do Meio Ambiente firmar um termo de adesão, instrumento de compromisso para a implementação da A3P, com o interessado. A referida agenda traz cinco eixos temáticos: a) Licitações sustentáveis: consiste em uma obrigação da Administração Pública instituir práticas de sustentabilidade nas licitações públicas, nos termos do art. 3º, da Lei n. 8666/93. b) Sensibilização e capacitação dos servidores públicos: consolidar a consciência e a responsabilidade socioambiental dentre os servidores públicos; c) Qualidade de vida no ambiente do trabalho: cujo intuito é satisfazer as necessidades do trabalhador; d) Gestão adequada dos resíduos gerados: adoção da política dos 5Rs (repensar, reaproveitar, reduzir, reciclar e recusar); e) Uso racional dos recursos naturais e bens públicos: utilização consciente da água, da energia elétrica, da madeira e outros recursos naturais. No que concerne à Política dos 5Rs, a qual faz parte do eixo temático “gestão adequada dos resíduos gerados”, compreende-se: a) Repensar: quanto à real necessidade do consumo de determinado bem e os padrões de produção e descarte dos resíduos; b) Reaproveitar: utilizar novamente determinado produto que ainda satisfaz as necessidades em vez de descartá-lo; 6 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. c) Reduzir: evitar o desperdício, dando preferência aos produtos que utilizem menos resíduos sólidos; d) Reciclar: destinar de forma adequada os resíduos a processo que envolvam tecnologia com a finalidade de transformá-lo em outro bem adequado para o uso; e) Recusar: consiste na recusa de consumos irresponsáveis, principalmente, de resíduos sólidos. Ao firmar o termo de adesão com o Ministério do Meio Ambiente, o interessado deverá implementar a Agenda Ambiental da Administração Pública, observando determinados pressupostos: criação e regulamentação de comissão da A3P, envolvendo servidores públicos de várias áreas da instituição para o acompanhamento de projetos e atividades e para a representatividade institucional; identificação dos pontos críticos e procedimentos, avaliando os impactos ambientais e de desperdício gerados; definição de projetos e atividades, a partir do diagnóstico, priorização dos projetos e atividades de mais urgência e relevância; planejamento integrado; realização de treinamentos, disponibilização de recursos físicos e financeiros; verificação do desempenho ambiental, identificação de falhas e pontos de melhoria; melhoria contínua; levantamento de impactos de riscos ambientais, identificação de ações de controle, identificação de indicadores de aprimoramento e; classificação ambiental: programas de incentivo, premiação e divulgação das melhores práticas ambientais. 1.1 Licitações sustentáveis Neste ponto, faz-se necessário o estudo do Decreto n. 7.746/2012, alterado em 2017. Destaca-se que o desenvolvimento nacional sustentável é uma das finalidades nas licitações públicas. Tal ato normativo destina-se à Administração Pública federal, direta e indireta, autárquica e fundacional e às empresas estatais dependentes que recebam auxílio financeiro do governo. 7 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. O Decreto nº 7.746/2012 tem como objetivo: Quadro1: Objetivos Decreto nº7.746/2012 a) Adquirir bens e contratar serviços e obras considerando critérios e práticas de sustentabilidade, dentre eles materiais biodegradáveis, materiais atóxicos, objetivamente definidos no instrumento convocatório (edital); b) Preservar o caráter competitivo do certame. Fonte: Elaborado pela autora, 2020. Importante mencionar que a licitação pública possui três finalidades: ser vantajosa para a administração, isonômica entre os concorrentes e buscar o desenvolvimento nacional sustentável. Portanto, as práticas e critérios de sustentabilidade não podem corroborar para vedação ao caráter competitivo do certame. O caráter competitivo deve ser preservado, visto que há isonomia, a qual faz parte da finalidade de uma licitação pública. O Tribunal de Contas da União compreende neste sentir. Destaque para o art. 3º, o qual sofreu alteração com o advento do Decreto nº 9.178/2017, sendo de leitura obrigatória. Em relação ao Poder Judiciário, existem alguns atos normativos os quais mencionam a necessidade de verificação da origem do produto. Por exemplo, a madeira, deve-se verificar se é advinda de uma árvore cortada de forma legal ou ilegal. Caso seja ilegal, oriundo da Floresta Amazônica, a administração pública não pode adquirir aquele bem, ainda que o valor seja satisfatório. O manejo sustentável tem a ver com a exploração controlada da área de reserva legal, o reflorestamento está diretamente relacionado à questão da compensação ambiental, estudados em Direito Ambiental. No que tange às exigências da Administração Pública em face do contratado, vale a pena a leitura atenta dos artigos em destaque: art. 5º, 7º e 8º, do referido Decreto. O art. 8º também foi revogado e foi realizada uma nova redação. A redação antiga previa que a certificação poderia ser “emitida por instituição pública oficial ou instituição credenciada, ou por qualquer outro meio definido no instrumento convocatório”, enquanto a redação atual prevê que a certificação pode 8 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. ser “emitida ou reconhecida por instituição pública oficial ou instituição credenciada ou por outro meio definido no instrumento convocatório”. A CISAP (Comissão Interministerial de Sustentabilidade na Administração Pública) possui uma natureza consultiva, portanto ela não é deliberativa. A natureza é de caráter permanente, não é temporária. É vinculada à Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação e tem por finalidade propor a implementação de critérios, práticas e ações de logística sustentável no âmbito da administração pública federal direta, autárquica e fundacional e das empresas estatais dependentes. Os servidores públicos integrantes da CISAP prestam um serviço público de caráter relevante e não remunerado. As proposições da CISAP serão avaliadas com base nas diretrizes gerais de logística e compras da administração pública federal. As proposições não vinculam, são como recomendações. O art. 10, da mesma forma, sofreu alteração do Decreto nº 9.178/2017, sendo imprescindível sua leitura, uma vez que traz de forma expressa a composição da CISAP. Antigamente não se cobrava muito em provas a composição da CISAP, mas apenas o último inciso e trocavam a palavra Controladoria-Geral da União por Advogado Geral da União - AGU ou por Tribunal de Contas da União – TCU. No entanto, tendo em vista as alterações trazidas pelo Decreto de 2017, é importante que o aluno saiba quais foram as alterações efetuadas. O art. 11 também sofreu alterações significativas com o Decreto nº 9.178/2017, por este fator é importante a leitura com atenção. Os planos de gestão de logística