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Tecido ósseo e ossificaçao

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Tecido ósseo e ossificação 
 
Tecido ósseo 
➙ Tecido conjuntivo caracterizado por matriz extracelular 
mineralizada ( fosfato de cálcio); 
➙ Suporte e proteção; 
➙ Osso serve de local de armazenamento para o cálcio e o 
fosfato = regulação homeostática dos níveis sanguíneos de 
cálcio; 
➙ Principal componente de matriz óssea é o colágeno do 
tipo I, e, em menor grau, o colágeno do tipo V; 
➙ Proteínas (não colágenas) que constituem a substância 
fundamental do osso: 
o Proteoglicanos: são macromoléculas que contêm 
uma proteína central, à qual estão ligadas várias 
cadeias laterais de glicosaminoglicanos (ácido 
hialurônico, condroitim sulfato e queratam sulfato). 
Essas moléculas contribuem para a força 
compressiva do osso, além de serem responsáveis 
pela ligação dos fatores de crescimento e inibição da 
mineralização. 
o Glicoproteínas multiadesivas: responsáveis pela 
fixação das células ósseas e das fibras colágenas à 
substância fundamental mineralizada; 
o Proteínas dependentes de vitamina K específicas do 
osso: incluindo a osteocalcina, que captura o cálcio da 
circulação e atrai e estimula os osteoclastos na 
remodelação do osso; 
o Fatores de crescimento e as citocinas. 
➙ Dentro da matriz óssea há espaços denominados lacunas, 
que contêm, cada uma, uma célula óssea ou osteócito. Este 
apresenta numerosos prolongamentos alojados em pequenos 
túneis, denominados canalículos. Os canalículos percorrem a 
matriz mineralizada, conectando as lacunas adjacentes e 
possibilitando o contato entre os prolongamentos celulares de 
osteócitos vizinhos. 
• OSTEÓCITO: células capazes de produzir sinais para 
remodelação em resposta em fatores mecanicos – 
manutenção da matriz óssea; ocupam cavidades na matriz 
óssea, as lacunas, e se comunicam por canalículos 
➙ Além dos osteócitos, quatro outros tipos de células estão 
associados ao osso: 
• As células osteoprogenitoras são derivadas das células-tronco 
mesenquimatosas; dão origem aos osteoblastos 
• Os OSTEOBLASTOS secretam a matriz extracelular do osso; 
quando a célula é circundada pela sua matriz secretada, é 
denominada osteócito; células de revestimento lembrando 
epitélio simples; cuboides quando em intensa atividade 
achatadas quando em pouca atividade 
• As células de revestimento ósseo permanecem na superfície 
óssea quando não há crescimento ativo. Originam-se dos 
osteoblastos que permanecem no tecido mesmo após a 
cessação da deposição óssea 
• Os OSTEOCLASTOS reabsorvem o tecido ósseo e se 
encontram nas superfícies ósseas onde o osso está sendo 
removido ou remodelado (reorganizado) ou onde o osso foi 
danificado; podem ter 6 a 50 núcleos; originam pela fusão de 
células mononucleares da medula óssea 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OSTEOBLASTO 
OSTEÓCITO 
OSTEOCLASTO 
 
 
Estrutura geral dos ossos 
↳ OSSO COMO ÓRGÃO: os ossos são os órgãos do 
sistema esquelético; o tecido ósseo é o componente 
estrutural dos ossos. Em geral, um osso consiste em tecido 
ósseo e em outros tecidos conjuntivos, incluindo tecido 
hematopoético, tecido adiposo, vasos sanguíneos e nervos. 
Quando o osso forma uma articulação livremente móvel 
(designada articulação sinovial), verifica-se a existência de 
cartilagem hialina. A capacidade do osso de desempenhar a sua 
função esquelética é atribuída ao tecido ósseo, aos ligamentos e, 
quando presente, à cartilagem articular (hialina). 
↳ Tecido ósseo é classificado em compacto (denso) ou 
esponjoso (trabecular): camada densa e compacta forma 
a parte externa do osso (osso compacto); uma rede 
semelhante a uma esponja, que consiste em trabéculas 
(espículas finas anastomosadas de tecido ósseo) forma o 
interior do osso (osso esponjoso). Os espaços dentro da 
rede são contínuos e, no osso vivo, são ocupados pela 
medula óssea e por vasos sanguíneos. 
↳ Ossos são classificados de acordo com o seu formato: 
ossos, longos, curtos, planos, irregulares 
 
o OSSOS LONGOS: apresentam um corpo 
(diáfise) e duas extremidades 
expandidas (epífise.s) A superfície 
articular da epífise é coberta com 
cartilagem hialina. A porção alargada 
do osso entre a diáfise e a epífse é 
denominada metáfise; estende--se 
da diáfise até a linha epifisária. A 
porção interna do osso é constituída 
por uma grande cavidade ocupada 
pela medula óssea, denominada 
medula óssea ou cavidade medular. 
o OSSOS CURTOS: contêm uma 
camada de osso compacto e 
apresentam osso esponjoso e um 
espaço medular no seu interior. 
Geralmente formam articulações 
móveis com os ossos vizinhos; assim 
como nos ossos longos, suas superfícies 
articulares são cobertas com cartilagem hialina. O 
periósteo, uma cápsula de tecido conjuntivo 
fibroso, cobre a superfície externa do osso. 
 
↳ SUPERFÍCIE EXTERNA DO OSSO 
o Os ossos são cobertos por periósteo, uma bainha 
de tecido conjuntivo denso fibroso contendo células 
osteoprogenitoras, exceto nas áreas onde se 
articulam com outro osso. Neste último caso, a 
superfície de articulação é coberta por cartilagem. 
O periósteo que cobre um osso em crescimento 
ativo consiste em uma camada fbrosa externa, que 
se assemelha a outros tecidos conjuntivos densos, e 
em uma camada interna mais celularizada, que 
contém as células osteoprogenitoras. 
o Os locais em que um osso se articula com um osso 
vizinho, como nas articulações sinoviais, as áreas de 
contato dos dois ossos são designadas como 
superfícies articulares. As superfícies articulares são 
cobertas por cartilagem hialina, também denominada 
cartilagem articular, em virtude de sua localização e 
função; a cartilagem articular é exposta à cavidade 
arti-cular. Essa cartilagem não é coberta com 
pericôndrio. 
 
↳ CAVIDADES ÓSSEAS 
o São revestidas por endósteo, uma camada de células 
de tecido conjuntivo que contém células 
osteoprogenitoras. 
o O endósteo é composto por apenas uma camada 
celular e consiste em células osteoprogenitoras, que 
podem se diferenciar em células 
secretoras de matriz óssea (osteoblastos) 
e em células de revestimento ósseo. 
o A cavidade medular e os espaços 
no osso esponjoso contêm medula óssea. 
 A medula óssea vermelha consiste 
em células sanguíneas em diferentes 
estágios de desenvolvimento e em uma 
rede de células reticulares e fibras que 
servem de estrutura de suporte para as 
células sanguíneas e os vasos em 
desenvolvimento. Durante o crescimento 
do indivíduo, a quantidade de medula 
óssea não aumenta proporcionalmente ao 
crescimento do osso. Nos estágios 
avançados do crescimento e em adultos, 
quando a velocidade de formação das 
células sanguíneas diminui, o tecido na 
cavidade medular consiste principalmente 
em células adiposas, sendo então 
denominado medula amarela. 
 Em resposta a estímulos apropriados, como 
perda extrema de sangue, a medula 
amarela pode reverter para a medula 
vermelha. No adulto, a medula vermelha 
limita-se geralmente aos espaços de osso 
esponjoso situados em alguns locais, como 
o esterno e a crista ilíaca. Amostras de 
medula óssea para diagnóstico ou para 
transplante são obtidas desses locais. 
 
 
 
Tipos de tecido ósseo 
↳ Osso maduro 
● Sistema de Havers: também denominado como ósteon, são unidades estruturais 
cilíndricas que compõem o osso maduro. Os ósteons consistem em lamelas 
concêntricas de matriz óssea que circundam um canal central, o canal de Havers 
que contém o suprimento vascular e nervoso do ósteon. Os canalículos que contêm 
os prolongamentos dos osteócitos geralmente estão dispostos radialmente ao canal. 
O sistema de canalículos que se abrem no canal de Havers também serve de 
passagem para as substâncias entre os osteócitos e os vasos sanguíneos. Entre os 
ósteons encontram--se remanescentes de lamelas concêntricas prévias, 
denominadas lamelas intermediárias. Em virtude dessa organização, o osso maduro 
é também denominado osso lamelar. 
● Canais de Volkmann (perfurantes): localizam--se no osso lamelar e têm percurso 
aproximadamente transversal emrelação ao longo eixo do osso, através dos quais 
os vasos sanguíneos e os nervos seguem o seu trajeto de ambas as 
superfícies pe- 
riosteal e endosteal para alcançar o canal de Havers. Além disso, conectam os 
ca- 
nais de Havers entre si. Em geral, apresentam trajeto aproximadamente em 
ângulos retos ao eixo longitudinal dos ósteons e do osso. Os canais de 
Volkmann não são circundados por lamelas concêntricas, uma característica 
essencial para a sua identificação histológica. 
● O osso esponjoso maduro assemelha--se na sua estrutura ao osso 
compacto maduro, com exceção do fato de o tecido estar disposto como 
trabéculas ou espículas; observa--se a existência de numerosos espaços 
medulares interconectantes de vários 
●Os forames nutrícios são aberturas no osso através das quais os vasos 
sanguíneos passam para alcançar a medula. Os maiores números de forames 
nutrícios são encontrados na diáfise e na epífise As artérias metafisiais suplementam 
o aporte sanguíneo para o osso. As veias que saem pelos forames nutrícios ou 
através do tecido ósseo da diáfise e que continuam através do periósteo drenam o 
sangue do osso. As artérias nutrícias que suprem a diáfise e a epífise originam--se, 
durante o desenvolvimento, como os principais vasos dos brotamentos periosteais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
↳ Osso imaturo 
● Diferenças entre o osso maturo ao imaturo: 
o O osso imaturo não tem uma organização lamelar. Com base no arranjo das fibras 
colágenas, este osso é designado como não lamelar. O osso não lamelar também é 
denominado osso primário ou osso trabecular, em virtude do arranjo não bem 
organizado das fibras colágenas; 
o O osso imaturo contém um número relativamente maior de células por unidade de 
área do que o osso maduro; 
o As células no osso imaturo tendem a apresentar disposição aleatória, enquanto as 
células do osso maduro estão geralmente dispostas com seus eixos longitudinais na 
mesma direção das lamelas; 
o A matriz do osso imaturo tem mais substância fundamental que a matriz do osso 
maduro. 
Matriz orgânica e inorgânica 
● A matriz extracelular é constituída por uma porção orgânica 
e uma inorgânica. A porção orgânica da matriz extracelular é 
constituída principalmente por fibras colágenas, as quais 
apresentam em sua constituição colágeno tipo I, 
proteoglicanos e glicoproteínas. Já a parte inorgânica é 
constituída, principalmente, por íons cálcio e fosfato, além de 
outras substâncias em menores quantidades, como potássio, 
magnésio e bicarbonato. 
● Matriz óssea: composta por uma parte de substâncias 
orgânicas (colágeno, proteoglicanos e glicoproteínas) – as 
glicoproteínas podem ser uma das explicações para a 
calcificação – e outra orgânica (cálcio, potássio e outros íons) 
– formando cristais como a hidroxiapatita hidratada. A 
interação da hidroxiapatita com as fibras de colágeno são 
responsáveis pela dureza do osso. 
 Periósteo e endósteo: periósteo recobre superfície 
externa dos ossos e endósteo, a superfície interna; 
essas moléculas são responsáveis pela renovação / 
crescimento do tecido ósseo e a nutrição do 
mesmo. O periósteo apresenta as fibras de Sharpey 
(fibras colágenas) que penetram no tecido ósseo e 
prendem firmemente o periósteo ao osso. 
 
Ossificação 
1) Intramembranosa 
o Ocorre no interior das membranas do tecido conjuntivo; 
o Formação dos ossos do crânio (Frontal, Parietal, parte do occipital, Temporal e Maxila), ossos curtos e do espessamento 
dos ossos longos.; 
o Células mesenquimais (centros de ossificação 
primária) ➭ diferenciação ➭ formam os osteoblastos ➭ 
sintetiza osteóide (porcao orgânica da matriz não 
mineralizada)que mineralizam e englobam os osteoblastos 
➭ forma os osteócitos 
Obs: Grupos de formação óssea surgem juntos, se 
encontram, formam traves ósseas – origem esponjosa – 
cavidade penetradas por vasos sanguíneos e células 
mesenquimatosas indiferenciadas que formará a medula 
ósse.a; 
o Superficies internas e externas – formadas por 
reabsorção – osso compacto; 
o Fim da diferenciação – membrana interna e externa 
= endósteo e periósteo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2) Endocondral 
o Proliferação e a agregação das células 
mesenquimatosas no local do futuro 
osso ➭ células mesenquimatosas 
diferenciam-se em condroblastos ➭ 
passam a expressar colágeno tipo II e 
a produzir matriz cartilaginosa. 
o Formação de um modelo de 
cartilagem hialina com o formato geral 
do osso – origina os ossos curtos e 
longos 
o Células do tecido cartilaginoso 
sofrem hipertrofia que leva a 
apoptose ➭ cavidade vazia ➭ 
invadida por vasos sanguíneos e 
por algumas células que se 
diferenciaram em osteoblastos 
OSSOS LONGOS: primeiro sinal de ossificação consiste no 
aparecimento de um colar ósseo ao redor do modelo de 
cartilagem (formado pelo pericôndrio da diáfise) – células 
envolvidas pelo colar hipertrofiam, morrem, mineralizam-se – invasão de vasos do periósteo e por células osteogênicas – formam-
se os osteoblastos – produz matriz óssea -tecido ósseo primário 
o Crescimento do centro primário + crescimento do cilindro ósseo (formado a partir do pericôndrio e que cresce 
em direção a epífise) 
o Centros secundários formadas a partir de tecido conjuntivo na cartilagem articular e disco epifisário 
(responsável pelo crescimento longitudinal do osso) 
o Crescimento do osso endocondral começa no segundo trimestre de gravidez e continua até o início da vida 
adulta (cavidade medular diafisária se expande - nítida região ocupada por cartilagem em ambas as 
extremidades da cavidade - cartilagem epifisária) 
o Crescimento em comprimento dos ossos longos depende da existência de cartilagem epifisária. Durante a 
formação endocondral do osso, a cartilagem avascular é gradualmente substituída por tecido ósseo 
vascularizado. As zonas na cartilagem epifisária, começando com a zona mais distal ao centro diafisário de 
ossificação e prosseguindo em direção a esse centro, são as seguintes: 
 
 Inicialmente, há o surgimento de um centro de ossificação no tecido conjuntivo mesenquimatoso. Tal centro é formado por células osteoprogenitoras derivadas do 
mesênquima, que irão se diferenciar em células secretoras da matriz do tecido ósseo, os osteoblastos. Os osteoblastos começam a secretar matriz óssea ainda não mineralizada, 
o osteoide. ➭ Os osteoblastos acumulam-se na periferia do centro de ossificação e continuam secretando osteoide em direção ao centro de ossificação. À medida que o 
processo continua, o osteoide sofre mineralização, e os osteoblastos nessa matriz (osteoide) diferenciam-se em osteócitos. Estes exibem prolongamentos citoplasmáticos que 
se comunicam com outros osteócitos e com os osteoblastos. ➭ O tecido recém-formado tem estrutura microscópica de osso imaturo (não lamelar) com trabéculas espessas 
revestidas por osteoblastos e células endosteais. ➭ O crescimento adicional e a remodelação do osso resultam na substituição do osso imaturo não lamelar por um osso 
maduro, compacto e lamelar. Entre as lamelas de osso compacto há trabéculas de osso esponjoso. Os espaços entre as trabéculas são ocupados por células da medula óssea, 
conduzidas por vasos sanguíneos. Um espaço está revestido por células endosteais inativas, enquanto o outro está revestido por osteoblastos, osteoclastos e células endosteais, 
uma indicação da ocorrência de processo ativo de remodelação. 
 
ZONAS NA CARTILAGEM EPIFISÁRIA 
 Zona de cartilagem de reserva ou em repouso: não exibe nenhuma proliferação celular nem produção de matriz 
 Zona de proliferação: é adjacente à zona de cartilagem em repouso na direção da diáfise. Nesta zona, as células cartilaginosas 
sofrem divisão e organizam-se em colunas. Essas células são maiores que as da zona de reserva e ativas na produção de colágeno 
(principalmente dos tipos II e XI) e outras proteínas da matriz cartilaginosa 
 Zona de hipertrofia ou hipertrófica contém células cartilaginosas acentuadamente aumentadas (hipertróficas). O 
citoplasma dessas células é claro, porcausa do glicogênio que elas geralmente acumulam (que é perdido durante a preparação tecidual). 
Nesta zona, os condrócitos permanecem metabolicamente ativos; continuam secretando colágeno do tipo II, enquanto a sua secreção 
de colágeno do tipo X aumenta. Os condrócitos hipertróficos também secretam VEGF, que induz a invasão vascular. A matriz 
cartilaginosa é comprimida e forma feixes lineares entre as colunas de células cartilaginosas hipertrofiadas 
 Zona de cartilagem calcificada, as células hipertrofiadas começam a degenerar, e a matriz cartilaginosa torna-se calcificada. 
Em seguida, a cartilagem calcificada atua como arcabouço inicial para a deposição de tecido ósseo. Os condrócitos localizados na porção 
mais proximal dessa zona sofrem apoptose 
 Zona de reabsorção é a mais próxima da diáfise. Nessa região, a cartilagem calcificada está em contato direto com o tecido 
conjuntivo da cavidade medular. Nesta zona, pequenos vasos sanguíneos e células osteoprogenitoras acompanhantes invadem a região 
previamente ocupada pelos condrócitos que sofreram apoptose, formando nesse local uma série de alças (ver Figura 8.22). A cartilagem 
calcificada se organiza como espículas longitudinais. Em corte transversal, a cartilagem calcificada é faveolada em razão da ausência das 
células cartilaginosas. Os vasos sanguíneos invasores 
constituem a fonte de células osteoprogenitoras, que irão 
se diferenciar em osteoblastos. 
 
o A espessura do disco epifisário permanece relativamente 
constante durante o crescimento 
o A quantidade de nova cartilagem produzida (zona de proliferação) é igual à quantidade reabsorvida 
(zona de reabsorção) 
o Naturalmente, a cartilagem reabsorvida é substituída por osso esponjoso. 
 
➙ À medida que o osso é depositado sobre as espículas 
calcificadas, a cartilagem é reabsorvida, deixando em seu lugar 
osso esponjoso primário. Este sofre reorganização por meio 
da atividade osteoclástica e adição de novo tecido ósseo, 
acomodando, assim, o crescimento continuado e os estresses 
físicos impostos ao osso. 
➙ Pouco depois do nascimento, observa-se o 
desenvolvimento de um centro de ossificação secundário na 
epífise proximal. As células cartilaginosas sofrem hipertrofia e 
degeneram. Conforme observado na diáfise, ocorre 
calcificação da matriz, e os vasos sanguíneos e células 
osteogênicas do pericôndrio invadem a região, criando uma 
nova cavidade medular. Posteriormente, forma-se um centro 
https://jigsaw.minhabiblioteca.com.br/books/9788527737241/epub/OEBPS/Text/chapter08.xhtml#fig8-22
de ossificação epifisário semelhante na extremidade distal do 
osso. Esse centro também é considerado um centro de 
ossificação secundário, embora se desenvolva posteriormente. 
Com o desenvolvimento dos centros de ossificação 
secundários, a única cartilagem do modelo original que 
permanece é a cartilagem articular nas extremidades do osso 
e um disco transversal de cartilagem, conhecido como disco 
epifisário de crescimento, que limita as cavidades epifisárias e 
diafisárias. 
➙ A cartilagem do disco de crescimento epifisário é 
responsável pela manutenção do processo de crescimento 
➙ O alongamento efetivo do osso ocorre quando há 
produção de nova matriz cartilaginosa no disco epifisário. A 
produção de nova matriz cartilaginosa empurra a epífise, 
afastando-a da diáfise, com consequente alongamento do osso. 
Esse crescimento seguido dos mesmos processos – isto é, 
hipertrofia, calcificação, reabsorção e ossificação – dependem 
do “simples” mecanismo pelo qual a cartilagem recém-formada 
é substituída por tecido ósseo ao longo do desenvolvimento 
fetal. 
➙ O osso aumenta em largura ou diâmetro quando ocorre 
crescimento aposicional de novo osso entre as lamelas 
corticais e o periósteo. Em seguida, a cavidade medular 
aumenta por reabsorção do osso sobre a superfície endosteal 
do córtex do osso. À medida que o osso se alonga, é 
necessário haver remodelação, que consiste na reabsorção 
preferencial de osso em algumas áreas e na deposição de 
osso em outras 
➙ Quando a proliferação de nova cartilagem cessa, a 
cartilagem já produzida no disco epifisário continua sofrendo 
as alterações que levam à deposição de novo osso até que, 
por fim, não haja mais nenhuma cartilagem remanescente. 
Nesse estágio, as cavidades medulares epifisárias e diafisária 
tornam-se confluentes. A eliminação do disco epifisário é 
designada fechamento epifisário.

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