 
🔑 CESARE LOMBROSO 
FA
SE
 S
O
C
IO
LÓ
G
IC
A
 
Enrico 
Ferri 
Obra: 
“Sociologia 
Criminal” (1884) 
O crime ocorre 
como resultado de 
fatores sociais 
que determinam 
que os indivíduos 
ultrapassem os 
limites legalmente 
estabelecidos. 
 
Mecanismo de 
defesa social. 
Dividiu os criminosos em 5 
categorias: 
1. Nato (conforme proposto por 
Lombroso); 
2. Louco (portador de doença 
mental); 
3. Habitual (produto do meio 
social); 
4. Ocasional (indivíduo sem 
firmeza de caráter e versátil na 
prática do crime); 
5. Passional (homem honesto, mas 
de temperamento nervoso e 
sensibilidade exagerada). 
🔑 SOCIOLOGIA 
 
🔑 DEFESA SOCIAL 
 
🔑 Fatores SOCIAIS 
 
🔑CINCO tipos de 
CRIMINOSOS 
 
🔑 ENRICO FERRI 
 
FA
SE
 J
U
R
ÍD
IC
A
 
Rafael 
Garofalo 
Obra: 
“Criminologia” 
(1885) 
Ação prejudicial e 
que fere ao mesmo 
tempo alguns desses 
sentimentos que se 
convencionou chamar 
o senso moral de 
uma agregação 
humana. 
 
Teoria da 
seleção natural. 
A pena deveria 
eliminar os 
criminosos pela 
morte ou 
deportação. 
Criou a 
prevenção 
especial como 
finalidade da 
pena. 
Classificou os criminosos e seus 
crimes, declarando que aos 
delinquentes natos e instintivos, a 
pena de morte seria a única sanção 
aceitável. Da mesma forma, afirmava 
que aos loucos, esquizofrênicos e 
mentecaptos, ou seja, aqueles 
considerados inimputáveis, a 
inutilização de seus atos somente 
poderia se dar pela prisão especial, 
em medida de segurança, por tempo 
indeterminado. 
🔑 JURÍDICA 
🔑 SELEÇÃO NATURAL 
🔑 PREVENÇÃO ESPECIAL 
🔑 PENA DE MORTE 
🔑 RAFAEL GAROFALO 
 
 
CORRECIONALISTA Karl David Roder 
Alemanha, 1839 
 
Obra: “Comentatio na 
poena malum esse 
debeat”. 
É um ente jurídico, 
criação da sociedade. 
Não é natural. 
Tem a finalidade de 
corrigir a injusta e 
perversa vontade 
do criminoso e, 
dessa forma, não 
pode ser fixa e 
deve ser 
indeterminada. 
Pena e medida de 
segurança são 
institutos diferentes. 
É um ser ANORMAL, 
portador de uma vontade 
REPROVÁVEL. 
🔑 Método CORRETIVO 
🔑 Finalidade 
TERAPÊUTICA 
🔑 Sentença 
INDETERMINADA 
🔑 PENA vs. MEDIDA DE 
SEGURANÇA 
🔑 KARL DAVID RODER 
 
TECNICISMO 
JURÍDICO-
PENAL 
 
Arturo Rocco 
Itália, 1910 
 
 
Movimento de 
restauração 
metodológica sobre o 
estudo do Direito 
Penal (restrito às leis 
vigentes). 
 
É uma relação 
jurídica de caráter 
tanto humano quanto 
social. 
Meio de defesa 
contra a 
perigosidade do 
agente; tem por 
objetivo castigar o 
delinquente. 
 
Volta a assumir um 
caráter retributivo. 
Defende que o jurista deve 
valer-se da exegese para 
concentrar-se nos estudos 
do direito positivo. As 
preocupações causais-
explicativas sobre o crime, o 
delinquente e suas causas 
pertencem a outros ramos 
do Direito. 
NEGA A ABORDAGEM DO 
LIVRE-ARBÍTRIO. Sustenta 
ser a sanção mero meio de 
defesa 
🔑 Método TÉCNICO-
JURÍDICO 
🔑 EXEGESE 
🔑 Conteúdo DOGMÁTICO 
🔑 VONTADE DA LEI 
🔑 Estudo da NORMA 
🔑 ARTURO ROCCO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DEFESA 
SOCIAL 
Principal: Franz 
Von Liszt 
 
Outros: Van 
Hamel e Adolphe 
Prins 
Alemanha, início do 
séc. XX. 
 
Surge como uma 
reação clássica à 
escola positivista. O 
único fim da Justiça 
Penal é garantir a 
proteção dos 
cidadãos. 
É simultaneamente 
ente jurídico e 
fenômeno de ordem 
humana e social. 
Instrumento de ordem e 
segurança social. 
Função preventiva 
geral negativa (coação 
psicológica). Aplicam-
se com frequência os 
institutos das 
MEDIDAS DE 
SEGURANÇA e das 
PENAS 
INDETERMINADAS, 
as quais devem 
subsistir enquanto 
durar a 
periculosidade, 
possibilitando a 
proteção eficaz e 
refletida da sociedade, 
finalidade precípua, 
mesmo sabendo-se 
que com elas poderá 
ser tolhido o interesse 
individual do 
condenado. 
É simultaneamente livre e 
parcialmente condicionado 
pelo ambiente que o 
circunda. 
 
🔑 Combate à 
CRIMINALIDADE 
 
🔑 UNIÃO 
INTERNACIONAL 
DE DIREITO PENAL 
 
🔑 DEFESA SOCIAL 
 
🔑 PROTEÇÃO da 
SOCIEDADE 
 
🔑 FRANZ VON LISZT 
 
 
Fillipo 
Gramatica 
Quando os regimes 
autoritários começaram a 
eclodir na Europa, 
começaram a imprimir ao 
Direito Penal nova 
dinâmica, marcada pelo 
retorno ofensivo e brutal 
das ideias de castigo e 
intimidação. Inicia-se, 
então, uma nova fase de 
defesa social que, ante os 
horrores dos regimes 
autoritários, impõe 
importantes 
manifestações: a 
prevenção do crime e o 
tratamento do menor 
delinquente, bem como a 
reforma penitenciária. 
É um mal que 
desestabiliza o 
aprimoramento social. 
É uma reação da 
sociedade com 
objetivo de 
proteção do 
cidadão. 
Ser que precisa ser adaptado 
à ordem social. 
🔑 Caráter HUMANISTA 
 
🔑 RESSOCIALIZAÇÃO 
 
🔑 Proteção do CIDADÃO 
 
🔑 Responsabilidade da 
SOCIEDADE 
 
🔑 FILLIPO GRAMATICA 
 
 
 
TERZA 
SCUOLA 
Emanuele 
Carnevali Itália, 1876 
É fenômeno 
individual e social. 
Função de defesa 
social e caráter 
aflitivo. 
Não é dotado de livre-
arbítrio. NÃO é um ser 
anormal. 
🔑 Caráter AFLITIVO🔑 Responsabilidade 
MORAL 
 
🔑 CARNEVALI