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TÉCNICAS DE COMUNICAÇÃO - Aula 3

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TÉCNICAS DE COMUNICAÇÃO 
AULA 3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profª Margarete Terezinha de Andrade Costa 
 
 
2 
CONVERSA INICIAL 
Nesta aula nós vamos traçar conceitos básicos de gramática da língua 
portuguesa. Escolhemos alguns tópicos considerados mais importantes na 
organização da língua. Assim, para que esse processo seja mais claro, vamos 
iniciar entendendo a lógica da acentuação das palavras, investigando as 
mudanças e o uso da língua conforme o Acordo Ortográfico, conhecendo os 
homônimos e parônimos, entendendo o correto uso dos pronomes e finalmente 
aplicando assertivamente a concordância verbal e nominal 
TEMA 1 – ACENTUAÇÃO GRÁFICA 
Afinal de contas, para que ser a acentuação das palavras? Para 
responder a essa questão, devemos lembrar que, primeiro, falamos e depois 
escrevemos, isso tanto na história da humanidade quanto em nossa própria 
história. A escrita é a representação gráfica de nossas conversas, e para que 
não haja dúvidas quanto à entonação das palavras, usamos acentuação. Muitas 
vezes acentuamos automaticamente os termos sem lembrarmos da norma, mas 
é importante conhecê-la a fim de termos parâmetros de seu uso. O processo não 
é difícil ser nos basearmos no princípio que os sinais de acentuação são usados 
somente nas três últimas sílabas e, com isso, temos basicamente somente três 
regras de acentuação 
1.1 Sílabas tônicas e átonas 
Nossa fala é realizada pela emissão de ar que passa pelas cordas vocais, 
o que produz sons, como as sílabas. Elas se dividem em dois grupos: as átonas, 
que são mais fracas, e a tônica, que é mais forte e é única na palavra. É nesta 
última que podem aparecer os sinais de acentuação. É fácil identificar a sílaba 
tônica de uma palavra quando ela é pronunciada em voz alta, gritada. Ela é a 
sílaba que se dá mais ênfase, mais entonação. 
Os sinais de acentuação são o sinal agudo (´), que indica que a sílaba é 
longa ou aberta, e o sinal circunflexo (^), para som fechado. O sinal grave (`) não 
indica sílaba tônica e é usado somente como indicativo de crase. O til (~) indica 
nasalização, e o trema (¨) só é utilizado em palavras derivadas de nomes 
próprios estrangeiros que forem grafados com trema. 
 
 
3 
Um item importante em relação à acentuação na língua portuguesa é que 
ela se dá somente nas três últimas sílabas das palavras e, assim, são 
classificadas em: 
Figura 1 – Classificação das palavras quanto à tonicidade 
 
1.2 Oxítonos, monossílabas e ditongos 
Essa regra é bem simples e fácil de gravar: as palavras que têm a última 
sílaba mais forte serão acentuadas somente se terminarem em: -A, -E, -O e -EM 
com ou sem “s”. Assim, a palavra “CA-FÉ” tem acento por ser uma oxítona 
terminada em E. 
Uma regra muito parecida é utilizada em palavras monossílabas, que são 
acentuadas quando terminadas em -A, -E e -O, com ou sem “s”. Observe que o 
“EM” sai do grupo. Veja alguns exemplos: dó, ré, fá, lá, pé, pés, pá, pás, pó, 
pós... Atenção, monossílabas terminadas em “u” não são acentuadas. 
Também recebem acento nas últimas sílabas os ditongos abertos “-EI”, “-
OI” e “-EU”, com ou sem “s”, lembrando que ditongos são duas vogais que 
sempre ficam na mesma sílaba assim como pastéis, chapéu, corrói, herói... 
1.3 Paroxítonas e proparoxítonas 
Por uma questão de lógica, todas as paroxítonas (quando a penúltima sílaba 
é a sílaba tônica) são acentuadas, menos as terminadas em -A, -E, -O e -EM 
com ou sem “s” (desde que não formem ditongos). Paroxítonas: recebem acento 
quando terminadas em: -i (s), u(s), um, uns, l, r, x, n, ão, ã. Exemplo: útil e 
afável são paroxítonas terminadas em L. 
Preste atenção: quando a palavra terminar por um ditongo, como “glória”, 
ela não termina com -A e sim com um ditongo e por isso leva acento. 
 
 
4 
A regra mais fácil é a das proparoxítonas, pois todas têm acento. Isso quer 
dizer que, quando a sílaba mais forte for a antepenúltima, sempre haverá acento, 
como exemplo a própria palavra proparoxítona, assim como médico, álibi, 
ômega... Atenção, a palavra “rubrica” é uma paroxítona, pois a sílaba mais forte 
é “bri”. 
1.4 Outros acentos 
Existe um acento que não é utilizado pela posição da sílaba tônica, mas 
sim por serem hiato (duas vogais juntas, porém em sílabas diferentes. Elas são 
separadas). Elas acontecem quando o “i” e o “u” são a segunda letra do hiato, 
quando estas letras ficam sozinhas na sílaba (somente o “s” pode acompanhar). 
Veja o exemplo: 
Na palavra saúde = sa-ú-de, o “a” e o “u” são hiatos, e a segunda letra é 
o “u”, que está sozinho na sílaba, por isso tem acento. O mesmo acontece com 
caí (ca-í), país (pa-ís), baú (ba-ú). Duas coisas precisam ser observadas: a 
primeira é que, depois do hiato, não pode haver nh. Se houver, não se usa 
acento, como no caso de rainha (ra-i-nha), tainha, bainha, moinho. A segunda é 
que, se antes do hiato houver um ditongo, também não existe acento. Essa regra 
é recente e foi determinada pelo último acordo ortográfico. Temos como exemplo 
o termo “feiura” no qual fei é um ditongo e o “u” está isolado na sílaba. Nesse 
caso, não se usa mais acento. Outros exemplos dessa natureza: baiuca, 
bocaiuva... 
Para encerrar, há alguns acentos que são diferenciais. O termo “por”, sem 
acento, é uma preposição; mas com acento “pôr” é um verbo que significa 
colocar. Também usamos acento circunflexo na terceira pessoa dos verbos ter 
e vir: ele tem e eles têm, ele vem e eles vêm. Atenção, veem é do verbo ver. 
 
 
 
5 
Quadro 1 – Resumo das regras de acentuação gráfica 
Acentuam-se Terminadas em Exemplo 
Oxítonas – última 
sílaba tônica 
-A, -E, -O, -EM 
(seguidos ou não de s) 
café, avô, parabéns, ninguém, vatapá, 
cajá, curió, maná, recém, mocotó, 
maracujá, amém... 
Oxítonas terminas 
com duas vogais 
com pronúncia distinta baús, Piauí, contraí-las; 
Formas verbais 
seguidas de hífen 
E e A abertas dá-la, qué-lo, trá-lo-ia. 
Monossílabas – uma 
sílaba 
-A, -E, -O (s) 
pá, vá, gás, Brás, cá, má, pé, fé, mês, sê, 
nós, pôs, xô, nó, pó, só... 
Ditongos abertos no 
final da palavra 
-ói, -éu, -éi 
pastéis, herói, heróis, troféu, chapéu, 
chapéus, papéis, dói, constrói... 
Paroxítonas- 
penúltima sílaba 
tônica 
 
L, N, R e X. amável, hífen, tórax, açúcar; 
ditongo oral fósseis, dóceis, úteis; 
I, U, IS e US. júri, táxis, lápis, lótus; 
UM e UNS álbum, fórum, álbuns 
Ã, ÃO, ÃS e ÃOS órfã, órgãos, acórdão. 
Hiatos- Duas vogais em sílabas separadas reúne, saúde, ruíram. 
Proparoxítonas TODAS hipótese, dicotômico, nódulo. 
TEMA 2 – ACORDO ORTOGRÁFICO 
Desde o primeiro dia de janeiro de 2016, o Brasil atendeu às normas de 
um acordo ortográfico da língua portuguesa promovido pelos países lusófonos 
(utiliza a língua portuguesa como oficial). Ele é obrigatório em todo o território 
nacional assim como nos outros oito países. 
2.1 Ortografia 
As mudanças não foram muito numerosas e atingiram aproximadamente 
somente 2% da língua no Brasil. Em relação ao alfabeto, as letras K, W e Y 
voltam a serem utilizadas. Elas foram retiradas na reforma de 1971, porém 
continuaram a ser utilizadas, assim essa modificação não é muito expressiva. A 
ordem fica assim: A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z. 
Em relação à acentuação gráfica, foi retirado o uso de acento nos ditongos 
“-ÉI” e “-ÓI” quando forem paroxítonas, tais como ideia, estreia e assembleia. Os 
hiatos “EE” e “OO” também não têm mais acento: voo, creem, enjoo... 
Em relação aos acentos diferenciais, não há mais o uso deles, por 
exemplo, nas palavras a seguir: pera, polo, pelo, pela e para. O sinal de trema 
não é mais empregado, somentepara palavras estrangeiras e seus derivados. 
 
 
 
6 
2.2 Uso do hífen 
 Em relação ao uso do hífen, a regra geral é observar as letras que se 
encostam quando houver a formação de palavras. Se elas forem iguais, usa-se 
hífen; se forem diferentes, não se usa. Por exemplo, no caso de micro-ondas, 
usa-se o hífen por serem dois “os”. Já no caso de socioeconômico, não se usa 
por serem letras distintas. 
Quando a segunda palavra começar com “H”, sempre haverá hífen: sobre-
humano, extra-humano, Pré-história, anti-higiênico, semi-hospitalar. 
Se a segunda palavra começar com “R” ou “S” estas letras deverão ser 
dobradas assim: minissaia, biorritmo, microssistema, ultrassom, antissocial. 
Com os prefixos sub e sob, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por “R”: 
sub-regional. Usa-se hífen diante dos prefixos “ex-”, “vice-”: ex-presidente, vice-
almirante e diante dos prefixos “pré-”, “pós-”, “pró-”: pré-escolar, pós-graduação 
TEMA 3 – HOMÔNIMOS E PARÔNIMOS 
 Em nossa língua, temos muitos termos parecidos que possuem 
significados diferentes. É importante conhecê-los para melhor fazer uso da 
língua portuguesa. Vamos começar retomando dois significados: homônimos e 
parônimos. Os homônimos são termos que têm som ou escrita iguais; já os 
parônimos são apenas parecidos. 
3.1 Homônimos: homófonos e homógrafos 
 Homófonos são palavras que têm o mesmo som, tais como concertar 
(harmonizar) e consertar (reparar); censo (recenseamento) e senso (juízo); 
acender (atear) e ascender (subir). 
 Homógrafos têm a mesma grafia e pronúncia diferentes: jogo /jogo/ 
(substantivo) e jogo /jogo/ (verbo); denúncia (substantivo) e denuncia (verbo). É 
necessário conhecer suas diferenças para fazer uso correto da língua. A seguir, 
uma lista das mais utilizadas: 
acender (pôr fogo) – ascender (subir); estrato (camada) – extrato (o que se extrai 
de); bucho (estômago) – buxo (arbusto); espiar (observar) – expiar (punir-se); 
tachar (atribuir defeito a) – taxar (fixar taxa). 
 
 
 
7 
3.2 Parônimos 
Os parônimos são palavras que são parecidas na escrita ou na pronúncia. 
É importante conhecê-los a fim de não cometer confusão no seu entendimento. 
Vejamos alguns deles: 
absolver (anistiar) e absorver (sorver); delatar (acusar) e dilatar (larguear); 
descrição (ato de descrever) e discrição (cautela); despensa (local onde se 
guardam alimentos) e dispensa (ato de dispensar); emigrar (deixar um país) e 
imigrar (entrar num país); eminente (superior) e iminente (prestes a ocorrer); 
flagrante (evidente) e fragrante (aromático); fluir (transcorrer, decorrer) e fruir 
(curtir); imergir (afundar) e emergir (vir à tona); inflação (alta dos preços) e 
infração (transgressão); mandado (ordem judicial) e mandato (procuração); 
precedente (que vem antes) e procedente (proveniente de; que possui 
fundamento); ratificar (aprovar) e retificar (corrigir); recrear (brincar) e recriar 
(criar novamente); tráfego (trânsito) e tráfico (comércio ilegal); soar (produzir 
som) e suar (transpirar) 
TEMA 4 – COLOCAÇÃO PRONOMINAL 
É muito comum observarmos o uso incorreto dos pronomes oblíquos 
átonos (me, te, se, o, a, lhe, os, as lhes, nos, vos) em nosso cotidiano. Tais 
pronomes podem aparecer de três formas distintas: próclise – antes do verbo, 
ênclise – depois do verbo e mesóclise – no meio do verbo. 
4.1 Ênclise e mesóclise 
 A ênclise pode ser considerada como regra geral da colocação 
pronominal, isto é, os pronomes oblíquos átonos vêm depois do verbo: “Dê-me 
um café” ou “Abrace-me”. Não devemos começar uma frase com um pronome 
oblíquo átono, o que é muito comum na língua falada. Assim, precisamos prestar 
bem atenção na hora de escrever ou em situações formais. 
 Quando o verbo estiver no futuro tanto do presente quanto do pretérito, 
os pronomes oblíquos átonos ficam no meio do verbo. “Dar-te-ei um café” ou 
“abraçar-te-ia”. Sua construção é relativamente fácil, basta cortar o verbo 
expresso no tempo futuro no “r” e inserir o pronome depois dele. Devemos tomar 
cuidado com os pronomes oblíquos átonos “a”, “as”, “o” e “os”: ao usá-los, 
 
 
8 
retiramos o “r” do verbo e acrescentamos “l” na frente dos pronomes. Assim: “dá-
lo-ei” ou “abraçá-lo-ei”. 
4.2 Próclise 
 A próclise é a colocação pronominal mais comum em nossa língua, aliás, 
ela é mais “forte” que as outras duas, isto é, quando houver dúvida, seu uso é 
prioritário. Ele é utilizado nos seguintes casos: 
Termos de sentido negativo (não, nunca, ninguém, jamais…): “Não me dê 
café” ou “Nunca me abrace”. Observou como os pronomes vieram para a frente 
do verbo? O mesmo acontece com os advérbios sem vírgula, que são como imãs 
que puxam o pronome: “Amanhã me darão mais café”, “Sempre nos abraçará”. 
Porém a vírgula faz com que tal atração se quebre: “Amanhã, dar-me-ão café”. 
Analise a diferença: “Aqui se trabalha” e “Aqui, trabalha-se”. 
Os pronomes relativos (que, quem, qual, onde) indefinidos (alguém, tudo, 
outros, muitos, alguns) demonstrativos (isto, isso, aquilo) também são atrativos, 
isto é, puxam o pronome para frente do verbo: “O abraço que lhe pedi”. “Ninguém 
me ouve”, “Isso nos irrita”. 
Também são atrativas as conjunções ou locuções conjuntivas 
subordinativas integrantes ou adverbiais: que, porque, se, quando, conforme, 
embora, logo que, visto que, contanto que, a fim de que, à medida que: “Embora 
o faça, sei que é errado” 
Outros casos: 
 Verbo no gerúndio precedido de palavra atrativa ou da preposição EM: 
“Saiu da sala, não nos dizendo as razões”. / “Em se plantando tudo dá”. / 
“Em se tratando de videogame, ele é um expert”. 
 Frase interrogativa, exclamativa ou optativa (expressa desejo): “Quem 
nos empresta o material?” “Quanto me custa entender o amor!” “Deus lhe 
proteja!” 
 Conjunção coordenativa aditiva ou alternativa: não só... mas também, não 
só... como também, ou... ou, ora... ora, quer... quer, seja... seja e palavra 
“só” no sentido de “somente”, “apenas” = palavra denotativa de exclusão. 
 
 
 
9 
4.3 Locuções verbais 
Em locuções verbais, isto é, quando houver dois verbos com sentido de 
uma única ação, podemos usar assim: antes ou depois do verbo principal: 
“Quero abraçar-te hoje” ou “Quero te abraçar hoje”. Se houver palavra atrativa: 
“Não te quero abraçar hoje” ou “Não quero abraçar-te hoje”. 
Se o verbo principal estiver no particípio: “Tinham-me dito que você me 
abraçaria” ou “Eu tinha-lhe falado sobre o abraço”. 
O ideal é que se preste atenção no uso da colocação pronominal em texto 
de fontes confiáveis, assim, com a prática, vamos entendendo e interiorizando o 
correto uso dos pronomes. 
TEMA 5 – CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL 
A língua, seja ela usada em diferentes lugares e por distintas pessoas 
possui uma organização formal, tem uma lógica que sustenta seu entendimento, 
e o mais interessante de tudo isso é que mesmo sem nos darmos conta, usamos 
de sua organização. Uma delas é a concordância, ela faz com que os termos da 
língua se harmonizem, combinem e façam sentido. 
5.1 Concordância verbal 
 A concordância verbal acontece quando o verbo e o sujeito de uma frase 
combinam em número (singular ou plural) e pessoa (1ª., 2ª ou 3ª.). Nós sabemos 
que o correto é: “Nós vamos” e não “Nóis vai”. Vamos estudar alguns casos: 
 Quando o verbo for impessoal, isto é, não apresentarem sujeito, deverão 
ser conjugados sempre no singular e na 3ª pessoa: “Havia muitos motivos para 
estudar”, “Faz dez anos que não a vejo”, “Chove todos os finais de semana”. 
 Com o pronome que, o sujeito concorda com o termo antecessor: “Fui eu 
que fiz” – eu fiz. Já com o pronome relativo quem, o verbo pode concordar com 
o antecessor ou ficarna 3ª pessoa do singular: “Fui eu quem fiz” ou “Fui eu quem 
fez”, as duas formas estão corretas. 
Já o verbo ser concorda com o predicativo do sujeito, assim: “Tudo é 
brincadeira” ou “Tudo são brincadeiras”. 
Observe que interessante quando o sujeito for uma expressão partitiva: 
“A maioria das pessoas saiu” ou “A maioria das pessoas saíram”. Nesse caso, 
as duas formas estão corretas. 
 
 
10 
No caso de o sujeito ser bater, dar e soar (horas), a concordância 
acontece com o numeral constituinte da oração: “Deu uma hora”, “Deram duas 
horas” 
Esses são alguns casos de concordância verbal. É importante estudar e 
pesquisar sempre para ampliar o seu uso correto. 
5.2 Concordância nominal 
A concordância nominal acontece quando o substantivo e os termos que 
o acompanham (artigo, adjetivo, pronome e numeral) combinam em gênero 
(masculino ou feminino) e em número (singular ou plural). Sabemos que o 
correto é “O companheiro perfeito” e não “A companheiro perfeitas”. 
Agora se houver um adjetivo concordando com vários substantivos, o 
adjetivo concordará com o substantivo mais próximo ou ficará no masculino 
plural: “menino e menina bonitos” ou “menino e menina bonita”. 
No caso da concordância com vários adjetivos, o substantivo ficará no 
singular se os adjetivos estiverem no singular com artigos determinantes: “o 
amigo bonito e o simpático”. 
Fique atento com os adjetivos: bastante, muito, pouco, meio, caro, barato 
e longe, pois eles concordam em gênero e número com substantivo que se 
referem. Assim, temos: “bastantes sapatos”, “muitas joias”, “poucos amigos” ... 
O termo proibido, se não houver artigo determinando o substantivo, deve 
ficar no masculino singular: “É proibido entrada sem camisa”. Agora, se houver 
artigo, ele deve concordar com a substantivo a que se refere: “É proibida a 
entrada sem camisa”. Essa regra é a mesma para as expressões é necessário, 
é preciso, é bom. 
Para terminar, é bom relembrar que a palavra menos é invariável, o que 
significa que não existe menos no feminino. 
NA PRÁTICA 
Praticar o uso correto da língua portuguesa é um exercício que exige 
muita dedicação. Assim, para que você seja um usuário proficiente, comece a 
analisar as dúvidas que aparecem para você durante o uso da língua oral e 
escrita. Preste atenção no que lhe parece estar fora das normas e busque 
esclarecê-las, tornando-se um investigador/pesquisador da correta utilização 
 
 
11 
dos preceitos de gramática. Com esse exercício, você vai se aprimorar e 
perceberá que melhorará seu uso. 
FINALIZANDO 
 Nesta aula estudamos algumas das normas da nossa língua. A intenção 
foi a de traçar conceitos básicos de gramática e mostrar que, quando procuramos 
entender e estudar os preceitos da língua portuguesa, eles não são tão difíceis, 
principalmente porque os empregamos o tempo todo. Daí buscar relacionar a 
norma com o uso é um exercício necessário quando se busca o aprofundamento 
pessoa, profissional e educacional de todo os estudantes. 
 
 
 
 
12 
REFERÊNCIAS 
GUIMARÃES, T. C. Comunicação e linguagem. São Paulo: Pearson, 2013. 
SILVA, L. A. Qualidade na comunicação escrita. Curitiba: InterSaberes, 2009. 
VALLE, M. L. E. Não erre mais: língua portuguesa nas empresas. Curitiba: 
InterSaberes, 2013.

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