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brir um restaurante ou um bar é um grande desafio. É também uma emoção que proporciona a oportunidade para uma extraordinária expressão criativa. Elaborar um Cardápio, criar um prato, planejar a decoração, oferecer um bom nível de atendimento ou simplesmente organizar o ambiente. Muitos sonham ter seu restaurante ou bar, e não podemos negar que exista certo glamour sobre esta ideia. É muito estimulante. A ideia de ser patrão e dar ordens é atraente. Ser responsável pela criação e organização do "movimento" é empolgante. Se bem sucedido, um administrador de restaurante ou bar poderá se tornar alguém importante, tanto em uma pequena cidade quanto em uma metrópole. No entanto, há inúmeros obstáculos a serem superados antes da inauguração. Muitos can-didatos a empresários do setor de Alimentos e Bebidas (A&B) ficam pelo caminho, perdem as economias, muitas vezes até o patrimônio e longos anos de crédito. Atualmente, de cada cinco empresas do gênero que são abertas, apenas uma continua funcionando dois anos depois, segundo a Junta Comercial de São Paulo e o SEBRAE, o que representa 20%. Apenas tem obtido sucesso quem conhece na prática métodos excelentes de gestão. Ape-nas aqueles que conseguem ter serviços de cozinha nota dez, evitando assim desperdí-cios, fraudes e reclamações trabalhistas, e também procuram praticar marketing criativo e agressivo, controlar compras e estoque, vendas e operações financeiras, além de cuidar detalhadamente de todos os itens. Por isso, tornou-se imprescindível que o empresário seja bem informado. Esta apostila não pretende ser um manual completo de todas as etapas da abertura de um restaurante, mas sim um guia de consulta e um resumo do curso complementando as aulas ministradas. • Quem será o público-alvo? Quem serão os clientes? • Comprar, construir, alugar ou franquiar? • Um cardápio reduzido ou extenso? • Limitar ou não limitar os serviços? • Propaganda paga ou indicação de frequentadores? • Uma inauguração majestosa ou discreta? • Qual o local ideal? O que faz um local ser ideal? A resposta depende do tipo de restaurante e da clientela que se almeja. A personalidade do restaurante, o estilo dos serviços, os preços e a administração apontam para determinação de certo critério na seleção do local. O que é bom para um restaurante pode não ser bom para outro. Pontos a serem considerados com relação ao local escolhido: Zoneamento apropriado Drenagem, esgotos, energia elétrica. Dimensões mínimas Prazo de locação Trânsito veloz Pontos a serem analisados Macro ambientalmente Acesso Visibilidade População entorno Renda Familiar Crescimento ou Declínio da Região Análise de Oferta Análise de Demanda Ao escolher um local para o desenvolvimento de um empreendimento, um dos passos iniciais é uma análise da oferta e da demanda existentes. Em um ambiente de negócios, existem aqueles agentes econômicos que oferecem produ-tos ou serviços (oferta) e aqueles que procuram por esses produtos ou serviços (procura ou demanda). Um restaurante que se propõe atingir determinado público deve criar produtos que ve-nham suprir os anseios de determinado grupo. Esses anseios podem gerar uma demanda espontânea, ou seja, aquela que existe pela própria situação em que se encontra o público, gerado muitas vezes por circunstâncias adversas. A demanda não é fácil de ser quantificada. No máximo, chega-se a uma estimativa do número de clientes. Para tanto, pode-se considerar: • A população dentro da área de alcance (as áreas próximas ao restaurante, de onde geralmente as pessoas vêm); • A divisão demográfica dessa população, em termos de nacionalidade, raça, idade, sexo, religião, emprego, educação e renda. Esses dados indicam o total de pessoas que poderiam vir a se tornar clientes. Além destes dados, deve-se trabalhar com as variantes de: • Quantas pessoas pertencentes ao público-alvo são clientes potenciais? • Qual público será potencial (café da manha, almoço ou jantar)? • Quem será o público-alvo? O público - ou seja, o total de todos os clientes reais e potenciais - é geralmente seg-mentado em grupos que têm características similares. Incluídos nesses grupos estão os públicos-alvo, que se identificam como os melhores para um restaurante atender. A seg-mentação do mercado e o estabelecimento de públicos-alvo são o enfoque do marketing, para produzir máxima efetividade. Uma vez que o público-alvo está identificado, é importante posicionar o restaurante dife-rencialmente em relação à concorrência. Se existe uma demanda, é quase certeza que existe ou existirá uma oferta para este mercado. As empresas que oferecem produtos ou serviços iguais ou similares estão disputando mer-cado, e apresentam-se como concorrentes. O objetivo de uma análise de oferta é identificar os estabelecimentos que possam ser-vir como referência imediata, chamados também de concorrentes diretos, e qualificar seu movimento histórico para orientação e futuras projeções. Também são investiga-dos os comportamentos de concorrentes secundários ou indiretos para servirem como referência. Por meio desta pesquisa, se fará a identificação de alguns dados importantes: Localização do concorrente Tipo de serviço Quantidade de pratos do Cardápio Instalações Ambientes Tipo de administração Horário de funcionamento Número de refeições servidas por dia Valor de couvert médio ou ticket médio Quantidade de funcionários Por intermédio destes dados, é possível projetar a receita média mensal estimada de cada empreendimento. Também será possível identificar à futura e potencial receita de um estabelecimento e como está funcionando o mercado ao redor. Investimentos e Taxas de Retorno O cálculo da taxa de retorno do investimento é obtido com base no lucro mensal. Vale lembrar que o custo médio de montagem de um estabelecimento é de 3 a 5 vezes o fatura-mento mensal esperado. No Brasil, onde o mercado é considerado mais instável, o retorno é satisfatório quando se dá em até 2 anos. Esse prazo tende a alargar com a estabilidade da economia. Portanto o empreendimento pode se considerar viável quando a taxa de lucro proporciona o retorno do investimento em até 24 meses. Uma taxa de lucro aceita como muito boa é de 15% ao mês. Mas dependendo do porte do restaurante, pode-se esperar uma taxa de lucro variável entre I O e 8%, principalmente nos momentos em que a relação entre o custo da mercadoria vendida (CMV) e o preço bruto de venda tiver que ser reavaliado devido a aumentos abusivos ou até mesmo à con-corrência próxima. Aspectos Legais e Tributários A maioria dos restaurantes na cidade de São Paulo abre como Microempresa, podendo atingir um faturamento anual de até R$ 2.200.000,00, optando pelo recolhimento dos im-postos como Simples. Um fato importante que não poderá ser esquecido é a contratação de um contador espe-cializado no ramo de restaurantes. Muitos investidores do setor. Passam vários meses e até alguns anos pagando impostos indevidos, correndo o risco de serem autuados pela fiscali-zação e até mesmo pela justiça do trabalho devido à má orientação de seus contadores. A vigilância sanitária vem efetuando visitas aos estabelecimentos de alimentação, e através de uma nova política de gestão estão primeiro orientando e posteriormente multando. Em algumas ocorrências, caso se comprometa a saúde pública, o estabelecimento é fechado. Mas é necessário que ele, antes da inauguração, mantenha os padrões de higiene exigidos. Todo investidor do ramo de Alimentação poderá filiar-se ao Sindicato de Bares, Hotéis e Similares da sua região. Além de o sindicato dar orientações sobre o acordo entre patrões e empregados, possui assessoria para a categoria. Objetivos Que tipo de cardápio? Haverá sugestõesda casa? Como serão apresentadas? Haverá um cardápio para eventos? Qual será à margem de lucro? Qual a previsão de vendas? A partir do momento em que essas questões precisam ser respondidas, pode-se trabalhar baseando-se em dois aspectos: Intuição: nada científica manifesta-se geralmente na decoração, uniformes, logotipo e cores, modismos. Informação: objetiva e mensurável, obtida por meio de pesquisas e dados oficiais. Quando falamos em informação é necessário pesquisar e copilar dados que obtemos nos Órgãos Reguladores do Mercado, Institutos de Pesquisa, Escritórios tecnocratas etc. Fornecedores, Órgãos de imprensa, Sindicatos e claro no Google! O que e aonde devemos pesquisar fica a critério do Tipo e do Conceito do Cardápio, daí devemos buscar estes tipos de informação: Utilização de novos produtos de mercado Busca de novos hábitos alimentares Idade, sexo, poder aquisitivo e ocupação da clientela população, localização, clima e tráfego. Concorrência Custo da matéria-prima e equipamentos Escolaridade e formação profissional da mão-de-obra necessária Confecção dos cardápios O cardápio é um importante instrumento de vendas, portanto deve ser cuidadosamente pensado e elaborado, pois faz parte do marketing da empresa e deve estar voltado para atingir o segmento de mercado proposto. Também chamado cardápio, lista ou carta, é um veículo de informação, venda e publicidade e tem por finalidade auxiliar os clientes na escolha dos alimentos ou bebidas. Ao entrar em um restaurante, todo cliente espera, consciente ou inconscientemente, satisfazer desejos de ordem física e emocional, de modo que os cardápios devem vir de encontro a estas necessidades. Para Barreto, devem despertar a atenção do cliente, apresentando uma variedade de produtos compatíveis com seus gostos, tendo uma forma gráfica original e sendo fáceis de manusear. Definição de cor Definição do tipo de letra Definição de ilustrações Distribuição de produtos no cardápio Elaboração de um "boneco" Acompanhamento na execução da arte final Humor Descrição x Identificação. Precisa cuidados especiais no planejamento de cardápios e que são necessários para quem planeja: Conhecimentos técnicos de produção Conhecimentos de serviço de alimentação Análise de estatísticas de vendas Definição da colocação dos preços Mercado abastecedor Custo Sazonalidade Concorrência Planejar para um período Variedades de formas de cocção para os alimentos Variedade de cores e decoração das bebidas e alimentos Seriedade e profissionalismo. Deve ser vendido aquilo que realmente é oferecido. As improvisações afetam a imagem do restaurante. Direção ou Gerência Cozinha Salão Bar Gerente Habilidades Pessoais • Boa comunicação interpessoal • Capacidade de liderar e chefiar • Organização e métodos • Iniciativa • Praticidade na resolução de problemas • Dinamismo e paciência Proprietário Gerente Chef de Cozinha Caixa Maitre Cozinheiro Garçons Commis Saladeiro Ajudantes Ajudantes • Boa apresentação pessoal Principais Conhecimentos • Técnicas de venda de bebidas no bar • Nível educacional: ensino médio completo • Formação técnica: curso de bartender ou maitre • Experiência de pelo menos 5 anos como bartender ou chefe de bares • Idiomas: boas noções de inglês Atribuições • Auxiliar eventualmente nas vendas • Supervisionar todas as atividades relacionadas com serviço de bebidas e com o atendi-mento aos clientes • Atender reclamações • Participar da elaboração dos cardápios • Organizar serviços em eventos • Administrar os estoques • Fazer o inventário e o controle dos utensílios • Controlar materiais permanentes, equipamentos e utensílios, zelando por sua conservação. • Assessorar a administração no recrutamento, seleção, formação, avaliação e em outras decisões relativas aos funcionários. • Preparar planos de trabalho e escalas de revezamento • Orientar seus subalternos Maitre / Bartender Habilidades Pessoais Boa comunicação interpessoal e diplomacia Higiene absoluta no ambiente de trabalho e pessoal • Apresentação pessoal impecável Apresentar a nota ao cliente e cobrar Servir bebidas em coquetéis e buffets Atender reclamações do cliente Operar a caixa registradora na falta do caixa, sob supervisão. Preparar café expresso e outras bebidas Preparar sucos, vitaminas e frappés. Preparar coquetéis, batidas e caipirinhas. Relacionar-se com clientes Controlar o estoque Controlar os custos Fazer o inventário Controlar materiais permanentes, equipamentos e utensílios, zelando por sua conservação. Orientar seus subalternos Fazer o encerramento das atividades Garçom Habilidades Pessoais • Boa comunicação interpessoal • Praticidade na resolução de problemas • Dinamismo e paciência • Boa apresentação pessoal Principais Conhecimentos • Técnicas de venda de bebidas no bar • Nível educacional: fundamental completo • Formação técnica: curso de garçom • Experiência profissional: pelo menos 2 anos como commis • Idiomas: noções de inglês Atribuições • Vender • Fazer a mise en place • Tomar o pedido de bebidas do bar • Servir os pratos conforme orientação do Chef e bebidas conforme o cliente pediu. • Apresentar a nota ao cliente e cobrar • Servir bebidas em coquetéis e buffets • Atender reclamações do cliente Commis Habilidades Pessoais • Boa comunicação interpessoal e diplomacia • Dinamismo e paciência • Apresentação pessoal impecável • Disposição, destreza e bom preparo físico. Principais Conhecimentos • Técnicas de venda de bebidas no bar • Nível educacional: fundamental completo • Formação técnica: curso de commis ou garçom • Experiência profissional: iniciante Atribuições • Vender • Fazer a mise en place • Auxiliar o garçom ou bartender nas tarefas relativas ao atendimento • Servir bebidas e alimentos quando o garçom solicitar • Limpar e montar mesas durante o serviço • Auxiliar o fechamento. • Controlar materiais permanentes, equipamentos e utensílios, zelando por sua conservação. Como mensurar e classificar seus funcionários de salão e de cozinha? Quando se esta começando é muito difícil prever seu movimento e o número de pessoas que você irá atender por dia ou por hora, eu sempre oriento meus clientes a classificar um valor máximo e depois criar etapas de conclusão e de movimentação por períodos. Lembre-se que para cada tipo de restaurante e tipo de serviço existe uma mensuração diversa e veremos isso no final, ok! Como fazer isso? Vamos usar uma medida de referência – O terreno total do meu restaurante possui 200 m². Pois bem se usarmos as medidas que já revisei aqui ficaria assim: Salão – de 80 a 100m² - de 20 a 25 mesas (80 a 100 clientes por período de 3h) Cozinha – de 20 a 25 m² (10 m² para equipamento – 50%) – 1,5m² por funcionário por período de 8 a 10 h dependendo do serviço! Em restaurantes a A Lá Carte sugiro: 01 garçom a cada 8 mesas, 01 cumim para cada 10 mesas e 01 maitre para o total de mesas Em restaurantes Self Service ( 1 ilha quente de 20 GN’s + 1 Fria de 12 GN’s), suficientes para este tamanho de salão: 01 garçom a cada 12 mesas, 01 cumim para cada 20 mesas e um repositor de ilha (funcionário da Cozinha) 01 maitre para o total de mesas. No caso de outros tipos de serviços basta você relacionar com o números de mesas e de ilhas de serviço, se for bar e lanchonete você conta o Balcão como uma ilha e a cada 4 bancos no balcão, uma mesa, assim se usar essa proporção conseguirámensurar quantos colaboradores irá precisar. No caso de uma Comércio restaurador de alimentos, sem mesas e só balcão lembre-se que a cada 4 m linear de balcão você necessitará de um funcionário! Que seria o espaço de 4 bancos! Então vamos usar essa proporcionalidade! Exemplo: Lanchonete ou Hamburgueria com 200 m² - salão de 100 m² com balcão de serviço com 25 m² e uma área de cocção de 10 m², um balcão lateral de 4m por 80 cm² com 4 cadeiras. Você terá Balcão 25 + Balcão extra lateral 3,20 m² + espaço de cadeiras e movimentação 6m² (4x1, 5 m²). Total de 45 m² de serviço sobrando 55 m² de salão no caso de lanchonetes sugiro mesas de 80x80 cm com 4 cadeiras, mais confortáveis, mutáveis e flexíveis! Resumindo... Em 100 m² de salão temos 45% de área de serviço e cocção e 55% de salão – seriam apoiadamente 27 mesas (25 + Balcão), assim ficamos: 01 garçom a cada 12 mesas, 01 cumim para cada 20 mesas 01 chapeiro por turno de 10 h (funcionário da Cozinha) 01 funcionário para cada 4 m linear de Balcão Um Exemplo de Combinação... Na cozinha seguimos a mesma proporcionalidade, se no caso seja serviço sem mesas e só balcão siga sempre a proporcionalidade acima. Existe grande variedade de tipos de restaurantes o que torna difícil determinar uma tipologia exata para todos os tipos de negócios que se enquadram dentro da denominação “restaurante”, já que novos tipos de negócios surgem todos os dias, segundo Gurgel (2003) segue abaixo um conjunto de definições atualizadas de restaurantes: • Coletividade: Usado para alimentação de um grande número de pessoas. Normalmente conta c/ o trabalho de nutricionistas e/ou concessionária, e aceita vale refeição e tickets. Ex: escolas, hospitais, empresas. • Self-Service: Restaurante c/ conceito onde a própria pessoa se serve, em Buffet quente e Buffet frio. Ex: Restaurante àquilo, bandejão, postos de estrada, restaurantes de alunos e funcionários, etc. • A La Carte: Como nome já diz, conforme a carta ou cardápio se oferece um serviço à mesa com garçons. Os pratos muitas vezes são individuais ou servem de 2 a 4 pessoas. • Tradicional: Em restaurantes ditos tradicionais o cardápio e imutável (não se atualiza), pois tem o objetivo de manter uma tradição no local ou na cidade. Utiliza mão de obra não necessariamente especializada. • Clássico: Restaurante tradicional, porém mais elegante e fino, sua faixa de preços difere dos demais, pois trabalha com preços mais elevados. O cardápio apresenta pratos clássicos da gastronomia mundial não incentivando criatividade na culinária, a mão de obra é especializada, os garçons, muitas vezes, antigos da casa. • Internacional: encontram-se nos grandes hotéis e locais badalados, oferecendo cardápio conhecido internacionalmente. Não incentiva a criatividade na culinária, pois trabalha pratos advindos da culinária típica de diversos países, o preparo dos pratos deve ser o mesmo em qualquer parte do mundo, pois o clientes na maioria das vezes busca por sabores que já conhece, gerando assim uma sensação de seguranças por parte do cliente e de nostalgia por parte da casa, pois nada muda. Ex: creme de aspargos, steak au poivre, frango grelhado c/ batata ao vapor, etc. • Gastronômico: É caracterizado por um grande "chef" ou um grande nome, que cria pratos personalizados, o sistema de serviços se baseia no “menu de confiança” aonde come-se a sugestão do "chef" , que espera e confere a opinião de sua escolha. Não importa a origem do prato (de que país), mas sim se a comida preparada por um grande nome. O preço é alto, o publico visado e de alto poder aquisitivo. As pessoas que o buscam, procuram por status e diferenciação, pois este tipo de restaurante é considerado de "grife" (comida assinada). • Especialidade: Não é necessariamente sofisticado, mas se caracteriza por utilizar alimentos ou técnicas de preparo especificas. Ex: grills e churrascarias, cantinas. • Grill: nome dado à churrascaria sofisticada de grelhados. Não se serve apenas carne bovina, pois o cardápio inclui também peixes, frangos, frutos do mar, coelho, javali, carnes silvestres, etc.; porém sempre com a característica se serem preparados grelhados. Normalmente tem "buffet" de frios e acompanhamentos como opção de acompanhamento às carnes como forma de oferecer variedade aos comensais. O cardápio pode ser "à lá carte" ou rodízio, porém a tendência é o "à lá carte" desaparecer devido a grande variedade oferecida pelo sistema de rodízio. • Brasserie: Restaurante típico da região noroeste da França. Influência alemã, e se caracteriza por vender muito Chopp e geralmente há música ao vivo com uma banda local tocando. Não existe esse tipo de restaurante no Brasil. • Típicos: Podem servir comida típica de uma região (amazônica, gaúcha, nordeste, etc.), de um país (grego, japonês, chinês, italiano, etc.) Existem restaurantes típicos do tipo FUSION FOOD, que significa a fusão de comidas no mesmo restaurantes (Ex: restaurante tailandês que serve também a comida brasileira como opção ou a fusão de destas duas culinária no mesmo prato). • Fast-Food: Produção culinária rápida, pois utiliza métodos de cocção rápida. O cliente é rapidamente servido e o cardápio é de ingestão rápida. Normalmente são encontradas em restaurantes franqueadas (MC Donald's, Habbib's, etc.), lanchonetes, coffee-shops. • Restaurante de Rede: Normalmente são franquias, ou seja, restaurantes que funcionam em rede como forma de ganhar poder comercial, poder de compra junto a fornecedores e poder de divulgação da marca por meio do custeio conjunto de despesas de mkt e publicidade. Podem pertencer a um só dono, porem as mais numerosas pertencem a redes de franquias, aonde um investidor compra um restaurante e segue as orientações restritas da franquia. São boas opções de investimento, pois são sistemas já testados e que deram certo. • Coffee Shop: restaurante com preparações rápidas, em hotéis ficam abertos 24h, e são servidas refeições rápidas. Ex: lanches, pães, chás, café, etc. • Lanchonete: São restaurantes tipicamente brasileiros. O cardápio oferecido é à base de lanches, sanduíches, sorvetes, sucos e pratos rápidos. • Bar Temático: São Bares que servem além de petiscos, também pratos e oferecem ilhas de serviço como: Antepastos, Sopas, Porções, Feijoadas e etc. Além de uma carta específica com seu tema! • Perfil da clientela; • Conhecimento da concorrência; • Tempo de preparo x mão de obra x equipamentos; • Tempo disponível para as refeições; • Custos • Padrão de cardápio e técnica de serviço; • Sazonalidade; • Percapta; • Hábitos regionais e alimentares; • Facilidade de abastecimento; • Espaço e ambiente. • Cardápio A La Carte • Cardápio Self Service (Buffet) • Menu d’Autour • Carta de Vinhos e/ou Cervejas • Carta de Sobremesas com ou sem licores • Sazonais Tipos e Técnicas de Serviços • À lá Carte (Serviço Italiano, Francês ou a Inglesa Indireto). • Self Service com ilhas frias e quentes (Serviço à Americana), por peso ou por pax. • Misto ou Las Vegas (Ilhas com serviço à inglesa direto – servidos por uma pessoa) • Take one (tipo rotisserieme congelados – Prantos previamente prontos padronizados) • Delivery (Somente entrega) • Buffet (Evento, Cerimônia ou Festa). Serviços para Buffet (festa) BANQUETE – encontro suntuoso e solene com considerável número de pessoas, caracterizando-se por alta qualidade de produtos (cardápios) e serviços. WELCOME COFFEE – pequeno serviço de café, chá, sucos para recepcionar clientes ou amigos numa reunião, ou antes, de qualquer evento. HAPPY HOUR – composto por coquetéis e drinks servidos no final da tarde, acompanhado de alguns petiscos e boa música. CHÁ DA TARDE – encontro comemorativo ou comercial, onde são servidos produtos diversosde confeitaria, panificação, além de chás e refrescos. CAFÉ COLONIAL – muito comum na região serrana do sul. Famoso por sua infinidade de iguarias caseiras aliadas a pães, bolos e bebidas quente e fria. COFFEE BREAK – serviço de pausa de uma reunião ou qualquer outro tipo de evento para um café. O cardápio deve ser adequado a estas exigências. COQUETEL – serviço composto por petiscos, salgados frios e/ou quentes, bebidas alcoólicas ou não e pequenos doces, passados por garçons aos convidados num salão. (CUIDADO COM A RELAÇÃO AO CARDÁPIO = COFFEE BREAK) A Engenharia do Cardápio proporciona muitos ganhos, pois ajuda decidir se determinados itens devem ser mantidos ou retirados do cardápio, como também ajuda a determinar quais itens estão com a margem de lucro baixa e quais deles precisam ser reposicionados no cardápio para ganhar mais popularidade. Um dos maiores erros cometidos pelos proprietários de restaurantes é fazer com que o cardápio seja tratado como uma mera tabela decorativa de preços ao invés de uma poderosa ferramenta de vendas. Um dos métodos de gerenciar as vendas de um estabelecimento gastronômico é através da ferramenta “engenharia de cardápio” A engenharia de cardápio e ́ um método gerencial para analise de informações extremamente úteis e importantes adequando as vendas e preferências do público ao gerenciamento dos custos das mercadorias vendidas. Poderá ́ ser aplicado tanto para alimentos como para bebidas, sempre levando em consideração a análise por um período e por grupos de produtos. Abaixo, uma adaptação mais simplificada do modelo desenvolvido por Jack Miller, na publicação “Menu Pricing and Strategy” em 1980, e que trabalha através dos volumes de vendas e a sua relação com o percentual do CMV: O menu analysis (MA), segundo Atkinson e Jones (1994), pode ser definido como uma gama de técnicas e procedimentos que habilitam decisões mais efetivas com respeito ao marketing e a operacionalização do menu. Várias técnicas foram criadas e utilizadas, podendo ser denominadas Boston matrix technique, também conhecida por portfólio analysis ou o termo que a tornou popular menu engineering ou engenharia de cardápios. Segundo Kasavana (2008), todos os termos descritos sa ̃o sinônimos atualmente, mesmo que anteriormente possam ter tido sentido e abrangências distintas, sendo menu analysis o termo utilizado no princípio para definir as análises de cardápios, por Miller em 1982, mas que segundo Taylor (2005) tornou-se popular no artigo de Kasavana e Smith em 1982 com o nome de menu engineering, utilizado ainda para definir as técnicas de análises de cardápios. Nos dias hodiernos o termo mais utilizado ainda e ́ menu engineering, sendo o mesmo mais abrangente, contemplando as análises prévias do carda ́pio, dentre elas a ana ́lise sensorial, os custos e a reformulação dos mesmos. Nesta dissertac ̧a ̃o, o termo adotado para definir as ana ́lises de carda ́pios será́ engenharia de carda ́pios (ME), visto ser a tradução literal do termo original do inglês e ainda o termo mais abrangente e atual. Para os autores já́ citados, engenharia de carda ́pios é a avaliação sistemática de dados, custos ou vendas do cardápio, com o proposito de identificar oportunidades de elevar a performance. Atualmente não é só́ isso que e ́ valido para as ana ́lises, mas também levar em consideração às necessidades e percepções dos clientes, expertise dos administradores, com sua intuição e experiência, a posição e descrição utilizada para cada item no menu, aumentando ou não sua popularidade e ainda as fotos de pratos apetitosos, que acabam por despertar maior interesse nos consumidores. Desta forma, atualmente são adicionados as ana ́lises de engenharia de carda ́pios, também as análises prévias que envolvem as decisões a serem tomadas antes mesmo da criação do cardápio ou que posteriormente possam influenciar na tomada de decisões, como a análise sensorial. A análise sensorial, segundo Teixeira, Meinert e Barbetta (1987), pode determinar a aceitabilidade e a qualidade do alimento, com auxilio dos órgãos humanos dos sentidos, efetuada de maneira cienti ́fica, conduzida por pessoas treinadas para analisar as diferentes caracteri ́sticas organolépticas dos alimentos. Para Teixeira apud Costa (2004), “é um conjunto de me ́todos e técnicas que permitem perceber, identificar e apreciar, mediante os o ́rgãos dos sentidos, determinado número de propriedades sensoriais dos alimentos e objetos”. Miele (2006) acrescenta ainda que ha ́ uma diferença entre degustação e análise sensorial. A degustação consiste na avaliação de um produto alimentar pela boca, enquanto a análise sensorial é o exame das propriedades organolépticas de um produto através dos o ́rgãos dos sentidos (MIELE, 2006). O autor acrescenta ainda que os sentidos utilizados na análise sensorial são o tato, audição, visão, olfato e gosto. Viana (2005) afirma: No setor de alimentos, a análise sensorial e ́ de grande importância por avaliar a aceitabilidade mercadológica e a qualidade do produto, sendo parte inerente ao plano de controle de qualidade de uma indústria. É por meio dos órgãos dos sentidos que se procedem tal avaliação, e, como são executadas por pessoas, e ́ importante um criterioso preparo das amostras testadas e adequada aplicação do teste para se evitar influencia de fatores psicológicos, como, por exemplo, cores que podem remeter a conceitos pré-formados. A análise sensorial normalmente e ́ realizada por uma equipe montada para analisar as características organolépticas de um produto para um determinado fim. Pode-se avaliar a seleção da matéria prima a ser utilizada em um novo produto, o efeito de processamento, a qualidade da textura, o sabor, a estabilidade de armazenamento, a reação do consumidor, entre outros. Para alcançar o objetivo especifico de cada análise, são elaborados métodos de avaliação diferenciados, visando a ̀ obtenção de respostas mais adequadas ao perfil pesquisado do produto. Esses métodos apresentam características que se moldam com o objetivo da análise. O resultado, que deve ser expresso de forma especifica, conforme o teste aplicado e ́ estudado estatisticamente concluindo assim a viabilidade do produto (VIANA, 2005). Já ́ para Almeida ET al. (1999), os métodos de análise sensorial alcançaram um auge significativo nos últimos anos devido a sua difusão enquanto ciência, o que na pratica demonstra que as publicações sobre investigação de alimentos cada vez mais incluem a análise sensorial. Ainda para os autores diversos métodos são utilizados para as ana ́lises, além de pessoal treinado, métodos científicos e estatísticos, muitas vezes o próprio consumidor e ́ o avaliador, tanto para aprovar a inclusão de um novo produto ao mercado, sugestão de mudanças ou mesmo para validar a permanecia de alguns produtos. Para engenharia de carda ́pios a análise sensorial cobre esta área da análise feita pelos consumidores e por avaliadores, a fim de incluir novos produtos, testar novas receitas ou mesmo modificar alguns pratos com a finalidade de aumentar sua rentabilidade, mas sem comprometer as características e qualidade dos alimentos serviços. Nenhum método de análise de carda ́pios se desenvolveu e foi incorporado e institucionalizado tão prontamente, segundo Morrison (1996), quanto o menu engineering, frequentemente discutido na literatura internacional de hospitalidade e também adotado nas grades curriculares, ao exemplo do curso de gastronomia da UNIVALI, que apresenta uma noção de seus princípios básicos. Ainda segundo o autor, o termo tornou-se popular com Kasavana e Smith, que em 1982 lançam seu estudo menu engineering: a pratica guide to menu pricing, logo depois o mesmo tornando-se um termo genérico as ana ́lises de menu, custos de menu, margens e volumesde venda. Inicialmente os modelos prometiam a “cura para todos os males” dos carda ́pios que não atingiam seu lucro potencial, parecia ao menos em teoria, capaz de guiá-lós para à lucratividade, perfeita permuta de pratos e ainda aumentando a competitividade do negocio. Desenvolveu-se em paralelo ao aumento do custo-efeito e o uso de tabelas eletrônicas, tornando-se assim atraente a estudantes de turismo, hospitalidade e gastronomia. Pegou o que intuitivamente chefs usavam ha ́ anos e transformou em um modelo computadorizado cientifico que qualquer pessoa pode facilmente entender. A seguir serão analisados os dez modelos de engenharia de carda ́pios, e os estudos internacionais, finalizando com o panorama no Brasil. Modelo pode ser definido de acordo com o dicionário Michaelis (1998) como “Tudo o que serve para ser imitado; aquele a quem se procura imitar nas ações e maneiras”. Desta forma, nesta dissertac ̧a ̃o apresentaremos modelos de engenharia de carda ́pios propostos por diversos autores apresentados no quadro 1, onde pode-se fazer uma comparação rápida dos modelos de engenharia de carda ́pios, apontando seus principais aspectos relevantes e deficiências. Nos modelos do quadro 1, o pioneiro Miller em 1980 cria o MAM (menu analysis model), técnica de ana ́lises baseadas em matrizes obtidas através do calculo de popularidade versus custo percentual, possuindo uma deficiência por apontar muitos vencedores, fazendo com que as estratégias de vendas se direcionassem a estes produtos. Posteriormente, Kasavana e Smith em 1982, com MEM (menu engineering model) propõem uma alteração do modelo de Miller, utilizando-se da margem de contribuição, ao invés do custo percentual para os cálculos. Ainda popularizaram o termo e a sinonímia “menu engineering” para definir todos os tipos de análises de carda ́pios, modelo este duramente criticado por vários autores, devido a sua abordagem, mas que serviu de inspiração e base para construção de vários modelos. Pavese em 1983, com o estudo CMAM (cost margin analysis model), incorpora peso da margem de contribuiça ̃o ao modelo de MEM, trazendo mais uma ferramenta para análise, onde os itens não são avaliados apenas em contribuiça ̃o alta ou baixa, mas sim o quanto alto ou baixo pode ser avaliado cada item. Em 1985, Hayes e Huffman trazem o primeiro modelo que apresenta distribuição de custos fixos, mas falham ao não definir como fazer o mesmo com os variáveis. Enfim todos os modelos propostos são criados de modo a aumentar a lucratividade e desempenho do restaurante, todavia cada um cria sua tática de análise, tentando solucionar problemas encontrados nos modelos anteriores. Modelo de Miller (antecessor da engenharia de carda ́pios) O modelo antecessor da engenharia de carda ́pios, o menu analysis model (MAM), tem origem na matriz de Miller de 1980, que buscava identificar os itens do menu calculando seu custo-percentual (menor custo) e sua popularidade (menu mix), sendo os de maior popularidade e menor custo percentual os mais desejados, denominados Winners, e os menos desejados com baixa popularidade e altos custos percentuais, os losers. E ́ uma estratégia de lucratividade, que acaba por ter uma relac ̧ão maior de vencedores, introduzindo ta ́ticas operacionais relacionadas ao preço de venda, promoção e custos. Miller introduziu a matriz de quatro quadrantes para análise de carda ́pios (baseado nas matrizes BCG), divididos em altos e baixos, originalmente sem definição clara sobre como calcular esta divisão, que posteriormente, na revisão de seu modelo em 1987, ficou definida em 70/30, sendo que os 30% representam os de alto volume (BAYOU e BENNET, 1992; MORRISON,1996; TAYLOR, 2005). Os quadrantes originalmente foram definidos como mostra a figura : A matriz proposta por Miller em 1980, classifica os itens analisados, de acordo com sua performance, em relac ̧a ̃o a seu volume e custo percentual nos quadrantes: winners, marginals II, marginals III e losers. De acordo com a categoria, cada prato e ́ representado em um ponto dos quadrantes do eixo XY, desta forma sendo possi ́vel identificá-los e analisa ́-los. O termo menu engineering ou menu engineering model (MEM), foi usado, segundo Lebruto, Ashley e Quain (1997), pela primeira vez nos estudos de Kasavana e Smith em 1982, fazendo uma oposição ao modelo proposto por Miller, definindo a margem de contribuiça ̃o (preço de venda menos custos diretos) e a popularidade (volume de vendas) como indicadores mais desejáveis dos itens. A classificação por popularidade e ́ dividida em alta, para os itens com mais de 70%, e baixa para os que estão abaixo deste valor. Para se determinar a porcentagem da popularidade media usa-se a formula : Para determinar a porcentagem do mix de vendas para cada prato, utiliza-se o número total de itens vendidos dividido pela venda de cada item multiplicado por 100. Tais valores são comparados a média e tem-se assim se sua popularidade e ́ alta ou baixa, dentro de cada grupo analisado. A margem de contribuic ̧a ̃o é definida também em alta para os itens que ficam acima dos 70%, e baixa para os itens abaixo deste valor, utiliza-se a divisão da margem de contribuição total, pelo número total de itens vendidos, para apurar a margem de contribuiça ̃o média, posteriormente comparada a de cada item para definir sua posição. Kasavana e Smith alteraram o nome dos quadrantes do modelo de Miller (figura 5), como mostra a figura Observa-se também que a colocação do quadrante mais desejado foi modificando, transpondo o quadrante winners para stars, sendo a premissa de ambas o aumento dos rendimentos potenciais do cardápio (BAYOU e BENNET, 1992; MORRISON, 1996; TAYLOR, 2005). O modelo tem deficiências como o de Miller, pois um item pode possuir margem de contribuiça ̃o positiva, e ao mesmo tempo não cobrir seus custos totais. O modelo de Kasavana e Smith classifica os pratos analisados nos quadrantes da matriz em: star, plow-horse, puzzle e dog, de acordo com a popularidade média e margem de contribuiça ̃o. Cada prato é representado no eixo XY, de acordo com a performance apurada nas fichas de engenharia de carda ́pios em cada grupo. O segundo a tratar de ME e ́ o estudo de Pavesic de 1983, cost margin analysis model (CMAM), ele incorpora o “peso da margem de contribuiça ̃o comum”, também chamada de “fator de lucro”, que combina margem de contribuic ̧a ̃o e volume de vendas previamente apurados no MEM. O fator de lucro que e ́ igual a ̀ margem de contribuiça ̃o do item em percentual, em relac ̧a ̃o à média, indica não somente se margem de contribuiça ̃o e volume de vendas é alto ou baixo, auxiliando desta forma a identificar o lucro gerado, e mesmo o quanto alto ou baixo esta o item. Sempre será ́ positiva se acima de 100%, indicando assim uma margem alta, e uma inclinação a venda deste produto (LeBRUTO, ASHLEY e QUAIN, 1997). No modelo de Pavesic (figura 7), os quadrantes tem sua configuração semelhante a de Miller. Para Morrison (1996), e ́ um modelo melhor quando o mercado esta ́ em crescimento e tolera altos preços, pois se a margem de contribuiça ̃o alta, preços de venda altos, o que acaba tornando-o sensível, podendo causar repercussão negativa. Novamente o nome dos quadrantes e ́ alterado e são nomeados: primes, standards, sleepers e problems, como mostra a figura 7, onde o fator mais desejado e ́ o de baixo custo percentual e elevada margem de contribuic ̧a ̃o (previamente apurada com o peso do volume de vendas). A classificação dos pratos nos quadrantes da matriz se dá da mesma forma como nos modelos de Miller de 1980 e Kasavana e Smith de 1982. Os três modelos vistos ate ́ o momento tratam basicamente de custos do alimento e volume de vendas, mas nenhum deles apresenta outros custos de trabalho e confiam em medias na separaçãodos quadrantes opostos (vencedores x perdedores, etc.). O quadro 2 mostra a comparação entre os modelos e as decisões de caráter gerencial, apontadas para cada quadrante. O quadro 2 mostra algumas sugestões para tomada de decisões gerenciais, levando-se em consideração as análises de cada um dos três modelos, e em qual quadrante o prato analisado se encontra (1,2,3 ou 4), para todos os modelos, podendo de acordo com as opções permanecer no cardápio, ser alterado em seus custos e/ou receitas, promovido ou então retirado do menu. Outros autores como: Hayes e Huffman (1985), Bayou e Bennett (1992), Atkinson e Jones (1994), ainda Lebruto, Ashley e Quain (1995, 1997), Cohen, Mesika e Schwartz de 1998, Horton de 2001, Taylor (2005), Raab (2003), que tratam da engenharia de carda ́pios e que consideram custos relacionados ao trabalho em suas ana ́lises e propõem novos modelos os quais serão analisados a seguir. O modelo alternativo, pois não utiliza matrizes para classificar os pratos, de Hayes e Huffman (1985; 1995) e ́ enfocado em conhecer as metas de lucro liquidas criando lucro e declarações de perda para cada item do cardápio (P&L), individualizando itens e categorias. Seu maior ganho esta ́ em considerar custos fixos e variáveis, superando esta deficiência dos três métodos anteriores e apontando que o maior problema das matrizes é a comparação de medias. Os custos fixos são distribuídos igualmente entre todos os itens do menu, mas o método de alocação de custos variáveis não é explicado. A formula básica utilizada pelos autores e ́ a seguinte: Onde vendas são consideradas as de um período, custo fixo e ́ dividido igualmente entre os itens, e os variáveis são definidos em 35% do custo fixo para todos os itens. Esta alocação de custos não deveria ser tratada de forma tão simplista já́ que nela residiria a chave para as ana ́lises, ficando assim o método prejudicado. Ainda os autores, discordam do método de matriz e não utilizam-se de medias para segmentar os itens em grupos, os quais eram indesejáveis desde então que causassem mudanças secundarias que poderiam ocasionar em mudança no ranking dos itens do menu. Se um item produz resultados financeiros, deve ficar no cardápio, ao contrario, se não resulta em ganhos, deve ser retirado, ou seja, os itens mais desejados são os que possuem o melhor lucro. Os autores sugerem também que custos diretos são deduzidos da renda e que cada prato é avaliado em seus méritos, utilizando-se do goal value (valor-meta), que discrimina o quanto cada item contribui para o lucro, comparado ao total, justificando desta forma a sua permanência ou não na carta, ao contrario de outros critérios mais subjetivos. O valor-meta ainda pode ser utilizado para projetar alterações de qualquer valor da sua fórmula, avaliando efeitos de preço ou custos e escolhas. Este critério fornece mais informações aos planejadores, na decisão e na sapiência de cada mudança feita, e ainda se combinado ao benchmark, avaliações de qualidade percebida e valores, torna-se uma poderosa ferramenta. Desta forma pode-se destacar que as principais deficiências dos quatro métodos estudados até o momento são: que com exceção do método de Pavesic, os demais precisam reconhecer varias categorias de alimentos que seriam inter-relacionadas; não diferenciam períodos ou serviços de alimentação; que alocar custos fixos e custos variáveis depende da magnitude e do tipo do restaurante; e não diferenciam análise de lucratividade para períodos curtos (promoções, etc.), ou longos (fazer ou comprar as sobremesas, etc.). Para análise do restaurante foram utilizados dados da contabilidade, controle de vendas e controle de estoques, referentes ao mês de dezembro de 2008, a fim de apurar os gastos totais. Foram levantados todas as informações de acordo com as etapas de preá́- design ABC: custos de matéria-prima, a folha de pagamentos mensal, o histórico de vendas dos pratos do mês, além do DRE mensal da empresa (tabela 2), onde todos os gastos estão relacionados, da mesma forma como realizado no trabalho de Raab(2003). Atualmente, o restaurante faz a sua precificação baseado apenas na concorrência e na percepção de seus custos. Apesar dos sócios terem formação superior, os preços do restaurante são baseados na concorrência do mercado local, não utilizando os princípios básicos da administração e contabilidade, ou mesmo da engenharia de carda ́pios para sua formação. Destaca-se, no entanto, a preocupação da chef, que reconhece as falhas no processo de custeio e precificação e afirma que já́ estão sendo feitas as fichas técnicas e de custos, a fim de padronizar os processos e avaliar os custos reais de matéria-prima e, desta forma, reavaliar os preços de seu cardápio. Pode-se afirmar, de acordo com as definições de Santos (1988, 1994), que o método de precificação utilizado pela empresa e ́ misto, com base no mercado e seus clientes, e na concorrência, através do uso de preços correntes, já́ utilizados pela concorrência. Ainda para o autor, o restaurante, em um primeiro momento, se vê̂ forcado a aceitar estas características impostas, sem poderes para alterá-ló ou combatê-lo. O restaurante ainda utiliza-se das promoções como método de precificação, na venda de alguns produtos, como o rodizio, almoço de domingo e o festival de salmão, para atrair clientes e incentivar a venda de outros produtos. Não se pode definir, de acordo com a bibliografia já́ revisada, qual o método de custeio utilizado pelo restaurante. A engenharia de cardápios foi realizada através de planilhas eletrônicas baseada no modelo de Kasavana e Smith de 1982. Para Kasavana (2008), o ME tem foco nas relações dinâmicas entre preço de venda e mix de vendas, podendo ser utilizado por gestores a fim de medir a lucratividade de um cardápio em relac ̧a ̃o a sua rentabilidade futura. Avalia e atribui conceitos a cada prato analisado, classificando-os em star (estrelas), Plow-horse (burros de carga), puzzle (quebra-cabeças) e dog (cães), de acordo com o quadro 6. Para confecção da planilha foram utilizados o nome dos pratos, o custo de cada receita (através da ficha de custos), o preço de venda e o número de unidades vendidas no período (através do controle do restaurante), com estas informações foi possível determinar o menu mix (MM) e a margem de contribuic ̧a ̃o (MC) de cada grupo de pratos analisados, levantados a partir das etapas de pre ́- design. A classificação por popularidade foi dividida em alta (H), para os itens com mais de 70% de popularidade, e baixa (L) para os que estão abaixo deste valor. A porcentagem da popularidade média foi determinada pela fórmula [1]. De acordo com Kasavana (2008) para determinação da porcentagem do mix de vendas ou menu mix (MM) para cada prato, foi utilizado o número total de itens vendidos dividido pela venda de cada item multiplicado por 100. Tais valores são comparados a média e tem-se assim se sua popularidade e ́ alta ou baixa, dentro de cada grupo analisado. A análise da margem de contribuição segue um padrão semelhante ao MM. A fórmula [4] apresenta como apurar a margem de contribuic ̧a ̃o média: Depois de realizados os cálculos de MM e MC foram categorizados os pratos de acordo com o modelo de Kasavana e Smith de 1982. Para determinar a categoria de cada prato (star, plow-horse, puzzle e dog), foi comparado, a popularidade média em relac ̧ão ao menu mix, e a margem de contribuic ̧a ̃o média em relaça ̃o a margem de contribuiça ̃o de cada prato. Todos os pratos com MM ou MC acima da média determinada pela popularidade média (PM) e margem de contribuiça ̃o média (MCM), são classificados em alto (H), todavia os que ficam abaixo da média são classificados como baixos (L). Nos meus 30 anos de cozinhaprofissional, 13 como chef e 10 como Consultor tenho visto erros grotescos de design que muito me influenciaram para escrever esta coluna, que apesar de ser sobre Culinária Italiana, não vejo porque não passar aos nossos amigos Arquitetos e Designers um pouco da minha experiência e do que, em minha opinião, seja o certo ou errado, para uma cozinha funcionar bem. Quais são as três preocupações principais que um projetista deve ter, quando pensa em projetar e construir uma cozinha: SUCÇÃO VAZÃO FLUXO DE COCÇÃO CONFORME O CARDÁPIO. E antes de explicar o que cada item significa, gostaria de salientar que sei que a preocupação inicial e primordial de um Designer é com o Espaço e com a concepção do projeto. Sem dúvida que é de suma importância, porém sem saber se o local têm condições de refletir e implantar os e itens acima, e assim poder implantar os demais Itens estruturais do projeto: Estrutura e implantação (Estudo de solo e clima, fundação, concreto, esquadrias, iluminação natural, fluxo de Ar, pessoas e mercadorias, cobertura etc.) Alvenaria Armazenamento, encanamento e alimentação d’agua. Armazenamento, encanamento e alimentação de gás GLP. Projeto elétrico (Alimentação, cálculo de carga, pontos de luz e aterragem) e Iluminação artificial. Marcenaria (caso houver) Siderurgia Refrigeração adjunta Equipamentos de Segurança Piso Revestimentos Equipamentos de Produção e de Manufatura Móveis fixos e de apoio Utensílios Adequação à legislação sanitária e aos POP’s Manuais, EPI’s e EPC’s Quando falamos em Sucção de Cozinhas Profissionais, devemos projetar coifas e motores de repuxo que sejam suficientes para sugar todos os gazes, fumaça e cheiros no maior pico entre os horários de serviço e que esta não leve embora os aromas e nem faça um barulho ensurdecedor. Já trabalhei em cozinhas aonde a sucção era tão forte que mal conseguia sentir o aroma da comida e mal conseguia escutar meus colaboradores. Minha Dica - Projetem coifas laterais e superiores com uma altura mínima de 2,5 m do piso e de 1,5m da base do fogão e de preferência com dutos e motores fora da cozinha. Dutos dentro da cozinha são “ótimos” para reter gordura, sujidades e contaminações para os alimentos e principalmente são “coisas a mais” para serem limpas e esterilizadas gastando tempo e dinheiro desnecessários. Os gazes que devem desaparecer da cozinha são os que se alojam no teto e os mais pesados (com gordura e partículas) por isso as coifas angulares e com filtros depuradores são as melhores. Coifas tipo caixa são equipamentos ultrapassados e nem deveriam ser projetados, pois não são suficientes e acumulam gordura e sujidades e são bem menos eficientes. Reparem nesta foto abaixo, a foto 1, é uma cozinha profissional de cocção bem completa e bem simples e escolhi esta foto no meio de centenas para mostrar que o importante não são as quantidades de equipamentos, mas a quantidade certa e a posição certa. Fogões em cozinhas precisam estar na ilha central, pois facilitam o fluxo de pessoal e de ingredientes, facilitam a posição de panelas maiores e facilitam a distribuição de várias cocções ao mesmo tempo, quando se têm um cardápio de pratos individuais e se você tem um pedido com várias opções em uma mesma mesa, que devem ser entregues ao mesmo tempo. Mais a frente, falaremos mais sobre posições ideais de equipamentos, quando o assunto for o Cardápio e os fluxos de Cocção. A Vazão de água em uma cozinha, seja ela de pia ou de solo, é de suma importância que seus vetores de saída e de entrada não tenham nenhum tipo de bloqueio involuntário, entupimentos e obstáculos causados por paredes, equipamentos ou por fluxo de pessoal. Outra ação muito importante de quem vai ou quer construir ou reformar um restaurante é fazer um estudo de solo e de relevo para saber e descobrir os coeficientes de vazão daquele local, também analisar se a Rede de Esgoto, ao qual, será ligado os canos de Vazão do Restaurante são suficientes e satisfatórios e isso não é brincadeira, eu já passei por isso, eu abri um bar na Vila Madalena em São Paulo em 2012, aonde depois do bar aberto, exatamente no dia da Inauguração, os esgotos transbordaram pelos ralos do banheiro feminino... Imaginem? Nunca mais esse local se recuperou e nem abriu mais, o dono perdeu um investimento de R$800.000 por uma economia de sei lá, R$ 30.000? Entrada de água e Armazenamento - O ideal para uma cozinha é a pressão de água ser forte e para isso é preciso de altura e de empuxo, por isso se o projeto permitir, instalar uma torre d’agua externa com uma caixa no solo com bomba de empuxo é o melhor com os canos entrando verticalmente pelo telhado e saindo verticalmente as torneiras, sem canos horizontais e laterais e em uma linha somente alimentando a cozinha, fora das linhas que alimentam banheiros, salão e balcões. Assim, se caso for preciso um reparo, fica mais fácil e se o projeto permitir o reuso de água, o responsável do projeto poderá conceber outra linha paralela que alimentará as torneiras com água de reuso separada e identificada. O armazenamento médio mensal mínimo de uma cozinha profissional é de 5000 litros ou 5 m³ (30 couverts/hora) e deve ser aumentado de 500 litros a cada 10 couverts/h produzidos. Exemplo - uma cozinha de 80 couverts/h precisa de armazenamento médio mensal de 10.000 litros. Já a Vazão Volumétrica de entrada e distribuição seria de 3 a 4m³/h, a cada 40 couverts/hora e a Velocidade de Escoamento para essa massa volumétrica ideal seria de 4m/s. Um dos motivos de orientar os projetos de colocarem as pias e os ralos principais debaixo delas é exatamente para calcular a caída para esses ralos e no meio deste direcionamento, deste caminho, posicionar os ralos e pontos de escoamento em frente aos sites de cocção (fogão, fritadeira, forno, churrasqueira, broille, etc) Escoamento de água e Rede Pública de Esgotos - E é neste aspecto que encontrei os maiores erros de projeto em meus muitos anos de cozinha e vamos falar muito disso. Prezados amigos, Arquitetos e Design, por que a mania de se esconder ralos de saída...? por que, muitos projetos que presenciei se colocam os ralos de uma cozinha profissional nos cantos e nas laterais próximo às paredes? Fazem ideia de como isso atrapalham o andamento normal do trabalho na cozinha? Sabem quais são as melhores posições para os ralos em uma cozinha profissional? E são apenas dois e não mais... Na frente do Fogão! E na frente da Pia! Sempre e por que...? Por que aonde é usado o maior fluxo de água e comumente o chão está sempre molhado ou úmido, ou no caso do fogão, engordurado e se a área de cocção tiver fritadeira e chapa ou chairbroille ainda pior! O ralo deve se posicionar entre esses Três equipamentos. Muitas vezes precisamos limpar um acidente de percurso, como panelas e frigideiras que caem e no final do expediente quando estamos higienizando esses equipamentos, não queremos que aquela água suja e barrenta proveniente da limpeza passe por toda a cozinha até chegar ao ralo. Caixas de Gordura - Está aí uma palavra mágica! São tão importantes quanto os cozinheiros... Por que ajudam a reter sólidos e umectantes que juntos podem formar uma barreira significativa ao escoamento total e ideal das águas de uso e limpeza. O melhor projeto seria fora da cozinha com uma caixa de retenção abaixo de cada pia e lavagem superior a 50 litros com a entrada de escoamento da caixa na base e o cano de escoamento de esgoto perto da tampa, pois a gordura e detritos leves irão flutuar e os detritos mais pesados decantarão, separando os dois e não formando compostos rígidos e as gorduras sairão pelo cano acima primeiro que a água e os detritos serão empurrados posteriormente ou limpos depoisna manutenção. Aliás, é aqui que você pode regular a vazão de saída para não comprometer a Rede Pública e sem prejuízos para você e seus vizinhos e principalmente os clientes. Reparem nas fotos 1 e 2 onde estão os ralos e de que tipo são! Sempre na frente da Pia e do fogão. Ralos e caixas de escoamento não devem ser calculados por vazão/hora e sim por percentual de área de corredor, por exemplo - um corredor de 1,20 cm deve ter um ralo de um terço deste corredor - medida mínima 40x40 cm, ou 60x20 cm e por aí vai! O que deve calculado por vazão/hora são os canos de escoamento e as manilhas de ligação com a Rede Publica, que para mim nem deveriam ser menores que 3 polegadas, prefiro que sobre a falte! Informação sempre é importante, consulte os vizinhos mais antigos a obra sobre o histórico das obras e reformas da Rede de Esgoto Pública, pois infelizmente no Brasil não existe Planejamento A água precisa sair da cozinha muito mais do que entra... Chão molhado além de ser perigoso para os colaboradores diminui a velocidade do fluxo de cocção e também diminui a atenção dos mesmos com o serviço, pois estão preocupados com a sua segurança e não esqueçam que os detritos que ficam nos calçados profissionais de cozinha serão mais fáceis de grudarem no chão molhado! Aí imagine no Final do dia a cozinha fica parecendo um Pântano! Lodo, molhado e cheio de jacaré de boca aberta (é como chamamos os colaboradores quando ficam pasmos com o serviço a ser feito!) Agora chegamos ao assunto Fluxo de Cocção conforme o Cardápio e partir daí vão mostrar aonde muitos arquitetos falham por não perguntarem a um chef ou a um consultor de Cozinhas Profissionais, o que precisa ser feito! Primeiro gostaria de perguntar, vocês sabem o que é, ou o que significa Fluxo de Cocção..? Por definição - São as etapas para transformar uma receita em um prato, isto é, aonde começo e aonde termino minha receita e assim saber aonde colocar os equipamentos certos na posição certa para a efetivação do serviço de alimentação. Trocando em miúdos, toda a receita começa em um passo e termina em outro passo e cada um dessa forma produz um local na cozinha, ou departamento, conforme for sua necessidade e uso. Eis os passos do Fluxo de Cocção. 1. Limpeza e Higienização dos ingredientes 2. Cortes Técnicos e Padronização 3. Processamento via Equipamentos. 4. Mise in Place (Praças de Trabalho para Montagem, divididas em sobremesas, cozinha fria - Garde Manger e cozinha quente) 5. Montagem Crua (molhos frios, queijos, embutidos, manteigas compostas, azeites, cogumelos, arrozes, ovos, purês, cremes, polentas, pastas, pré-cozidos, temperos secos, molhados e padronizados). 6. Montagem Cozida - Banho Maria (Água quente, Fundos, Caldos, Bases para molhos quentes, manteiga clarificada e Carne para Bolognese) 7. Cocção 1 - Fogão, Chapa ou Chairbroille, Churrasqueira e Fritadeira. 8. Cocção 2 - Forno 9. Cocção 3 - Salamandra 10. Finalização Não importa o tipo de cardápio essa é e sempre será a ordem certa de fluxo de cocção e não importa a receita, se é uma receita tipo salada, entradas frias ou amouse bouche, por exemplo, ela passará pelos números 1, 2, 3, 4, 5 e 10; se for um Capelletti al brodo ele passará pelos passos 4, 5, 6, 7,9 e 10; No caso de Legumes Gratinados ele passará por todos os passos e por aí vai. Os fluxos têm que obedecer a seu espaço físico e caminhar sempre dos locais de refrigeração e armazenagem para a boqueta de saída, imagina projetar uma cozinha onde o Refrigerador e a Câmara fica ao lado da boqueta de saída? Imagine projetar uma cozinha onde o local de montagem quente e finalização fique longe da boqueta...? Imagine projetar uma cozinha aonde a limpeza e os cortes técnicos são feitos no mesmo local do mise in place? Nunca vc terá uma praça limpa e o risco de contaminação cruzada seria muito maior! Sem falar de atrasos e acidentes. Dessa forma, conhecendo o cardápio ou não você poderá dimensionar e classificar cada tipo de Equipamento vai precisar, quantas bocas de fogão, tipo de refrigeração, mesas de apoio, ponto de luz, pontos de água, pontos de escoamento e aonde começa e termina a cozinha. Nos meus anos de cozinha eu vi todos esses erros de projeto que apontei no parágrafo acima e por isso escrevi este post, meu intuito não é criticar e sim ensinar! Na foto 3, uma foto que acredito ser uma cozinha ideal, percebam a divisão de setores, a Refrigeração separada, o forno separado e a cocção em uma ilha central e reparem nas fritadeiras, são 2 viradas em lados opostos e isso para ajudar o Fluxo de cocção, que ali está bem descrito, os balcões para os passos 1,2 e 3, as mesas de apoio para os passos 4, 5 e 6 e a ilha com o passo 7 definido - Fogão, Chapa e Fritadeira e no fogão duas bocas para se instalar o banho-maria, caso precise. Perceba a pia ao lado das mesas de apoio, uma ótima posição para os passos 1,2 e 3. Observe a prateleira acima da mesa de apoio para os pratos de finalização. Esta Cozinha só não é mais perfeita porque não vejo os ralos!!! rsrs Vejam e leiam tudo que falei e depois observem esta cozinha, um projeto simples, não é caro e esta cozinha toca fácil até 40 couverts/hora - Excelente Projeto! Comparem no que eu disse e no que vêem! o Fluxo vêm da porta da Câmara para a Finalizaçã0( Boqueta), aqui da direita para esquerda da foto. No que os projetos podem mudar? Em que nuances devemos mudar o projeto mãe para adequar o cardápio? E o que não se pode ou deve mudar? Para responder essas 3 perguntas e não prejudicar um bom projeto devemos analisar e classifica os passos por volume de sucessões, isto é, quantas vezes ocorre o mesmo passo, conforme o cardápio e aplica-los nos itens estruturais do projeto: Nuances do Cardápio: Tipo de Cozinha (Bar, Bistrot, Snack, Restaurant, Cantina, Pizzaria, Grill, Confeitaria, Panificação e Hamburgueria). Conceito e Nacionalidade. Tipo de Serviço (A la Carte, Buffet, Padrão Las Vegas, etc.) Classificação dos Passos de cada receita (fichas técnicas) Adequação e Implementação. Exemplos de Adequação: *Em um grill, os passos 6,7,8,9 e 10 ocorrem com maior repetição do que em uma Cantina e precisaremos de uma espaço maior pra grelhar e fritar, então você adequará seu projeto de cozinha com sites de cocção de grelha e fritadeira maiores. *Em um Bistrot , analisando e classificando os passos através da fichas percebemos que os itens 5,7(fogão) e 10 se repetem 50% a mais e então precisaremos de uma área maior para implementar os passos 1,2 e 4 para que possam suprir os itens 5 e 7 e por aí vai... *Numa cantina minha especialidade é Filé alla Parmigiana e analiso e classifico meus passos e percebo que meus itens 6,7,8,9 e 10 se repetem continuamente, então devo projetar meu site de montagem quente perto do meu forno e ao lado da fritadeira e com minha salamandra posicionada perto da finalização. Não esqueçam que cada cozinha demanda uma precisão devida seu cardápio ou seu tipo de cozinha. Um bistrot a la carte vai demandar mais salteses e pequenas GN’s; Um Restaurante por quilo precisará de uma espaço maior para os passos 1,2,3 e 4 e mais fornos e GN’s maiores para alimentar o forno e o Buffet ; uma hamburgueria demandará uma chapa maior e uma chapa para pães por exemplo. E tudo isso você conseguirá projetar através dos passos de fluxo de cocção que vai te proporcionar o quanto cada espaço físico precisará para as demandas e as nuances os tipos de equipamentos e utensílios necessários. Não esqueçam que os fluxos de cocção e de nuances também te darão as diretrizes de implementação do Programa de Vigilância Sanitária, EPI’S e EPC’s, os POP’s e também dos Manuais de Boas Práticas, PCMSO e PPRA. Por isso eu acredito ser importante você já projetar os sites de sucção e vazão antes mesmo deprojetar e fazer as plantas baixa e laterais, dessa forma mesmo com qualquer tipo de adequação ao projeto, você terá a segurança de colocar tudo no seu devido lugar, na proporção e fluxo certos e assim, proporcionar alívio e segurança no espaço de trabalho. Reparem nessa foto ao lado é uma cozinha de confeitaria, a mesa de procedimento esta no meio e o fogão estão na lateral e não está errado, porque quem a projetou já sabia de antemão que os itens de fluxo, ou passos, 1,2 e 3 devem ser conjugados com os passos 5, 6, 7, 8 e 10, e seus utensílios deverão passar da cocção para a montagem sempre aquecida ou refrigerada. Para Finalizar, existem certas ações e proporções em um projeto de cozinha que não deveriam ser mexidos ou mudados ou pior ainda adaptadas (Palavra que mais detesto quanto o assunto é Projetos de Cozinhas Profissionais), quais são elas: O espaço total da Cozinha não deve ser menor que 20% do salão, menor que isso só traz problemas e custos extras. Pé direito mínimo de uma Cozinha Profissional é de 3,40 m, menos que isso é gambiarra, aí esquece tudo que escrevi! Pia no meio da cozinha é BESTEIRA, BALELA, só serve para molhar o chão da cozinha, sempre na lateral e perto da entrada. Mas um ponto de água na ilha de cocção para alimentar as panelas é bem vindo! Conduítes elétricos sempre externos e os pontos de tomada sempre acima das mesas de apoio e longe da pia! Tomadas trifásicas com relé e chave próprias e se possível ainda com 2 disjuntores de segurança. No caso de fritadeiras e fornos elétricos sempre acima dos equipamentos. Fluxos de Cocção 1, 2 e 3 são a pré-cozinha e se puderem ser projetados fora da cozinha de cocção melhor ainda, diminui muito o risco de contaminação cruzada. Sempre projetar um corredor lateral para fluxo de mercadorias, pessoal e detritos, com largura mínima de 1,20 m. Iluminação artificial de LEDS e direcionada, o Planeta e o Patrão agradecem. Cozinha Profissional, Linda, Limpa e Certa é de AÇO INOX !!! Por favor, esqueçam materiais reciclados e outros, não servem!!! Lavagem de Pratos e Utensílios, SEMPRE fora do espaço de cocção, além de funcionar bem, mantém a cozinha limpa e seca e diminui ainda mais o risco de contaminação cruzada. Nunca liguem num projeto, Estoque Principal e Cozinha, com Vestiários e Banheiros para Funcionários, devem estar bem separados e em andares diferentes, se possível! Quando for preciso projetar uma Câmara Frigorifica, projetem com uma antecâmara e perto do Para Estoque, isso ajudará muito na montagem do Mise in Place. E por último, meus queridos, o Mise In Place, a parte mais importante e inerente de um Local de Restauração de Alimentos, o nosso famoso passo 4, e percebam que ele não muda e nem varia, em nenhum exemplo que dei acima. E o porquê disso? Por que deve ser o item mais analisado e bem calculado do seu projeto, quando elaboramos as fichas técnicas, também elaboramos um relatório de Produto Total Manufaturado e outro relatório Uso Parcial do Para Estoque e esse dois te informarão o quanto de ingredientes precisarei processar e adequar para os itens do Misa in Place (quantas kg de carne, de legumes, de frutas, quantos litros de caldo, de molhos etc...) e ele deve ser projetado para guardar tudo isso, refrigerado ou não e aquecido ou não. Por isso ele não muda e nem varia, ele é a ligação entre o armazenamento e a cocção e entre o pedido e a finalização, é o eixo, o ponto de ligação. Quando ele é bem feito a cozinha trabalha sossegada e mal feito é a ruína de uma cozinha. Projetei este Mise In Place em 2011 e a TOPEMA fez o projeto pra mim. Eram 10 GN’s de 1/6 (1 litro) sem refrigeração, 12 GN’s de 1/6 com refrigeração, 8 cubas frias de 1/4(1,5Litros) e 4 quentes de 1/3(2 litros). Servíamos, todos os dias, neste restaurante: 6 tipos de risotos, 10 tipos de massas com 6 tipos de molho, 6 tipos de crepe e 6 pratos de carne para 34 mesas. Como disse um bom projeto de cozinha começa pelo o que você quer cozinhar, para quem e como, e daí o resto é fácil. unidade padrão para uma cozinha é “couvert/hora” e significa a unidade de pratos servidos por hora e eu criei uma tabelinha bem simples para direcionar a obra e apresento aqui: 10 a 30 Couverts /h ou 150 refeições Fogão 4 a 6 bocas 1 Fritadeira 10 litros 1 Forno 3 GN’S 1/1 1 pia dupla Mise in Place (30 GN de 1 litro) 2 Mesas de apoio 1,20 x 0,80m 1 Chapa 1,20 x 0,80m Coifa de 1,40 X 1,00m 30 a 50 Couverts/h ou 300 refeições Fogão 8 a 10 bocas, se tiver Banho Maria 1 Fritadeira 20 litros 1 Forno 6 GN’S 1/1 1 pia dupla + 1 simples funda Mise in Place (25 GN de 1 litro) (10 GN de 2 litros) 3 Mesas de apoio 1,20 x 0,80m 1 Chapa 1,40 x 0,90m Coifa de 3,40 X 1,20m 50 a 80 Couvert/h ou 500 refeições Fogão 8 a 10 bocas, se tiver Banho Maria 2 Fritadeira 20 litros 1 Forno 8 GN’S 1/1 2 pia dupla + 1 simples funda Mise in Place (30 GN de 1 litro) (15 GN de 2 litros) 4 Mesas de apoio 1,20 x 0,80m 2 Chapas 1,40 x 0,90m 2 Coifas de 3,40 X 1,20m Ergometria e medidas Cozinha: Altura das mesas de procedimento e apoio (piso à base) - 95 cm, Site de cocção ou ilha - 90 cm – Fornos Mistos, Combinados ou Convexos de 3 a 4 GN’S deverão ficar em cima das mesas de apoio, de 6 a 8 GN’S apoiados sobre carinhos de 60 cm com rodas; de 10 GN’s ele já vem com carinho próprio que se adapta ao forno. Acima de 20 ou 30 GN´S é necessário uma Projeto mais específico. Ergometria Salão : Um salão de serviço precisa ser o dobro da medida da cozinha, isto é em uma proporção de 100% de uma terreno, a cozinha é 20 a 25% em relação e o Salão de 40 a 50% e os restantes 25 a 40% para os outros recintos necessários (Recepção, Bar – Balcão - Banheiros Cliente e Funcionários, Vestiários e Depósitos e etc.) e deste total o terreno deverá ter um corredor lateral de no mínimo 85 cm para saída e descarga de provisões, isso num Projeto Ideal! No salão deve-se calcular 2 m² por mesa com 4 cadeiras ( mesas 80x80 cm) para circulação das pessoas e dos garçons – Exemplo: num salão de 50 m² serão 25 mesas! Porém se não é possível esta proporção, devemos chegar ao mais próximo dessas medidas. Cozinha com área de lavagem e produção separadas, é o ideal! Proporção de 2/3 para cocção e 1/3 para lavagem e produção! Antigamente gerenciar um empreendimento gastronômico (restaurante, bar, cafeteria, Buffet, etc) era tarefa mais simples, pois se tratava simplesmente de gerenciar uma caixa de madeira. Isto mesmo, uma caixa de madeira em que diariamente o proprietário colo- cava o dinheiro recebido dos clientes. O dinheiro das compras saia da mesma caixa. No final do dia, todo o dinheiro era guardado no bolso do proprietário e levado para casa. Com o passar do tempo, a caixa registradora foi instalada. O dinheiro das vendas era registrado e o dinheiro ia para a gaveta. Era acoplada uma fita que registrava os movi- mentos e que podia ser retirada no final do dia. Eventualmente, o proprietário percebia que precisava de mais dados para ajudar seu negocio. Buscava então os conceitos de contabilidade para registrar os movimentos e preparar um demonstrativo de entradas e saídas podendo apresentar os resultados do negocio. Custos fixos e variáveis, muitos funcionários sendo contratados e os impostos para pagar, o proprietário precisava contrair empréstimos para crescer. O proprietário comprava um carro e esperava o negócio pagasse a despesa. Para competir com a concorrência era necessário fazer mudanças em seu estabelecimento, então ele lançava mão do próprio carro e com o dinheiro fazia as obras necessárias.Algumas observações relatadas aqui parecem muito distantes, e ao mesmo tempo mui- to atuais. Mas afinal, o que é Gerenciar seu negócio? Gerenciar e ́ administrar de forma eficiente e eficaz seu empreendimento garantindo a continuidade do negócio, e para isso e ́ necessário gerenciar os estoques e compras mantendo a aquisição e perfeita estocagem dos materiais, atendendo os padrões de qualidade e a legislação sanitária vigente; e ́ administrar a elaboração dos alimentos e bebidas para garantir os padrões estabelecidos, mantendo um rígido controle do desperdício; e ́ administrar o processo de vendas buscando um aprimoramento contínuo da qualidade do atendimento, bem como estimulando o cliente, e fazendo cumprir as metas do empreendimento; e ́ administrar a distribuição de gorjetas respeitando as práticas usuais de mercado e gerenciar os serviços terceirizados para garantir a excelência no atendimento ao cliente; e ́ controlar os procedimentos de manutenção de equipamentos e instalações, deixando-os adequados ao uso; e ́ controlar as finanças do empreendimento, buscando adequação e equilíbrio nos fluxos dos recursos e e ́ administrar os custos variáveis (CMV - Custo da Matéria-prima Vendida e CVV - Custos Variáveis de Vendas) e os custos fixos, a fim de manter um rígido controle do nível de lucratividade. O curso de Gerenciamento de empreendimentos gastronômicos propõe uma visão atual de todo o processo de Gerenciamento. GESTÃO FINANCEIRA Analise financeira ou operacional de um restaurante ou bar baseia-se fundamentalmente na comparação de algumas combinações, que uma vez realizadas, serão indicadoras do desempenho do negócio, ou seja, dos números que serão relevantes para a eficácia operacional e para a saúde financeira do estabelecimento. É comum quando dois proprietários de restaurantes ou bares se encontram, um tende a perguntar ao outro: “Qual e ́ o seu custo com alimentos e bebidas?” “Quanto você ̂ paga de mão-de-obra?”. A questão, na verdade, refere-se a ̀ proporção dos custos em relac ̧a ̃o ao volume de vendas. Dificilmente irão existir duas casas idênticas, com o mesmo conceito, que terão os mesmos percentuais de custos. Estruturar um plano de contas, para controle de gastos, com metas atingíveis auxiliara ́ no gerenciamento das finanças. FLUXO DE CAIXA Todo negócio precisa dispor de capital. O gerenciamento do capital e ́ de grande importância para um empreendimento gastronômico, independentemente de seu tamanho. E com o que já aprendemos aqui já podemos pensar em fluxo de caixa! O fluxo de caixa cresce a partir do aumento das vendas e da estabilização dos custos, ou ainda do aumento da diminuição dos custos, mantendo os níveis de venda. Por isso a importância de um plano de contas, que determinara ́ o limite e do fluxo de caixa, que demonstrara ́ as receitas e despesas em tempo real. Para isso e ́ necessário manter um relatório de entradas (receitas) e saídas (despesas) das transações diárias, para poder utilizar o capital de maneira eficiente e lucrativa. Para começar a fomentar o Fluxo de caixa você precisa: 1. Escolher e desenvolver o tipo de cardápio a ser usado ( Tipo de Culinária, itens, quantidades, receitas, nuances e tipologias) 2. Elabororar todos os cardápios e cartas. 3. Dimensionar a quantidade de funcionários para operacionalizar o cardápio 4. Mensurar suas cargas elétricas e os volumes de vazão e suprimento de água 5. Criar protocolos de limpeza e de higienização e mensurar as quantidades de produtos de limpeza a serem consumidos. 6. Fazer um check-list dos equipamentos necessários e instalados. 7. Produzir listas de compras e utensílios. 8. Testar o cardápio e elaborar as fichas de procedimento e técnicas (quantidades, tempo, tipo de cocção, sabor, textura e eliminar o que não serviu!) 9. Repariar a lista de compras em cima dos pratos aprovados e escolhidos. 10. Produzir lista de insumos e de bebidas ( harmonizando o cardápio) 11. Escolher fornecedores e fazer uma pesquisa de preços, criar lista de fornecedores. 12. Tomar preços e calcular os custos e elaborar as fichas técnicas. 13. Mensurar um ticket médio por comensal ( Qual é mínimo que cada cliente deve gastar para que possa pagar todos os custos e a iniciação do negócio), isto é, o quanto precisará faturar por cliente /dia para pagar toda a operação! 14. Produzir uma Planilha constando seus gastos com funcionários, custos fixos – Aluguel, Contador, Segurança; Custos variáveis – Aguá, Luz, Gás, TV paga, Internet e telefone em relação ás compras x faturamento. No Processo da formação de preços deve utilizar várias técnicas para calcular e chegar ao melhor preço e especificando suas margens de lucro e de mark-up (Receita – compras – despesas variáveis = Lucro Aferido para o pagamento de Custos fixos, funcionários e impostos) . Muitos donos de resturantes pecam aí, por que se esquecem que o fluxo para pagar os custos fixos vêm do Lucro resultante entre a diferença do que se vendeu e comprou e quanto custou para movimentar isso (CMV – Custo de Mercadoria Vendida), Métodos Informais Intuição – É o método mais primário, geralmente por possuir poucas informações sobre os custos e lucro, despesas e impostos Competidores – Vc cobra o mesmo preço que seu vizinho pratica, porém só funciona se vc tiver o mesmo tipo de serviço e cardápio! Seguir o Lider – Sua tomada de preços fica estipulada pelo o que você conhece do Mercado e dos seus concorrentes de maior poder aquisitivo, muito cuidado com isso, se não oferecer mesmo nível de serviço ninguém volta! Psicilógico – Estabelece um parametro de preços de acordo com o que o seu comensal gasta ou que sua analise concluiu! Se for um produto novo e sem concorrentes funciona, mas se não poderá gerar dificuldades de comercialização. Tentativa e Erro – O famoso método dos amadores! Nesse método avalia a cada cliente que entra e sai como ele se sente e usa sua sensiblidade para criar e desenvolver as política de preços e assim perderá tempo e trabalho deixando de lado o mais necessário – Controla manualmente seus Custos e desenvolver uma politica de preços ideal! Métodos Formais Método de indexação – Nesse caso usa-se um indice indexador em um CMV absoluto, ou seja, o custo direto da matéria-prima para a produção de um determinado produto + custos operacionais ( Trabalho, Tempo, Energia e Sazonalidade) + margem de lucro em um só fator de multiplicação. Exemplo com 300% ou 3 X... Método Indexador TRA ( Texas Restaurant Association) - Parte do Princípio de que o modelo financeiro de custos é composto por CMV + Folha de Pagamento + Custos operacionais Nesse caso indexador é a Margem de Lucro Liquida – Faturamento menos Compras ( Lucro aferido), menos Folha, menos Gasto operacional + CMV. Partindo do Principio de que o CMV deve ser resultado da dedução dos outros gastos Exemplo quero indexar meus preços com 15% de margem líquida, aí teremos: Lucro _____________ 15% Folha _____________ 30% Gastos ____________ 25% ___________________________ Total ______________ 70 % Receita ___________ 100% (-) Gastos_________ - 70% __________________________ CMV ______________ 30 % Por meio desse método pode-se saber que para se obter um Lucro Líquido de 15% do faturamento é necessário manter a Folha em 30% em relação a receita, como também o custo operacional em 25% e o CMV não deverá exceder a 30% Geralmente para isso funcionar você precisa de no mínimo um balancete dos últimos 3 meses, porém quando estamos inaugurando e passam-se 3 meses o comportamento do faturamento muda muito, por isso aconselho usar esse método quando o restaurante estiver trabalhando em quase sua totalidade de sua
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