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Faculdade Antonio Meneghetti Recredenciada pela Portaria N° 712, de 29 de maio de 2012. D.O.U. de 30/05/2012. NOME: CLAYTON UHR Questão 1) João celebrou contrato de locação residencial, por escrito, com Miguel, relativamente ao imóvel situado na Av. Ataulfo de Paiva, 10.000 – Leblon/RJ, ficando ajustado o valor para pagamento do aluguel mensal em R$5.000,00. Por serem velhos amigos, João dispensou Miguel de apresentar um fiador ou qualquer outra garantia da locação. Sucede que, decorridos 10 meses de vigência do contrato, Miguel passou a não mais honrar sua obrigação quanto ao pagamento dos aluguéis e acessórios. Com base em tal situação, responda aos itens a seguir, utilizando os argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso. A) Caso João venha a ajuizar a ação de despejo por falta de pagamento, quais os fundamentos jurídicos devem ser trazidos. Qual deverá ser o valor atribuído à causa? Com base nos estudos em aula podemos dizer que o caso em tela se encontra com base no artigo 58, III, da Lei de Locações (Lei nº 8.245/91), devendo corresponder o valor da causa a R$ 60.000,00. (Sessenta mil reais). B) O que poderá João pleitear em tal situação a fim de que Miguel desocupe imediatamente o imóvel? No caso acima poderá ser pleiteado a ação de despejo com pedido de liminar, sem a oitiva da parte contrária, com desocupação do imóvel, no prazo de 15 dias, desde que preste caução no valor correspondente a três meses de aluguel, conforme preceitua o artigo 59, §1º, IX, da Lei nº 8.245/91. C) indique os procedimentos que Miguel deverá adotar para evitar a rescisão do contrato. O procedimento que o SRº. Miguel poderá realizar que momento de contestar a liminar de desocupação se dentro dos 15 dias concedidos para a desocupação do imóvel e independentemente de cálculo, efetuar o depósito judicial que contemple a totalidade dos valores devidos, consoante prevê o artigo 59, §3º, desde que respeitado o limite do art. 62, parágrafo único, ambos da Lei nº 8.245/91. Questão 2) Eduardo, jovem engenheiro, pouco depois de graduar-se e conseguir o seu primeiro emprego, deixou a casa do pai, alugando de José um pequeno apartamento próximo ao seu trabalho. O contrato de locação foi celebrado por instrumento escrito, estabelecendo prazo determinado de trinta me ses.Rodrigo, viúvo, pai de Eduardo,interveio no contrato na qualidade d e fiador do locatário, renunciando ao benefício de ordem e declarando -se solidariamente responsável pelas obrigações assumidas pelo afiançado. Pouco tempo depois, Ana, namorada de Eduardo, passa a residir com ele no imóvel alugado, tendo ambos o objetivo de constituir família. A união, porém,durou apenas dois anos, o que levou Eduardo a deixar o lar fa miliar quando ainda faltavam oito meses para o término do prazo contratualmente ajustado. Diante do fato apresentado, utilizando os argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso, responda aos itens a seguir. Com a saída de Eduardo de casa, Ana pode continuar residindo no imóvel locado? Que providências ela deve tomar se tiver interesse em permanecer no imóvel locado? Com base no o Art. 12, da Lei nº 8.245/91. A locação, nesse caso, “prosseguirá automaticamente” nesse caso podemos afirmar que Sim, na qualidade de sucessora do locatário, tendo em vista a dissolução da união estável em que vivia com Eduardo. Caso Ana permaneça no imóvel, segundo o mesmo dispositivo legal. Incumb lhe, porém, comunicar a sub-rogação por escrito tanto ao locador quanto ao fiador, como determina o Art. 12, § 1º, da mesma Lei. A partir do momento em que Eduardo deixou o lar, seu pai, Rodrigo, não tendo mais interesse em continuar garantindo a locação, pode, de alguma forma, desvincular-se da fiança? Sim Rodrigo pode exonerar-se, desde que o faça no prazo de trinta dias, contados do recebimento da notificação oferecida por Ana. Ainda assim, contudo, continuará responsável pelos efeitos da fiança durante 120 dias após a notificação ao locador, de acordo com o Art. 12, § 2º, da Lei do Inquilinato. C) O que José pode fazer para evitar que o contrato fique sem garantia? Neste caso poderá o seu José exigir que Ana ofereça nova modalidade de garantia ou indique novo fiador, no prazo de trinta dias, sob pena de desfazimento da locação, conforme dispõe o Art. 40, inciso IV e o parágrafo único, da Lei nº 8.245/91. Questão 3 – Tício celebra contrato de locação residencial de um apartamento de propriedade de Tercio. Valor da Locação R$ 2.500,00. Prazo de locação: 30 meses. Tício leva o contrato particular para averbação na matrícula do imóvel. Após 10 meses Tício recebe a notícia que Tércio estaria interessado em vender o imóvel a Tibúrcio. Pergunta-se: Tício possui o direito de preferência? Explique e Fundamente? Se sim, como Tércio deve proceder? Sim Tício por lei tem o direito de preferência, conforme (artigo 27 da Lei do Inquilinato) o locatário tem o denominado direito de preferência. Isto significa que o locatário tem o direito de comprar o imóvel alugado, preferencialmente e em igualdade de condições com terceiros interessados. Tércio caso queira vendê-lo, ele está obrigado a oferecer primeiramente ou em igualdade de condições com terceiros adquirentes, ao Tício. Em caso de venda a Tibúrcio este pode denunciar o contrato ainda na sua vigência? Explique o procedimento e suas consequência com fundamento legal. Tício poderá de acordo com o art. 33 da lei 8.245/91, o locatário preterido no seu direito de preferência pode se valer da mesma ação de adjudicação compulsória, depositando em juízo o preço e demais despesas do ato de transferência, se assim proceder dentro de seis meses a contar do registro da alienação feita a terceiro, perante o Cartório de Registro de Imóveis, desde que o contrato esteja averbado, pelo menos trinta dias antes da alienação, junto à matrícula do imóvel. Evidente, pois o terceiro adquirente de boa-fé não pode ser prejudicado se estava efetivamente de boa-fé. Se não estiverem preenchidos tais requisitos, ainda assim, é possível ao locatário preterido requerer perdas e danos. http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11731964/artigo-27-da-lei-n-8245-de-18-de-outubro-de-1991 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/109755/lei-do-inquilinato-lei-8245-91 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/109755/lei-do-inquilinato-lei-8245-91
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