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1 ATIVIDADE INDIVIDUAL Matriz de atividade individual Disciplina: Direito Tributário- Módulo: 04 Aluno: Turma: Tarefa: Atividade final Análise da aplicação da imunidade tributária 1. Imóveis É importante aqui abrirmos um parêntese para o objetivo descrito no enunciado do nosso problema. Segundo foi narrado, o objetivo do templo é manter sua saúde financeira e expandir suas atividades. A meu ver, a expansão das atividades não é exatamente uma atividade essencial do templo. De acordo com Regina Helena Costa (p.117), nos termos do §4º do artigo 150, a imunidade em foco compreende somente o patrimônio, a renda e os serviços relacionados com as finalidades essenciais dos templos (grifos meus). Finalidades essenciais são aquelas inerentes à própria natureza da entidade – vale dizer, os propósitos que conduziram à sua instituição. Finalidades essenciais dos templos de qualquer culto, portanto, são a prática do culto, a formação de religiosos, o exercício de atividades filantrópicas e a assistência moral e espiritual aos fiés. Desta forma, é importante analisar os itens indicados para o correto parecer. Em relação a imóveis alugados a terceiros, é importante destacarmos que a imunidade é específica e é em relação ao contribuinte e não a um bem específico. A doutrina, bem como a jurisprudência é pacífica que os imóveis alugados à particular gozam da imunidade tributária no que se refere ao pagamento de impostos, desde que a renda seja revertida para a finalidade essencial da associação religiosa. Assim é o entendimento da súmula 724 do STF: Ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU o imóvel pertencente a qualquer das entidades referidas pelo art. 150, VI, "c", da Constituição, desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades essenciais de tais entidades. Importante ressaltar, igualmente, que o ônus de provar que a renda dos alugueres não é destinada à atividade essencial do templo é do ente que a alega. Entretanto, há a possibilidade da imunidade ser questionada caso a destinação desta renda não esteja intimimamente ligada à atividade essencial do templo. 2 2. Veículos A interpretação aqui é extensiva aos veículos. Entretanto, o STF publicou o informativo 108 que determina que o ônus de provar eventual desvinculação do bem à finalidade do templo é do contribuinte. Ou seja, caso seja levantada a hipótese de irregularidade na aplicação da imunidade, o ônus é do templo. A jurisprrudencia é pacifica neste sentido. Vide o acórdão dos autos do processo nº 0713439-21.2017.8.07.0018 3. Pequenas lojas A incidência de imunidade nas pequenas lojas ainda é motivo de discussão na doutrina e jurisprudência. Embora a interpretação extensiva, é necessária o exame minunscioso da destinação da renda obtida na venda dos artigos religiosos. Como já exposto acima, com os objetivos destacados, não acredito que se possa aplicar a imunidade. Ainda assim, ainda não é pacificado o entendimento sobra a incidência ou não do ICMS sobre lojas pertencentes aos templos religiosos, contudo, diante da extensão da imunidade tributária que vêm conferindo os tribunais aos templos religiosos, e sendo uma loja que se dedique exclusivamente à venda de artigos religioso, entendo que a imunidade é resguardada. Em pesquisa recente, o julgado abaixo foi analisado e vale ser destacado. https://www.jusbrasil.com.br/processos/198933386/processo-n-0713439-2120178070018-do-tjdf 4. Restaurantes Ainda com a interpretação extensiva, se o restaurante é para alimentação dos fiés, a imunidade deverá ser aplicada. Assim, a imunidade dos templos religiosos deve ser interpretada de forma extensiva, de modo que seja resguardado o direito fundamental do contribuinte de professar livremente a sua fé, com a existência de templos religiosos que devem ser protegidos pelo Estado. 5. Cemitério No que tange aos Cemitérios privados, cuja finalidade é a exploração comercial, sucinta na jurisprudência questionamentos quanto à incidência ou não da imunidade tributária sobre esse tipo de entidade. Nota-se que atualmente a jurisprudência não se inclina para o entendimento de que irá recair sobre os cemitérios privados o gozo da imunidade tributária, suscitando questões sobre a livre concorrência e a impossibilidade da norma Constitucional conferir privilégios a atividades econômicas que visam a obtenção de lucros, mesmo que essa atividade seja explorada pelo Estado. Diante da controversia a respeito do tema e principalmente em relação à destinação do lucro obtido, não aconselho a aplicação da imunidade neste caso. 4 Referências bibliográficas Costa, Regina Helena – Curso de Direito Tributário – 8ª edição. SaraivaJUR. Site - https://klecioemmanuel.jusbrasil.com.br/artigos/200605935/imunidade- tributaria-dos-cemiterios-privados Site - https://martamendesresende.jusbrasil.com.br/artigos/663335147/imunidade- tributaria-dos-templos-religiosos https://klecioemmanuel.jusbrasil.com.br/artigos/200605935/imunidade-tributaria-dos-cemiterios-privados https://klecioemmanuel.jusbrasil.com.br/artigos/200605935/imunidade-tributaria-dos-cemiterios-privados
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