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Caderno Sistematizado de Direito Civil - LINDB e Geral

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CS – DIREITO CIVIL I 2020.1 1 
 
DIREITO CIVIL I – LINDB E PARTE GERAL 
APRESENTAÇÃO.............................................................................................................................. 10 
LEI DE INTRODUÇÃO AS NORMAS DE DIREITO ......................................................................... 11 
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................ 11 
2. ESTRUTURA DA LINDB ............................................................................................................ 11 
3. VIGÊNCIA DAS NORMAS ......................................................................................................... 12 
 PREVISÃO LEGAL ............................................................................................................. 12 
 EXISTÊNCIA x VIGÊNCIA .................................................................................................. 13 
 VACATIO LEGIS ................................................................................................................. 13 
 CONTAGEM DO PRAZO .................................................................................................... 14 
 ALTERAÇÕES DURANTE O PERÍDODO DE VACATIO LEGIS ...................................... 14 
 REVOGAÇÃO ..................................................................................................................... 15 
 REPRISTINAÇÃO ............................................................................................................... 16 
4. OBRIGATORIEDADE DA NORMA ............................................................................................ 16 
 PREVISÃO LEGAL ............................................................................................................. 16 
 NATUREZA JURÍDICA ....................................................................................................... 17 
 PRINCÍPIO DA OBRIGATORIEDADE RELATIVA/MITIGADA .......................................... 17 
5. INTEGRAÇÃO DA NORMA ....................................................................................................... 18 
 PREVISÃO LEGAL ............................................................................................................. 18 
 LACUNA .............................................................................................................................. 18 
 MÉTODOS DE COLMATAÇÃO .......................................................................................... 19 
5.3.1. Analogia ....................................................................................................................... 19 
5.3.2. Costumes ..................................................................................................................... 20 
5.3.3. Princípios gerais do direito .......................................................................................... 21 
5.3.4. Equidade ...................................................................................................................... 22 
6. INTERPRETAÇÃO DA NORMA ................................................................................................ 23 
 PREVISÃO LEGAL ............................................................................................................. 23 
 FORMAS DE INTERPRETAÇÃO ....................................................................................... 23 
 INTERPRETAÇÃO INTEGRATIVA .................................................................................... 24 
7. APLICAÇÃO DA LEI NO TEMPO .............................................................................................. 24 
 PREVISÃO LEGAL ............................................................................................................. 24 
 IRRETROATIVIDADE ......................................................................................................... 25 
 DIREITO ADQUIRIDO ........................................................................................................ 25 
 COISA JULGADA ................................................................................................................ 25 
 ATO JURÍDICO PERFEITO ................................................................................................ 26 
 ULTRATIVIDADE ................................................................................................................ 26 
8. APLICAÇÃO DA LEI NO ESPAÇO ............................................................................................ 27 
 PREVISÃO LEGAL ............................................................................................................. 27 
 REGRA GERAL................................................................................................................... 29 
 TEORIA DA TERRITORIALIDADE MODERADA/MITIGADA ............................................ 30 
 EXCEÇÕES À APLICAÇÃO DO ESTATUTO PESSOAL .................................................. 30 
 REQUISITOS PARA HOMOLOGAÇÃO DE SENTENÇA ESTRANGEIRA ...................... 31 
9. SEGURANÇA JURÍDICA E EFICÁCIA NA CRIAÇÃO E APLICAÇÃO DE NORMAS POR 
AGENTES PÚBLICOS ....................................................................................................................... 32 
 CONSIDERAÇÕES INICIAIS.............................................................................................. 32 
 DECISÃO COM BASE EM VALORES JURÍDICOS ABSTRATOS ................................... 32 
 NECESSIDADE E ADEQUAÇÃO NA MOTIVAÇÃO .......................................................... 34 
 DECISÃO INVALIDANTE DE ATO, CONTRATO, AJUSTE, PROCESSO OU NORMA 
ADMINISTRATIVA ......................................................................................................................... 35 
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CS – DIREITO CIVIL I 2020.1 2 
 
 INTERPRETAÇÃO DE NORMAS SOBRE GESTÃO PÚBLICA ........................................ 36 
 MUDANÇA DE INTERPRETAÇÃO OU ORIENTAÇÃO E MODULAÇÃO DE EFEITOS.. 37 
 REVISÃO E ORIENTAÇÃO VIGENTE À ÉPOCA DA PRÁTICA DO ATO ....................... 38 
 COMPROMISSOS .............................................................................................................. 38 
 COMPENSAÇÃO ................................................................................................................ 39 
 RESPONSABILIDADE DO AGENTE PÚBLICO ................................................................ 39 
 CONSULTA PÚBLICA ........................................................................................................ 41 
10. ANTINOMIAS JURÍDICAS OU LACUNAS ............................................................................. 41 
 CONCEITO .......................................................................................................................... 41 
 CRITÉRIOS BÁSICOS DE SOLUÇÃO ............................................................................... 41 
 CLASSIFICAÇÃO DAS ANTINOMIAS ............................................................................... 41 
 ANTINOMIAS DE SEGUNDO GRAU ................................................................................. 42 
11. FONTES DO DIREITO ........................................................................................................... 42 
 CONSIDERAÇÕES INICIAIS.............................................................................................. 42 
 FONTE FORMAL PRIMÁRIA.............................................................................................. 44 
 FONTES FORMAIS SECUNDÁRIAS ................................................................................. 45 
11.3.1. Analogia ....................................................................................................................... 45 
11.3.2. Costumes .....................................................................................................................45 
11.3.3. Princípios Gerais do Direito ......................................................................................... 47 
 FONTES NÃO FORMAIS ................................................................................................... 47 
11.4.1. Doutrina ........................................................................................................................ 47 
11.4.2. Jurisprudência .............................................................................................................. 47 
11.4.3. Equidade ...................................................................................................................... 48 
 SÚMULA VINCULANTE ..................................................................................................... 49 
INTRODUÇÃO AO DIREITO CIVIL ................................................................................................... 50 
1. QUADRO EVOLUTIVO DO DIREITO CIVIL .............................................................................. 50 
 DO DIREITO ROMANO ATÉ A REVOLUÇÃO FRANCESA: DIVISÃO DO DIREITO EM 
CIVIL E PENAL .............................................................................................................................. 50 
 REVOLUÇÃO FRANCESA: DIVISÃO DO DIREITO EM PÚBLICO E PRIVADO ............. 50 
 CONSTITUIÇÃO IMPERIAL E O DIREITO CIVIL .............................................................. 50 
 CÓDIGO CIVIL DE 1916 E A ESTRUTURA DO DIREITO CIVIL ...................................... 51 
 A NEUTRALIDADE E INDIFERENÇA DAS CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS EM 
RELAÇÃO AO DIREITO CIVIL ...................................................................................................... 52 
 PULVERIZAÇÃO DAS RELAÇÕES PRIVADAS E A PERDA DA REFERÊNCIA ............ 52 
2. CONSTITUCIONALIZAÇÃO DO DIREITO CIVIL ...................................................................... 53 
 CONCEITO .......................................................................................................................... 53 
 TÁBUA AXIOLÓGICA ......................................................................................................... 53 
 CONSTITUCIONALIZAÇÃO x PUBLICIZAÇÃO ................................................................ 53 
 DIREITO CIVIL MÍNIMO ..................................................................................................... 54 
3. CÓDIGO CIVIL DE 2002 E OS SEUS PARADIGMAS .............................................................. 54 
 SOCIALIDADE .................................................................................................................... 55 
 ETICIDADE ......................................................................................................................... 55 
 OPERABILIDADE ............................................................................................................... 56 
4. DISTINÇÕES ENTRE CLÁUSULAS GERAIS E CONCEITOS JURÍDICOS 
INDETERMINADOS .......................................................................................................................... 56 
5. APLICAÇÃO DIRETA DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS NAS RELAÇÕES PRIVADAS....... 57 
6. APLICAÇÃO DIRETA DOS DIREITOS SOCIAIS NAS RELAÇÕES PRIVADAS ..................... 58 
7. INCIDÊNCIA DIRETA DOS TRATADOS E CONVENÇÕES INTERNACIONAIS NO ÂMBITO 
DAS RELAÇÕES PRIVADAS ............................................................................................................ 59 
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CS – DIREITO CIVIL I 2020.1 3 
 
 STATUS LEGAL .................................................................................................................. 59 
 STATUS CONSTITUCIONAL ............................................................................................. 60 
 STATUS SUPRALEGAL ..................................................................................................... 60 
8. DIÁLOGO DAS FONTES ........................................................................................................... 60 
9. CONFLITOS NORMATIVOS DO DIREITO CIVIL ..................................................................... 61 
DIREITOS DA PERSONALIDADE .................................................................................................... 64 
1. NOÇÕES INTRODUTÓRIAS ..................................................................................................... 64 
 IMPORTÂNCIA DOS DIREITOS DE PERSONALIDADE .................................................. 64 
 DIFERENÇAS ENTRE PERSONALIDADE E CAPACIDADE ........................................... 64 
2. CLÁUSULA GERAL DE PROTEÇÃO À PERSONALIDADE .................................................... 65 
3. TÉCNICA DE PONDERAÇÃO ................................................................................................... 66 
4. DIREITOS DE PERSONALIDADE VERSUS LIBERDADES PÚBLICAS ................................. 68 
5. MOMENTO AQUISITIVO DOS DIREITOS DA PERSONALIDADE .......................................... 68 
6. MOMENTO EXTINTIVO DOS DIREITOS DE PERSONALIDADE ........................................... 69 
7. FONTES DOS DIREITOS DA PERSONALIDADE .................................................................... 72 
8. DIREITOS DA PERSONALIDADE A PESSOA JURÍDICA ....................................................... 72 
9. CONFLITO ENTRE DIREITOS DA PERSONALIDADE E LIBERDADE DE COMUNICAÇÃO 
SOCIAL .............................................................................................................................................. 73 
10. DIREITOS DA PERSONALIDADE E AS PESSOAS PÚBLICAS (CELEBRIDADES) .......... 74 
11. CARACTERÍSTICAS DOS DIREITOS DA PERSONALIDADE ............................................. 75 
12. TUTELA JURÍDICA DOS DIREITOS DA PERSONALIDADE ............................................... 76 
 CONSIDERAÇÕES INICIAIS.............................................................................................. 76 
 TUTELA PREVENTIVA DOS DIREITOS DA PERSONALIDADE ..................................... 77 
12.2.1. Considerações ............................................................................................................. 78 
12.2.2. Espécies de tutela específica ...................................................................................... 78 
12.2.3. Mandado de distanciamento ........................................................................................ 78 
12.2.4. Possibilidade de prisão ................................................................................................ 79 
 TUTELA REPRESSIVA DOS DIREITOS DA PERSONALIDADE ..................................... 79 
 TUTELA JURÍDICA COLETIVA DOS DIREITOS DA PERSONALIDADE ........................ 81 
13. DIREITOS DE PERSONALIDADE À INTEGRIDADE FÍSICA ............................................... 81 
 TUTELA JURÍDICA DO CORPO VIVO .............................................................................. 82 
 TUTELA JURÍDICA DO CORPO MORTO ......................................................................... 83 
 LIVRE CONSENTIMENTO INFORMADO (AUTONOMIA DO PACIENTE) ...................... 84 
14. DIREITO À HONRA ................................................................................................................ 85 
15. DIREITO AO NOME CIVIL ..................................................................................................... 85 
 PREVISÃO LEGAL E CONSIDERAÇÕES ......................................................................... 85 
 ESCOLHA DO NOME ......................................................................................................... 85 
 ESCOLHA FEITA PELOS PAIS ......................................................................................... 86 
 ELEMENTOS COMPONENTES ......................................................................................... 87 
 IMUTABILIDADE RELATIVA.............................................................................................. 88 
16. DIREITO À IMAGEM .............................................................................................................. 89 
17. DIREITO À PRIVACIDADE .................................................................................................... 91 
PESSOA NATURAL .......................................................................................................................... 93 
1. PERSONALIDADE JURÍDICA ................................................................................................... 93 
2. NASCITURO ............................................................................................................................... 93 
 TEORIAS EXPLICATIVAS .................................................................................................. 93 
 DIREITOS DO NASCITURO............................................................................................... 94 
 PERSONALIDADE JURÍDICA X CAPACIDADE JURÍDICA .............................................. 95 
3. CAPACIDADE JURÍDICA ........................................................................................................... 95 
 CONCEITO .......................................................................................................................... 95 
 TEORIA DAS INCAPACIDADES ........................................................................................ 96 
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3.2.1. Incapacidade absoluta ................................................................................................. 96 
3.2.2. Incapacidade relativa ................................................................................................... 97 
4. EMANCIPAÇÃO ......................................................................................................................... 99 
 VOLUNTÁRIA .................................................................................................................... 100 
 JUDICIAL ........................................................................................................................... 101 
 LEGAL ............................................................................................................................... 101 
5. EXTINÇÃO DA PESSOA NATURAL ....................................................................................... 103 
 AUSÊNCIA ........................................................................................................................ 105 
 MORTE PRESUMIDA: OUTRAS HIPÓTESES ................................................................ 108 
 COMORIÊNCIA ................................................................................................................. 109 
PESSOA JURÍDICA ......................................................................................................................... 110 
1. CONCEITO ............................................................................................................................... 110 
2. TEORIAS EXPLICATIVAS ....................................................................................................... 110 
 TEORIA NEGATIVISTA .................................................................................................... 110 
 TEORIA AFIRMATIVISTA ................................................................................................. 110 
2.2.1. Teoria da ficção (Savigny) ......................................................................................... 110 
2.2.2. Teoria da realidade objetiva ou organacionista (Clóvis Beviláqua) .......................... 111 
2.2.3. Teoria da realidade técnica (Ferrara) ........................................................................ 111 
3. PRESSUPOSTOS EXISTENCIAIS .......................................................................................... 111 
4. PERSONIFICAÇÃO DA PESSOA JURÍDICA ......................................................................... 111 
 CONSIDERAÇÕES INICIAIS............................................................................................ 112 
 SOCIEDADES DESPERSONIFICADAS .......................................................................... 112 
 ENTES DESPERSONALIZADOS ..................................................................................... 113 
5. AUTONONIA PATRIMONIAL ................................................................................................... 114 
6. PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PRIVADO ..................................................................... 115 
7. FUNDAÇÕES ........................................................................................................................... 116 
 FUNDAÇÕES DE DIREITO PÚBLICO ............................................................................. 116 
 FUNDAÇÕES DE DIREITO PRIVADO ............................................................................ 116 
 FINALIDADE ..................................................................................................................... 117 
 ETAPAS PARA CONSTITUIÇÃO DE UMA FUNDAÇÃO DE DIREITO PRIVADO ........ 117 
 FISCALIZAÇÃO DAS FUNDAÇÕES ................................................................................ 118 
 ALTERAÇÃO DO ESTATUTO .......................................................................................... 119 
8. SOCIEDADES .......................................................................................................................... 119 
 CONCEITO ........................................................................................................................ 119 
 ESPÉCIES ......................................................................................................................... 120 
9. ASSOCIAÇÕES ........................................................................................................................ 121 
 CONSIDERAÇÕES ........................................................................................................... 121 
 O ESTATUTO DAS ASSOCIAÇÕES ............................................................................... 122 
 ASSEMBLEIA GERAL ...................................................................................................... 122 
 DISSOLUÇÃO DA ASSOCIAÇÃO .................................................................................... 122 
 EXCLUSÃO DO ASSOCIADO .......................................................................................... 123 
10. EXTINÇÃO DA PESSOA JURÍDICA .................................................................................... 123 
 CONVENCIONAL .............................................................................................................. 123 
 ADMINISTRATIVA ............................................................................................................ 123 
 JUDICIAL ........................................................................................................................... 123 
11. DESCONSIDERAÇÃO DA PESSOA JURÍDICA ................................................................. 123 
 HISTÓRICO ....................................................................................................................... 124 
 CONCEITO ........................................................................................................................ 124 
 DESCONSIDERAÇÃO X DESPERSONALIZAÇÃO ........................................................ 124 
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 DESCONSIDERAÇÃO X DESPERSONALIZAÇÃO X CORRESPONSABILIDADE X 
SOLIDARIEDADE ........................................................................................................................ 124 
 REQUISITOS DA DESCONSIDERAÇÃO ........................................................................125 
11.5.1. Benefício direito ou indireto ....................................................................................... 126 
11.5.2. Desfio de finalidade ................................................................................................... 126 
11.5.3. Confusão patrimonial ................................................................................................. 127 
 DESCONSIDERAÇÃO INVERSA ..................................................................................... 127 
 DESCONSIDERAÇÃO E GRUPOS ECONÔMICOS ....................................................... 127 
DOMICÍLIO....................................................................................................................................... 128 
1. INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 128 
2. MUDANÇA DE DOMICÍLIO...................................................................................................... 129 
3. DOMICÍLIO DA PESSOA JURÍDICA ....................................................................................... 129 
4. CLASSIFICAÇÃO DO DOMICÍLIO .......................................................................................... 130 
 DOMICÍLIO VOLUNTÁRIO ............................................................................................... 130 
 DOMICÍLIO LEGAL OU NECESSÁRIO ........................................................................... 130 
4.2.1. Domicílio do Incapaz .................................................................................................. 130 
4.2.2. Domicílio do Servidor Público .................................................................................... 131 
4.2.3. Domicílio do Militar ..................................................................................................... 131 
4.2.4. Domicílio do Marítimo (marinha mercante) ............................................................... 131 
4.2.5. Preso .......................................................................................................................... 131 
 DOMICÍLIO DE ELEIÇÃO ................................................................................................. 131 
BENS JURÍDICOS ........................................................................................................................... 132 
1. INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 132 
2. CLASSIFICAÇÃO DOS BENS JURÍDICOS ............................................................................ 132 
 QUANTO À TANGIBILIDADE ........................................................................................... 132 
2.1.1. Corpóreos, materiais ou tangíveis ............................................................................. 132 
2.1.2. Incorpóreos, imateriais ou intangíveis ....................................................................... 133 
 QUANTO À MOBILIDADE ................................................................................................ 133 
2.2.1. Bens imóveis .............................................................................................................. 133 
2.2.2. Bens móveis ............................................................................................................... 136 
 QUANTO À FUNGIBILIDADE ........................................................................................... 137 
2.3.1. Bens fungíveis ............................................................................................................ 137 
2.3.2. Bens infungíveis ......................................................................................................... 137 
 QUANTO À CONSUNTIBILIDADE ................................................................................... 138 
2.4.1. Bens consumíveis ...................................................................................................... 138 
2.4.2. Bens inconsumíveis ................................................................................................... 138 
2.4.3. Exemplos .................................................................................................................... 138 
 QUANTO À DIVISIBILIDADE............................................................................................ 139 
2.5.1. Bens divisíveis ........................................................................................................... 139 
2.5.2. Bens indivisíveis......................................................................................................... 139 
 QUANTO À INDIVIDUALIDADE ....................................................................................... 140 
2.6.1. Bens singulares .......................................................................................................... 140 
2.6.2. Bens coletivos ou universalidades ............................................................................ 140 
 QUANTO À DEPENDÊNCIA ............................................................................................ 140 
2.7.1. Bens principais (ou independentes) .......................................................................... 140 
2.7.2. Existem de maneira autônoma e independente, abstrata ou concretamente. ......... 140 
1.1.1. Bens acessórios (ou dependentes) ........................................................................... 140 
 QUANTO AO TITULAR DO DOMÍNIO ............................................................................. 142 
2.8.1. Bens particulares ou privados ................................................................................... 143 
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2.8.2. Bens públicos ou do Estado ...................................................................................... 143 
3. BEM DE FAMÍLIA ..................................................................................................................... 144 
 HISTÓRICO ....................................................................................................................... 144 
 BEM DE FAMÍLIA VOLUNTÁRIO ..................................................................................... 145 
3.2.1. Noções gerais ............................................................................................................ 145 
3.2.2. Inalienabilidade relativa ............................................................................................. 145 
3.2.3. Impenhorabilidade limitada ........................................................................................ 145 
3.2.4. Teto para o bem de família voluntário ....................................................................... 146 
3.2.5. Afetação de valores mobiliários ao bem de família voluntário .................................. 146 
3.2.6. Administração do bem de família voluntário. Art. 1720 do CC. ................................ 146 
3.2.7. Extinção do bem de família voluntário. Art. 1721 e 1722 do CC. ............................. 147 
1.2. BEM DE FAMÍLIA LEGAL ................................................................................................. 147 
TEORIA DO FATO JURÍDICO ........................................................................................................ 148 
1. INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 148 
 SUPORTE FÁTICO ........................................................................................................... 148 
1.1.1. Suporte fático hipotético ou abstrato ......................................................................... 148 
1.1.2. Suporte fático concreto ..............................................................................................148 
1.1.3. Suporte fático constituído de elementos positivos .................................................... 148 
1.1.4. Suporte fático constituído de elementos negativos................................................... 148 
 A FENOMENOLOGIA DA JURIDICIZAÇÃO .................................................................... 149 
1.2.1. Como ocorre a juridicização ...................................................................................... 149 
1.2.2. Suporte fático deficiente ............................................................................................ 149 
 CONSEQUÊNCIAS DA INCIDÊNCIA .............................................................................. 150 
1.3.1. Juridicização .............................................................................................................. 150 
1.3.2. Pré-exclusão de juridicidade ...................................................................................... 150 
1.3.3. Invalidação ................................................................................................................. 150 
1.3.4. Deseficacização ......................................................................................................... 150 
1.3.5. Desjuridicização ......................................................................................................... 150 
2. PLANOS DOS FATOS JURÍDICOS: UMA VISÃO GERAL ..................................................... 151 
 PLANO DA EXISTÊNCIA .................................................................................................. 151 
 PLANO DA VALIDADE ..................................................................................................... 151 
 PLANO DA EFICÁCIA....................................................................................................... 151 
3. CLASSIFICAÇÃO DOS FATOS JURÍDICOS: FATO JURÍDICO LATO SENSU .................... 152 
 ESQUEMA GRÁFICO1 (MELLO) ..................................................................................... 152 
 ESQUEMA GRÁFICO2 (STOLZE) ................................................................................... 153 
 FATO JURÍDICO STRICTO SENSU ................................................................................ 153 
3.3.1. Ordinário ..................................................................................................................... 153 
3.3.2. Extraodinário .............................................................................................................. 153 
 ATO-FATO JURÍDICO ...................................................................................................... 153 
3.4.1. Espécies de ato-fato jurídico ..................................................................................... 154 
 ATO JURÍDICO LATO SENSU ......................................................................................... 155 
3.5.1. Noções gerais ............................................................................................................ 155 
3.5.2. Espécies de atos jurídicos ......................................................................................... 155 
 ATO JURÍDICO STRICTO SENSU .................................................................................. 156 
3.6.1. Noções gerais ............................................................................................................ 156 
3.6.2. Classificação dos atos jurídicos stricto sensu ........................................................... 156 
 NEGÓCIO JURÍDICO ....................................................................................................... 157 
3.7.1. Noções gerais ............................................................................................................ 157 
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3.7.2. Classes de negócios jurídicos ................................................................................... 157 
3.7.3. Elementos constitutivos do negócio jurídico ............................................................. 160 
 FATO/ATO ILÍCITO ........................................................................................................... 160 
TEORIA DO NEGÓCIO JURÍDICO ................................................................................................. 161 
1. INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 161 
2. PLANO DE EXISTÊNCIA ......................................................................................................... 161 
 MANIFESTAÇÃO DE VONTADE ..................................................................................... 161 
 AGENTE ............................................................................................................................ 161 
 OBJETO ............................................................................................................................ 161 
 FORMA .............................................................................................................................. 161 
3. PLANO DE VALIDADE ............................................................................................................. 162 
 CONCEITO E PRESSUPOSTOS ..................................................................................... 162 
 OBSERVAÇÕES ............................................................................................................... 163 
 PECULIARIDADES QUANTO AO PRESSUPOSTO DE VALIDADE “FORMA” ............. 163 
4. PLANO DE EFICÁCIA .............................................................................................................. 165 
5. TEORIAS EXPLICATIVAS DO NEGÓCIO JURÍDICO ............................................................ 165 
 TEORIA VOLUNTARISTA (DA VONTADE) ..................................................................... 165 
 TEORIA OBJETIVA (DA DECLARAÇÃO) ........................................................................ 166 
6. INTERPRETAÇÃO DOS NEGÓCIOS JURÍDICOS ................................................................. 166 
DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO ............................................................................................ 168 
1. DISPOSIÇÃO DA MATÉRIA .................................................................................................... 168 
2. ERRO ........................................................................................................................................ 168 
 CONCEITO E CARACTERÍSTICAS ................................................................................. 168 
 ERRO X VÍCIO REDIBITÓRIO ......................................................................................... 170 
 ESQUEMA SOBRE ERRO ............................................................................................... 170 
3. DOLO ........................................................................................................................................ 171 
 CONCEITO E CARACTERÍSTICAS ................................................................................. 171 
 DOLO NEGATIVO ............................................................................................................. 172 
 DOLO BILATERAL ............................................................................................................ 172 
 DOLO DE TERCEIROS .................................................................................................... 172 
 DOLO DO REPRESENTANTE LEGAL OU CONVENCIONAL ....................................... 172 
 ESQUEMA ......................................................................................................................... 172 
4. COAÇÃO ..................................................................................................................................173 
 CONCEITO E CARECTERÍSTICAS ................................................................................. 173 
 COAÇÃO DE TERCEIROS ............................................................................................... 173 
5. LESÃO ...................................................................................................................................... 174 
 CONCEITO E PREVISÃO LEGAL .................................................................................... 174 
 REQUISITOS .................................................................................................................... 175 
 LESÃO X TEORIA DA IMPREVISÃO ............................................................................... 176 
 LESÃO CONSUMERISTA ................................................................................................ 176 
6. ESTADO DE PERIGO .............................................................................................................. 176 
7. SIMULAÇÃO ............................................................................................................................. 178 
 CONCEITO ........................................................................................................................ 178 
 ESPÉCIES ......................................................................................................................... 178 
7.2.1. Simulação absoluta .................................................................................................... 178 
7.2.2. Simulação relativa (dissimulação) ............................................................................. 178 
 OBSERVAÇÕES IMPORTANTES ................................................................................... 179 
8. FRAUDE CONTRA CREDORES ............................................................................................. 180 
 CONCEITO ........................................................................................................................ 180 
 HIPÓTESES LEGAIS ........................................................................................................ 181 
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CS – DIREITO CIVIL I 2020.1 8 
 
8.2.1. Negócio de transmissão gratuita de bens (art. 158) ................................................. 181 
8.2.2. Perdão fraudulento (remissão fraudulenta de dívida, art. 158). ............................... 181 
8.2.3. Negócio jurídico fraudulento oneroso (art. 159 CC).................................................. 181 
8.2.4. Antecipação fraudulenta de pagamento feita a um dos credores quirografários (art. 
162 CC). .................................................................................................................................... 182 
8.2.5. Outorga fraudulenta de garantia de dívida (art. 163 CC) .......................................... 182 
 AÇÃO E LEGITIMIDADE NA FRAUDE CONTRA CREDORES ...................................... 182 
 NATUREZA JURÍDICA DA SENTENÇA NA AÇÃO PAULIANA...................................... 183 
 CONSIDERAÇÃO QUANTO À NATUREZA DA AÇÃO PAULIANA À LUZ DA TEORIA DA 
AÇÃO – DIREITOS POTESTATIVOS, AÇÕES CONSTITUTIVAS ............................................ 184 
9. RESUMO DOS VÍCIOS NO NEGÓCIO JURÍDICO ................................................................. 184 
PLANO DE EFICÁCIA DO NEGÓCIO JURÍDICO .......................................................................... 186 
1. INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 186 
2. CONDIÇÃO ............................................................................................................................... 186 
 CONCEITO ........................................................................................................................ 186 
2.1.1. Futuridade .................................................................................................................. 186 
2.1.2. Incerteza ..................................................................................................................... 186 
 CLASSIFICAÇÃO DA CONDIÇÃO ................................................................................... 187 
2.2.1. Quanto ao modo de atuação ..................................................................................... 187 
2.2.2. Quanto à licitude ........................................................................................................ 188 
2.2.3. Quanto a origem ........................................................................................................ 190 
3. TERMO ..................................................................................................................................... 190 
 CONCEITO ........................................................................................................................ 190 
 CARACTERÍSICAS ........................................................................................................... 191 
4. MODO OU ENCARGO ............................................................................................................. 192 
5. CONDIÇÃO x TERMO x ENCARGO ....................................................................................... 192 
TEORIA DAS INVALIDADES DO NEGÓCIO JURÍDICO ............................................................... 194 
1. INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 194 
2. NULIDADE ABSOLUTA ........................................................................................................... 194 
 ANÁLISE DO ART. 166 CC .............................................................................................. 194 
 CARACTERÍSTICAS DA NULIDADE ABSOLUTA .......................................................... 195 
2.2.1. Declaração de ofício. Legitimidade ........................................................................... 195 
2.2.2. Confirmação ............................................................................................................... 196 
2.2.3. Efeito ex tunc ............................................................................................................. 196 
3. NULIDADE RELATIVA (ANULABILIDADE) ............................................................................. 196 
 PREVISÃO LEGAL ........................................................................................................... 196 
 CARACTERÍSTICAS DA NULIDADE RELATIVA ............................................................ 197 
3.2.1. Impossibilidade de declaração de ofício. Legitimidade ............................................. 197 
3.2.2. Prazo decadencial ..................................................................................................... 197 
3.2.3. Confirmação ............................................................................................................... 198 
3.2.4. Eficácia ex tunc .......................................................................................................... 198 
ATO ILÍCITO .................................................................................................................................... 200 
1. NOÇÕES GERAIS .................................................................................................................... 200 
 CONCEITO E EVOLUÇÃO ............................................................................................... 200 
 SÍNTESE ........................................................................................................................... 200 
2. EFEITOS DA ILICITUDE (CIVIL) ............................................................................................. 201 
 EFEITO INDENIZANTE ....................................................................................................201 
 EFEITO CADUCIFICANTE ............................................................................................... 201 
 EFEITO INVALIDANTE ..................................................................................................... 201 
. 
 
CS – DIREITO CIVIL I 2020.1 9 
 
 EFEITO AUTORIZANTE ................................................................................................... 202 
 OUTROS EFEITOS ........................................................................................................... 203 
3. ELEMENTOS DO ATO ILÍCITO ............................................................................................... 203 
4. ESPÉCIES (MODELOS) DE ATO ILÍCITO .............................................................................. 204 
 ATO ILÍCITO SUBJETIVO ................................................................................................ 204 
 ATO ILÍCITO OBJETIVO (ABUSO DE DIREITO OU ILÍCITO IMPRÓPRIO) .................. 205 
 SUBESPÉCIES DO ATO ILÍCITO OBJETIVO ................................................................. 207 
4.3.1. Venire contra factum proprium (teoria dos atos próprios)......................................... 207 
4.3.2. Supressio (Verwirkung) e Surrectio (erwirkung) ....................................................... 207 
4.3.3. “Tu quoque” e “Cláusula de Estoppel”....................................................................... 208 
4.3.4. Duty to mitigate the loss (dever de mitigar o dano)................................................... 209 
4.3.5. Substancial performance (adimplemento substancial, inadimplemento mínimo, 
adimplemento fraco ou ruim) .................................................................................................... 209 
4.3.6. Violação positiva do contrato (violação de deveres anexos) .................................... 210 
5. EXCLUDENTES DA ILICITUDE (art. 188 do CC) ................................................................... 210 
PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA ..................................................................................................... 212 
1. CONCEITOS............................................................................................................................. 212 
 PRESCRIÇÃO ................................................................................................................... 212 
 DECADÊNCIA ................................................................................................................... 212 
2. REGRAMENTO ........................................................................................................................ 213 
 PREVISÃO LEGAL ........................................................................................................... 213 
 CAUSAS IMPEDITIVAS, SUSPENSIVAS E INTERRUPTIVAS ...................................... 213 
2.2.1. Causas impeditivas e suspensivas ............................................................................ 213 
2.2.2. Causas interruptivas .................................................................................................. 215 
 ALTERAÇÃO DE PRAZOS ............................................................................................... 216 
 PRAZOS PRESCRICIONAIS NO CC ............................................................................... 216 
 QUEM PODE ALEGAR A PRESCRIÇÃO E A DECADÊNCIA? ...................................... 217 
 CONTAGEM DE PRAZO .................................................................................................. 218 
 O QUE É PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE? ................................................................ 219 
 PRESCRIÇÃO CONTRA A FAZENDA ............................................................................. 219 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CS – DIREITO CIVIL I 2020.1 10 
 
APRESENTAÇÃO 
 
Olá! 
Inicialmente, gostaríamos de agradecer a confiança em nosso material. Esperamos que seja 
útil na sua preparação, em todas as fases. Quanto mais contato temos com uma mesma fonte de 
estudo, mais familiarizados ficamos, o que ajuda na memorização e na compreensão da matéria. 
O Caderno Direito Civil I possui como base as aulas do Prof. Flávio Tartuce (G7), do Prof. 
Cristiano Chaves (CERS) e do Prof. Pablo Stolze (LFG). 
Com o intuito de deixar o material mais completo, utilizados as seguintes fontes 
complementares: Manual de Direito Civil – Volume Único 2018 (Cristiano Chaves); Manual de 
Direito Civil – Volume Único 2019 (Pablo Stolze). 
Na parte jurisprudencial, utilizamos os informativos do site Dizer o Direito 
(www.dizerodireito.com.br), os livros: Principais Julgados STF e STJ Comentados, Vade Mecum de 
Jurisprudência Dizer o Direito, Súmulas do STF e STJ anotadas por assunto (Dizer o Direito). 
Destacamos: é importante você se manter atualizado com os informativos, reserve um dia da 
semana para ler no site do Dizer o Direito. 
Ademais, no Caderno constam os principais artigos de lei, mas, ressaltamos, que é 
necessária leitura conjunta do seu Vade Mecum, muitas questões são retiradas da legislação. 
Como você pode perceber, reunimos em um único material diversas fontes (aulas + doutrina 
+ informativos + súmulas + lei seca + questões) tudo para otimizar o seu tempo e garantir que você 
faça uma boa prova. 
Por fim, como forma de complementar o seu estudo, não esqueça de fazer questões. É muito 
importante!! As bancas costumam repetir certos temas. 
Vamos juntos!! Bons estudos!! 
Equipe Cadernos Sistematizados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CS – DIREITO CIVIL I 2020.1 11 
 
LEI DE INTRODUÇÃO AS NORMAS DE DIREITO 
1. INTRODUÇÃO 
Em 1804, foi editado o Código Civil Francês que promoveu inúmeras inovações no 
ordenamento jurídico. Contudo, para que fossem efetivadas, editou-se uma Lei de Introdução a fim 
de “acomodar” todas as modificações oriundas do novo Código Civil ao ordenamento jurídico 
francês. 
Como o Código Civil de 1916 possui inspiração no Código Civil Francês, o legislador 
brasileiro editou a Lei de Introdução ao Código Civil (LICC) para que todas as inovações trazidas 
pela nova codificação fossem compatibilizadas com o sistema jurídico. 
Em 2010, por meio da Lei 12.376/10, a Lei de Introdução ao Direito Civil (LICC) passou a 
ser chamada de Lei de Introdução às Normas de Direito Brasileiro (LINDB), isso porque LICC nunca 
introduziu nada ao Código Civil, na verdade a preocupação sempre foi com a própria norma jurídica, 
sendo esse o seu objeto de estudo. 
A LINDB é um diploma legal multidisciplinar que se aplica universalmente a qualquer ramo 
do direito. É, portanto, um código geral sobre a elaboração e aplicação das normas jurídicas, tem 
como objetivo: a elaboração, a vigência e a aplicação de leis. 
Ressalta-se que independentemente de qual seja o ramo do direito, as normas devem ser 
elaboradas e aplicadas conforme LINDB. Por isso, afirma-se que se trata de uma norma de 
SOBREDIREITO (lex legum), ou seja, é uma “norma sobre normas”, totalmente autônoma e 
independente do CC. 
2. ESTRUTURA DA LINDB 
Pode-se dividir a estrutura da LINDB em sete partes, observe: 
. 
 
CS – DIREITO CIVIL I 2020.1 12 
 
 
Iremos analisar cada uma das partes, a grande maioria das questões envolvem a literalidade 
da LINDB não deixe de fazer uma leitura atenta aos dispositivos legais. 
3. VIGÊNCIA DAS NORMAS 
 PREVISÃO LEGAL 
Os arts. 1º e 2º da LINDB tratam sobre a vigência da norma no ordenamento jurídico. 
Vejamos: 
Art. 1o Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país 
quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada. 
§ 1o Nos Estados, estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando 
admitida, se inicia três meses depois de oficialmente publicada. 
§ 3o Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação deseu 
texto, destinada a correção, o prazo deste artigo e dos parágrafos anteriores 
começará a correr da nova publicação. 
§ 4o As correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova. 
 
Art. 2o Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra 
a modifique ou revogue. 
§ 1o A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, 
quando seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria 
de que tratava a lei anterior. 
LINDB
Vigência da norma Arts. 1º e 2º
Obrigatoriedade 
da norma
Art. 3º
Integração da 
norma
Art. 4º
Interpretação da 
norma
Art. 5º
Aplicação da lei 
no tempo
Art. 6º
Aplicação da lei 
no espaço
Arts. 7º a 19
Eficácia na criação 
e na aplicação do 
direito público
Arts. 20 a 30 (Lei 
13.655/2018)
. 
 
CS – DIREITO CIVIL I 2020.1 13 
 
§ 2o A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já 
existentes, não revoga nem modifica a lei anterior. 
§ 3o Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter 
a lei revogadora perdido a vigência. 
 EXISTÊNCIA x VIGÊNCIA 
A existência não se confunde com a vigência, isso porque uma norma passa a existir quando 
é promulgada, ocasião em que é considerada formalmente um ato jurídico (não possui 
coercibilidade). Por outro lado, para que tenha vigência é necessário um iter legislativo, ou seja, um 
lapso temporal para que as pessoas tenham conhecimento acerca do seu conteúdo, da sua 
existência. 
Em suma: 
 
 VACATIO LEGIS 
A vacatio legis consiste no lapso temporal/período de tempo necessário para que as pessoas 
tenham conhecimento da existência da nova lei. Após o período de vacatio, a lei passa a vigorar 
em todo o país, independentemente se for uma norma de direito material ou uma norma de direito 
processual. 
Nos termos do art. 8º da LC 95/98, toda norma legal deve, obrigatoriamente, cumprir um 
período de vacatio legis, devendo seu prazo ser expresso em número de dias. 
LC 95/98 - Art. 8º A vigência da lei será indicada de forma expressa e de 
modo a contemplar prazo razoável para que dela se tenha amplo 
conhecimento, reservada a cláusula "entra em vigor na data de sua 
publicação" para as leis de pequena repercussão. 
 
O período de vacatio legis será, em regra, de 45 dias após a publicação da lei (art. 1º da 
LINDB), salvo nos seguintes casos: 
• No estrangeiro, quando admitida a lei brasileira, a vigência será de 3 meses (não é 90 
dias); 
• Quando a lei fixar prazo diverso, é o caso das leis de maior complexidade. Por exemplo, 
a vacatio legis no CPC/15 foi de um ano; 
• Quando a lei for de pequena repercussão, poderá entrar em vigor na data da sua 
publicação. 
A Lei 11.441/2007 possibilitou que o divórcio, inventário, partilha e separação pudessem ser 
feitos em cartório, cumpridos determinados requisitos, o procedimento deixou de ser judicial para 
ser extrajudicial. Apesar da grande repercussão, entrou em vigor na data da sua publicação. Indaga-
PUBLICAÇÃO
LAPSO TEMPORAL 
(vacatio legis)
VIGÊNCIA
. 
 
CS – DIREITO CIVIL I 2020.1 14 
 
se: é possível a imposição de alguma sanção, tendo em vista que apenas as leis de pequena 
repercussão podem entrar em vigor na data da sua publicação? 
Não! Trata-se de uma norma imperfeita, tendo em vista que não há imposição de sanção 
em caso de descumprimento. É o próprio legislador que diz se a lei é de pequena repercussão ou 
não, ele não criou sanções para quando fosse dito, na nova lei, que ela entraria em vigor no 
momento de sua publicação, apesar de não ser de pequena repercussão. 
 CONTAGEM DO PRAZO 
A contagem do prazo da vacatio legis está disciplinada no art. 8º, §1º da LC 95/98, in verbis: 
LC 95/98 – Art. 8º, § 1º A contagem do prazo para entrada em vigor das leis 
que estabeleçam período de vacância far-se-á com a inclusão da data da 
publicação e do último dia do prazo, entrando em vigor no dia subsequente à 
sua consumação integral 
 
Trata-se de uma regra autônoma/própria, inclui-se o primeiro e o último dia, entrando a lei 
em vigor no dia subsequente a consumação integral do prazo. Segundo a doutrina, não importa se 
o último dia for feriado ou final de semana, a norma entrará em vigor mesmo assim, ou seja, a data 
não é prorrogada para o dia seguinte. 
Contudo, nem sempre a vacatio legis é estabelecida em dia (por exemplo, CC/02 e CPC/15, 
o prazo foi de 1 ano), de modo que nesses casos também será possível a aplicação da regra do 
§1º do art. 8º da LC 95/98. 
O CPC/15 que foi publicado em 17 de março de 2015, entrou em vigor no dia 18 de março 
de 2016, data que foi fixada pelo STJ. Segundo Flávio Tartuce, “a Lei nº 810/49 define o ano civil 
como sendo o período de doze meses contados do dia do início ao dia e mês correspondentes do 
ano seguinte. Ou seja, o ano civil, no caso em exame, iria de 17 de março de 2015 a 17 de março 
de 2016. E assim, aplicando o dispositivo da lei complementar que manda incluir na contagem a 
data da publicação e a do último dia do prazo, entrando a lei em vigor no primeiro dia subsequente, 
poder-se concluir que o Código entrará em vigor em 18 de março de 2016” 
Observações: 
a) É importante perceber que todas essas regras, que emanam do art. 8º, LC 95/98, fizeram com 
que o art. 1º, LINDB, se tornasse subsidiário. Isto, porque só utilizaremos o prazo do art. 1º quando 
o legislador não tiver estabelecido um prazo de vacatio legis expresso e não se tratar de uma lei de 
pequena repercussão. 
b) Tudo que foi visto acima somente se aplica às normas legais. As normas jurídicas administrativas 
(portarias, decretos, regulamentos, resoluções) sempre entrarão em vigor na data de sua publicação 
(Decreto nº 572/1890). 
 ALTERAÇÕES DURANTE O PERÍDODO DE VACATIO LEGIS 
. 
 
CS – DIREITO CIVIL I 2020.1 15 
 
Durante o período de vacatio legis poderá haver republicação da lei, seja para modificar ou 
fazer eventuais correções. Neste caso, o prazo de vacatio legis volta a correr do zero somente para 
a parte que foi corrigida. 
O prazo de vacatio legis, portanto, reinicia SOMENTE para a parte que foi retificada e não 
para as demais, que continuam contando o prazo normalmente. 
Art. 1º, §3º, LINDB → se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova 
publicação de seu texto, destinada a correção, o prazo deste artigo e dos 
parágrafos anteriores começará a correr da nova publicação. 
 
Art. 1º, §4º, LINDB → as correções a texto de lei já em vigor consideram-se 
lei nova. 
 REVOGAÇÃO 
Uma vez cumprida a vacatio legis e entrando em vigor, a lei continuará vigendo até que 
venha outra e, expressa ou tacitamente, a revogue. Aplica-se, aqui, o princípio da continuidade. 
Art. 2º, LINDB → não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até 
que outra a modifique ou revogue. 
§1º → a lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, 
quando seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria 
de que tratava a lei anterior. 
 
O art. 9º da LC 95/98 estabeleceu que a revogação das normas preferencialmente deve ser 
expressa. Sendo assim, toda vez que for editada uma nova lei, essa deverá indicar de forma 
expressa quais os dispositivos legais foram revogados por ela. 
Art. 9º, LC 95/98 → a cláusula de revogação deverá enumerar, 
expressamente, as leis ou disposições legais revogadas. 
 
Tal regra não se aplica às leis temporárias, pois elas cessam ao alcançar o termo indicado. 
Quando o legislador não revogar expressamente os dispositivos legais, será aplicada a regra de 
que fica revogado tudo aquilo que for contrário à nova lei. 
O Direito Brasileiro (STJ é firme nesse sentindo) não admite o desuetudo, que é a revogação 
da lei pelos costumes (uma lei que não conseguiu “pegar”, por exemplo), mesmo quanto às leis que 
não são respeitadas ou observadas. 
Lembre-se: a revogação necessariamente se dará por outra lei que revogará expressa ou 
tacitamente,no todo ou em parte a lei antiga. 
Destaca-se, ainda, que a revogação é gênero da qual ab-rogação (revogação total da lei) e 
derrogação (revogação parcial da lei) são espécies. 
Por fim, importante consignar que, conforme o do §2º do art. 2º da LINDB, uma lei nova, que 
trate da mesma matéria de lei anterior, e que traga disposições que estejam ao lado (a par) da outra 
lei, não revoga a lei anterior, será utilizada conjuntamente. 
. 
 
CS – DIREITO CIVIL I 2020.1 16 
 
Art. 2º, § 2º, LINDB → a lei nova, que estabeleça disposições gerais ou 
especiais a par das já existentes, não revoga nem modifica a lei anterior. 
 REPRISTINAÇÃO 
Trata-se do restabelecimento dos efeitos de uma lei, que foi revogada, pela revogação da 
lei revogadora. Em regra, não é aceita, conforme prevê o art. 2º, § 3º da LINDB, in verbis: 
Art. 2º, § 3º → salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura 
por ter a lei revogadora perdido a vigência. 
 
 
 
 
A Lei A foi revogada pela Lei B. Posteriormente, editou-se a Lei C que revogou a Lei B. 
Contudo, o fato de a Lei B ter sido revogada não restaura os efeitos da Lei A, salvo se houver 
expressa previsão legal. 
Importante consignar que repristinação não se confunde com os efeitos repristinatórios 
(decorrentes do controle de constitucionalidade). 
Neste caso, há uma Lei A que é revogada por uma Lei B, a qual é suspensa em uma decisão 
do STF proferida em uma ADI, através de medida cautelar por exemplo. Aqui, a Lei A 
automaticamente restaura a sua eficácia, salvo previsão expressa em sentido contrário. É tácito, 
pois a decisão do STF não menciona o efeito repristinatório. 
No caso de decisão de mérito, a ideia é basicamente a mesma. Lei A é revogada por uma 
Lei B, esta é objeto de ADI, sendo declarada inconstitucional em uma decisão de mérito. Como a 
natureza do ato inconstitucional é de um ato nulo, significa que já nasceu com vício de origem, 
portanto, não poderia ter revogado a lei A que volta a produzir efeitos novamente. Apenas, quando 
houver modulação temporal dos efeitos, não se aplica. 
Em suma, toda vez que o STF proferir uma decisão de mérito, em controle abstrato, 
declarando uma lei inconstitucional, não havendo modulação de efeitos (efeito ex nunc ou 
prospectivo), a inconstitucionalidade será desde a origem da lei, terá efeito retroativos (ex tunc), 
assim não poderia ter revogado uma lei válida, que voltará a produzir efeitos. 
4. OBRIGATORIEDADE DA NORMA 
 PREVISÃO LEGAL 
Observe a redação do art. 3º da LINDB: 
Art. 3º Ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece. 
LEI A LEI B LEI C
. 
 
CS – DIREITO CIVIL I 2020.1 17 
 
 
O disposto consagra a presunção de que todas as pessoas conheçam a lei. Por isso, a 
LINDB cria uma proibição de desconhecimento da lei para que ninguém possa se furtar à sua 
incidência. 
 NATUREZA JURÍDICA 
A respeito da obrigatoriedade de conhecimento da norma existem três correntes: 
• 1ª C – Ficção: há ficção de que todos conhecem a lei. 
• 2ª C – Presunção: legislador presume, de forma absoluta, que todos conhecem a lei. 
• 3ª C (prevalece) – Necessidade Social (Zeno Veloso, Maria Helena Diniz, Flávio 
Tartuce): há uma necessidade social de que todos conheçam as leis. 
Consoante Zeno Veloso: “o legislador não seria estúpido de pensar que todos conheçam as 
leis. Num país em que há excesso legislativo, uma superprodução de leis que a todos atormenta 
assombra e confunde, sem contar o número enormíssimo de medidas provisórias, presumir que 
todas as leis são conhecidas por todos”. 
 PRINCÍPIO DA OBRIGATORIEDADE RELATIVA/MITIGADA 
A presunção de conhecimento da lei não é absoluta, uma vez que existem situações 
excepcionais, expressamente previstas, em lei em que se admite a alegação de erro de direito 
(apenas nos casos previstos em lei). 
A maioria dos casos de erro de direito estão previstos no Direito Penal, a exemplo do erro 
de proibição (art. 21 do CP), podendo, inclusive, ser uma causa atenuante de pena (art. 65, II do 
CP). Por outro lado, no Direito Civil há apenas DOIS casos em que se permite a alegação de erro 
de direito, quais sejam: 
a) Casamento putativo (art. 1.561, CC): no caso de casamento nulo ou anulável celebrado 
com boa-fé, os efeitos do ato serão ser preservados em relação aos filhos. 
Art. 1.561. Embora anulável ou mesmo nulo, se contraído de boa-fé por 
ambos os cônjuges, o casamento, em relação a estes como aos filhos, produz 
todos os efeitos até o dia da sentença anulatória. 
§ 1º Se um dos cônjuges estava de boa-fé ao celebrar o casamento, os seus 
efeitos civis só a ele e aos filhos aproveitarão. 
§ 2º Se ambos os cônjuges estavam de má-fé ao celebrar o casamento, os 
seus efeitos civis só aos filhos aproveitarão. 
 
Imagine, por exemplo, o casamento de “A” com “B”, sua irmã. Teremos: 
. 
 
CS – DIREITO CIVIL I 2020.1 18 
 
 
Ressalta-se que a boa-fé é imprescindível para que se caracterize o erro de direito. 
b) Erro como vício de vontade no negócio jurídico (art. 139, III, CC): esse erro pode ser 
alegado para o desfazimento do negócio jurídico. 
Art. 139. O erro é substancial quando: 
III - sendo de direito e não implicando recusa à aplicação da lei, for o motivo 
único ou principal do negócio jurídico. 
 
Ocorre, por exemplo, quando “A”, que mora em Curitiba/PR, compra um terreno em 
Petrópolis/RJ, sem saber que o local foi afetado para o uso público, por Lei Municipal. 
Por fim, importante destacar que o art. 139, inciso III, não revogou o art. 3º da LINDB, já foi 
objeto de questão. 
5. INTEGRAÇÃO DA NORMA 
 PREVISÃO LEGAL 
O art. 4º da LINDB prevê a integração (colmatar/preencher lacunas) da norma, ou seja, a 
forma pela qual o juiz ira complementar a norma nos casos em que o legislador não previu as 
possíveis situações no mundo fático. 
Art. 4º Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a 
analogia, os costumes e os princípios gerais de direito. 
 
Esse dispositivo traz um rol TAXATIVO e preferencial de integração da norma. Sendo assim, 
o juiz deve se valer dessa ordem e somente dos critérios integrativos colocados no dispositivo 
(doutrina clássica). 
 LACUNA 
Diante de uma lacuna (omissão), o juiz irá utilizar os métodos de colmatação que veremos 
abaixo. Antes, contudo, é importante destacar que a lacuna se refere apenas à lei, um vez que o 
ordenamento jurídico é completo (tanto que se criou os métodos de integração da norma). 
Salienta-se que o ordenamento jurídico brasileiro veda o non liquet, ou seja, o juiz não 
poderá se eximir de dever de julgar alegando lacuna ou desconhecimento da norma. Como visto, 
nos casos de lacuna, o juiz está obrigado a promover a integração da norma (colmatará o vazio). 
Erro de fato
"A" não sabia que "B" 
era sua irmã
Erro de direito
"A" sabia que "B" era 
sua irmã, mas 
desconhecia que o 
casamento entre irmãos 
era proibido
. 
 
CS – DIREITO CIVIL I 2020.1 19 
 
Contudo, em quatro casos, o juiz poderá determinar à parte interessada que faça prova da 
existência e vigência da lei alegada, são eles: 
• Direito Municipal (fora da sua jurisdição); 
• Direito Estadual (fora da sua jurisdição); 
• Direito Estrangeiro; 
• Direito Consuetudinário. 
Por fim, trazemos a classificação de Maria Helena Diniz acerca das espécies de lacunas 
existentes. Observe: 
 
 MÉTODOS DE COLMATAÇÃO 
 Na integração da norma o juiz deverá se valer da analogia, dos costumes e dos princípios 
gerais de direito, devendo utilizar esses métodos na ordem apresentada no art. 4º da LINDB, que 
estabeleceu um rol taxativo e preferencial. 
OBS.: a doutrina moderna contesta a obrigatoriedade de aplicar os métodos de colmatação na exata 
ordem do art. 4º, principalmente no que concerne aos princípios constitucionais (Tepedino e 
Tartuce). A ordem não precisa ser obrigatoriamente seguida, porquanto os princípios constitucionais 
têm prioridade de aplicação, jáque com a CF/88 houve uma transposição dos Princípios 
Constitucionais. 
5.3.1. Analogia 
É o primeiro mecanismo de integração, preenche-se a lacuna através da comparação. Em 
outras palavras, por meio da analogia, compara-se uma determinada hipótese, não prevista em lei, 
com outra, já contemplada em lei. 
Possui como fundamento a igualdade jurídica, podendo ser de duas formas: 
•Ausência TOTAL de norma para um caso concreto
Lacuna Normativa
•Presença de norma para o caso concreto, mas sem eficácia
socialLacuna Ontológica
•Presença de normar para o caso concreto, mas sua aplicação é
insatisfatória ou injustaLacuna Axiológica
•Choque de duas ou mais normas válidas, pendente de solução
no caso concreto
Lacuna de Conlito ou 
Antinomia
. 
 
CS – DIREITO CIVIL I 2020.1 20 
 
 
Obs.: não se admite analogia em sede de Direito Penal nem de Direito Tributário, salvo em favor da 
parte (ou seja, não existe analogia para prejudicar o réu ou o contribuinte). 
Pertinente, ainda, diferenciarmos a analogia da interpretação extensiva. Observe: 
 
Por fim, normas de exceção não admitem analogia ou interpretação extensiva. Por exemplo, 
a compra e venda entre ascendentes e descentes é anulável, salvo quando houver autorização dos 
demais (art. 496 do CC). Contudo, um pai pode hipotecar um imóvel a um filho sem a autorização 
dos demais, pois a lei somente exige autorização para a venda. Perceba, portanto, que a regra do 
art. 496 do CC, por ser uma norma de exceção, não pode ser aplicada por analogia à hipoteca. 
5.3.2. Costumes 
Trata-se do uso reiterado de uma comunidade, seu conteúdo deve ser lícito e possuir 
relevância jurídica. Dividem-se em três espécies, vejamos: 
 
Analogia legis
O juiz compara um caso, não previsto em lei, 
com uma hipótese contemplada na legislação.
A lacuna será integrada comparando-se uma 
situação atípica (não prevista em lei) com 
outra situção especificamente prevista na 
legislação (típica)
Analogia iuris
O juiz compara o caso, sem previsão legal, com 
todo o sistema jurídico. 
A lacuna será integrada por meio da 
comparação de uma situação não prevista em 
lei com os valores do sistema e não com um 
dispositivo legal.
Analogia
Rompe-se com os limites do que está 
previsto na norma (INTEGRAÇÃO)
Interpretação extensiva
Apenas amplia-se o sentindo da 
norma, havendo subsunção 
(CONHECIMENTO)
•Nascem confrontando a lei.
•Não são admitidos.Costume contra legem
•Estão de acordo com a lei, a sua utilização é expressa (art. 445, §2º
do CC).
•Não se trata de hipótese de integração, uma vez que a própria
norma determina o seu uso.
•É caso de subsunção
Costume secundum legem
•Não estão previstos em lei, utiliza-se para o preenchimento
de lacunas
•É a única forma de costumes que serve para a colmatação. 
Costume praeter legem
. 
 
CS – DIREITO CIVIL I 2020.1 21 
 
Salienta-se que, para que seja aplicado o costume como forme de integração, é necessário 
o preenchimento dos seguintes requisitos: 
• Continuidade 
• Uniformidade 
• Diuturnidade 
• Moralidade 
• Obrigatoriedade 
Assim, é necessário que o costume esteja arraigado na consciência popular após a sua 
prática durante um tempo considerável, e, além disso, goze da reputação de imprescindível norma 
costumeira. 
Por fim, vale lembrar que existe o COSTUME JURISPRUDENCIAL OU JUDICIÁRIO, cujo 
maior exemplo são as súmulas dos Tribunais Superiores. 
5.3.3. Princípios gerais do direito 
Os princípios gerais do direito referem-se aos seguintes postulados universais: 
• Não lesar ninguém; 
• Dar a cada um o que é seu; 
• Viver honestamente. 
Os princípios possuem um papel quaternário, eis que só se decide com base neles se o juiz 
não conseguiu decidir com base na lei, na analogia e nos costumes. 
Alguns doutrinadores entendem que o art. 4º da LINDB foi revogado porque o princípio 
possui densidade normativa, não podendo ter papel quaternário. Segundo a doutrina majoritária, o 
artigo não foi revogado porque precisamos nos lembrar que os princípios normas. Observe: 
 
A fórmula acima revela que todo princípio tem força normativa. Sendo assim, como se 
poderia dizer que os princípios têm papel secundário, e pior, quaternário? Em verdade, o que 
precisamos perceber é que existem dois diferentes tipos de princípios: princípios fundamentais e 
princípios informativos (ou gerais). 
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS OU INSTITUCIONAIS: correspondem às opções do 
sistema, ou seja, a opção do sistema por este ou aquele valor. Logo, os princípios fundamentais 
possuem força normativa, exatamente na medida em que obrigam. São, portanto, as opções 
valorativas de cada sistema. 
Norma-
Regra
Norma-
Princípio
Norma 
Jurídica
. 
 
CS – DIREITO CIVIL I 2020.1 22 
 
PRINCÍPIOS GERAIS/INFORMATIVOS: são meras recomendações, têm caráter 
propositivo, e são universais. Portanto, não possuem força normativa porque só servem para 
desempate. 
Enquanto os princípios fundamentais correspondem a uma opção de um sistema, os 
princípios informativos são universais. Diante dessas considerações, devemos ler o art. 4º com 
algumas modificações: onde está escrito quando a lei for omissa, deveríamos escrever quando a 
NORMA JURÍDICA FOR OMISSA, pois a norma jurídica pode ser a norma-regra ou a norma-
princípio, e este princípio dito aqui é o princípio fundamental. 
Art. 4º, LINDB → quando a lei for omissa ( =quando a norma jurídica for 
omissa), o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os 
princípios gerais de direito. 
 
Além disso, os princípios referidos no dispositivo seriam os princípios INFORMATIVOS 
apenas. E sendo assim, o art. 4º da LINDB não violaria a força normativa dos princípios 
fundamentais. 
Perceba, por fim, que o art. 4º deixa clara a inexistência de regra de subsunção, pois o juiz 
realiza a atividade de interpretação tão somente, e não mais a subsunção. 
5.3.4. Equidade 
Excepcionalmente, o ordenamento jurídico admite a utilização da equidade como meio de 
integração (apenas nos casos em que houver previsão legal). 
Entende-se por equidade a busca do bom, do equilíbrio, da justiça equitativa (nem tanto o 
mar, nem tanto a terra). Note que o conceito de equidade é aberto, vago, altamente subjetivista, 
não podendo ser utilizada em qualquer caso. 
Às vezes, é a própria lei que estabelece o critério de equidade (equidade legal), mas poderá 
também o juiz estabelecer (equidade judicial). 
Exemplos: 
Art. 7º, CDC → os direitos previstos neste código não excluem outros 
decorrentes de tratados ou convenções internacionais de que o Brasil seja 
signatário, da legislação interna ordinária, de regulamentos expedidos pelas 
autoridades administrativas competentes, bem como dos que derivem dos 
princípios gerais do direito, analogia, costumes e equidade. 
 
NCPC Art. 85, § 8º Nas causas em que for inestimável ou irrisório o proveito 
econômico ou, ainda, quando o valor da causa for muito baixo, o juiz fixará o 
valor dos honorários por apreciação equitativa, observando o disposto nos 
incisos do § 2º. 
 
A CLT também permite o uso de equidade. Igualmente, a lei de alimentos prevê que o juiz 
fixará o percentual de alimentos por equidade. 
Ademais, há no Código Civil exemplos de equidade, vejamos: 
. 
 
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• Redução equitativa da cláusula penal (multa), quando o devedor já cumpriu em parte a 
obrigação ou quando a cláusula se apresenta abusiva. 
Art. 413, CC → a penalidade deve ser reduzida equitativamente pelo juiz se 
a obrigação principal tiver sido cumprida em parte, ou se o montante da 
penalidade for manifestamente excessivo, tendo-se em vista a natureza e a 
finalidade do negócio. 
 
• O juiz também pode reduzir equitativamente o quantum indenizatório sempre que 
perceber um desequilíbrio entre o grau de culpa e a extensão do dano (isto não poderá 
ocorrer nos casos de responsabilidade objetiva, pois nestes não se discute culpa). 
Art. 944,

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