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Primeiros Socorros - emergências clínicas II

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Beatriz Castro e Silva de Albergaria Barreto Medicina – UNIFACS MR01 @biia_barreto 
Emergências Clínicas II 
 TONTURA 
É definida principalmente como a sensação de 
instabilidade ou de estar flutuando no ar. 
O que fazer? 
▪ Areje o ambiente; 
▪ Afrouxe as roupas da vítima; 
▪ Deixe a vítima deitada; 
▪ Eleve suas pernas, quando possível. 
 DESMAIO 
É a perda abrupta e transitória da consciência e do 
tônus postural (da capacidade de ficar em pé), seguida 
de recuperação rápida e completa. Normalmente a 
tontura precede o desmaio. 
Causas: 
▪ Hipoglicemia; 
▪ Desidratação; 
▪ Fator emocional; 
▪ Dor extrema; 
▪ Ambiente confinado; 
▪ Ficar em pé imóvel por longo período 
(principalmente se estiver calor); 
▪ Levantar-se repentinamente depois de ter ficado 
agachado ou curvado para baixo. 
Sinais e sintomas: 
▪ Tontura; 
▪ Sensação de mal-estar; 
▪ Pulso rápido e fraco; 
▪ Respiração alterada; 
▪ Tremor nas sobrancelhas; 
▪ Pele fria, pálida e úmida; 
▪ Inconsciência superficial. 
Desmaio: O Que Fazer? 
• Peça a vítima que continue deitada em uma 
superfície plana no chão até que a tontura tenha 
passado completamente; 
• Caso persista a tontura eleve suas pernas um pouco 
até passar a tontura; 
• Se a vítima tiver caído, procure por ferimentos; 
• Quando não referir mais tontura, ajude-a a sentar 
lentamente, peça que permaneça sentada por 
alguns instantes antes de levantar-se lentamente. 
 HIPOGLICEMIA 
É caracterizada por um nível baixo de glicose no 
sangue, geralmente abaixo de 70 mg/dl. É um 
problema clínico comum em pacientes que estão em 
tratamento para diabetes mellitus, pois fazem uso de 
hipoglicemiantes. 
Pode ocorrer se uma pessoa: 
▪ Não tiver comido suficiente para o nível de 
atividade e quantidade de insulina existente na 
corrente sanguínea; 
▪ Não tiver se alimentado ou tiver vomitado; 
▪ For portadora de diabetes e tiver administrado 
muita insulina. 
Hipoglicemia: Sinais e Sintomas 
Ligeira Moderada Grave 
Fome 
Palidez 
Fraqueza 
Tremores 
Ansiedade 
Taquicardia 
Suor intenso 
Tonturas, visão turva 
Esquecimento, 
raciocínio lento 
Cefaleias 
Irritabilidade, choro 
Marcha desordenada 
Sonolência 
Discurso 
Confuso 
Agressividade 
Inconsciência 
Convulsões 
Coma 
Hipoglicemia: O Que Fazer? 
Paciente acordado, consciente: Oferecer um alimento 
assim que desconfiar que está hipoglicêmico. 
Deve-se ingerir 15 g de carboidratos, como por 
exemplo: 
▪ 1 colher de sopa rasa de açúcar com água 
▪ 150 ml de refrigerante regular (não dietético) - 1 copo 
pequeno 
▪ 150 ml de suco de laranja - 1 copo pequeno 
▪ 3 balas de caramelo 
Aguarde 15 minutos e verifique a glicemia novamente. 
Caso permaneça menor que 79 mg/dl, repetir o 
esquema. 
Paciente semiconsciente ou inconsciente: Nestes 
casos, o paciente não consegue mais ingerir alimentos. 
Não se deve insistir que o paciente se alimente, sob o 
risco de que aspire o alimento para o pulmão. A melhor 
opção é injetar glucagon – hormônio que faz o 
contrário do que a insulina faz, ou seja, aumenta a 
glicose no sangue. Sugere-se que a pessoa com 
diabetes (principalmente aquela que usa insulina) 
tenha sempre consigo uma ampola de glucagon para 
essas situações. A injeção é subcutânea, como a da 
insulina. 
Beatriz Castro e Silva de Albergaria Barreto Medicina – UNIFACS MR01 @biia_barreto 
Outra opção é colocar um pouco de açúcar na mucosa 
das bochechas, na tentativa de que absorva alguma 
glicose e a pessoa acorde. 
Se a pessoa não se sentir melhor após a ingestão de 
açúcar: 
• Telefone ou peça para alguém ligar para 192; 
• Não dê mais nada para comer ou beber; 
• Se apresentar convulsão siga os passos que serão 
ensinados a seguir; 
• Se tornar-se irresponsiva, inicie a RCP. 
 REAÇÕES ALÉRGICAS GRAVES 
É uma reação grave quando se desenvolve em minutos 
ou horas após contato com algum desencadeante (ex. 
alimentos, picadas de inseto, medicamentos etc.), nem 
sempre conhecido. Esta reação pode ser fatal se não 
reconhecida e tratada em tempo hábil. 
Muitas reações alérgicas são leves, mas podem 
tornar-se graves a qualquer momento; 
Alergias comuns: 
▪ Alimentos: amendoins, camarão, caranguejo, ovos, 
chocolate, abacaxi etc.; 
▪ Mordidas de insetos: abelhas, formigas, mosquitos, 
percevejos, vespas etc. 
▪ Analgésicos e anti-inflamatórios: aspirina, 
dipirona, paracetamol, diclofenaco etc.; 
▪ Antibióticos: penicilina, sulfa, quinolona, 
eritromicina, azitromicina etc.; 
▪ Contrastes radiológicos (princ. iodado); 
▪ Quimioterápicos 
Sinais e sintomas: 
LEVE: nariz inchado, 
espirros, coceira ao 
redor dos olhos e na 
pele, erupções 
vermelhas. 
 
GRAVE: dificuldade 
para respirar, inchaço 
da língua, desmaio, 
choque. 
 
Reações Alérgicas Graves: O Que fazer? 
• Verifique se o local é seguro; 
• Peça ajuda (192) e kit de primeiros socorros; 
• Algumas pessoas por saberem que são alérgicas 
possuem adrenalina, se ela possuir peça que 
aplique o medicamento; 
• Se possível, guarde uma amostra da substância que 
provocou a reação; 
• Se a vítima se tornar irresponsiva, inicie os passos 
de RCP. 
 CHOQUE ANAFILÁTICO 
O choque anafilático, também conhecido como 
anafilaxia ou reação anafilática, é uma reação alérgica 
grave que surge poucos segundos ou minutos após se 
estar em contato com uma substância a que se tem 
alergia. Se não houver um tratamento imediato, 
geralmente com epinefrina, pode causar inconsciência 
ou morte. 
Nos casos mais graves, em 
que o inchaço da garganta 
impede a passagem do ar 
para os pulmões, é 
necessário realizar uma 
cricotireoidostomia, que é 
um procedimento cirúrgico 
em que é realizado um corte 
na garganta, que possibilita manter a respiração, de 
forma a evitar alterações cerebrais graves. 
 
 Manifestações clínicas: 
▪ Sensação de desmaio; 
▪ Pulso rápido; 
▪ Dificuldade respiratória; 
▪ Náuseas e vômito; 
▪ Dor de estômago; 
▪ Urticária; 
▪ Pele pálida, fria e úmida; 
▪ Inchaço nos lábios, língua ou garganta (edema 
de glote); 
▪ Tonteira, confusão mental e perda da 
consciência; 
▪ Pode haver parada cardíaca. 
 
 
 
Beatriz Castro e Silva de Albergaria Barreto Medicina – UNIFACS MR01 @biia_barreto 
O que fazer? 
• Chamar uma ambulância, ligando para o número 
192 ou levar a pessoa imediatamente para o 
pronto-socorro; 
• Observar se a pessoa está consciente e respirando. 
Se a pessoa desmaiar e deixar de respirar, deve-se 
iniciar a massagem cardíaca. Veja aqui como fazer 
corretamente. 
• Se estiver respirando, deve-se deitá-la e levantar as 
suas pernas para facilitar a circulação sanguínea. 
Além disso, deve-se procurar se a pessoa tem alguma 
seringa de adrenalina na roupa ou bolsa, por 
exemplo, e injetá-la na pele o mais rápido possível. 
Já no caso de o choque ter acontecido após uma picada 
de inseto ou cobra, deve-se retirar o ferrão do animal 
da pele, aplicar gelo no local para diminuir a 
disseminação do veneno. 
Aplicação de epinefrina: 
A forma auto injetável da epinefrina é a apresentação 
mais adequada para pessoas que não tem 
familiaridade com agulhas e injeções. Dispositivos auto 
injetores, como o Epipen evitam doses excessivas, já 
que possuem quantidade fixa do medicamento, visto 
que a janela terapêutica da adrenalina (diferença entre 
dose terapêutica e dose tóxica) é muito pequena. 
Assim, deve ser aplicada na coxa uma dose de 0,15mg 
para crianças e 0,3mg para adultos, de forma única. 
 CONVULSÃO 
Convulsão é um distúrbio que se caracteriza pela 
contratura muscular involuntária de todo o corpo ou 
de parte dele, provocada por aumento excessivo da 
atividade elétrica em determinadas áreas cerebrais. 
Causas: 
Emoções intensas, exercícios vigorosos, determinados 
ruídos, músicas, odores ou luzes fortes podem 
funcionar como gatilhos das crises. Outras condições –febre alta, falta de sono, menstruação e estresse – 
também podem facilitar a instalação de convulsões, 
mas não são consideradas gatilhos. 
Durante convulsões de início generalizado, as pessoas 
podem: 
• Ter espasmos musculares graves e movimentos 
bruscos por todo o corpo, pois os músculos se 
contraem e relaxam rápida e repetidamente 
• Queda 
• Cerrar os dentes 
• Morder a língua (geralmente ocorre) 
• Babar ou espumar pela boca 
• Perder o controle da bexiga e/ou dos intestinos 
As convulsões costumam durar entre 1 e 2 minutos. 
Depois, algumas pessoas apresentam cefaleias, ficam 
temporariamente confusas e sentem-se muito 
cansadas. Esses sintomas podem durar de alguns 
minutos a horas. A maioria das pessoas não se lembra 
o que aconteceu durante a convulsão. 
Convulsão: o Que Fazer? 
• Segurança do local e pessoal; 
• Colete informações que justifique a crise; 
• Mantenha-se calmo e acalme as pessoas ao seu 
redor; 
• Evite que a pessoa caia bruscamente ao chão; 
• Acomode o indivíduo em local sem objetos dos 
quais ela pode se debater e se machucar; 
• Utilize material macio para acomodar a cabeça do 
indivíduo, como por exemplo; um travesseiro, 
casaco dobrado ou outro material disponível que 
seja macio; 
• Caso você não suspeite de trauma na cabeça ou 
coluna, coloque-a em posição lateral de segurança; 
• Posicione o indivíduo de lado de forma que o 
excesso de saliva ou vômito (pode ocorrer em 
alguns casos) escorram para fora da boca; 
• Afrouxe um pouco as roupas para que a pessoa 
respire melhor; 
Beatriz Castro e Silva de Albergaria Barreto Medicina – UNIFACS MR01 @biia_barreto 
• Observe a duração da crise convulsiva, caso seja 
superior a 5 minutos sem sinais de melhora, peça 
ajuda médica. 
• Permaneça ao lado da vítima até que ela recupere a 
consciência; 
• Ao término da convulsão a pessoa poderá se sentir 
cansada e confusa, explique o que ocorreu 
e ofereça auxílio para chamar um familiar. 
• Se após a convulsão a vítima tornar-se irresponsiva 
e não estiver respirando, inicie a RCP. 
Observações importantes: 
➢ Não segure a pessoa. 
➢ Não jogue água. 
➢ Não force a abertura da boca; 
➢ Não tente impedir as contrações; tentar imobilizar 
a pessoa ou amarrar os membros, pois pode 
resultar em fraturas ou outras lesões; 
➢ Não tente colocar objetos ou dedos na boca da 
vítima; 
➢ Não empurre a vítima contra o solo; 
➢ Se a vítima morder a língua, após a convulsão preste 
primeiros socorros. 
➢ Não dê tapas para que a pessoa retorne ao estado 
de consciência. 
➢ Não administre medicação. 
➢ Não ofereça alimentos ou bebidas até que a pessoa 
esteja completamente alerta, mesmo que se 
desconfie de uma diminuição de açúcar no sangue. 
 CONVULSÃO E EPILEPSIA 
A epilepsia é uma condição neurológica caracterizada 
pela ocorrência de crises epilépticas recorrentes sem 
nenhuma causa identificada. Portanto, uma pessoa 
que sofre uma única crise epiléptica com manifestação 
motora (convulsão) não apresenta, necessariamente, 
epilepsia. 
A crise epiléptica tônico-clônica é a mais comum. Por 
envolver manifestações motoras, é considerada uma 
convulsão. Ela é dividida em duas fases: 
▪ Fase tônica: o paciente em crise apresenta o 
endurecimento dos músculos. 
▪ Fase clônica: observam-se espasmos musculares 
violentos. 
 
 
Após as crises, é comum que o paciente sinta confusão 
prolongada, sonolência, dores musculares e fadiga. 
De maneira geral, a convulsão não leva à morte. No 
entanto, dependendo da situação, a crise pode 
desencadear acidentes que podem levar a essa 
consequência. Em alguns casos, pode ocorrer ainda o 
afogamento com saliva ou vômito, daí a importância de 
virar a cabeça da pessoa.

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