Buscar

Cartilha Gerenciamento de Residuos

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ 
SUPERINTENDÊNCIA DE INFRAESTRUTURA E 
 GESTÃO AMBIENTAL 
PREFEITURA ESPECIAL DE GESTÃO AMBIENTAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
CARTILHA DE GERENCIAMENTO 
DE RESÍDUOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FORTALEZA 
2017 
 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ 
Administração Superior 
Reitor 
Prof. Henry de Holanda Campos 
Vice-Reitor 
Prof. Custódio Luís Silva de Almeida 
Pró-Reitor de Assuntos Estudantis 
Prof. Manuel Antonio de Andrade Furtado 
Pró-Reitora de Extensão 
Prof.ª Márcia Maria Tavares Macha 
Pró-Reitora de Gestão de Pessoas 
Prof.ª Marilene Feitosa Soares 
Pró-Reitor de Graduação 
Prof. Cláudio de Albuquerque Marques 
Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação 
Prof. Antônio Gomes de Souza Filho 
Pró-Reitor de Planejamento e Administração 
Prof. Almir Bittencourt da Silva 
Pró-Reitor de Relações Internacionais 
Prof. José Soares de Andrade Júnior 
Superintendente de Infraestrutura e Gestão Ambiental 
Prof. José Ademar Gondim Vasconcelos 
 
Prefeitura Especial de Gestão Ambiental/ Superintendência de Infraestrutura e Gestão 
Ambiental 
Carlos Henrique Martins Ximenes/Engenheiro Agrônomo - Prefeito 
Geovany Rocha Torres/Biólogo – Divisão de Educação Ambiental 
Lucas Freire de Holanda/Químico – Divisão de Água e Esgoto 
Juliana Monteiro da Silva/Química – Divisão de Resíduos Perigosos 
Marcílio Oliveira Moura /Engenheiro Ambiental – Divisão de Resíduos Recicláveis 
 
 
 
 
 
Organizadores 
 
Prefeitura Especial de Gestão Ambiental/ Superintendência de Infraestrutura e Gestão 
Ambiental 
Juliana Monteiro da Silva/Química – Divisão de Resíduos Perigosos 
Lucas Freire de Holanda/Químico – Divisão de Água e Esgoto 
 
Programa de Gerenciamento de Resíduos/ Pró-reitoria de Extensão 
Prof
a
. Simone da Silveira Sá Borges – Coordenadora 
Tiago Rocha Nogueira – Bolsista 
 
Departamento de Engenharia de Alimentos/Centro de Ciências Agrárias 
Francisca Lívia de Oliveira Machado/Química – Laboratório de Laticínios 
 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 01 – Fluxograma de caracterização e classificação dos resíduos.......................... 8 
Figura 02 – Hierarquia no Gerenciamento de Resíduos Perigosos.................................. 9 
Figura 03 – Código de cores para os diferentes tipos de resíduos.................................... 10 
Figura 04 – Segregação dos Resíduos do Serviço de Saúde............................................ 11 
Figura 05 – Segregação dos Resíduos da Construção Civil............................................. 11 
Figura 06 – Diagrama de Hommel................................................................................... 16 
 
 
LISTA DE QUADROS 
 
Quadro 01 – Tipo de coletores de resíduos Químicos....................................................... 13 
Quadro 02 – Compatibilidade de coletor de resíduo químico e substâncias químicas – 
Substâncias Orgânicas.................................................................................. 
14 
Quadro 03 – Compatibilidade de coletor de resíduo químico e substâncias químicas – 
Substâncias Inorgânicas................................................................................ 
15 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................ 6 
1 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS .................................................................................. 7 
1.1 Hierarquia no Gerenciamento de Resíduos ................................................................. 9 
1.1.1 Segregação de Resíduos ........................................................................................ 10 
1.1.2 Acondicionamento ................................................................................................ 12 
1.1.3 Rotulagem ............................................................................................................. 15 
1.1.4 Armazenamento .................................................................................................... 16 
1.1.5 Tratamento ............................................................................................................ 17 
1.1.6 Disposição Final .................................................................................................... 18 
REFERÊNCIAS .......................................................................................................................... 19 
 
6 
 
 
INTRODUÇÃO 
Não há como falar em gerenciamento de resíduos sem citar a questão da 
sustentabilidade ambiental, largamente difundida nos mais diversos setores existentes 
atualmente. As formas de trabalho e natureza das atividades devem ser capazes de manter o 
equilíbrio entre o homem e o meio em que o mesmo está inserido. As instituições legalmente 
instituídas devem ser partícipes de ações que preconizem sustentabilidade ambiental como 
princípio de sua existência e funcionamento. Desse modo, as universidades – que prezam pela 
difusão do conhecimento e desenvolvimento da ciência e tecnologia, visando obter melhorias 
para a sociedade de um modo geral – devem ser as precursoras em estudos, pesquisas e 
especialmente em ações voltadas para a preservação do meio ambiente. 
As atividades desenvolvidas em Instituições de Ensino Superior – referentes ao 
ensino, pesquisa, extensão e administração – envolvem processos de produção de saber e 
necessitam de insumos que permitam realizar as pesquisas voltadas para a melhoria externa ao 
ambiente universitário. Muitos estudos e pesquisas envolvem o manuseio de diversos tipos de 
materiais como papéis, plásticos, vidro, equipamentos eletrônicos, produtos químicos, etc., 
assim gerando os mais diversificados resíduos. Segundo algumas características os resíduos 
podem ser classificados e com isso podendo receber gerenciamento adequado desde a 
minimização na geração até a destinação final, evitando a ocorrência de danos à saúde 
humana e ao meio ambiente. 
De acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) – Lei Nº 
12.305/2010 –, as unidades geradoras de resíduos devem instituir um Plano de Gerenciamento 
de Resíduos Sólidos (PGRS), visando o devido gerenciamento dos diversos resíduos gerados 
e envolvendo todos os atores de forma participativa nas ações de execução do referido plano. 
Ações relacionadas à educação ambiental, medidas de redução e reaproveitamento dos 
resíduos, segregação na origem, acondicionamento, rotulagem, armazenamento, tratamento e 
destinação final adequada são sequências de ações que precisam estar presentes no cotidiano 
dos discentes, docentes e técnicos administrativos da universidade. 
Acima de tudo, o que se espera da comunidade acadêmica são mudanças de 
atitudes com relação às questões ambientais. Sensibilização e responsabilidade ambiental 
devem ser características inerentes a todos os geradores de resíduos. Dessa forma, esta 
cartilha tem como objetivo orientar tais geradores a gerenciar seus resíduos adequadamente, 
bem como incentivar iniciativas de estabelecimento de planos de gerenciamento de resíduos, 
de forma pontual. 
7 
 
 
1 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS 
Segundo a Norma da Associação Brasileira de Normas Técnicas - Norma 
Brasileira (ABNT NBR) 10.004/2004: 
Resíduos sólidos são resíduos no estado sólido e semissólido, que resultam de 
atividades de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de 
serviços e de varrição. Ficam incluídos nesta definição os lodos provenientes de 
sistemas de tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos e instalações de 
controle de poluição, bem como determinados líquidos cujas particularidades tornem 
inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos de água, ou exijam 
para isso soluções técnicas e economicamente inviáveis em face à melhor tecnologia 
disponível. (ABNT NBR 10.004/2014,p. 1) 
O Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS) é um instrumento 
proposto pela Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) (Lei Nº 12.305/2010) que deve 
ser elaborado por grandes geradores de resíduos, com especificidades definidas na própria 
legislação. As universidades como geradoras de resíduos, se enquadram na descrição da lei 
quanto à elaboração do PGRS. Tendo em vista que os resíduos gerados variam desde resíduos 
comuns até resíduos específicos, como resíduos químicos perigosos, resíduos de serviços de 
saúde, resíduos eletroeletrônicos, dentre outros, a classificação dos resíduos é o primeiro 
passo para elaboração dos respectivos planos de gerenciamento. 
De acordo com a PNRS (Lei Nº 12.305/2010), o plano de gerenciamento dos 
resíduos deve conter informações referentes: 
1. À descrição das atividades; 
2. Ao diagnóstico dos resíduos sólidos gerados ou administrados: origem, volume, 
caracterização, incluindo os passivos; 
Como as universidades possuem setores diversificados, o que ocasiona a geração 
de diversos tipos de resíduos, os diferentes setores podem elaborar os respectivos planos de 
gerenciamento de forma isolada, de acordo com a natureza dos resíduos, dando ênfase para a 
gestão dos mesmos. Assim, as unidades laboratoriais geradoras de resíduos químicos podem 
elaborar um Plano de Gerenciamento de Resíduos Químicos (PGRQ) ou Plano de 
Gerenciamento de Resíduos Perigosos (PGRP) e os setores responsáveis por obras podem 
elaborar o Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil (PGRCC). Os referidos 
planos serão ferramenta necessária para que seja estabelecida uma estratégia de gestão, 
levando em consideração as etapas de coleta, armazenamento, transporte, manejo, tratamento 
e destinação final. 
Rosana
Destacar
Rosana
Destacar
Rosana
Destacar
Rosana
Destacar
Rosana
Destacar
Rosana
Destacar
8 
 
 
A Norma ABNT NBR 10.004/2004 fornece subsídios de classificação de resíduos 
sólidos como perigosos (Classe I) e não perigosos (Classe II A e B). 
 A Norma apresenta um fluxograma que auxilia a classificação dos resíduos, 
fazendo uma análise qualitativa do resíduo, portanto, o resíduo deve ser conhecido pelo 
gerador, bem como o processo que deu origem ao mesmo. 
Figura 01 – Fluxograma de caracterização e classificação dos resíduos 
 
Fonte: Adaptado de ABNT/NBR 10.004/2004 
Rosana
Destacar
Rosana
Destacar
Rosana
Destacar
Rosana
Destacar
9 
 
 
1.1 Hierarquia no Gerenciamento de Resíduos 
As universidades, na posição de geradoras de resíduos, podem estabelecer a 
hierarquia no gerenciamento desses materiais residuais, adotando ações na ordem adequada, 
de modo a apresentar resultados quanto à minimização dos efeitos adversos causados pela 
ausência de gestão adequada. 
Em primeiro lugar, a geração do resíduo pode sofrer redução na fonte, que pode 
se por meio da adoção de novos hábitos relacionados ao consumo e além de diversas 
substituições de processos poluidores por tecnologias limpas. 
Em um segundo momento, dadas as tentativas de redução ao máximo na geração 
de resíduos, pode-se repensar a questão do reaproveitamento, como forma de reintegrar os 
materiais residuais ao ciclo econômico com benefícios financeiros e ambientais. 
Esgotadas as opções de reaproveitamento, tem-se um rejeito o qual necessita 
passar por um processo de tratamento, que visa reduzir o volume ou características nocivas 
ao meio ambiente. A etapa de tratamento geralmente é adotada quando os rejeitos apresentam 
periculosidade, como rejeitos químicos, e que precisam ser estabilizados ou levados à forma 
não danosa a fim de serem destinados. Nesses casos, o tratamento pode ser interno ou externo 
ao ambiente gerador. 
Por fim, tem-se a última etapa de tratamento que se resume à disposição final dos 
resíduos de forma adequada, com atenção as normas gerais de higiene e segurança às pessoas 
e ao meio ambiente. 
A hierarquia no gerenciamento de resíduos, citado por Figuerêdo (2016) está 
apresentada de forma resumida na Figura 02. 
Figura 02 – Hierarquia no Gerenciamento de Resíduos Perigosos 
 
Fonte: adaptada de Figuerêdo (2016) 
Rosana
Destacar
Rosana
Destacar
Rosana
Destacar
Rosana
Destacar
Rosana
Destacar
10 
 
 
Além da hierarquia no gerenciamento adequado de resíduos, a adoção de algumas 
etapas durante a gestão facilita todo o processo de gerenciamento, estas são: segregação, 
acondicionamento, rotulagem, armazenamento, tratamento e disposição final. As etapas 
devem ser definidas de acordo com alguns padrões, os quais estão explanados adiante. 
 
1.1.1 Segregação de Resíduos 
A segregação é uma etapa importante, pois, além de garantir que o resíduo esteja 
devidamente gerenciado, influencia também nas questões de segurança das pessoas e do 
ambiente durante o manejo do mesmo. 
Ao ser gerado, o resíduo deve ser separado de acordo com as suas características 
físicas, químicas, biológicas e radiológicas. Muitos geradores adotam a separação dos 
resíduos em correntes, de acordo com a natureza dos mesmos. 
A Resolução Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) 275/2001 
estabelece o código de cores para os diferentes tipos de resíduos (Figura 03). Estas resoluções 
podem ser utilizadas como moldes a segregação deste tipo de resíduo. E a Resolução 
CONAMA 358/2005, que dispõe sobre o tratamento e a disposição final dos Resíduos dos 
Serviços de Saúde (RSS), traz no Anexo I a classificação dos RSS (Figura 04). E ainda, 
Resolução CONAMA 307/2002, que estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a 
gestão dos Resíduos da Construção Civil (RCC), apresenta no Art. 3° a classificação dos RCC 
(Figura 05). 
Figura 03 – Código de cores para os diferentes tipos de resíduos 
 
Fonte: Elaborada pelos autores 
 
Rosana
Destacar
Rosana
Destacar
Rosana
Destacar
11 
 
 
Figura 04 – Segregação dos Resíduos do Serviço de Saúde 
 
Fonte: Elaborada pelos autores 
 
Figura 05 - Segregação dos Resíduos da Construção Civil 
 
Fonte: Elaborada pelos autores 
 
Com relação aos Resíduos Químicos (RQ), sabendo que estes são considerados 
perigosos da Classe I, pertencente ao Grupo B do RSS e Classe D do RCC, assim é 
perceptível que estes têm diversas fontes e características. 
É importante salientar que a incompatibilidade química, característica inerente aos 
compostos químicos, implica em reações indesejadas quando determinadas substâncias 
entram em contato quando estas são incompatíveis. Portanto, o gerador do resíduo deve 
conhecer a incompatibilidade química dos compostos presentes nos seus resíduos, de modo a 
evitar misturas incompatíveis e potenciais riscos de acidentes. 
12 
 
 
Não há resoluções que contemplem a classificação dos resíduos químicos, assim 
baseado na incompatibilidade química das substâncias, no posterior tratamento e destinação 
final, segue abaixo um exemplo que pode ser adotado para segregação adequada desses 
resíduos: 
 
 
1.1.2 Acondicionamento 
O acondicionamento consiste na etapa de seleção dos recipientes adequados para 
conter o resíduo. O acondicionamento de resíduos é de forma temporária, onde o mesmo 
ficará a espera de reaproveitamento, reciclagem, recuperação, tratamento e disposição final. 
Esta etapa influenciará nas demais, evitando acidentes indesejados durante a coleta e 
transporte, para tanto os recipientes devem apresentar resistência à ruptura, punctura e 
vazamento. 
Os resíduos comuns não recicláveis e recicláveis não contaminados (papel, 
papelão, madeira, plástico, vidro, metal, isopor e resíduos orgânicos) podem ser 
acondicionados em recipientes de qualquer tipo de material, pois estes são inertes. Porém, 
estes recipientes devem evitar que o material contido neles fique exposto a algum tipo de 
contaminação, assim podendo causar a impossibilidade do reaproveitamento e reciclagem. 
Já com os outros tipos de resíduos (perigosos, radiativo, ambulatorial e de serviço 
de saúde)devem ser tomados maiores cuidados. Os resíduos radioativos devem seguir a 
Norma da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNENNE) 6.05 de 1985. Os coletores 
para resíduos de ambulatório e de serviço de saúde são descritos na Norma ABNT NBR 
13.853/1997. 
Os recipientes utilizados para o acondicionamento de resíduos perigosos, onde 
nestes estão incluídos os químicos, não podem apresentar incompatibilidade química com o 
Rosana
Destacar
13 
 
 
material a ser acondicionado, de modo a evitar reações indesejadas. Estes recipientes devem 
ser hermeticamente fechados para evitar qualquer contato do resíduo com o meio externo e o 
preenchimento do recipiente não pode ultrapassar 80% da sua capacidade total, assim 
garantindo a segurança no manejo. 
O Programa de Gerenciamento de Resíduos Químicos da Escola Superior de 
Agricultura Luiz Queiroz da Universidade de São Paulo na PGRQ – NR 003 sobre 
acondicionamento de resíduos químicos no Anexo B em sua listagem 03 e 04 apresenta os 
tipos de coletores de resíduos químicos e a compatibilidade de coletor de resíduo químico e 
substâncias químicas (Quadro 01 e 02). 
A Norma ABNT/NBR 12.235/1992 aborda condições gerais de acondicionamento 
de resíduos perigosos, enfatizando que o mesmo pode ser feito em contêineres, tambores, 
tanques e/ou a granel. Ainda no Apêndice VII da Resolução da Diretoria Colegiada da 
Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (RDC ANVISA) n° 304/2004 há uma lista 
substâncias químicas utilizadas em serviço de saúde que reagem com embalagens de 
Polietileno de Alta Densidade (PEAD). 
 
Quadro 01 – Tipo de coletores de resíduos Químicos 
 
Fonte: http://www.esalq.usp.br/lab_residuos/docs/pgrq_norma_03.pdf 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rosana
Destacar
14 
 
 
Quadro 02 – Compatibilidade de coletor de resíduo químico e substâncias químicas – 
Substâncias Orgânicas 
 
Fonte: http://www.esalq.usp.br/lab_residuos/docs/pgrq_norma_03.pdf 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rosana
Destacar
Rosana
Destacar
15 
 
 
Quadro 03 – Compatibilidade de coletor de resíduo químico e substâncias químicas – 
Substâncias Inorgânicas 
 
Fonte: http://www.esalq.usp.br/lab_residuos/docs/pgrq_norma_03.pdf 
 
1.1.3 Rotulagem 
A rotulagem do resíduo consiste na identificação adequada de sua composição, de 
modo a facilitar a gestão no momento de destiná-los. Essa etapa é de extrema importância, 
tendo em vista que resíduos não identificados representam um custo maior na destinação 
final, pois as técnicas de identificação são extremamente onerosas. Além de potencializar 
riscos às pessoas e ao meio ambiente, devido à falta de conhecimento no manuseio e cuidados 
necessários de acordo com as características específicas do resíduo. 
Os rótulos devem ser resistentes à ação do tempo, possíveis derramamentos de 
substâncias, pressões mecânicas, etc. Essas medidas garantirão a inviolabilidade do rótulo, 
evitando possíveis perdas de informações, para tanto, os rótulos devem ser afixados, 
envolvidos por material que promova o contato com o frasco e que impermeabilize a sua 
superfície. 
Rosana
Destacar
Rosana
Destacar
Rosana
Destacar
Rosana
Destacar
16 
 
 
Simbologias geralmente são adotadas na rotulagem de resíduos, visando fornecer 
informações adicionais que são úteis no que diz respeito à segurança. Na Norma ABNT/NBR 
7.500/2004 que trata sobre a identificação para o transporte terrestre, manuseio, 
movimentação e armazenamento de produtos, apresenta em seu Anexo A diversos tipos de 
rótulos de risco que podem ser adotados. 
Para a rotulagem de resíduos químicos é comunmente utilizado o Diagrama de 
Hommel (Figura 06), o qual informa características quanto aos riscos à saúde, 
inflamabilidade, reatividade e riscos específicos. Em caso de mistura de duas ou mais 
substâncias o Diagrama de Hommel deve ser preenchido com o maior número, então para 
preencher corretamente o Diagrama de Hommel recorrer a Ficha de Informação de Segurança 
de Produto Químico (FISPQ). 
Figura 06 – Diagrama de Hommel 
 
Fonte: http://www.blog.mcientifica.com.br/diagrama-de-hommel 
 
1.1.4 Armazenamento 
Para resíduos considerados não perigosos, a norma ABNT/NBR 11.174/1990 
destaca que estes sejam armazenados de modo a não sofrerem nenhuma contaminação com 
algum resíduo perigoso, o que causaria a sua descaracterização como resíduo não perigoso. 
Devido a isso, os resíduos considerados não perigosos não podem ser armazenados próximos 
aos resíduos perigosos. 
Rosana
Destacar
Rosana
Destacar
Rosana
Destacar
17 
 
 
A norma ABNT/NBR 12.235/1992 define as regras do armazenamento adequado 
de resíduos perigosos. Nessa norma, estão descritas as condições gerais de acondicionamento 
e armazenamento, visando à segurança do meio ambiente. O local do armazenamento, 
segundo a norma, deve ser coberto e bem ventilado, com estrutura que impeça a percolação 
ou lixiviação de substâncias ao solo e águas subterrâneas. 
A norma supracitada enfatiza ainda a necessidade de atenção à disposição dos 
resíduos no armazenamento, que deverá seguir recomendações para a segregação de resíduos, 
de modo a prevenir reações indesejadas por ocasião de vazamentos ou até mesmo que 
substâncias corrosivas possam causar danos a ambientes íntegros. Assim, destacamos mais 
uma vez a necessidade da identificação dos os resíduos, principalmente com relação à sua 
periculosidade possibilitando o armazenamento adequado. 
Todas as normas de higiene e segurança referentes ao armazenamento de resíduos 
têm de ser adotadas, devendo ser garantida a segurança na instalação de armazenamento dos 
resíduos e a disposição de sinalizações de segurança, visando à minimização de ocorrências 
indesejadas. 
 
1.1.5 Tratamento 
Como há diversos tipos de resíduos também há diversas formas de tratamento. A 
Reciclagem, a inserção do resíduo no processo de produção, é uma das formar de tratar um 
resíduo. Este tipo de tratamento é muito utilizado para resíduos de papel e papelão, vidro, 
metal, madeira, plástico e mais atualmente está sendo difundida a reciclagem de RCC. É 
realizada também a reciclagem de alguns tipos de resíduos perigosos, como por exemplo, as 
pilhas. 
A Compostagem, considerada um tipo de tratamento de resíduos orgânicos, é um 
processo biológico de decomposição da matéria orgânica que tem como produto final o 
adubo, utilizado para produzir plantas. 
Com relação aos resíduos potencialmente infectantes e perfuro cortantes do RSS o 
tratamento mais adequado disponível para tal é o Térmico/Incineração. 
Os RQ existem em uma ampla gama de características, dentre esses resíduos, 
existem os que devem receber tratamentos especiais disponíveis apenas em empresas 
especializadas, com condições estritamente controladas, equipamentos específico. No entanto, 
muitos outros resíduos são suscetíveis ao tratamento no próprio laboratório, por isso é 
Rosana
Destacar
Rosana
Destacar
Rosana
Destacar
Rosana
Destacar
Rosana
Destacar
Rosana
Destacar
18 
 
 
importante a adoção de procedimentos que determinem uma rotina de tratamento devidamente 
adequada. 
Como dito anteriormente, os RQ tem são de amplas características, assim muitos 
destes não precisam ser necessariamente tratados, estes podem ser reaproveitados no próprio 
laboratório ou nos vizinhos e/ou reciclados. Estas ações impedem que os resíduos sejam 
expostos inadequadamente e ainda que sejam gastos recursos financeiros com a aquisição de 
novos produtos. 
 
1.1.6 Disposição Final 
Após as esgotadas todas as tentativas de reutilização, reciclagem e tratamento dos 
resíduos, estes devem ter uma destinação final ambientalmente adequada. Existem algumas 
técnicas de disposição final de resíduos e estas estão atreladas as suas características. 
O Aterro Sanitário e Aterro Controlado são utilizados para resíduos comuns. Para 
resíduos considerados perigosos a disposição se dá em Aterros Industriais.Rosana
Destacar
Rosana
Destacar
Rosana
Destacar
19 
 
 
REFERÊNCIAS 
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Resolução RDC Nº 306, de 7 de 
dezembro de 2004: Dispõe sobre o Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos 
de serviços de saúde. 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 11174/1990: 
Armazenamento de resíduos classes II – não inertes e III – inertes. 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12235/1992: 
Armazenamento de Resíduos Sólidos Perigosos. 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13853/1997: Coletores para 
resíduos do serviço de saúde perfurocortantes ou cortantes – Requisitos e métodos de ensaio. 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7500/2004: Identificação 
para o transporte terrestre, manuseio, movimentação e armazenamento de produtos. 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10004/2004: Resíduos 
sólidos – Classificação. 
BRASIL, Lei. 12.305 de 2 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de Resíduos 
Sólidos, p. 950-971, 1998. 
COMISSÃO NACIONAL DE ENERGIA NUCLEAR. CNENNE 6.05 de dezembro de 1985: 
Gerência de rejeitos radioativos em instalações radioativas. 
CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE. Resolução nº 275, de 25 de abril de 
2001: Estabelece o código de cores para os diferentes tipos de resíduos, a ser adotado na 
identificação de coletores e transportadores, bem como nas campanhas informativas para a 
coleta seletiva. 
CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE. Resolução nº 307, de 17 de julho de 
2002: Estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da 
construção civil. 
CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE. Resolução nº 358, de 29 de abril de 
2005: Dispõe sobre o tratamento e a disposição final dos resíduos dos serviços de saúde e dá 
outras providências. 
20 
 
 
Diagrama de Hommel. Disponível em:http://www.blog.mcientifica.com.br/diagrama-de-
hommel/ - Acesso em 07/07/2016 as 16:00. 
FIGUERÊDO, D. V. Manual para Gestão de Resíduos Químicos Perigosos de Instituições 
de Ensino e Pesquisa. Belo Horizonte: Conselho Regional de Química de Minas Gerais, 
2006. 394p. 
Programa de Gerenciamento de Resíduos Químicos da Escola Superior de Agricultura Luiz 
Queiroz da Universidade de São Paulo. PGRQ – NR 003, aproada em 18 de novembro de 
2008.: Acondicionamento de Resíduos Químicos: Segregação Armazenamento e Rotulagem. 
Disponível em: <http://www.esalq.usp.br/lab_residuos/docs/pgrq_norma_03.pdf>. Acesso 
em: 16/05/2017 as 14:21. 
http://www.blog.mcientifica.com.br/diagrama-de-hommel/
http://www.blog.mcientifica.com.br/diagrama-de-hommel/

Continue navegando