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Aula de Farmacologia - Farmacocinética

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9/19/20
1
Farmacociné*ca
3° período do Curso de Medicina
Habilidades Médicas 3
Farmacologia
Prof. Me. André Vinycius Cunha Pereira
Farmacêutico - Instituto de Saúde da Criança do Amazonas (ICAM)
Pós-graduado em Farmacologia e Toxicologia clínica
Pós-graduado em Farmácia clínica em Infectologia
Mestre em Biologia Experimental – UNIR/RO
Manaus - 2020
3
É o estudo das substâncias que interagem com sistemas 
vivos por meio de processos Químicos.
Farmacologia engloba o conhecimento da história, origem, propriedades físico-químicas, associações, 
efeitos bioquímicos e fisiológicos relacionado aos medicamentos.
Pharmakon Logos+
FARMACOLOGIA
Conceito & Definição
4
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2
Como um fármaco se comporta no organismo?
5
FARMACOLOGIA
DEFINIÇÕES
Droga : substância química capaz de modificar a
função dos organismos vivos, com finalidades
medicamentosa ou sanitária.
Medicamento: produto farmacêutico,
tecnicamente obtido ou elaborado, com finalidade
profilática, curativa, paliativa ou para fins de
diagnóstico.
Fármaco: designa uma substância química
conhecida e de estrutura química definida dotada
de propriedade farmacológica.
6
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3
FARMACOLOGIA
FASES FARMACOLÓGICAS (RESUMO)
DROGA ORGANISMO
Fase FarmacocinéQca Fase Farmacodinâmica
Vias de Administração
Absorção
Distribuição
Biotransformação
Eliminação
Efeitos Fisiológicos
Efeitos Bioquímicos 
Mecanismo de Ação
Concentração no local do receptor
Fase FarmacêuQca
7
CONCEITOS BÁSICOS
Biodisponibilidade
Medicamento similar – aquele que contém os mesmos princípios ativos, apresenta a mesma concentração, forma
farmacêutica, via de administração, posologia e indicação.
Identificado: nome comercial ou marca.
Medicamento inovador – medicamento apresentando em sua composição ao menos um fármaco ativo que tenha
sido objeto de patente.
Medicamento de referência – medicamento inovador registrado (ANVISA) cuja eficácia, segurança e qualidade
foram comprovados cientificamente.
Medicamento genérico (intercambiável) geralmente produzido após a expiração ou renuncia da proteção
patentária ou de outros direitos de exclusividade, comprovada a sua eficácia, segurança e qualidade. Designado
pela (DCB) ou, na sua ausência, pela (DCI).
Resolução n0 391 de 09/08/99
Corresponde à fração do fármaco administrada que alcança a circulação 
sistêmica, incluindo a sua curva de concentração e tempo na circulação sistêmica.
8
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Pesquisa e Desenvolvimento (P & G)
Investigação Farmacológica
Fase pré-clínica Estudos em animais
Fase clínica
Fase I
Voluntários sadios (Humanos)
População de estudo pequena
Realizada em um centro médico ou instituto
(Dose, Avaliação, Efeitos Adversos)
Fase II
Indivíduos doentes
População de estudo pequena
Realizada em um centro médico ou ins:tuto
Dosagem mais segura e eficaz
Fase III
Indivíduos doentes
População de estudo bem maior
Mul:cêntrico (realizada em vários centros)
Eficácia terapêu.ca e segurança
Indicação Clínica / Regulamentação
Após a aprovação nessa fase, o medicamento vai para o mercado
Vigilância Pós-comercialização
FarmacovigilânciaFase IV
9
FASE FARMACOCINÉTICA
Definição
Área da Farmacologia que estuda os processos de absorção,
distribuição, biotransformação e excreção dos fármacos, ou seja, o
que o organismo faz sobre o fármaco.
Considera o caminho que o medicamento faz no organismo
Movimento do fármaco �in vivo�
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5
Farmacociné*ca
11
FARMACOCINÉTICA CLÍNICA
Ajuste da terapêuQca em diferentes pacientes, tanto da resposta
desejada quanto da toxicidade em função da concentração do fármaco
em seu síQo de ação.
Concentração Plasmática
Produto FarmacêuQco
Liberação (Desintegração)
Dissolução (Dispersão Molecular)
Forma farmacêuQca
Biodisponibilidade
Interação Fármaco / Organismo
Lei n0 9787/99
Industria Farmacêu.ca
ANVISA
Genéricos
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CONCENTRAÇÃO TERAPÊUTICA
SíQo de Ação - Receptores
Dose & Intervalo de Administração
EXCESSO Toxicidade
ADEQUADO
INSUFICIENTE Descartado erroneamente
Efeito Desejável
[ ] terapêutica
Concentrações de efeito mínimo eficaz (limite mínimo) e efeito 
tóxico (concentração máxima tolerada, limite máximo).
I.T.
IT: Índice Terapêutico
�Janela Terapêu4ca"
Faixa de Concentração
Eficácia/Toxicidade
AmitripNlina – Faixa Estreita (I.T.< 5)
13
Janela terapêu*ca
[ ]
Tempo
Concentração terapêutica
Concentração tóxica
Subdose
14
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7
Janela terapêu,ca
15
Janela terapêutica
• É importante manter a concentração
plasmá<ca da droga dentro da janela
terapêu<ca
• Drogas com janela terapêu<ca estreita
apresentam BAIXO ÍNDICE 
TERAPÊUTICO: maior toxicidade
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8
PROCESSOS 
FARMACOCINÉTICOS 
(Resumo)
17
ABSORÇÃO
Fonte: hKp://www.fotosearch.com/u13132187
Passagem da droga do seu local de aplicação até a 
corrente sangüínea.
Fatores Envolvidos da Absorção:
Concentração
Lipossolubilidade
Peso Molecular 
Grau de Ionização
Vascularização
Superfície de Absorção
Permeabilidade Capilar
Ligados aos Medicamentos Ligados ao Organismo
Via de Administração, características 
fisiopatológicas, idade, sexo, peso corporal 
e raça do paciente.
18
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9
Membranas Celulares (Revisão)
Dupla camada (lipídeos) com cadeias de hidrocarboneto orientadas para dentro,
(caracterísQca hidrofóbica).
As proteínas exercem função de receptores que proporcionam vias de sinalização
elétricas ou químicas e alvos seleQvos para a ação de fármacos.
19
Mecanismos 
de transporte 
através de 
membranas
Transporte passivo
Transporte a-vo 
Transporte facilitado
Pinocitose (líquidos)
Fagocitose (sólidos)
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10
Transporte através de Membranas (Fármacos)
Drogas Ligadas não
Atravessam as 
membranas
Drogas Lipoclicas
Acumulam-se
Tecido Adiposo
�Mal Nutrição�
Albumina 
+
Droga livre
21
DIFUSÃO
Fonte: hKp://farm3.sta:c.flickr.com
Difusão Facilitada: Participação de molécula transportadora (permeases), não há consumo de 
energia , substância move-se de acordo com o gradiente de concentração
Transporte Passivo/filtração (Lipossolubilidade) Difusão Facilitada
UQlizadas por Moléculas Não-Polares
Ex: Anestésicos, tranquilizantes, 
An_bió_cos, hormônios e seda_vos.
Difusão Simples
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11
Transporte AVvo
Há gasto de ATP (adenosina trifosfato) perdendo um fosfato e virando ADP 
(adenosina difosfato) – Contra o Gradiente de Concentração (Bomba Na+/K+)
Fonte: hKp://djalmasantos.files.wordpress.com/2010/09/a:vo.jpg
Transporte ativo: células do túbulo renal, trato 
biliar, barreira hematoencefálica e TGI.
23
Absorção
O fármaco precisa vencer as barreiras para se tornar
biodisponível.
24
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12
pH dos compartimentos biológicos
Mucosa gástrica – pH 1 (aproximadamente)
Mucosa intestinal – pH 5
Plasma – pH 7,4
A equação de Henderson-Hasselbach pode ser empregada na
previsão do comportamento farmacocinético de fármacos
Meio 
extracelular Meio intracelular
HA
H3O+ + A-
25
INFLUÊNCIA DO 
PH NA 
ABSORÇÃO E 
DISTRIBUIÇÃO 
DE DROGAS: 
pka e pH
• drogas ácidas: ionizam-se pouco no 
estômago, portanto são bem absorvidas. 
Ionizam-se quase completamente no 
intes9no ou no sangue, permanecendo 
nesses compar9mentos.
• drogas básicas: ionizam-se quase 
completamente no estômago, não sendo 
bem absorvidas pela mucosa estomacal. 
Ionizam-se muito pouco no intes9no ou 
no sangue, sendo absorvidos pela 
mucosa intes9nal.
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LIPOFILIA E LATÊNCIA 
Quanto maior a fração não ionizada, maior é a facilidade de 
penetração => maior potência (menor latência).
Latência (tempo decorrido entre administração e efeito).
Potência: Capacidade da molécula interferir na estrutura e de inibir o
funcionamento dos canais iônicos. Relacionada com a ligação (proteínas e
lipofilia) de um determinado composto.
Quanto maior for a ligação das proteínas plasmáticas menor será a potência e 
menor a sua toxicidade
Coeficiente de parQção: Coloca-se o fármaco num meio com 2 fases: aquosa e
lipoilica; agita-se e mede-se a quan_dade dissolvida.
> Lipofilia < latência
Quantomaior for a lipofilia (coeficiente de parOção), maior será a 
potência (melhor penetração).
27
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14
PRÓ-FÁRMACO
Introdução de novos fármacos na terapêutica através dos processos de
modificação molecular.
Latenciação: transformação do fármaco em forma de transporte ina_vo que,
�in vivo�, mediante reação química ou enzimá_ca, libera a porção a_va no
local de ação.
Uso: quimioterápicos específicos contra os maiores desafios da Ciência na atualidade: AIDS e 
câncer
29
Vias de 
administração
de fármacos
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Via oral e 
sublingual
• Possuem importantes vantagens e 
desvantagens
• Metabolismo de primeira
passagem
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FARMACOCINÉTICA
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
Vantagem:
Seguro/Econômico
Desvantagem:
Patologias
do sistema digestivo,
pH gástrico e presença
de alimentos/absorção
VIA ORAL 
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Vias parenterais
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VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
Concentração - Pico
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Absorção –
Vias de 
administração
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OUTRAS VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
Sublingual: Absorção através de pequenos vasos sangüíneos.
Exemplo: Nitroglicerina (Angina)
Retal: Uso em quadros de vômitos, tratamento local ou inconscientes.
Evita 1ª Passagem (Fígado): Fármacos (Veia Cava Inferior)
Supositórios: absorção irregular e irritação local.
IV – Intravenosa: não pode ser: hemolí_ca, cáus_ca, não coagular as albuminas, 
não produzir embolia ou trombose, não conter pirogênio. 
Aplicação: Deve ser administrada lentamente e com monitorização constante
IM - Intramuscular Tópica – (mucosa, pele e olho)
Intra-arterial
Intratecal
Intraperitoneal
Absorção Pulmonar
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Absorção – Vias de administração
37
Absorção - Vias parenterais
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19
Perfis de
absorção de 
diferentes
fármacos
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Absorção
• Via oral, digesQva ou trato
gastrintesQnal (TGI)
– Uma vez no TGI, um 
fármaco poderá sofrer
absorção desde a boca 
até o reto, geralmente
pelo processo de difusão
passiva. 
• Mucosa oral: cocaína, 
estricnina, atropina e opióides
– Resulta em níveis
sanguíneos elevados
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20
Absorção
Fatores que interferem na absorção pelo TGI
• Além das propriedades Tsico-químicas dos fármacos, já
discu<das, outros fatores poderão interferir na
absorção: 
– estado de plenitude ou vacuidade gastrintes;nal
– concentração enzimá;ca e acidez
– mo;lidade intes;nal
– efeito de primeira passagem pelo >gado
41
Absorção pela 
pele
• Via cutânea 
– A pele é um órgão formado por múl_plas 
camadas de tecidos e contribui com cerca 
de 10% de peso corpóreo. No estado 
íntegro, a pele cons_tui uma barreira 
efe_va contra a penetração de 
substâncias químicas exógenas. 
– Absorção transepidérmica e 
transfolicular
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Absorção
• Fatores que interferem na absorção cutânea
Existem vários fatores que podem interferir na absorção
através da pele:
– 1. Fatores relacionados ao organismo
– 2. Fatores relacionados ao agente químico
– 3. Fatores ligados à presença de outras substâncias na pele
43
Absorção
• 1. Fatores relacionados ao organismo 
– superTcie corpórea: homem e mulher
– volume total de água corpórea: quanto 
maior o volume, maior a hidratação da pele
– abrasão da pele: com a descon<nuidade da 
pele, a penetração torna-se fácil; 
– fluxo sangüíneo através da pele: inflamação, 
gestação
– queimaduras químicas e/ou térmicas: 
– pilosidade: absorção 3,5 a 13 vezes maior.
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22
Absorção
• 2. Fatores relacionados ao
agente químico
– vola,lidade e viscosidade; 
– grau de ionização; 
– tamanho molecular. 
45
Absorção
3. Fatores ligados à presença de outras substâncias
na pele
– Vasoconstritores: reduzem a absorção cutânea
– veículos: auxiliam na absorção
– água: aumento na permeabilidade cutânea em
até 3 vezes; 
– agentes tensoaQvos: os sabões e detergentes
são substâncias bastante nocivas para a pele. 
– solventes orgânicos: estes aumentam a 
absorção cutânea para qualquer _po de 
agente químico, pois removem lipídios e 
lipoproteínas presentes no extrato córneo, 
tornando-o poroso e menos sele_vo. 
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23
DISTRIBUIÇÃO • Do compar_mento 
intravascular (plasmá_co) 
para o extravascular
(inters_cial).
• Do plasmá_co para o 
cefalorraquidiano.
• Do plasmá_co para o 
extravascular e 
intracelular cerebrais.
• Do plasmá_co para o 
placentário.
• Do plasmá_co para o 
tubular renal.
• Do plasmá_co para o 
intracelular.
47
DISTRIBUIÇÃO
• A droga que a<nge a corrente 
sanguínea será distribuída a 
diferentes partes do organismo, 
em uma taxa que depende de 
vários fatores.
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49
Distribuição
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25
VELOCIDADE 
DE FLUXO 
SANGUÍNEO
• Determina a quan<dade máxima de droga que 
pode ser distribuída por minuto para órgãos e 
tecidos específicos, para uma dada concentração 
plasmá<ca.
• Tecidos mais ou menos irrigados receberão 
diferentes quan<dades da droga; também o tempo 
de permanência das drogas nos tecidos irá variar.
51
FATORES ANATÔMICOS E FISIOLÓGICOS:
• Inicialmente, Bgado, rins, cérebro e outros órgãos com boa 
perfusão recebem a maior parte do fármaco.
• A liberação para músculos, a maior parte das vísceras, pele e 
gordura a liberação é mais lenta.
• Essa 2ª fase de distribuição pode levar minutos ou várias 
horas antes que a concentração do fármaco nos tecido esteja 
em equilíbrio com o sangue. 
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FATORES ANATÔMICOS E FISIOLÓGICOS:
• A segunda fase também envolve uma parte maior 
de massa corporal que a inicial e geralmente 
responde pela maior parte do fármaco 
distribuído.
• A lipossosubilidade é um importante fator para a 
difusão do fármaco.
• O principal fator é a ligação do fármaco com 
proteínas plasmá2cas. 
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Cinética de distribuição
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Fatores que afetam a 
distribuição 
• Fatores ligados à substância
– lipossolubilidade e grau de 
ionização
– afinidade química do agente –
durante a distribuição, o 
fármaco alcançará o seu sí_o
alvo, que é o órgão ou tecido
onde exercerá sua ação, mas, 
poderá, também, se ligar a 
outros cons_tuintes do 
organismo, concentrando-se 
em algumas partes do corpo. 
55
Fatores que afetam a distribuição
• Fatores ligados ao organismo:
– fluxo sanguíneo – quanto maior a irrigação de um órgão, maior
será o contato do fármaco com o mesmo. 
– conteúdo de água ou lipídio de órgãos e tecidos – os fármacos
se fixarão em órgãos ou tecidos de acordo com sua afinidade
por esses conteúdos. 
– biotransformação – o organismo tem capacidade de 
biotransformar a molécula de alguns fármacos transformando-
as em derivados de maior lipossolubilidade, o que dificulta sua
eliminação renal e facilita sua acumulação. 
– integridade do órgão – a lesão de um órgão pode determinar o 
acúmulo do fármaco
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Fatores que
afetam a 
distribuição
• Afinidade por diferentes tecidos
– Ligação às proteínas plasmáCcas:
– Várias proteínas do plasma podem
se ligar a consUtuintes endógenos
(ex.: ácidos graxos, triptofano, 
hormônios, bilirrubinas, etc.) e 
também aos fármacos
– Principais proteínas: albumina
(para substâncias ácidas) e α1 
glicoproteína ácida (para 
substâncias básicas)
– Interferentes: compeUção entre 
fármacos, condições patológicas, 
concentração do agente ou de 
proteínas, pH, idade
– Fenilbutazona se liga 95%.
57
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LIGAÇÃO DAS DROGAS A PROTEÍNAS 
PLASMÁTICAS:
• Contribui para as diferenças nas concentrações das 
drogas em diferentes compar,mentos corporais. 
• A ligação à proteínas impede a ação do fármaco e 
geralmente limita o transporte e o metabolismo do 
mesmo. 
• No entanto, a ligação plasmá,ca geralmente não 
limita a secreção tubular renal e a biotransformação.
• A ligação plasmá,ca é um processo saturável e não-
linear.
59
LIGAÇÃO DAS DROGAS A PROTEÍNAS 
PLASMÁTICAS:
• A extensão da ligação plasmá,ca (proteínas) 
também podem ser alterada por fatores relacionados 
com a doença. 
• Por exemplo: a hipoalbuminemia secundária a 
doença hepá,ca grave ou a síndrome nefró,ca levam 
à diminuição da ligação e o aumento da fração livre.
• As afecçõesque levam a uma resposta de reação de fase 
aguda (câncer, artrite, infarto do miocárdio) levam a altos 
níveis de α1- glicoproteína ácida e aumento da ligação de 
fármacos básicos. 
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30
Fatores que afetam a 
distribuição
• Ligações celulares:
– Embora menos estudado que a ligação às
proteínas plasmá<cas, a ligação a outros 
tecidos exerce um papel muito
importante na distribuição desigual dos 
agentes pelo organismo. 
– A ligação de fármacos a componentes
teciduais poderá alterar
significa;vamente a distribuição destes, 
já que a fração ligada aos tecidos será
inclusive maior do que a ligada às
proteínas plasmá<cas. 
61
Fatores que 
afetam a 
distribuição 
– Tecido adiposo:
– Como a lipossolubilidade é uma caracterís_ca
fundamental para o transporte por membranas, é
lógico imaginar que os fármacos lipossolúveis, de 
uma maneira geral, poderão se concentrar no 
tecido adiposo. 
– Os fármacos armazenam-se nesse local através da 
simples dissolução isica nas gorduras neutras do 
tecido.
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Fatores que afetam
a distribuição
• Leite materno:
– A mulher que amamenta e 
uXliza alguns medicamentos
poderá passá-los para o leite
com consequentes prejuízos
para o lactente.
63
Fatores que 
afetam a 
distribuição 
• Presença de membranas ou barreiras de exclusão
• Barreira Hematoencefálica:
– A chamada barreira hematoencefálica, que 
protege o cérebro da entrada de substâncias
químicas, é um local menos permeável do que 
a maioria de outras áreas do corpo. 
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65
Fatores que afetam a distribuição
• A barreira do sistema nervoso central (SNC) possui três 
mecanismos de exclusão: 
– as células endoteliais dos capilares do SNC são muito 
finas e encontram-se in9mamente unidas e não deixam 
poros aquosos entre elas. Isto impede a difusão de 
substâncias polares de baixo peso molecular;
– os capilares do SNC são circundados pelos astrócitos 
(tecido conec9vo glial), o que impõe uma película a 
mais a ser transposta; 
– a concentração protéica no fluido inters9cial do SNC é a 
mais baixa de todo o organismo. 
66
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33
Fatores que 
afetam a 
distribuição 
• “Barreira” Placentária:
– possui funções importantes, tais como a troca de 
nutrientes (O2, CO2, etc.). 
– a maioria dos fármacos que se difundem através da 
placenta o fazem por difusão passiva. 
– Na verdade, a placenta não representa uma barreira
protetora efeUva contra a entrada de substâncias
estranhas na circulação fetal. 
67
Distribuição
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34
Distribuição
Perfil de 
distribuição e 
eliminação de um 
fármaco 
administrado por 
via intravenosa
69
Volume 
aparente de 
distribuição 
(Vd)
• O volume aparente de distribuição (VD) é
uma forma de relacionar a quan<dade do 
fármaco presente no organismo com a sua
concentração plasmá<ca, ou seja, é um 
parâmetro farmacociné<co que indica a 
extensão de sua distribuição. 
– É calculado, dividindo-se a dose 
administrada pela concentração
plasmá<ca e expresso em litros:
– VD = dose (mg) / concentração plasmá<ca
(mg/L) 
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VOLUME APARENTE 
DE DISTRIBUIÇÃO (Vd):
• É o volume no qual a droga teria que se dissolver, a fim de a<ngir a 
mesma concentração que ela se encontra no plasma. 
• Nessa definição, a concentração plasmá<ca da droga é aquela
observada após a absorção e distribuição e antes da eliminação.
• Exemplos:
• An<depressivos Tricíclicos Vd= 20 L/Kg
• Varfarina Vd= 0,1 L/Kg
• Vd elevados indicam que as drogas possuem grandes concentrações
teciduais
71
Metabolismo
• Através de reações enzimá<cas
• Rins, TGI, pulmões e pele…
• Órgão preferencial: FÍGADO
– Metaboliza principalmente moléculas
lipossolúveis
– Moléculas hidrossolúveis: transporte em
proteínas
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Mecanismos de 
biotransformação
• A biotransformação pode ocorrer através de dois mecanismos: 
– a) mecanismo de aVvação ou bioaVvação - que produz 
metabólitos com a9vidade igual ou maior do que o precursor. 
• Ex.: o maleato de enalapril é metabolizado em enalaprilato 
que é o responsável pela ação farmacológica 
– b) mecanismo de desaVvação – ocorre quando a molécula é 
ina9vada originando um produto menos tóxico que o precursor.
73
Metabolismo
• Pró-fármacos: o fármaco está conjugado e para se 
tornar biodisponível deve sofrer biotransformação
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Sí*os de Biotransformação
A biotransformação pode ocorrer em qualquer órgão ou tecido 
orgânico como, por exemplo, no intesXno, rins, pulmões, pele, 
tes\culos, placenta, etc. 
No entanto, a grande maioria das substâncias, sejam elas 
endógenas ou exógenas são biotransformadas no =gado. 
A biotransformação é efetuada, geralmente por enzimas, 
principalmente, aquelas existentes nos chamados microssomas 
hepáXcos (pequenas vesículas presentes no re\culo 
endoplasmáXco) e na fração solúvel do citoplasma (citosol). 
77
Fases da biotransformação
• As reações de biotransformação são categorizadas, 
não somente pela natureza da reação envolvida
(oxidação, redução, etc.), mas, também pela
sequência normal com que elas ocorrem. 
Essas reações catalizadas pelas enzimas
biotransformadoras de xenobió,cos são classificadas
em reações de fase I (ou pré-sinté2cas) e reações de 
fase II (sinté2cas ou de conjugação). 
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Reações de fase I
• A fase I compreende um conjunto de 
reações de oxidação, redução e 
hidrólise que preparam os fármacos 
para as reações da fase II. 
• Essas reações, geralmente, 
modificam a estrutura química da 
substância mediante adição de um 
grupo funcional (-OH, -NH2, -SH, ou -
COOH), o que resulta em um 
pequeno aumento de hidrofilicidade. 
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Reações de fase II
• As reações de biotransformação de fase II, também chamadas 
de reações de conjugação, incluem glicuronidação, sulfonação 
(mais conhecida como sulfatação), ace9lação, me9lação, 
conjugação com gluta9ona e conjugação com aminoácidos. 
– Aminoácidos e seus derivados, tais como a glicina e 
cisteína 
– Carboidratos e seus derivados, especialmente o ácido 
glicurônico 
– Conjugação com compostos simples como, por exemplo, 
sulfato e acetato 
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Reações de fase II
• Os substratos endógenos dessas reações interagem com 
grupos funcionais presentes na molécula do fármaco ou que
foram introduzidos ou expostos durante a fase I. 
Na maioria das reações de conjugação formam-se compostos
altamente polarizados e hidrossolúveis que são prontamente
excretados pelos rins. 
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Reações de Fase II
• Grupo Polar (substância endógena) é conjugado com a droga
• Resulta no aumento da polaridade da droga
• Tipos de Reações
– Conjugação glucoronídea
É a reação de fase II mais importante, compostos que possuem grupos 
hidroxílico ou carboxílico conjugam-se facilmente com o ácido 
glicurônico, que é um derivado da glicose.
Exemplos de drogas que sofrem essa reação: clorafenicol, Aspirina, 
fenace<na, morfina metronidazol
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Reações 
de Fase 
II
• Conjugação da glicina
O reagente endógeno é a glicina Ex: 
ácido salicílico 
• Conjugação com glutaXon
Essa reação serve para inaXvar 
substâncias altamente reaXvas, como 
a quinona e derivados do 
paracetamol.
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Reações de Fase II
– Conjugação do sulfato
Pode provocar a ina9vação de certos compostos como o 
minoxidil.
– AceVlação
Os compostos que possuem radicais amínicos e hidrazídicos 
são conjugados com auxílio da ace9l coenzima – A. Ex: 
sulfonamidas, isoniazida e a hidralazina.
– MeVlação
As enzimas e os fenóis podem ser me9lados, como, por 
exemplo, adrenalina, histamina e ácido nico^nico.
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Reações de fase I e fase II
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Metabolismo
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Fatores que modificam a 
biotransformação 
Dose e frequência da exposição -
a dose geralmente altera a via de 
biotransformação. 
Certas enzimas possuem elevada
afinidade, mas baixa capacidade
para biotransformar substâncias
exógenas.
Espécie – as diferenças
interespecíficas na capacidade de 
biotransformação de substâncias
químicassão bem conhecidas.
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Fatores que modificam a 
biotransformação
• Variabilidade genéFca – a capacidade biotransformadora 
varia amplamente de um indivíduo para outro em função de 
diferenças genéXcas. 
– Ausência de enzimas – resposta exacerbada à droga;
– Excesso de enzimas – resistência inata.
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Fatores que 
modificam a 
biotransformação 
• Gênero - para algumas substâncias, existem
diferenças entre as respostas farmacológicas em
animais machos e fêmeas. 
– Ex: hexobarbital
• Idade - com relação à idade, tanto os animais
jovens, quanto os velhos, apresentam menor
capacidade de biotransformar xenobió<cos e, 
consequentemente, são mais suscevveis aos seus
efeitos tóxicos. 
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Fatores que 
modificam a 
biotransformação 
• Dieta e estado nutricional - importante para a 
biotransformação pois pode alterar a a_vidade do Cit
P450 (oxidase ou redutase). 
– As deficiências em vitaminas C, E e do complexo B, 
reduzem a velocidade de biotransformação.
• Estado patológico – muitas patologias podem alterar a 
capacidade individual de biotransformação de 
substâncias. Ex: cirrose, icterícia obstru_va, 
carcinomas e hepa_te, devido a uma redução drás_ca
das a_vidades enzimá_cas do igado. 
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Influência dos fármacos na a=vidade enzimá=ca
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Fatores que modificam a 
biotransformação
• Inibição e indução enzimá;ca - o sistema enzimá<co Cit P450 é
influenciado por uma série de substâncias, que podem induzir ou inibir a 
sua a<vidade, alterando a biotransformação de determinados compostos. 
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Excreção
• Os fármacos que penetram no 
organismo são, posteriormente, 
excretados através da urina, bile, fezes, 
ar expirado, leite, suor e outras
secreções, sob forma inalterada ou
modificada quimicamente. 
• Basicamente existem três classes de 
excreção: 
– eliminação através das secrec ̧ões, 
tais como a biliar, sudorípara, 
lacrimal, gástrica, salivar, láctea; 
– eliminação através das excrec ̧ões, 
tais como urina, fezes e catarro; 
– eliminação pelo ar expirado. 
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Excreção 
urinária
• Excreção urinária
• A capacidade de um órgão
realizar uma determinada
função está in_mamente
relacionada com a sua
anatomia, e os rins possuem
um elevado desenvolvimento
anatômico, voltado para a 
excreção de substâncias
químicas. 
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Excreção urinária
• A filtração glomerular é um dos principais processos de 
eliminação renal e está in9mamente ligado a um outro 
processo que é a reabsorção tubular. 
• As substâncias, após serem filtradas pelos glomérulos, podem 
permanecer no lúmem do túbulo e serem eliminadas, ou 
então, podem sofrer reabsorção passiva através da membrana 
tubular. 
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Excreção 
urinária
Isto porque nestas condições, as 
substâncias se ionizarão, tornando-
se hidrossolúveis e a urina é, em 
sua maior parte, formada de água. 
De modo geral, as substâncias de 
caráter alcalino são eliminadas na 
urina ácida e as substâncias ácidas 
na urina alcalina. 
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Excreção 
urinária
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Excreção Renal
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Excreção Renal
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Excreção
pelas
fezes e 
catarro
As substâncias encontradas nas
fezes correspondem à fração
ingerida e não absorvida ou então
ao fármaco que sofreu secreção
salivar, biliar ou gástrica.
As parXculas que penetram pelo
trato pulmonar podem ser 
eliminadas pela expectoração no 
trato gastrintes,nal e, se não
forem reabsorvidas, serão, 
também, excretadas pelas fezes. 
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Excreção pela 
bile
• Dentre as secreções 
orgânicas, a mais significa9va 
para a excreção de 
xenobió9cos é a biliar. 
• No `gado parte do fármaco 
pode ser biotransformado e 
os metabólitos ou mesmo o 
produto inalterado podem 
ser secretados pela bile no 
intes9no. 
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Recirculação entero-hepá*ca
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Recirculação entero-hepá*ca
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Excreção pelo
ar expirado
• Gases e vapores inalados ou 
produzidos no organismo são 
parcialmente eliminados 
pelo ar expirado. 
• O processo envolvido é a 
difusão pelas membranas 
que, para substâncias que 
não se ligam quimicamente 
ao sangue, dependerá da 
solubilidade no sangue e da 
pressão de vapor. 
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Excreção pelo ar expirado
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Fatores que interferem na velocidade e 
via de excreção 
• Via de introdução: a via de introdução interfere na velocidade 
de absorção, de biotransformação e, também, na excreção; 
• Afinidade por elementos do sangue e outros tecidos: 
geralmente o agente tóxico na sua forma livre está disponível 
à eliminação; 
• Facilidade de ser biotransformada: com o aumento da 
polaridade a secreção urinária está facilitada; 
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Fatores que interferem na velocidade e 
via de excreção 
• Frequência respiratória: em se tratando de excreção 
pulmonar, uma vez que, aumentando-se a freqüência 
respiratória, as trocas gasosas ocorrerão mais rapidamente.
• Função renal: sendo a via renal a principal via de excreção dos 
xenobió9cos, qualquer disfunção destes órgãos interferirá na 
velocidade e proporção de excreção. 
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Tempo de meia-
vida
• O tempo de meia-vida (t1/2) de um fármaco é 
o intervalo de tempo no qual sua concentração 
plasmá<ca se reduz à metade. 
• A maioria dos medicamentos segue uma 
ciné<ca de primeira ordem, na qual o tempo de 
meia-vida independe da concentração inicial. 
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Tempo de meia-vida
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Tempo de meia-vida
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BIBLIOGRAFIA
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Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009
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• Goodman & Gilman: As bases Farmacológicas da TerapêuCca. 12ª ed. LLBruntan; JS Lazo;KL
Parker. McGrawl-hill, 2012.
• Hilal-Dandan R; Brunton LL. Manual de Farmacologia e TerapêuCca de Goodman & Gilman.
2ª ed. Editora: McGraw-Hill, 2015.
• Katzung, B. G.; Masters, S. B.; Trevor, A. J. Farmacologia Básica e Clínica (Lange). 12ª ed. 
Porto Alegre: McGraw-Hill, 2013.
• Clark, MA, Finkey, R. Farmacologia Ilustrada. 5ª ed. Artmed, 2013.
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Professor
André Vinycius
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