Buscar

TIPOLOGIA E GÊNEROS TEXTUAIS teste

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 46 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 46 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 46 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

TIPOLOGIA E GÊNEROS 
TEXTUAIS
Denise Mara Franco Amorim
 Com Luiz A. Marcushi, entendemos tipologia e 
gêneros textuais da seguinte forma: “Usamos a 
expressão tipologia textual para designar uma 
espécie de seqüência teoricamente definida pela 
natureza lingüística de sua composição(...). Em 
geral, os tipos textuais abrangem cerca de meia 
dúzia de categorias conhecidas como: narração, 
argumentação, exposição, descrição, injunção.
Usamos a expressão gênero textual como uma 
noção propositalmente vaga para referir os textos 
materializados que encontramos em nossa vida 
diária e que apresentam características 
sociocomunicativas definidas por conteúdos, 
propriedades funcionais, estilo e composição 
característica. Se os tipos textuais são apenas 
meia dúzia, os gêneros são inúmeros. Alguns 
exemplos de gêneros textuais seriam: telefonema, 
sermão, carta pessoal, romance etc.” 
(MARCUSCHI, 2002).
GÊNEROS TEXTUAIS
MANUAL DE INSTRUÇÃO
• Identificação;
• Apresentação;
• Características;
• Seqüência de montagem;
• Uso;
• Cuidados;
• Defeitos possíveis;
• Assistência técnica.
RECEITA CULINÁRIA
• Ingredientes;
• Modo de fazer;
• Tempo de preparo;
• Rendimento;
• Calorias.
CARTA
• Local e data;
• Vocativo;
• Destinatário;
• Assunto;
• Endereço; 
• Despedida;
• Assinatura do remetente.
NOTÍCIA DE JORNAL
• Título;
• Fato;
• Informação objetiva;
• Lugar (onde);
• Tempo (quando);
• Causas;
• Depoimentos;
• Seqüência de fatos.
POESIA
• Forma (verso, estrofe, rima e ritmo);
• Conteúdo (assunto, personagem, 
ambiente e tempo).
FÁBULA
• Pequena narrativa que ilustra algum vício 
ou alguma virtude;
• Lição de moral (provérbios);
• Personagens (animais e criaturas 
imaginárias);
• Instrumento de aprendizagem (fixação e 
memorização dos valores morais do grupo 
social).
CHARGE OU CARTUM
• Critica ou ironiza os costumes, levando à 
reflexão e ao riso;
• Exagero nas características físicas da 
pessoa criticada.
RESENHA 
 (Sinopse ou Resenha crítica)
• Nome do autor ou autores;
• Título completo da obra;
• Nome da editora ou da coleção;
• Lugar e data da publicação;
• Número de volumes e páginas;
• Enumera os fatos relevantes;
• Indicação sucinta do assunto tratado;
• Julgamento do resenhador sobre as idéias do 
autor (resenha crítica).
HISTÓRIA EM QUADRINHO
• Quadrinhos;
• Desenhos (cenário, personagens, 
balões, letreiros);
• Diálogos e pensamentos dos 
personagens;
• Legendas (início da história, introdução);
• Onomatopéias (sons);
• Pontos de exclamação ou interrogação.
CRÔNICA
• Narrativa curta sobre acontecimentos do cotidiano;
• Os fatos são atuais;
• Reflexão do escritor sobre o comportamento humano;
• Relato a partir do fato mais importante;
• Pouco uso de adjetivos;
• Personagens: não têm nomes ou são nomes comuns;
• Pode ocorrer diálogos;
• Foco narrativo: 1ª ou 3ª pessoa do singular;
• Humor, ironia ou crítica social;
• Linguagem coloquial;
• Importância do título.
ANÚNCIO
• Divulgação de mensagem de compra, 
venda ou de aluguel de imóveis, veículos, 
móveis...;
• Descreve as características do produto 
anunciado;
• Objetivo: persuadir o interlocutor;
• Uso de frases imperativas (ordem).
ARTIGO DE OPINIÃO 
• É um gênero jornalístico-argumentativo;
• Publicado em jornais, revistas e internet;
• É sempre assinado, identificando o autor, o 
responsável pela opinião; 
• É um texto que exprime a posição do articulista 
sobre um assunto;
• Seu objetivo é persuadir (convencer) o leitor;
• Usa marcas lingüísticas (penso que,por 
exemplo);
ARTIGO DE OPINIÃO
• Usa marcas lingüísticas (penso que, por exemplo);
• Aparecem marcas que introduzem argumentos 
(porque, pois);
• Traz para o texto diferentes vozes (alguns dizem 
que, as pesquisas apontam);
• Marcas que introduzem a conclusão (portanto, 
logo).
• Questão controversa;
• São características: formar opinião e a pessoa tem 
que ter conhecimento sobre o assunto para falar 
sobre ele.
ABAIXO - ASSINADO
• É um documento, assinado por várias 
pessoas;
• Contém pedido, reivindicação ou 
manifestação de protesto.
REQUERIMENTO
• Também chamado de Petição;
• Solicitação de algo de direito a uma 
autoridade;
• Apresenta: invocação, texto (identidade do 
requerente, motivos, fundamentação legal 
e citação de documentos anexos, se 
houver), fecho ( P.e A.D. ou A.D. ou E.D. ou 
N.T.P.D.).
PROPAGANDA
• Linguagem específica, procurando atingir 
a um determinado público;
• Objetivo: divulgar uma marca, anunciar ou 
vender um produto, uma imagem...
NARRAÇÃO
• Modalidade de redação na qual contamos um ou 
mais fatos que ocorreram em determinado 
tempo e lugar, envolvendo certos personagens;
• Seqüência do enredo;
• Foco narrativo: 1ª ou 3ª pessoa;
• Ocorre: causa(motivo),modo(como) e 
conseqüências;
• Apresenta uma complicação, clímax e desfecho.
DESCRIÇÃO
• Tipo de redação na qual se apontam 
as características que compõem um 
determinado objeto, pessoa 
(características físicas, psicológicas), 
ambiente (local fechado) ou paisagem 
(local a céu aberto).
DISSERTAÇÃO
• Tipo de composição na qual expomos idéias 
gerais, seguidas da apresentação de 
argumentos que a comprovem;
• Dissertar é debater,questionar, expressar um 
ponto de vista, desenvolver um raciocínio;
• É analisar um assunto proposto emitindo 
opiniões gerais.
• Deverá constar de três partes: Introdução, 
Desenvolvimento e Conclusão;
DISSERTAÇÃO
• Redigir na 3ª pessoa do singular (Ex: sabe, sabe-se), na 3ª 
pessoa do plural (Ex: sabem) ou na 1ª pessoa do plural (Ex: 
sabemos);
• Não deve: usar gírias, utilizar provérbios, se incluir na 
dissertação, utilizar a dissertação para propagar doutrina 
religiosa, analisar os temas propostos movido por emoções 
exageradas, utilizar exemplos contando fatos ocorridos com 
terceiros, que não sejam de domínio público, abreviar, 
repetir várias vezes a mesma palavra, analisar os assuntos 
sob apenas um dos ângulos da questão e inovar, por sua 
conta, o alfabeto da língua portuguesa.
RESUMO
 Grupos de gêneros
• Aviso, comunicado,informação
• Requerimento, petição, 
abaixo-assinado
• Convite, convocação, intimação
• Folhetos de divulgação de 
evento, propaganda, anúncio, 
folder
 Função básica comum
• Dar conhecimento de algo a 
alguém
• Pedir, solicitar
• Solicitar a presença e transmite 
as informações necessárias
• Visam a persuadir o leitor
• Fábula, crônica, H.Q, 
narração, descrição, conto
• Notícia
• Artigo de opinião, 
dissertação 
• Receita culinária, receita 
médica
• Resenha crítica, charge, 
cartum
• Narram fatos
• Apenas informa
• Formar opinião, 
argumentativo
• Traços prescritivos 
(verbos no imperativo)
• Olhar crítico
TEXTOS
 “(...) o Brasil precisa de agricultura de 
transgênicos para suprir o mercado 
interno com alimentos saudáveis e 
baratos e, depois, vender os excedentes 
aos ricos mercados da Europa, Japão e 
China, que rejeitam OGMs (organismos 
geneticamente modificados). Eles pagam 
até 10% a mais para se ver livres do milho 
‘frankenstein’. A soja certificada como não 
transgênica recebe dos europeus prêmio 
de até 8 dólares por tonelada(...).”
 Flávia Londres (Revista Caros Amigos, 
agosto de 2001)
 “(...) Na última safra, mais de 80% da soja 
plantada no Estado (RS) foi transgênica. 
Os agricultores gaúchos esperam a 
decisão do governo para saber se 
poderão utilizar sementes do organismo 
modificado geneticamente para a próxima 
safra ou não. Publicamente, já disseram 
que, mesmo que sem permissão, 
pretendem repetir o uso” (...).”
 (Da sucursal de Brasília, Folha de 
S.Paulo, 18/9/2004)
O caboclo,o padre e o estudante
 Um estudante e um padre viajaram pelo sertão, 
tendo como bagageiro um caboclo.
 Deram-lhe numa casa um pequeno queijo de 
cabra. Não sabendo dividi-lo, mesmo porque 
chegaria um pequenino pedaço para cada um, o 
padre resolveu que todos dormissem e o queijo 
seria daquele que tivesse, durante a noite, o 
sonho mais bonito, pensandoengabelar todos 
com seus recursos oratórios. Todos aceitaram e 
foram dormir. À noite, o caboclo acordou, foi ao 
queijo e comeu-o.
 Pela manhã, os três sentaram-se à 
mesa para tomar café e cada qual 
teve de contar o seu sonho.O frade 
disse ter sonhado com a escada de 
Jacob e descreveu-a brilhantemente. 
Por ela, ele subia triunfalmente para 
o céu. O estudante, então, narrou 
que sonhara já dentro do céu à 
espera do padre que subia. O 
caboclo sorriu e falou:
 -Eu sonhei que via seu padre subindo a escada 
e seu doutor lá dentro do céu, rodeado de 
amigos. Eu ficava na terra e gritava:
 -Seu doutor, seu padre, o queijo! Vosmincês 
esqueceram o queijo. Então, Vosmincês 
respondiam de longe, do céu:
 -Come o queijo, caboclo! Come o queijo, 
caboclo! Nós estamos no céu, não queremos 
queijo.
 O sonho foi tão forte que eu pensei que era 
verdade, levantei-me enquanto vosmincês 
dormiam e comi o queijo...
 CASCUDO, Luís da Câmara
 “A política é necessária para que a 
sociedade funcione normalmente, para 
que o poder seja exercido em comum, 
sem o predomínio abusivo de um homem, 
de um grupo, de uma classe. Os governos 
totalitários e autoritários a primeira coisa 
que fazem é erradicar a vida política como 
planta daninha, a fim de melhor 
monopolizarem o poder. Da mesma 
forma,certa dose de religião é 
indispensável ao bom equilíbrio social. 
 
 O indivíduo isolado pode viver sem 
religião, os povos não.
 A ponto de governos declaradamente 
ateus, como o da Rússia, não poderem 
evitar em seu meio a sacralização
 do Estado, que ocupa o lugar antes 
tomado por Deus. Portanto, ações 
políticas são necessárias à organização 
social.”
 Nada mais repousante do que a leitura das 
belas crônicas que compõem Boca de luar, 
o novo livro do grande poeta Carlos 
Drummond de Andrade (ed. Record). São 
escritos ligeiros, que poderiam facilmente 
ser acusados de pouca profundidade. Mas 
isso não é verdade. As crônicas de 
Drummond são verdadeiras fotografias do 
cotidiano, enfocando o que de mais 
simples, humano, cômico, dramático e 
terno existe na vida de todos os dias.
 Nesses pequenos instantâneos, 
o poeta faz com que 
enxerguemos as pequenas 
coisas, mesmo que a princípio 
elas pareçam ter pouca 
importância, dando-lhes 
dimensão poética. 
OS NAMORADOS DA FILHA
 Quando a minha adolescente anunciou que ia 
dormir com o namorado, o pai não disse nada. 
Não a recriminou, não lembrou os rígidos 
padrões morais de sua juventude. Homem 
avançado, esperava que aquilo acontecesse um 
dia. Só não esperava que acontecesse tão cedo.
 Mas tinha uma exigência, além das clássicas 
recomendações. A moça podia dormir com o 
namorado:
 
 - Mas aqui em casa.
 Ela, por sua vez, não protestou. Até ficou 
contente. Aquilo resultava em inesperada 
comodidade. Vida amorosa em domicílio, o 
que mais podia desejar Perfeito.
 O namorado não se mostrou menos satisfeito. 
Entre outras razões, porque passaria a 
partilhar o abundante café da manhã da 
família. Aliás, seu apetite era espantoso: 
diante do olhar assombrado e melancólico do 
dono da casa, devorava toneladas do melhor 
requeijão, do mais fino presunto, tudo regado 
a litros de suco de laranja.
 Um dia, o namorado sumiu. 
Brigamos, disse a filha, mas já estou 
saindo com outro. O pai pediu que 
ela trouxesse o rapaz. Veio, e era 
muito parecido com o anterior: 
magro, cabeludo, com apetite 
descomunal.
 Breve, o homem descobriria que 
constância não era uma 
característica fundamental de sua 
filha.
 Os namorados começaram a se suceder 
em ritmo acelerado. Cada manhã de 
domingo, era uma nova surpresa: este é o 
Rodrigo, este é o James, este é o Tato, 
este é o Cabeça. Lá pelas tantas, ele 
desistiu de memorizar nomes ou mesmo 
fisionomias. Se estava na mesa do café da 
manhã, era namorado. Ás vezes, também 
acontecia -ah, essa próstata, essa próstata 
– que ele levantava à noite para ir ao 
banheiro e cruzava com um dos galãs no 
corredor. Encontro insólito, mas os 
cumprimentos eram sempre gentis.
 Uma noite, acordou, como de costume, e, 
no corredor, deu de cara com um rapaz 
que o olhou apavorado. Tranquilizou- o: 
 - Eu sou o pai da Melissa. Não se 
preocupe, fique à vontade. Faça de conta 
que a casa é sua.
 E foi deitar.
 Na manhã seguinte, a filha desceu para 
tomar café. Sozinha.
 - E o rapaz? - perguntou o pai.
 - Que rapaz? – disse ela.
 Algo lhe ocorreu, e ele, nervoso, pôs-se de 
imediato a checar a casa. Faltava o CD 
player, faltava a máquina fotográfica, faltava 
a impressora do computador. O namorado 
não era namorado. Paixão poderia nutrir, 
mas era pela propriedade alheia.
 Um único consolo restou ao perplexo pai: 
aquele, pelo menos, não fizera estrago no 
café da manhã.
 Moacyr Scliar. Revista Zero Hora, 26 abr. 
1998.
CLARINDA

Continue navegando