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HAS RESUMOS

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Avaliação e Manejo de Pacientes com Hipertensão Arterial 
Doença crônica que quando não tratada adequadamente, pode ser o principal fator de risco de morte prematura porque pode 
resultar em doença cardiovascular, acidente vascular encefálico e doença renal crônica.
● Elevação crônica 
● Pacientes com níveis médios de PÁS iguais ou superiores a 130mmHg, ou com níveis de PAD iguais ou superiores a 
80mmHg podem receber o diagnostico de HÁS 
● O sistema de classificação passou a incluir as categorias de estagio 1 e 2. Elas enfatizam a correlação direta entre a PAS 
e a PAD e os ricos de morbidade, mortes por todas as causas e principalmente a morte cardiovascular 
● Modificou a anteriormente denominada pré hipertensão para a categoria de hipertensão com o intuito de ressaltar a 
associação entre qualquer aferição de pressão arterial elevada e aumento do risco cardiovascular 
● Pode ser classificada como primária ou secundária. É feito o diagnostico de hipertensão arterial sistêmica primaria 
quando não existe causa identificável. Já a secundaria é definida como níveis tensionais elevados consequentes a uma 
causa subjacente identificável, pode ser sugerido por diagnostico recente de HÁS com dano excessivo de órgãos alvo 
como doença vascular cerebral, retinopatia, hipertrofia ventricular esquerda
● Fisiopatologia a pressão arterial é o produto do débito cardíaco multiplicado pela resistencia perifèrica. O débito 
cardíaco é o produto da frequência cardíaca multiplicada pelo volume sistólica. Cada vez que o coração contrai, a 
pressão é transferida da contração do miocárdio para o sangue, e em seguida, a pressão é exercida pelo sangue a 
medida que ele flui pelos vasos sanguíneos. A hipertensão arterial pode resultar de aumento do débito cardíaco e/ou da 
resistencia periferica. O aumento do DC, com frequência, estão relacionados a expansão do volume vascular. 
Compreende-se como uma condição multifatorial. Para que a HÁS aconteça, é necessário que haja alteração em um ou 
mais fatores que afetam a resistencia periferica ou o débito cardíaco, relacionados com os fatores de risco. Acredita-se 
que a HÁS resulte de uma interação complexa de riscos comportamentais, sociais, ambientais e genéticas. Pode ser 
poligênica (muitas mutações em um gene). Precedentes fisiológicos que podem levar a HÁS:
○ Aumento da atividade do sistema nervoso simpatico relacionado com a disfunção do sistema nervoso autônomo 
○ Aumento da reabsorção renal de sódio, cloreto e água relacionado com uma variação genética nas vias pelas quais 
os rins lidam com o sódio 
○ Aumento da atividade do sistema renina angiotensina aldosterona que resulta em expansão do volume de liquido 
extracelular e aumento da resistencia vascular sistêmica 
○ Diminuição da vasodilatação das arteríolas relacionada com a disfunção do endotélio vascular 
○ Resistência a ação da insulina, que pode ser um fator comum que conecta a hipertensão arterial, o DM2, 
hipertrigliceridemia, obesidade e a intolerância a glicose
○ Ativação dos componentes inatos e adaptativo da resposta imune que contribuem para inflamação e disfunção 
vascular
○ Envelhecimento com acumulo de placas, fragmentação de elastinas, aumento de depósitos de colágeno 
● Manifestação clinica: podem ser assintomáticos, não provoca sinais ou sintomas de alerta. Lesão em órgãos alvos como 
alterações retinia as como hemorragias, exsudatos, estreitamento arteriolar. 
● Avaliação e achados diagnósticos 
○ Aferição acurada da PA, fazer em media de pelo menos 2 aferições da PA e no mínimo duas ocasiões diferentes. A 
aferição da PA em uma unidade de saude não é com frequência acurada, portanto, a medida residencial da pressão 
arterial ou o monitoramento ambulatorial da pressão arterial sao considerados métodos mais acurados. 
● Manejo clinico: objetivo prevenir as complicações mantendo a pa inferior a 130x80 mmHg. Após a aferição para 
rastreamento, um paciente com diagnóstico prévio de HÁS e com níveis normais de PA pode ser aconselhado a ter a PA 
reavaliada após 1 ano. Um paciente sem diagnóstico prévio de HÁS com níveis elevados deve ser orientado a retornar 
para acompanhamento com aferições adicionais da PA de 3 a 6 meses. 
● Terapia farmacologia: o grupo de primeira linha sao os diuréticos tiazidicos e betabloqueadores dos canais de cálcio, 
inibidores da enzima conversora de angiotensina e bloqueadores do receptor de angiotensina. Sao prescritas doses 
básicas do
baixas do medicamento. Se a PA não for reduzida, a dose é aumentada gradualmente e são incluídos medicamentos 
adicionais.
Primeira linha 
○ Diuréticos tiazidicos: clortalidona, hidroclorotiazida, metalazona, indapamida
◆ diminui VS, fluxo sanguíneo renal, DC. Depleção de liquido extracelular
○ Inibidores da ECA: captopril, enalapril. 
◆ inibem a conversão da angiotensina I em II e reduzem a resistencia periferica total
○ Bloqueadores de receptores de angiotensina: losartana
◆ bloqueiam os efeitos da angiotensina II no receptor
◆ Reduzem a resistencia periferica
○ Bloqueadores de canais de cálcio: anlodipino, 
◆ inibem influxo de cálcio. Efeito dilatador nas arteriais, diminuição do esforço cardíaco e consumo de energia 
Segunda linha 
○ Diuréticos alça como furosemida
◆ depleção de volume, bloqueia a reabsorção de sódio, cloreto e água nos túbulos renais 
Capítulo 32 - HAS
● Causa ou fator de risco dominante para doenças cardiovasculares; 
○ Cardiopatias hipertensivas, isquēmica e valvar e suas consequências como IAM, angina de peito, insuficiência 
cardíaca, arritmias (FA) e more súbita
● O sistema nervoso central é outro órgão acometido pela elevação crônica da PA 
○ Acidente vascular cerebral isquêmico e hemorrágico, deficit cognitivo e demências 
● Doenças de grandes vasos, insuficiência renal crônica devido a elevação crônica
● Hipertensao arterial secundaria e primaria 
● Diagnostico risco para as doenças listadas sao diretamente proporcionais aos valores pressóricos;
● Valores maiores que 115x75 mmHg não sao aceitos como diagnostico, requerendo-se evidencia de que a redução de 
valores mais elevados se traduza por redução do risco cardiovascular 
● Diagnostico deve ser pela monitoração ambulatória de PA (MAPA) e monitorização residencial de PA (MRPA)
● Critérios de propostas diagnosticas e alvos terapêuticos. Deve-se considerar, portanto, o longo período de 
desenvolvimento de dano cardíaco, vascular e renal decorrente de uma PA cronicamente elevada. 
● Avaliação do paciente hipertenso destacar a pesquisa de fatores de risco, evidencia de dano em órgão alvo e doença 
cardiovascular clinica. História familiar positiva HÁS é geralmente encontrada em pacientes hipertensos. Sua ausência, 
especialmente nos jovens, é um alerta para a secundaria.
● Muitos pacientes tem a PA elevada tem queixas inespecificas -> não deve-se basear o diagnostico da hipertensão pela 
presença de sintomas sendo o diagnostico feito pela PA 
● Deve-se dar atenção a síndromes clinicas 
● Além de diagnosticar e classificar a HÁS e obesidade, o exame físico buscar identificar achados de hipertrofia miocárdica 
pela característica impulsiva do citrus cordis sem desvio da linha hemiclavicular
● Rotina complementar minima
○ Exame de urina bioquímica e sedimento, creatina sérica, potássio sérico, colesterol total, glicemia em jejum e ecg de 
repouso
● Presença de proteinúria leve a moderada é secundaria a repercussão aos rins. Proteiuria mais acentuada, leucocituria e 
hematuria indicam hipertensão grave ou secundária a nefropatia 
● Métodos complementares propostos para avaliar repercussão de HÁS e aprimorar o estabelecimento do prognostico
○ Ecorcardiograma, exame de fundo de olho, avaliação de rigidez arterial, aferição de pressão central
● Hipertensao secundaria: resistencia ao tratamento com pelo menos 3 medicamentos, incluindo um diurético é a suspeita 
clinica mais corriqueira. 
● Prevenção primaria e tratamento da HÁS
○ Baseada dentro da perspectiva de risco absoluto para doenças cardiovasculares 
○ Controle de faroesde risco por meio da pratica de hábitos alimentares saudáveis
○ Estratégias de prevenção são consideradas 
◆ Populacional: redução da exposição populacional a fatores de ricos
◆ Dirigida a grupos de risco: intervenção em indivíduos com valores de PA limítrofes, predispostos a hipertensão 
com medidas equivalentes as propostas para tratamento não medicamentoso 
○ Medidas não medicamentares 
○ Tratamento medicamentoso
◆ PA acima ou igual 130x80 e risco cardiovascular aumentado para pacientes com PA maior ou igual que 130x80 
recomendam tratamento não medicamentoso e reavaliação em 6 meses (se não responde, usa fármacos 
antihipertensivos) , para doença cardiovascular ou alto risco, recomendam tratamento medicamento para pa 
acima ou igual 14x9
◆ riscos a longo prazo da hipertensão - emprego precoce de antihipertensivos 
◆ Evidências de que pacientes com PA entre 120 a 139 ou 80 a 89, evoluem rapidamente para valores > 140/90. 
Pacientes com a pre hipertensão já tem evidencias de dano em órgão alvo e por fim, intervenções medicamentos 
demonstram-se capazes de prevenir pare da incidência de HÁS em curto prazo 
◆
Escolha dos anti hipertensivo 
● objetivo terapêutico guiam-se por pressão alvo. Restrigem betabloqueadores como 1 escolha em pacientes que não 
tenham indicação especifica para seu uso, contraindicam associação entre inibidores da enzima conversora de 
angiotensina e bloqueadores de receptores de angiotensina por efeito deletério 
● Primeira escolha diurético clortalidona. Hidroclorotiazida demonstrou-se eficaz em prevenir desfechos primordiais 
comparativas a placebo, e o nifedipino, somente quando associado a Amil orixá 
● Efeito colateral de diuréticos é a hipotassemia que se associa com aumento de glicemia. Amilorida, diurético poupador de 
potássio previne hipopotassemia e consequente elevação de glicemia 
● Fármacos do grupo dos IECA tem boas evidencias de prevenção a cardiopatia esqui ia e insuficiência cardíaca. Além 
disso, poupam potássio quando associados a diuréticos 
● o passo 1: consiste no emprego de diuteitco (se possível, clortalidona)
● O passo 2 - betabloqueadores - impede taquicardia 
● O passo 3: anlodipono, o antagonista do cálcio 
Fisiopatologia da HÁS
● HÁS é caracterizada clinicamente por valores de PA persistentemente altos nas artérias sistêmicas
● Principal fator de isco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares 
● Prevenção e tratamento essencial para reduzir a carga de doença e promover a longevidade 
● No tratamento deve-se considerar a PA, risco cardiovascular global para desenvolvimento da doença aterosclerotica 
● Etiologia
○ Primaria - fatores ambientais e distúrbios em genes 120 locis, 
○ Secundaria - causada por outra condição como feocromocitoma, coarctação da aorta, estenose da artéria renal 
● Mecanismo de regulação da pressa arterial 
○ Imediatamente - neural 
○ Minutos - hormonais 
○ Lingo prazo 
○ Desbalanço do neuro humoral pode levar aumento da PA, variabilidade da PA ou de ambos ao longo do tempo 
resultando em dano a órgãos alvos 
Hipertensão Arterial (Manual Prático da AP)
Definição e epidemiologia 
● Conceito condição clinica, multifatorial, que se caracteriza pela elevação a pressão arterial (PA) acima de 140x90mmHg;
● Caracteriza-se pré hipertensão por PÁS entre 121 a 139 e/ou PAD 81 a 89 mmHg. A pre hipertensão representa risco a 
saude do individuo 
● Fatores de risco obesidade, sedentarismo, idade avançada e ingestão excessiva de sal. Também associam sexo 
masculino, baixa escolaridade, raça negra e elevada ingestão de álcool 
Diagnostico 
● Consideração confirmação do diagnostico, possibilidade da causa secundária, risco cardiovascular e a investigação de 
lesões em órgãos alvo 
● Como é feito primeiro, afere a PA do paciente
○ Se estiver > 180x110 mmHg o diagnostico esta dado 
○ Se tiver acima de 140x90mmHg e abaixo de 180x110 mmHg deve seguir para a avaliação do risco cardiovascular. Se 
tiver alto, não há necessidade de avaliação complementar para confirmar o diagnóstico de HÁS. Em caso de medio 
ou baixo, pode-se confirmar o diagnostico por meio de uma nova medida numa segunda visita, medida residencial da 
PA ou ambulatorial
○ 2ª visita: se acima 140x90, possui diagnóstico de PA. Não pode deixar de considerar a possiblidade de Hipertensão 
do Avental branco e para isso deve ser solicitado o MAPA e MRPA
○ Como realizar o diagnostico por meio do MAPA ou MRPA: no caso do mapa,que avalia 24h, ha valores específicos 
◆ Vigília > ou = 135x85
◆ Sono > ou = 120x70
◆ 24 horas > ou = 130x80
◆ Consultório > ou = 140x90
◆ MRPA > ou = 135x85
◆ Diferenciar do avental branco: elevação discreta, sem risco de lesão em órgão alvo e baixo risco cardiovascular e 
alteração da PA no consultório. 
◆ Hipertensao mascarada: medidas limítrofes, nos níveis de pre hipertensão, devem ser aquelas a levantar 
suspeita principalmente com LOA e alto risco cardiovascular 
● Classificação ver tabela pagina 238
● Avaliação complementar objetivo de detectar LOA mesmo se subclinica e comorbidades
○ Sangue: colesterol total, HDL, triglicérides, glicemia de jejum, potássio, creatinina e ácido úrico 
○ Analise de urina
○ ECG
○ A partir da creatinina pode calcular a taxa de filtração glomerular. Outros exames
◆ Raio x de tórax se suspeita de comprometimento cardíaco ou pulmonar
◆ Ecocardiograma se suspeita de insuficiência cardíaca ou índice de sobrecarga do ventrículo esquerdo 
◆ Albuminuria se hipertenso diabético com síndrome metabólica ou com 2 ou mais fatores de hisco
◆ HbA1c: glicemia em jeju >99 pacientes com Dm2 e obesidade com histórico familiar de DM2
● Risco cardiovascular 
○ Fatores de risco cardiovascular na avaliação do risco adicional no hipertenso 
◆ Sexo masculino 
◆ Idade
◇ Homens > ou = 55 e mulheres > ou = 65
◆ História de DCV em parentes de primeiro grau em mesma idade acima 
◆ Tabagismo
◆ Dislipidemia
◆
◆ colesterol total >190 e/ou
◆ LDL >115 e/ou
◆ HDL <40 nos homens e < 46 em mulheres e/ou
◆ triglicérides >150 mg/dl 
○ Resistência a insulina 
◆ Glicemia plasmática em jejum 100 a 125 mg/dl 
◆ Teste oral de tolerância a glicose 140-199 mg/dl em 2 horas
◆ Hemoglobina glicada 5,7 a 6,4%
○ Obesidade 
◆ IMC > ou = 30 kg.m2
◆ CA > ou = 102 cm nos homens e 88 nas mulheres
Além dos fatores de risco, é necessário saber se tem alguma DCV ou doença então estabelecida e se já apresenta LOA 
○ LOA na avaliação de risco adicional do hipertenso
◆ Hipertrofia ventricular esquerda
◆ Espessura médiointimal >0,9 mm 
◆ Velocidade de onda de pulso >10m/s
◆ Índice tornozelo braquial< 0.9
◆ Doença renal crônica estágio 3
◆ Albuminuria entre 30 a 300 nas 24h
○ Doença CV e renal estabelecida para avaliação de risco adicional no hipertenso
◆ Doença cérebro vascular
◇ Ave isquêmico 
◇ Hemorragia cerebral
◇ Ataque isquêmico transitório 
◆ Doença artéria coronária
◇ Angina estável ou instável 
◇ IAM
◇ Revascularização do miocárdio 
◇ Insuficiência cardíaca
◇ Doença arterial periferica sintomática dos MMII
◇ Doença renal crônica estagio 4
◇ Retinopatia avançada: hemorragias, exsudatos 
◆ Alto risco
◇ HÁS estagio 3
◇ Hipertenso e tem diabetes, doença renal ou DCV
◇ LOA
◇ Hipertenso com 3 ou mais fatores de risco 
● Tratamento
○ Iniciar medicamento no momento do diagnóstico de alto risco CV, HÁS estagio 2. Se grau I ou risco CV baixo ou 
medio optar por terapia não farmacologia de 3 a 6 meses 
○ Metas pressóricos
○ Tratamento não medicamentoso: perda de peso, IMC < 27, CA < 80 mulheres e < 94 em homens 
○ Medicamentoso: 
◆ Se efeito parcial sem efeitos colaterais aumenta a dose ou associa a outro
◆ Se não houver efeito terapêutico ou surgir efeito - reduzir e associar ou substituir 
◆ Se mesmo com associação não haver resultado, associar 3 ou mais medicamentos

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