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Debate Agenda 14

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Nome: Jardel Cerqueira 09/Dez/2020 - Técnico em Administração Ead - Centro Paulo Souza - GEAD
Debate – Agenda 14: Planejamento Tributário
· Por que se fala tanto em reforma tributária no Brasil? 
Reforma Tributária é uma reformulação dos impostos e de suas formas de cobrança. Das propostas que estão para votação, um ponto em comum é a unificação de diferentes impostos em uma só contribuição. Entre os objetivos dessa mudança estão a simplificação da arrecadação e aumentar a transparência desse processo. De alguma forma, isso facilitaria na descoberta de crimes de corrupação de desvio de dinheiro, uma vez que só precisaria buscar um único imposto e um um único orgão; além de diminuição de gasto com servidores. 
· Quais os critérios previstos nas regulamentações fiscais que permitem a isenção de impostos? 
Primeiro que a inseção tributária visa a proteção de cidadãos que se encontram em condições financeiras desfavoráveis. Em outras palavras permite que os contribuintes deixem de pagar parte ou total de certo impostos mediante os seguintes requisitos: Imunidade recíproca às pessoas políticas: Ou seja, União, Estados, DF e Municípios, não podem instituir, ou criar impostos uns dos outros. De acordo com o art. 150, VI, alínea A da Constituição Federal é assegurada essa imunidade sobre o patrimônio, renda ou serviços. A imunidade recíproca é uma imunidade subjetiva, está ligada a pessoa ou ente da federação. Neste tipo de imunidade a vedação a tributação é, extensiva as autarquias e as fundações públicas instituídas e mantidas pelo Poder Público. O patrimônio, renda e serviços não tributados são os de finalidade essenciais ou delas decorrentes, não se aplicando aqueles relacionados a exploração de atividades econômicas regidas por normas aplicáveis a empreendimentos privados.
Imunidade de templos de qualquer culto: A partir da leitura do artigo 150, VI da Constituição Federal temos na alínea B a imunidade dos templos de qualquer culto. No tocante a essa questão, a imunidade religiosa é uma imunidade subjetiva. Para se entender melhor, essa imunidade está ligada a entidade/pessoa jurídica religiosa. Na garantia dada pela Constituição quanto a imunidade busca-se evitar a criação de obstáculos econômicos para realização de cultos religiosos. Na ideia geral um templo não é apenas uma igreja sinagoga ou edifício, mas qualquer dependência dele pertencente a comunidade religiosa, desde que não empregada para fins econômicos. Na previsão constitucional nenhum imposto incide sobre templos de qualquer culto. Mas, segundo o art. 150, §4° essa vedação só se aplica ao patrimônio, renda e serviços ligados as finalidades essenciais da entidade. Ressalvadas então estão os bens pertencentes a igreja, que não são instrumentos dela, como por exemplo, prédios alugados pela igreja a outras pessoas. Na jurisprudência do STF, com aplicação análoga da Súmula 274, se o imóvel alugado tiver o seu rendimento destinado a manutenção do culto, a imunidade então abrangerá este rendimento.
Imunidade dos partidos políticos, das entidades sindicais e das instituições de educação ou assistência social sem fins lucrativos: Na imunidade em questão prevista no art. 150, VI, “c” da CFRB de 1988 temos que nenhum imposto incide sobre o patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos. Por abrangência isso inclui suas fundações, entidades sindicais dos trabalhadores (e não patronal), instituições de educação e de assistência social sem fins lucrativos. Diante disso é importante ressaltar que elas devem atender aos requisitos da lei para poder usufruir desta imunidade. O artigo 150, §4° novamente deve ser lembrado. Para este caso em questão, a Constituição de 1988 prevê essa imunidade com a intenção de evitar a perseguição a determinadas ideologias. No caso se trata de uma regra para manter a democracia representativa.
Imunidade de livros, jornais e periódicos: A imunidade aqui é objetivo, ou seja, está ligada a certos bens e não a pessoa. O imposto não incidirá sobre livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua impressão. A imunidade neste caso tem a finalidade de garantia e efetivação da livre manifestação do pensamento. Sobre essa base incentiva-se a cultura e produção cultural, científica e artística, sem geração de empecilhos econômicos. O tributo poderia ter efeito de inibir a produção material e intelectual de livros, jornais e periódicos. Deve-se entender que essa imunidade dá meios materiais para que pessoas possam divulgar suas ideias. Por fim é uma forma de garantir a liberdade de expressão e opinião. A imunidade neste caso recai tanto sobre a industrialização, quanto a comercialização destes bens.
Imunidade dos fonogramas e videofonogramas: A imunidade aqui é tanto objetiva como subjetiva, porque é ligada tanto aos bens como as pessoas. O imposto não incidirá sobre fonogramas e videofonogramas. No caso se incluem obras musicais, musicas, ou obras literomusicais de autores brasileiros ou interpretadas por artistas brasileiros. Nesse sentido também entram na imunidade os suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham. O sentido dessa imunidade é o de combater a pirataria, incentivar o mercado fonográfico e difundir a cultura musical. Cabe ressaltar que também se busca reduzir os preços dos produtos com alto valor cultural. No caso, se o valor da obra original for baixo, diminui-se a pirataria.

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