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Resumo - Fungos

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Gabriel Sousa 
CONHECER OS ASPECTOS ESTRUTURAIS E 
GENÉTICOS DOS FUNGOS, 
DIFERENCIANDO-OS DAS BACTÉRIAS 
Reino: fungi. Eram considerados do reino 
plantae, mas como não possuem pigmentos nem 
realizam fotossíntese, em 1969 foram 
considerados diferentes das plantas e ganharam 
seu próprio reino 
Estudo dos fungos: micologia 
Bolores, cogumelos, mofos e leveduras 
Eucariontes aeróbicos 
Podem ser unicelulares (leveduras) ou 
pluricelulares (filamentosos), sendo que a 
maioria é multicelular 
 
São heterotróficos (não produzem o próprio 
alimento) e geralmente se alimentam atraves da 
absorção de nutrientes presentes no solo 
Reserva energética: glicogênio 
Podem ser aeróbicos, anaeróbicos ou 
anaeróbicos facultativos 
A maioria dos fungos é microscópica e terrestre, 
habitam o solo ou matéria vegetal morta e 
desempenham papel crucial na mineralização do 
carbono orgânico 
Muitos causam doenças em plantas ou animais 
Alguns podem estabelecer associação simbiótica 
com diversas plantas, auxiliando-as na aquisição 
de minerais provenientes do solo e outros 
beneficiam a vida humana por meio da 
fermentação e síntese de antibióticos 
São quimiorganotróficos, ou seja, utilizam 
compostos químicos orgânicos para obtenção de 
energia e a maioria é aeróbica 
Eles realizam digestão extracorpórea, pois se 
alimentam através da secreção de enzimas 
extracelulares (exoenzimas) que digerem 
polímeros, como polissacarídeos ou proteínas, 
em monômeros que são assimilados como 
recurso de carbono e energia 
A nutrição deles pode ser caracterizada de acordo 
com o estado em que o composto orgânico 
utilizado se encontra: 
- Saprófagos ou decompositores: se alimenta de 
organismos mortos e em decomposição 
- Parasitas: se alimentam de substâncias e 
organismos vivos 
- Predadores: se alimentam de pequenos 
animais, como insetos 
Os produtos absorvidos a partir da digestão 
extracorpórea são transportados pelo interior 
celular por meio de difusão 
- Mutualísticos: estabelecem relações 
mutualísticas. Exemplo as micorrizas (raízes que 
contem fungos). Nesses casos, elas absorvem 
água do solo, degradam a matéria orgânica e 
absorvem os nutrientes liberados, transferindo 
parte deles para a 
planta, que 
cresce mais sadia. 
Esta, por sua vez, 
cede ao fungo 
certos açúcares e 
aminoácidos de 
que ele necessita 
como alimento. 
Gabriel Sousa 
MORFOLOGIA 
 
A maioria é multicelular e formam rede de 
filamentos chamados hifas 
Hifas: As hifas são paredes celulares tubulares 
que envolvem a membrana citoplasmática e se 
assemelham às raízes das plantas, apresentam 
ramificações que ajudam a aumentar a superfície 
de contato do fungo com o meio externo, 
auxiliando no crescimento. No seu interior estão 
o núcleo celular, as organelas e demais 
constituintes citoplasmáticos. Podem crescer 
através de alongamentos das extremidades 
ramificadas. O conjunto de hifas é denominado 
micélio 
- Funções: fixar o substrato, reprodução – 
produzir brotos e se ramificar - e digestão celular 
– liberam enzimas para que o fungo consiga fazer 
a absorção dos nutrientes. 
- Podem ser septadas (possuem paredes 
transversais, chamadas septos, dividindo cada 
hifa em células separadas. Podem apresentas 2 
núcleos em cada célula – dicariótica, ou apenas 1 
núcleo - monocariótica) ou cenocíticas 
(filamentos contínuos, sem paredes transversais 
(septos) separando cada célula e os núcleos são 
espalhados pelo citoplasma) 
- Podem ainda ser classificadas como verdadeiras 
(crescem sem interrupção, a partir da germinação 
de um esporo) ou falsas (pseudo-hifas, crescem 
por gemulação ou por brotamento sucessivo) 
- Quanto à coloração, podem ser hialinas (cores 
claras) ou demácias (cores escuras ou negra) 
 
Micélio: conjunto de hifas encontrado em um 
mesmo organismo. A partir do micélio, hifas 
aéreas crescem acima da superfície e esporos 
denominados conídios são formados nas suas 
pontas. Pode ser classificado como vegetativo 
(fica no substrato e é um elemento de 
sustentação e de absorção) ou aéreo (fica na 
superfície e se diferencia para sustentar os corpos 
de frutificação ou propágulos, que são os micélios 
reprodutivos) 
 
Conídios: esporos assexuados e podem ter 
pigmento negro, verde, vermelho, amarelo ou 
marrom. A presença desses esporos confere à 
massa miceliana um aspecto pulverulento e a 
função de dispersão dos fungos para novos 
ambientes 
Gabriel Sousa 
 
Corpos de frutificação: estrutura reprodutiva 
macroscópica em que milhões de esporos podem 
ser dispersos pelo vento, agua ou animais 
 
Parede celular: a maioria possui a PC constituída 
de quitina, um polímero de N-acetilglicosamina. 
Apresenta-se disposta nas paredes como feixes 
microfibrilares (assim como a celulose nas 
paredes de células vegetais) para formar uma 
parede de estrutura grossa e resistente. Função: 
formato celular e proteção do protoplasto. 
Composição: glucano, quitina, lipídios, melanina 
(em fungos damáceos) 
Outros polissacarídeos, como mananas e 
galactomananas ou mesmo celulose, podem 
substituir ou complementar a quitina na parede 
celular de alguns fungos 
A parede celular dos fungos possui normalmente 
80 a 90% de polissacarídeos, com somente uma 
pequena quantidade de proteínas, lipídeos, 
polifosfatos e íons inorgânicos formando a matriz 
de cimentação da parede.
 
Genética: os fungos se distinguem sexualmente 
pela presença de sequências genéticas existentes 
em um parceiro e no outro não. Por isso, 
convencionou-se chamar de “A” e “a” ou “+” e “- 
“, ao invés de macho e fêmea 
- variantes diferentes de um mesmo gene são 
chamadas de alelos. Mas quando as regiões de 
um loco tem tamanho, sequência de DNA e 
origem evolutiva diferentes, são chamadas de 
idiomorfos 
- Em ascomicetos, a reprodução sexual em fungos 
é controlada pelos genes mating type presentes 
no locus MAT, que é representado por dois 
idiomorfos - MAT1-1 e MAT1-2 
 
 
Gabriel Sousa 
- Espécies autoestéreis ou heterotálicas: 
precisam de um “parceiro sexual” (outro 
indivíduo, com diferenças genéticas) para realizar 
o acasalamento. 
- Espécies autoférteis ou homotálicas: a 
reprodução sexual entre indivíduos com o mesmo 
material genético, ou entre duas células do 
mesmo indivíduo, graças a especificidades 
genéticas desses microrganismos 
 
DIFERENÇA ENTRE FUNGOS E BACTÉRIAS 
Bactérias são procariontes e fungos eucariontes 
Bactérias não possuem parede celular, já os 
fungos possuem uma parede celular formada de 
quitina 
Fungos possuem organelas membranosas e as 
bactérias não 
Fungos não possuem células moveis em todos os 
estágios do ciclo de vida 
Fungos é mais resistente à pressão osmótica que 
as bactérias 
Podem crescer sobre substancias com baixo grau 
de umidade, tao baixos que impede o 
crescimento bacteriano 
São capazes de metabolizar carboidratos 
complexos, tais como lignina 
(madeira), que as bactérias não podem utilizar 
como nutriente 
Necessitam de menos nitrogênio para um 
crescimento equivalente ao 
das bactérias 
Reserva de energia na forma de glicogênio 
Os fungos normalmente crescem melhores em 
ambientes em que o pH é 
muito ácido, o qual são desfavoráveis para o 
crescimento da maioria das 
bactérias comuns 
CONHECER AS FORMAS DE REPRODUÇÃO 
DOS FUNGOS 
Assexuada 
- Ocorre pela fragmentação do micélio, 
brotamento, cissiparidade ou produção de 
esporos assexuais 
- Não ocorre fusão de núcleos, apenas mitoses 
sucessivas, ou seja, os cromossomos das células 
são duplicados e as células formadas apresentam 
a mesma constituição genética 
- Corresponde à fase imperfeita, também 
chamada de fase anamórfica dos fungos 
- Geralmente ocorre em indivíduos unicelulares 
por brotamento ou gemulação. Nesse processo, 
um broto é formado numa região da célula e, 
após seu desenvolvimento, pode se desprender 
da célula, formandoum indivíduo idêntico ao 
inicial (sem variação genética) 
- Outro tipo de reprodução assexuada muito 
comum em fungos é a esporulação. Nesse 
processo, algumas hifas passam a formar e 
armazenar esporos em suas extremidades 
(esporângios), passando a ser conhecidas como 
esporangióforos. Após o desenvolvimento e 
maturação dos esporos (haploides), os 
esporângios se rompem e os esporos são 
Gabriel Sousa 
dispersos pelo ar até encontrar um ambiente 
favorável para sua germinação. 
 
 
- Conídios: esporos assexuados 
- Esporangióforos: produzidos no interior de 
esporângios 
- Artroconídios: se desenvolvem a partir do 
desprendimento de um fragmento da hifa 
 
Sexuada 
- Ocorre o aumento da variabilidade genética, já 
que os indivíduos formados podem apresentar 
constituição genética diferentes, o que favorece 
a adaptação e sobrevivência das espécies 
- Fase perfeita ou teleomórfica 
- Dois fungos haploides (n) podem fundir suas 
hifas através de um processo chamado de 
plasmogamia, formando uma hifa com células 
dicarióticas. A partir da plasmogamia são 
formados corpos de frutificação. Nos corpos de 
frutificação ocorre a cariogamia, na qual os dois 
núcleos presentes nas células dicarióticas se 
fundem, formando uma célula diploide (2n). Após 
isso, as células diploides da hifa passam por uma 
divisão meiótica (reducional), formando o asco 
ou basídio. No interior das estruturas 
reprodutivas são formados os esporos (ascóporos 
ou basidiósporos), que possuem núcleos 
haploides (n) 
OBS: antes de ocorrer a plasmogamia, é 
necessário que uma hifa atraia a outra e isso 
ocorre por meio da produção de substancias 
produzidas por hifas compatíveis 
 
 
DISTINGUIR OS TIPOS DE MICOSES 
(CUTÂNEA, SUBCUTÂNEA, SISTÊMICA E 
OPORTUNISTA) 
Micose superficial 
- Atingem a parte mais superficial da pele e haste 
dos pelos 
Gabriel Sousa 
- Sua relação com o hospedeiro está entre 
saprofitismo e parasitismo 
- Pouca ou nenhuma resposta imune do 
hospedeiro 
- Exemplos: malassezia furfur (ptiríase versicolor 
– pano branco. Leveduras que se alimentam do 
sebo presente na pele 
 
Micose cutânea 
- Restritas as camadas queratinizadas do 
tegumento 
- Pele, unhas e pelos 
- Podem ser dermatofitoses (casadas por fungos 
dermatófitos, que utilizam queratina como 
alimento. Não sobrevivem no interior de tecidos 
vivos, nem em área de inflamação intensa, por 
isso são “não invasivos”. Trichophyton, 
Microsporum, Epidermophyton) ou 
dermatomicoses (micoses cutâneas causadas por 
outros fungos, filamentosos não queratinofilicos 
e por leveduras do gênero Candida) 
Micose subcutânea 
- Iniciada pela inoculação traumática, onde o 
organismo é implantado no tecido 
- Afetam as camadas mais profundas da derme, 
tecido subcutâneo e osso 
- Os agentes etiológicos são mais comumente 
encontrados no solo ou na vegetação em 
deterioração. 
- Os pacientes que desenvolvem as doenças não 
possuem qualquer defeito imunológico 
subjacente. 
- Transmissão geofílica (contato com solo e 
vegetais secos) ou animais 
- ex: esporotricose 
Micose sistêmica 
- Invasão de órgãos ou sistemas 
- Cada agente apresenta uma virulência individual 
inerente a espécie 
- Dimórficos 
- Saprófitas do solo 
- Animais inalam os conídios (propágulos) 
infectantes na fase filamentosa 
- Exemplos: paracoccidioidomicose, 
histoplasmose (pássaros), coccidioidomicose, 
blastomicose 
Micose oportunista 
- Causadas por fungos pouco patogênicos 
-Se desenvolvem em hospedeiros 
imunocomprometidos 
- Principal forma de contaminação é a inalação 
- Exemplo: cândida

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