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Eutanasia, Distanasia, Ortotanasia, Mistanasia

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Nome do Professor
Aula 1
EUTANÁSIA, DISTANÁSIA, 
ORTOTANÁSIA, MISTANÁSIA
Prof. Dr. Izaildo Tavares Luna
Eutanásia
O que é?
✓Vem do grego “boa morte” ou “morte apropriada”.
Eutanásia consiste na conduta de abreviar a vida de um
paciente em estado terminal ou que esteja sujeito a dores e
intoleráveis sofrimentos físicos ou psíquicos.
✓De maneira controlada e assistida por um especialista.
✓Quando uma pessoa causa deliberadamente a morte de outra
que está mais fraca, debilitada ou em sofrimento.
Eutanásia
•A intenção de realizar a eutanásia pode gerar uma ação
(eutanásia ativa) ou uma omissão, isto é, a não realização de
uma ação que teria indicação terapêutica naquela
circunstância (eutanásia passiva).
•Do ponto de vista da ética, ou seja, da justificativa da ação,
não há diferença entre ambas.
Eutanásia
Uma série de questões éticas e morais
afloram no contexto da terminalidade
da vida:
• direitos do paciente em relação à
verdade sobre suas reais condições;
• objetivos da atuação do profissional
de saúde;
• paradoxos entre a consciência e a
legalidade.
Eutanásia
• Pode, ou deve, o profissional de saúde ajudar um paciente
que sofre de modo irreversível, a morrer?
• A eutanásia pode ser considerada uma ação médica ética?
Eutanásia no Brasil:
• Homicídio
Art. 121. Matar alguém:
Pena - Reclusão, de seis a vinte anos [...].
• Eutanásia
Parágrafo 3º. Se o autor do crime agiu por compaixão, a
pedido da vítima, imputável e maior, para abreviar-lhe o
sofrimento físico insuportável, em razão de doença grave:
Pena - Reclusão, de três a seis anos.
Ética e Eutanásia
Em condições em que a cura não é mais uma possibilidade,
os objetivos precisam estar direcionados para a não-
maleficência = não causar dano ou dor desnecessários e sem
justificativa.
A autonomia em recusar
tratamentos = também precisa
ser avaliada dentro desta
perspectiva hierarquizada das
condições de recuperação.
Eutanásia
Eutanásia voluntária - quando a morte provocada ocorre
em atendimento a uma vontade explícita do paciente. A
eutanásia voluntária é muito assemelhada ao conceito
chamado de “suicídio assistido”.
A distinção está no fato de que na eutanásia a ação é
sempre realizada por outra pessoa, enquanto que no suicídio
assistido a própria pessoa (mesmo que com auxílio de
terceiros) executa a ação que a leva ao óbito.
Ética e Eutanásia
Eutanásia involuntária - quando é provocada sem o
consentimento do paciente quando este se encontra
consciente e em condições de escolher;
Eutanásia não-voluntária - quando é provocada sem que o
paciente tenha manifestado seu desejo pelo fato de se
encontrar sem condições de se expressar, normalmente em
condições de coma ou no caso de recém-nascidos.
Eutanásia Ativa
“Eutanásia ativa” - onde é produzida uma
ação que objetiva provocar deliberadamente a
morte sem sofrimento.
Consiste no ato deliberado de provocar a morte
sem sofrimento do paciente, por fins
misericordiosos. É ativa quando o agente
ministra substância capaz de provocar a morte
instantânea e indolor.
Eutanásia Passiva ou Ortotanásia
“Eutanásia passiva” ou “ortotanásia” = que se caracteriza
pela interrupção de uma terapêutica que atua na sustentação
da vida, deixando a doença seguir seu curso. A principal
distinção entre a eutanásia ativa e passiva está na intenção
da ação, quando esta ação acarretar na antecipação da
morte intencionalmente, é considerada eutanásia ativa.
Ortotanásia = dá - se quando a morte do paciente ocorre,
dentro de uma situação de terminalidade, ou porque não se
inicia uma ação médica ou pela interrupção de uma medida
extraordinária. O médico deixa de prolongar, por meios
artificiais e extraordinários, a vida condenada, já que o
tratamento para prolongar a vida traz sofrimento ao paciente
terminal.
Eutanásia Passiva ou Ortotanásia
•Em 2006, foi publicada, pelo CFM, a Resolução nº 1.805,
visando à regulamentação da ortotanásia no Brasil. Ela foi
autorizada, pelo Ministério Público Federal, em 2010: ano em
que a ortotanásia foi contemplada no novo código de ética
médica.
•De acordo com tais documentos, a ortotanásia deve ser
considerada em casos de pacientes terminais, sob o
consentimento do próprio doente ou da família.
Eutanásia Passiva ou Ortotanásia
Exemplos:
Eutanásia ativa – injeção letal, cadeira elétrica, combinação
de medicamentos que provocam a morte, desligar um
aparelho que sustenta a vida.
Eutanásia passiva – suspensão de um tratamento que adia
a morte e prolonga a vida, como quimio ou radioterapia em
pacientes com câncer terminal (Governador Mário Covas –
Cuidados Paliativos).
“Eutanásia de duplo efeito” = quando a morte é promovida
indiretamente pelas ações médicas executadas com o
objetivo de aliviar o sofrimento de um paciente terminal,
como, por exemplo, a morfina que administrada para a dor
pode provocar depressão respiratória e morte. Nestes casos,
o objetivo da ação médica não é promover o óbito, mas
assume-se seu risco em prol da amenização do sofrimento.
DISTANÁSIA
DISTANÁSIA
• O adiamento da morte, geralmente, ocorre pela
utilização de fármacos e aparelhagens que, muitas
vezes, proporcionam sofrimento desnecessário.
• Procedimento médico que visa a prolongar a vida dos
pacientes em estado terminal. Segundo a definição do
dicionário Houaiss, distanásia significa morte lenta, com
grande sofrimento. Este conceito também é conhecido
como “obstinação terapêutica” (L’acharnement
thérapeutique) na Europa ou medical futility nos Estados
Unidos.
MISTANÁSIA
MISTANÁSIA
✓A política nazista de purificação racial, baseada numa ciência
ideologizada, é um bom exemplo da aliança entre a política e as
ciências biomédicas a serviço da mistanásia.
✓ Pessoas consideradas defeituosas ou indesejáveis foram
sistematicamente eliminadas: doentes mentais, homossexuais,
ciganos, judeus.
✓Os campos de concentração, com grande quantidade de cobaias
humanas à disposição, favoreceram outro tipo de mistanásia ativa.
Em nome da ciência, foram realizadas experiências em seres
humanos que em nada respeitavam nem a integridade física nem o
direito à vida dos participantes. Assim, seres humanos foram
transformados em cobaias descartáveis.
✓A grande maioria das vítimas da mistanásia são pessoas pobres,
vítimas da exclusão social e econômica, pessoas que levam uma vida
precária, desprovidas dos cuidados de saúde e que morrem
prematuramente.
MISTANÁSIA
✓A mistanásia é uma categoria que nos permite 
levar a sério o fenômeno da maldade humana".
✓É o erro do profissional que leva à morte do 
paciente 
Ética e Eutanásia
• Uruguai, Holanda e Bélgica admitem a prática legal da
eutanásia ativa.
• Suicídio assistido = Suiça, Alemanha, Holanda, EUA -
Oregon, Washington e Vermont.
Suicídio assistido = O suicídio assistido ocorre quando uma
pessoa, que não consegue concretizar sozinha sua intenção
de morrer, e solicita o auxílio de um outro indivíduo.
Eutanásia X Distanásia
A questão ética a ser considerada é:
A distanásia é mais ética do que a eutanásia? É válido
estender a vida mesmo que a cura não seja possível e o
sofrimento excessivamente penoso?
Eutanásia X Distanásia
• Enquanto houver a mais remota possibilidade de reversão
do quadro de morte inevitável deve-se sustentar a
manutenção da vida;
• Mas, em caso contrário, o que a ética determina é a
priorização do segundo pilar: o alivio do sofrimento.
Ética e Eutanásia
Poderíamos então, considerar que aliviar o sofrimento,
nestes casos compreendido como permitir ou antecipar a
morte, recai em uma outra grave questão: Quando desistir
da vida ?
Ética e Eutanásia
O americano Terry Wallis, após um acidente de carro, ficou 20
anos em estado de coma e retornou à consciência, voltando a
falar e a recuperar movimentos do corpo. Certamente não é o
tempo o padrão capaz de determinar esta resposta.
Resumindo...
Eutanásia no Mundo
No Brasil, as duas
práticas são
proibidas, embora não
constemespecificamente no
Código Penal.
Vamos Praticar?
O caso Terri Schiavo
A americana Terri Schiavo, 41, que vivia em
estado vegetativo havia 15 anos, morreu em
2005, no hospital Pinellas Park (Flórida) após
longa batalha judicial entre seu marido, Michael
Schiavo, e sua família. O tubo que alimentava
Terri foi retirado. Ela era mantida viva
artificialmente, e recebia alimentação por meio
de um tubo inserido em seu estômago.
Qual tipo de eutanásia ocorreu?
O caso Terri Schiavo
Eutanásia ativa, onde é produzida uma ação que objetiva
provocar deliberadamente a morte sem sofrimento, pois a
retirada da sonda que sustentava a alimentação de Terri foi
retirada com a intenção de produzir o óbito.
Dica: assista “ Como eu era 
antes de você”
REFERÊNCIAS
BIONDO, C. A.; SILVA, M. J. P.; SECCO, L. M. D.
Distanásia, eutanásia e ortotanásia: percepções dos
enfermeiros de unidades de terapia intensiva e
implicações na assistência. Rev Latino-am Enfermagem
2009 setembro-outubro; 17(5).
GEOVANINI, F. C. M. Tanatologia. 1ª edição. SESES.
Rio de Janeiro, 2018.
Vamos Praticar!?
Testando a Aprendizagem
1ª) (COVEST - COPSET - 2019 – UFPE - Modificada) - “O enlutado nega a morte,
continua a sua vida normalmente e apresenta gestos e comportamentos automatizados.
Por vezes, essa reação é interrompida por momentos de raiva e desespero.” Essa fase
do luto pode durar horas ou algumas semanas e é denominada de:
A) Anseio e busca
B) Desorganização 
C) Entorpecimento 
D) Angústia e organização 
E) Desespero e reorganização 
Alguns autores detiveram-se na compreensão do processo de enfretamento do luto através da
passagem por fases. Para Kübler-Ross (2005) o processo de enlutamento compreende as seguintes
fases: negação/isolamento, raiva/revolta, barganha/negociação, depressão, aceitação/adaptação.
Por sua vez, Bowlby (1985) refere quatro fases do luto: a fase de choque, que pode durar horas ou
semanas e vir acompanhada de sentimentos de desespero e raiva, na qual o indivíduo fica em estado
de choque e parece, por vezes, desligado, mesmo que esteja sob grande tensão. A fase de desejo pode
trazer a expressão do desejo da presença e da busca da pessoa que foi perdida, fazendo com que
coexistam dois processos contraditórios: a realidade da perda e com ela o desespero, inquietação,
insônia, preocupação, e por outro lado a esperança do reencontro, com a ilusão de que nada tenha
acontecido ou mudado. Além disso, pessoa pode ficar mais atenta a quaisquer ruídos que possam
confirmar a fantasia do retorno. A fase da busca da figura perdida pode ter duração indefinida,
podendo ser seguida por uma fase de desorganização e desespero. Por fim há a fase de organização,
na qual acontece uma maior aceitação da perda definitiva, junto ao pensamento de que é necessário o
recomeço para uma nova vida. Porém, mesmo assim, a saudade e a tristeza podem retornar o que faz
com que o processo de luto seja gradual com tempo de duração variável e, em alguns casos, nunca
concluído por completo. Mesmo com o passar do tempo, o ato de lembrar-se do morto, pode trazer
uma profunda tristeza, sentimentos como desespero e desânimo, mesmo que com menor intensidade
e frequência.
Gabarito Comentado - 01 Questão
2ª) (COVEST-COPSET - 2019 - UFPE – Modificada) - Em relação à morte ou à perda, 
o trabalho do luto inclui: 
( ) expressar a tristeza e a saudade 
( ) recordar as circunstâncias da morte 
( ) falar sobre aquilo que se perdeu 
( ) chorar por aquilo que se perdeu
3ª) (COVEST-COPSET - 2019 - UFPE – Modificada) - Nas pesquisas atuais, o luto é
considerado uma profunda transição existencial, com perdas que afetam estruturas de
significado na vida. A respeito do luto, é correto afirmar:
A) entre os fatores que podem causar complicações no processo de luto, observa-se negação e
repressão, ligadas à perda e à dor.
B) nunca devem ser levadas em conta a maneira de ser das pessoas e suas formas de lidar com
situações de crise no tratamento do luto.
C) existem padrões que definem quando um ou outro processo de luto está-se instalando.
D) distorções que afetam a expressão do luto, como o adiamento ou a inibição, tendem a
encurtar o processo de luto.
E) certos fatores são menos importantes, em uma cultura que faz com que as pessoas se
controlem, não se manifestem e que vivam como se a morte não existisse.
4ª) Julgue o item a seguir como certo ou errado. Se a assertiva for falsa, corrija-a! 
“O primeiro dos períodos identificados por Kübler Ross (2005) no processo de morte é a 
raiva, quando o paciente se recusa a aceitar que tem uma condição fatal. Depois se 
seguem a aceitação, a negociação, a depressão e a negação de que a morte é 
inevitável.” 
Para Kübler-Ross (2005) o processo de enlutamento compreende as
seguintes fases: negação/isolamento, raiva/revolta,
barganha/negociação, depressão, aceitação/adaptação.
Gabarito Comentado - 04 Questão

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