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Características clínicas - HIV/AIDS

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PATOLOGIA BUCAL
HIV/AIDS
Características clínicas
Fonte: NEVILLE, B. W.; DAMM, D. D.; ALLEN, C. M.; BOUQUOT, J. E. Patologia Oral e Maxilofacial. 4. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016.
E sua relação com alterações na cavidade bucal
Fase Aguda: o paciente pode ser assintomático ou exibir uma síndrome retroviral aguda
autolimitante (50 a 70% dos casos). Essa síndrome aguda desenvolve-se de uma a seis semanas
após a exposição e os sintomas lembram aos observados na mononuclease infecciosa (sintomas:
linfadenopatia generalizada, faringite, febre, erupção, maculopapular, cefaleia, mialgia,
artralgia, diarreia, fotofobia e neuropatias periféricas). Podem ocorrer as alterações orais como
o eritema da mucosa e ulcerações focais. Nessa fase, os anticorpos contra o HIV ainda não são
detectáveis, mas os pacientes apresentam altas taxas de viremia e são extremamente
infecciosos.
Fase Crônica (ou período de latência): desenvolvimento de uma resposta imune, diminuição da
viremia. Pode durar de meses até mais de 15 anos (depende do tratamento e dos fatores de
impacto: idade do paciente, resposta imunológica, tipo de exposição, cepas virais e utilização de
cART). A maioria dos pacientes é assintomática, mas alguns apresentam linfadenopatia
generalizada persistente (LGP). Pode haver período de febre crônica, perda de peso, diarreia,
candidíase oral, herpes-zóster e/ou leucoplasia pilosa oral – complexo relacionado à AIDS (CRA).
AIDS: falha do sistema imune no controle do vírus, aumento acentuado da viremia e queda na
contagem de células CD4+. A apresentação da fase sintomática é variável e, na maioria dos
casos, está relacionada com a exposição a outras infecções crônicas. Com frequência, são vistos
os sintomas de CRA com um número aumentado de infecções oportunistas ou processos
neoplásicos. Infecções de significância diagnóstica da AIDS: pneumonia causada pelo fungo
Pneumocystis jiroveci (muito característica e a mais comum entre os casos); infecção pelo
citomegalovírus (CMV) disseminada; infecções graves pelo vírus do herpes simples (HSV);
infecções micobaterianas atípicas; meningite criptocócica e toxoplasmose no SNC. É frequente
casos de diarreia (bacteriana ou protozoária). Cerca de 30 a 50% dos pacientes, apresentam
disfunção neurológica clinicamente suficiente, sendo a manifestação mais comum a
encefalopatia progressiva conhecida como complexo AIDS-demência.
PATOLOGIA BUCAL
HIV/AIDS
Manifestações Orais associadas à infecção pelo HIV
Fonte: NEVILLE, B. W.; DAMM, D. D.; ALLEN, C. M.; BOUQUOT, J. E. Patologia Oral e Maxilofacial. 4. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016.
E sua relação com alterações na cavidade bucal
Grupo 1: Lesões fortemente associadas 
• Candidíase: eritematosa, pseudomembranosa e queilite angular;
• Leucoplasia pilosa;
• Sarcoma de Kaposi (SK);
• Linfoma Não Hodgkin (LNH)
• Doença periodontal: eritema linear gengival, gengivite necrosante, periodontite necrosante
Grupo 2: lesões menos comumente associadas
• Infecções bacterianas: Mycobacterium avium intracellulare e M. tuberculosis
• Hiperpigmentação melânica
• Estomatite ulcerativa necrosante
• Doença de glândula salivar: xerostomia, aumento
• unilateral ou bilateral das glândulas salivares maiores
• Púrpura trombocitopênica
• Úlceras orais inespecíficas
• Infecções virais: herpes simples (HSV), papilomavírus humano (HPV), varicela-zóster (VZV)
Grupo 3: lesões vistas na infecção pelo HIV
• Infecções bacterianas: Actinomyces israelii, Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae
• Doença da arranhadura do gato (Bartonella henselae)
• Angiomatose epitelioide (bacilar) (Bartonella henselae)
• Reações medicamentosas: ulcerações, eritema multiforme, reações liquenoides, epidermólise
tóxica
• Infecções fúngicas exceto candidíase: Cryptococcus neoformans, Geotrichum candidum,
Histoplasma capsulatum, Mucoraceae (mucormicose/zigomicose) e Aspergillus flavus
• Distúrbios neurológicos: paralisia facial e neuralgia do trigêmeo
• Ulceração aftosa recorrente
• Infecções virais: citomegalovirose (CMV) e molusco contagioso (MCV)

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