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ECONOMIA POLITICA - APOL 2 - PRIMEIRA TENTATIVA

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Questão 1/10 - Economia Política
Leia o trecho a seguir:
"Essa especificidade (Estado emprestador e investidor) nos permite aludir aos enunciados de Alexander Gerschenkron (1904-1978). O desafio político do desenvolvimento retardatário requer a superação dos obstáculos relacionados ao financiamento das atividades produtivas fora das modalidades de “acumulação primitiva” (colonização e/ou desapropriação camponesa violenta). Para este autor, alcançar o nível de desenvolvimento da Inglaterra no século XIX demandou a substituição da “acumulação primitiva clássica” pela criação de condições e instituições financeiras voltadas à implantação – rápida – de plantas industriais inteiras e unificação do mercado nacional via sistema de transportes. É esse processo de formação de instituições financeiras voltadas ao financiamento de longo prazo que distingue as experiências retardatárias em relação a experiência inglesa."
Fonte: JABBOUR, Elias. PAULA, Luiz Fernando de. China and "socialization of investment": a Keynes-Gerschenkron-Rangel-Hisschman Aproach. Rev. econ. contemp. vol.22 no.1 Rio de Janeiro  2018  Epub June 11, 2018, p. 6.  Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rec/v22n1/1415-9848-rec-22-01-e182217.pdf>.
Tendo em conta o trecho citado acima e os conteúdos da disciplina de Economia Política, assinale a alternativa que explique corretamente como Alexander Gerschenkron entendia o desenvolvimento em países caracterizados pelo capitalismo tardio:
Nota: 10.0
	
	A
	De acordo com Gerschenkron é necessário que instrumentos institucionais responsáveis por prover as necessidades de investimentos a longo prazo, como é o caso da infraestrutura, sejam criados ou incentivados pelo Estado. Portanto, o autor defende a importância de um sistema financeiro conectado à indústria em países marcados pelo capitalismo tardio. 
Você acertou!
De acordo com o a aula 5 de Economia Política, Gerschenkron analisou o processo de desenvolvimento de países “atrasados”, com especial atenção para o caso da Rússia e Alemanha. Nesses 3 países a presença de “instrumentos institucionais”, sobretudo a ação do Estado e a existência de bancos de investimento projetados para financiar as necessidades de investimento de longo-prazo, como é o caso da infraestrutura, foram fundamentais. Um sistema financeiro profundamente conectado à indústria produzia a sinergia necessária e garantia um mecanismo de financiamento de um desenvolvimento que, estando em atraso em relação a seus competidores, exigia investimentos pesados e em larga escala (Gerschenkron, 2015). 
Fonte: Rota de Aprendizagem da Aula 5. Tema 1: Abordagens sobre o desenvolvimento: o "capitalismo tardio" em análise comparada. Material para a impressão. 
	
	B
	Para  Gerschenkron é fundamental que em Estados marcados pelo capitalismo tardio seja promovida a livre circulação de ativos e capitais externos, uma vez que o investimento internacional em áreas estratégicas constitui-se em um importante vetor de desenvolvimento. 
	
	C
	De acordo com o pensamento de Gerschenkron é preciso que Estados capitalistas retardatários busquem estatizar a sua economia, promovendo assim um modelo de desenvolvimento planificado e coordenado pelos poderes públicos. 
	
	D
	De acordo com a tese de Gerschenkron, a única forma de se superar o atraso no desenvolvimento capitalista é por meio da associação com os países que já estão mais avançados nesse processo. 
	
	E
	Segundo Gerschenkron, é preciso que os Estados capitalistas atrasados invistam na produção de tecnologias de ponta e em processos inventivos com o objetivo de conquistar novos mercados comerciais. Assim, deve-se optar por uma estratégia que não promova a colisão com os fatores de produção dos países desenvolvidos. 
Questão 2/10 - Economia Política
“[...] as coisas começaram a andar mal com a irrupção da Primeira Guerra Mundial. Reagindo à consequente instabilidade do sistema político e econômico mundial, os países voltaram a erguer barreiras comerciais. Em 1930, os Estados Unidos abandonaram o livre-comércio, instituindo a famigerada tarifa Smoot-Hawley. Segundo De Clerq (1988, p.201-2), essa tarifa "teve consequências desastrosas para o comércio internacional e, passado algum tempo ..., para o crescimento econômico e o emprego norte-americanos. Atualmente, ainda há economistas convencidos de que a Grande Depressão foi provocada principalmente por essas tarifas". Outros países, como a Alemanha e o Japão, erigiram elevadas barreiras comerciais e, também, passaram a criar poderosos cartéis, os quais se ligaram estreitamente ao fascismo e às agressões externas por eles perpetrados nas décadas seguintes. O sistema mundial de livre-comércio finalmente sucumbiu em 1932, quando a Grã-Bretanha, até então sua ferrenha defensora, cedeu à tentação de reintroduzir tarifas alfandegárias” (CHANG, 2004, p. 32)
Fonte: CHANG, Há-Joon. Chutando a Escada: A estratégia do desenvolvimento em perspectiva histórica. São Paulo: Editora UNESP. 2004.
Considerando o trecho citado acima e os conteúdos discutidos ao longo da disciplina de Economia Política, análise as assertivas abaixo, que discutem a relação entre protecionismo liberalismo nos processos históricos de desenvolvimento dos Estados:
I. A liberalização total do comércio internacional tende a favorecer aqueles Estados que já ocupam uma posição central no capitalismo mundial.
PORQUE
II. o processo histórico de desenvolvimento contou com a utilização de práticas protecionistas destinadas a garantir o acúmulo de capital e a resguardar a indústria nascente.
Agora, avalie as assertivas acima e, depois, assinale a alternativa que faz a análise correta:
Nota: 0.0
	
	A
	As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I.
A alternativa correta é aquela que indica que as asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I. A afirmação I está correta porque a liberalização total do comércio externo, na visão de List, seria favorável apenas à Inglaterra – potência capitalista
central do século XIX. Assim, a defesa de práticas liberais no comércio internacional por parte do Estado nacional que detém uma vantagem nessa relação (seja a posse do capital, seja a de vantagens competitivas) aparece quase como um blefe ou, na feliz expressão de Chang (2004), um ato de "chutar a escada" do novo competidor. A asserção II está correta porque, como vimos, preocupado com o desenvolvimento do capitalismo na Alemanha, List (1986) defendia que medidas protecionistas eram indispensáveis à industrialização e à acumulação de riqueza em um contexto de competição internacional que tinha a Inglaterra como país mais avançado e, portanto, com posição favorável nessa competição. Dessa forma, podemos dizer que é II é uma justificativa para a primeira, uma vez que ela demonstra que o processo histórico de desenvolvimento está vinculado às medidas protecionistas por parte dos Estados e, em decorrência, privar países em desenvolvimento de adotar esse tipo de medida tende a beneficiar os países centrais e desenvolvidos. A analogia de chutar a escada, a propósito, vem do próprio List (1986): "Quando se alcança o cume da grandeza, uma regra vulgar de prudência ordena que se rejeite a escada usada para tanto, a fim de não deixar aos outros os meios de subir" (List, citado por Rosanvallon, 2002, p. 254). Assim, sob a perspectiva histórica, a Inglaterra não foi a primeira potência a pôr em prática medidas protecionistas ao mesmo tempo em que, no plano das ideias, defendia um liberalismo comercial.
Referência: CALABREZ, Felipe. Introdução à Economia Política: o percurso histórico de uma ciência social. InterSaberes: Curitiba. 2020, p. 202.
	
	B
	As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I.
	
	C
	A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
	
	D
	A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.
	
	E
	As asserções I e II são proposições falsas
Questão 3/10 - EconomiaPolítica
Leia o texto abaixo:
“Um característico exemplar de um “protocolo” neoliberal é o Consenso de Washington, um conjunto de políticas voltadas para solucionar os problemas da América Latina durante as décadas de 1980 e 1990 [...] Tais políticas foram implementadas de maneira excessiva e muito rapidamente, excluindo outras políticas que se faziam necessárias, gerando crises quase que imediatamente” (VICENTE, 2009, p. 142).
Fonte: VICENTE, Maximiliano Martin. História e comunicação na ordem internacional [online]. São Paulo: Editora UNESP; São Paulo: Cultura Acadêmica, 2009. Disponível em: http://books.scielo.org/id/b3rzk/pdf/vicente-9788598605968-08.pdf
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Economia Política e o texto citado acima, análise as afirmações abaixo, que discutem as medidas sugeridas pelo Consenso de Washington aos países latino-americanos:
I. Entre as reformas indicadas pelo Consenso de Washington aos países latino-americanos estavam a abertura comercial e financeira, desregulação econômica, privatização de empresas estatais e prioridades nas despesas públicas.
II. A implantação das reformas propostas pelo Consenso Washington ocorreu de forma satisfatória nos países latino-americanos e em pouco tempo as econômicas já retornaram ao estado de pleno-emprego.
III. A adoção das medidas indicadas pelo Consenso de Washington revelou o paradoxo ortodoxo, uma vez que era preciso grande ingerência do Estado para implementar reformas que objetivavam a redução do papel estatal na economia.
IV. Esse contexto reforça a leitura do institucionalismo na teoria econômica, que resgata a importância do Estado como garantidor da propriedade e dos contratos
Agora, assinale a alternativa que indica apenas as corretas:
Nota: 0.0
	
	A
	Apenas as afirmativas I, II e IV estão corretas.
	
	B
	Apenas as afirmativas III e IV estão corretas.
	
	C
	Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas.
	
	D
	Apenas as afirmativas II e IV estão corretas.
	
	E
	Apenas as afirmativas I, III e VI estão corretas.
Apenas as afirmativas I, III e IV estão corretas A afirmação I está correta porque as reformas de matriz neoliberal, indicadas pelo Consenso de Washington aos países latino-americanos, envolviam 10 áreas: abertura comercial, abertura financeira, desregulação econômica, privatização de empresas estatais, disciplina fiscal, reforma tributária, política cambial, taxas de juros, propriedade intelectual e prioridades nas despesas públicas. A afirmação II está incorreta, uma vez que as tentativas de implementação do Consenso de Washington requeriam um conjunto de reformas nos países que o adotassem, que foi revelando ao longo do percurso uma série de dificuldades (políticas e administrativas) que trouxeram à tona a importância das próprias instituições do Estado para a implementação e consolidação das denominadas reformas orientadas para o mercado. A afirmação III está correta porque no contexto de adoção das medidas de Washington aparece o fenômeno a que Miles Kahler (citado por Haggard e Kaufman, 1993) chamou de paradoxo ortodoxo: eram necessárias instituições estatais sólidas e efetivas e uma forte direção política - portanto, era necessário Estado - para implementar reformas que reduzissem o papel estatal na coordenação do sistema econômico, promovendo ajustes estruturais (Haggard; Kaufman, 1993). Esse paradoxo também foi apontado por Peter Evans ao falar em Estado como problema e solução (Evans, 1992). A afirmação IV está correta porque com este contexto em mente podemos compreender melhor as contribuições do novo institucionalismo, que resgatam a importância das instituições sob uma perspectiva marcadamente liberal. Com base nisso, entende-se melhor a crítica que a ela se dirige, qual seja, a de que essa abordagem, apesar de reconhecer a indispensabilidade da combinação entre Estado e mercado - que são, afinal, as duas instituições indispensáveis à existência do capitalismo -, coloca como ideal para todos os países um modelo liberal de Estado como garantidor da propriedade e dos contratos, caminho que levaria ao desenvolvimento econômico.
Referência: CALABREZ, Felipe. Introdução à Economia Política: o percurso histórico de uma ciência social. InterSaberes: Curitiba. 2020, p.192-193, adaptado.
Questão 4/10 - Economia Política
Leia o texto abaixo:
“O desenvolvimento econômico continua sendo um desafio essencial para o Brasil, assim como para a maioria dos países. Apesar das melhorias sociais e do desempenho econômico dos últimos anos, depois de mais de duas décadas de semiestagnação, o país ainda está longe de diminuir para níveis adequados suas principais contradições. A concentração de renda, a pobreza, a heterogeneidade estrutural e a inserção econômica internacional continuam em padrões longe dos apropriados. Nos indicadores de desempenho econômico e social, o Brasil costuma se posicionar em níveis ainda muito distantes dos alcançados por países desenvolvidos, e mesmo também dos atingidos por outros países em processo de desenvolvimento” (p.7)
Fonte: DATHEIN, Ricardo (Org.). Desenvolvimentismo: o conceito, as bases teóricas e as políticas. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2015. Disponível em: https://static.scielo.org/scielobooks/8m95t/pdf/dathein-9788538603825.pdf
Considerando o trecho citado acima e os conteúdos discutidos ao longo da disciplina de Economia Política, análise as assertivas abaixo, que discutem sobre o processo de desenvolvimento:
I. Os processos de desenvolvimento não ocorrem de maneira linear e não apresentam, necessariamente, uma tendência a se espalhar de maneira homogênea em todos os países do mundo
PORQUE
II. o desenvolvimento está inserido em uma determinada lógica de poder, vinculada às hierarquias estabelecidas no sistema internacional de Estados-Nação.
Agora, avalie as assertivas acima e, depois, assinale a alternativa que faz a análise correta:
Nota: 0.0
	
	A
	As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I.
A alternativa correta é aquela que indica que as asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I. Como vimos no decorrer da disciplina Economia Política, não há um caminho ou estratégia única que possa ser indicado aos países em processo de industrialização. Isso ocorre porque os processos de desenvolvimento dos países não ocorrem de forma linear ou homogênea ao redor do mundo – de modo que a asserção I está correta. Essa falta de linearidade dos processos de desenvolvimento é decorrente do fato de que estes estão inseridos em uma lógica de poder e disposição hierárquica dos Estados no sistema internacional. Por conseguinte, a asserção II também está correta e é uma justificativa da primeira, já que o desenvolvimento não se dá de forma linear por estar vinculado ao quadro de poder internacional.
Referência: CALABREZ, Felipe. Introdução à Economia Política: o percurso histórico de uma ciência social. InterSaberes: Curitiba. 2020, p. 180, adaptado.
	
	B
	A asserção I uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
	
	C
	A asserção II uma proposição verdadeira, e a I é uma proposição falsa.
	
	D
	As asserções I e II são proposições falsas.
	
	E
	As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa da I.
Questão 5/10 - Economia Política
Leia o trecho abaixo:
“Há uma discussão relativamente importante nas áreas de metodologia da Economia e de história do pensamento econômico sobre o significado dos termos ‘mainstream’, ‘ortodoxia’ e ‘heterodoxia’. (...) Para Colander, Holt e Rosser Jr. (2004, p.490) mainstream deve ser definido como o conjunto de ideias que a “elite da profissão” entende como aceitáveis, considerando a “elite da profissão” o grupo formado pelos economistas líderes das escolas de pós-graduação mais importantes no mundo (“leading economists in the top graduate schools”). Adicionalmente, é importante para esses autores a noção de fronteira da Economia (edge of economics), isto é, o conjunto de trabalhos que sinalizam, numdado momento, os rumos da ciência econômica, os desenvolvimentos mais avançados, via de regra levados a cabo por membros da elite citada acima. (...) Sobre a heterodoxia, podemos defini-la de dois modos diferentes. Primeiro, negativamente, em oposição à ortodoxia ou ao mainstream ou, ainda, a ambos. Segundo, positivamente, definindo os programas de pesquisa em Economia cujos princípios e metodologia são expressamente diversos do mainstream. (...) Nossa visão é que, para efeito deste trabalho, mesmo que não existam traços comuns entre si, o fato é que economistas marxistas, pós-keynesianos, evolucionários, austríacos, institucionalistas originais, estruturalistas, entre outros têm seus programas de pesquisa com dinâmica própria. Esses assim nominados programas de pesquisa estão traduzidos em periódicos especializados, associações, redes de pesquisadores, disciplinas de programas de pós-graduação e graduação, livros-texto, etc., que são justamente elementos definidores dessas dinâmicas científicas específicas (CAVALIERI et al, 2015). 
Cavalieri, M. A. R; Perissinotto, R. M.; Dantas, E. G. Mainstream econômico e poder: uma análise do perfil dos diretores do Banco Central do Brasil nos governos do PSDB e do PT. 39º Encontro anual da ANPOCS. GT Elites e Espaços de Poder. Caxambu, Minas Gerais, 2015.
Levando em conta a contextualização acima e os conteúdos trabalhados na videoaula 6 sobre a Ciência Econômica e Economia Política hoje, analise as assertivas a seguir e assinale a alternativa correta:
I.  A perspectiva mainstream hoje da Ciência Econômica (economics) é a neoclássica, e trata a economia de uma forma abstrata, considerando os agentes racionais envolvidos.
II. A perspectiva mainstream hoje da Ciência Econômica (economics) é a neoclássica, e é refratária a qualquer intervenção do Estado na economia, tendo ela que se autorregular a partir dos mercados.
III. A perspectiva neoclássica da economia está preocupada em analisar a economia a partir de uma perspectiva histórica e política, pressupondo que o Estado deve intervir na economia.
IV. A Economia Política mantém ainda hoje seu caráter histórico e pressupõe que a economia e a política não podem ser dissociadas na análise da dinâmica econômica de uma sociedade.
 
Nota: 0.0
	
	A
	Apenas as assertivas III e IV estão corretas.
	
	B
	Apenas as assertivas I, III e IV estão corretas.
	
	C
	Apenas as assertivas I, II e IV estão corretas.
O desenvolvimento da ciência econômica, de matriz neoclássica, seguiu um caminho metodológico diferente da economia política. A perspectiva neoclássica é hoje a Economia (economics) mainstream, ela trata a economia de uma forma abstrata, considerando os agentes racionais envolvidos e é refratária a qualquer intervenção do Estado na economia, tendo ela que se autorregular a partir dos mercados, naturalizando o aspecto mercadológico dos elementos sociais. Já a Economia Política considera que não é ainda hoje seu caráter histórico e político, pressupondo que a economia e a política não podem ser dissociadas na análise da dinâmica econômica de uma sociedade. Fonte: Tema 4 da vídeoaula 6. 
	
	D
	As assertivas I, II, III e IV estão corretas.
	
	E
	Apenas as alternativas I e IV estão corretas.
Questão 6/10 - Economia Política
Leio o texto a seguir:
“O desenvolvimento recente chinês pode ser visto como a história da transição de uma economia centralmente planificada, com fortes restrições à ação do mercado e da iniciativa privada, a outra economia – de caráter planificada e, também, mercantil – com crescente peso quantitativo do setor privado. Neste aspecto, a importância da existência dos grandes bancos de desenvolvimento pode ser vista como apenas a ponta de um grande iceberg institucional a ser estudado. Não podemos isolar este fato (formação do sistema financeiro) de algo maior e concomitante: reformas institucionais profundas abriram campo tanto ao surgimento de um dinâmico setor privado quanto a um processo de centralização do grande capital estatal” (JABBOUR; PAULA, 2018, p. 7, adaptado).
Fonte: JABBOUR, Elias; PAULA, Luiz Fernando de. A China e a “socialização do investimento”: uma abordagem Keynes-Gerschenkron-Rangel-Hirschman. Rev. econ. contemp., Rio de Janeiro, v. 22, n. 1, e182217, 2018. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/rec/v22n1/1415-9848-rec-22-01-e182217.pdf
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Economia Política e o enunciado acima, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, um dos principais fatores que favorecem o desenvolvimento, de acordo com a teoria de Alexander Gerschenkron:
Nota: 0.0
	
	A
	A existência de um conjunto de normas macroeconômicas destinadas a diminuir a desigualdade econômica e distribuir renda.
	
	B
	A construção de obras públicas de amplo alcance como método de incentivo ao setor de infraestrutura e de aquecimento da economia.
	
	C
	A existência de bancos de investimentos criados com o objetivo de garantir o financiamento das necessidades de investimentos a longo-prazo.
Gerschenkron analisou o processo de desenvolvimento de países “atrasados”, com especial atenção para os casos da Rússia e da Alemanha. Nesses países, a presença de instrumentos institucionais, sobretudo a ação do Estado e a existência de bancos de investimentos projetados para financiar as necessidades de investimentos a longo-prazo, como é o caso da infraestrutura, foram fundamentais. Um sistema financeiro profundamente conectado às indústrias produzia a sinergia necessária e garantia um mecanismo de financiamento de um desenvolvimento que, estando em atraso em relação a seus competidores, exigia investimentos pesados em larga escala. A situação de atraso que, no paradigma construído pelo autor, funciona como um elemento catalisador do surto industrializante, por ela geraria internamente uma situação de tensão que se desdobraria em descontinuidade. A industrialização tardia coloca o país que a persegue em uma situação de intensa competividade.
Referência: CALABREZ, Felipe. Introdução à Economia Política: o percurso histórico de uma ciência social. InterSaberes: Curitiba. 2020, p. 61-62, adaptado.
	
	D
	A construção de um sistema de crédito baseado na atração de capitais estrangeiros e no estabelecimento de acordos bilaterais para o desenvolvimento.
	
	E
	A criação de planos quinquenais direcionados a pensar o crescimento econômico por meio do incentivo público a setores específicos da economia nacional.
Questão 7/10 - Economia Política
Leia o trecho a seguir:
“O novo-desenvolvimentismo nasceu como uma crítica ao modelo e à estratégia liberais adotados nos anos 1990 no Brasil, quando se abandonava a ideia de desenvolvimento. Recolocando a macroeconomia no centro da discussão, o novo-desenvolvimentismo partiria do diagnóstico central de que o mercado sozinho não seria capaz de ajustar de maneira adequada os cinco preços macroeconômicos básicos. O modelo macroeconômico adotado desde 1994 no Brasil, tal como diagnostica a teoria, foi assinalado pela armadilha dos juros altos e câmbio sobreapreciado, o que mantém baixas taxas de crescimento econômico. Na raiz desse problema está a política de crescimento com poupança externa, isto é, a política de incorrer em déficits em conta-corrente” (CALABRESE, 2020, p. 195).
Fonte: CALABRESE, Felipe. Introdução à Economia Política: o percurso histórico de uma ciência social. InterSaberes: Curitiba. 2020.
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Economia Política, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, dois elementos que são centrais à teoria macroeconômica do novo-desenvolvimentismo:
Nota: 0.0
	
	A
	A implementação tecnológica e a integração regional.
	
	B
	Os índices de desemprego e o desenvolvimento técnico.
	
	C
	A taxa de inflação e o número de importações.
	
	D
	As contas externas e a taxa de câmbio.
Quando incorre em déficit em conta-corrente, o país necessita que esses déficits sejam financiados por capital (ou poupança) externo. A entrada desses recursos externos no país aprecia a moda nacional,o que tem como efeito a redução da competitividade da indústria nacional não apenas no mercado externo, mas também no mercado interno. Por essa razão, as contas externas e a taxa de câmbio estão no centro da teoria macroeconômica do novo-desenvolvimentismo, ou macroeconomia novo-desenvolvimentista. Diante do diagnóstico de que o Brasil sofre uma tendência à sobreapreciação cíclica e crônica da taxa de câmbio, a macroeconomia novo-desenvolvimentista propõe uma política cambial ativa voltada ao estabelecimento da taxa de câmbio em seu nível de equilíbrio industrial, o que devolveria a competitividade às empresas nacionais e o incentivo ao investimento produtivo (Bresser-Pereira; Oreiro; Marconi, 2016). Podemos dizer que a novidade trazida por essa teoria macroeconômica é a colocação da taxa de câmbio como elemento central, não apenas por sua relação com os fluxos de importação—exportação, mas
Referência: CALABREZ, Felipe. Introdução à Economia Política: o percurso histórico de uma ciência social. InterSaberes: Curitiba. 2020, p. 195, adaptado.
	
	E
	O balanço de pagamentos e taxa SELIC.
Questão 8/10 - Economia Política
Leia o trecho a seguir:
"Para Douglass North a teoria neoclássica não foi e não tem sido eficiente em demonstrar as razões que levam às diferentes performances das economias ao longo do tempo (North, 1999). Ao discursar na entrega do Prêmio Nobel, North (1998) afirma categoricamente que esta incorre em dois erros fundamentais. Em primeiro lugar, não incorpora uma teoria das instituições e, em segundo, desconsidera a importância da história. A insatisfação do autor é com o fato de a teoria se preocupar exclusivamente com uma instituição: os mercados e as alterações que ocorrem nos preços relativos".
Fonte: LOPES, Herton Castiglioni. nstituições e crescimento econômico: os modelos teóricos de Thorstein Veblen e Douglass North. Revista de Economia Política, vol. 33, nº 4 (133), pp. 619-637, 2013. p. 622. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rep/v33n4/v33n4a04.pdf>.
Tendo em conta o trecho citado acima e os conteúdos trabalhados na disciplina Economia Política, assinale a alternativa que explique corretamente a teoria institucional do desenvolvimento formulada por Douglass North:
Nota: 0.0
	
	A
	North parte de uma perspectiva centrada nas instituições privadas e na sua atuação coordenada com as instituições estatais, assim as primeiras deveriam promover ações de fomento ao desenvolvimento e as segundas se concentrar em políticas públicas de assistência social.
	
	B
	North prioriza as instituições ao focar nos direitos a propriedade e na garantia dos contratos, uma vez que estes estimulam os investimentos produtivos e reduzem a incerteza futura e, assim, constituem-se em condições facilitadoras ao desenvolvimento ao reduzir os “custos de transação”.
Depois de ter ficado relegada a segundo plano no debate econômico, a questão do desenvolvimento ressurge em novos moldes com Douglas North, que resgatou nos anos 1990 a chamada “economia institucional”, inserindo uma determinada noção de instituição nas análises econômicas. A teoria institucional do desenvolvimento construída por North coloca a garantia de contratos e da propriedade como condições facilitadoras do desenvolvimento, ao reduzirem os “custos de transação”.
Fonte: Rota de Aprendizagem da Aula 5. Tema 1: Abordagens sobre o desenvolvimento: o "capitalismo tardio" em análise comparada. Material para a impressão - subitem 1.1.
	
	C
	Para North o desenvolvimento deveria ser promovido pelas instituições econômicas do setor privado. Por conseguinte, as grandes corporações deveriam atuar, por meio de lobby, em prol da liberalização dos mercados financeiros.
	
	D
	A teoria institucionalista de North delineava que o Estado deveria investir na iniciativa privada e, concomitantemente a isso, deveria buscar uma cartela de investidores internacionais para custear os setores estratégicos da economia.
	
	E
	De acordo com o pensamento de North, as instituições possuíam um papel central no processo de desenvolvimento econômico, uma vez que elas são responsáveis pela garantia dos direitos sociais e políticos, abrindo espaço para a atuação econômica do setor privado.
Questão 9/10 - Economia Política
Leia o texto abaixo:
“Pelo paradigma das expectativas racionais, a discricionariedade da política econômica é posta em xeque, pois qualquer movimento operado pelo governo pode interferir negativamente no comportamento dos agentes racionais, causando distúrbios e imprevisibilidade ou incerteza. Esse pressuposto teórico não compartilha da visão positiva que a teoria de Keynes tinha sobre a ação pública, pois, lembremos, para Keynes, o Estado deve, por meio da política fiscal, manejar a demanda agregada em momento de depressão econômica. Agora, ao contrário, a boa política econômica é aquela que se restringe ao cumprimento das "regras do jogo". A literatura cunhou o termo regime de política econômica e apontou para os problemas de inconsistência intertemporal” (CALABRESE, 2020, p. 236).
Fonte: CALABREZ, Felipe. Introdução à economia política: o percurso histórico de uma ciência social. Curitiba: Intersaberes, 2020.
Considerando o trecho citado acima e os conteúdos discutidos na disciplina de Economia Política, assinale a alternativa que explica, corretamente, no que consiste um regime de política econômica:
Nota: 0.0
	
	A
	Um conjunto de convenções internacionais destinadas a normatizar as transações financeiras e econômicas na esfera mundial.
	
	B
	Um conjunto de deliberações judiciais que objetivam regulamentar o comércio entre empresas privadas no âmbito internacional.
	
	C
	Um conjunto de instituições políticas internacionais especializadas em emitir pareceres sobre as decisões econômicas privadas
	
	D
	Um conjunto de ideias e ideologias econômicas que buscam orientar o comportamento políticos dos Estados nacionais na esfera comercial.
	
	E
	Um conjunto de regras e normas bem definidas no âmbito econômico, às quais os dirigentes políticos devem observar e obedecer em todos os períodos.
Um regime de política econômica consiste na observância de regras bem definidas e bem entendidas pelos agentes, às quais os dirigentes políticos devem submeter-se e obedecer em todos os períodos. Em um regime de política econômica, não pode haver rupturas com aquilo que é definido anteriormente, sob pena de interferir negativamente nas expectativas dos agentes.
Referência: CALABREZ, Felipe Introdução à economia política: o percurso histórico de uma ciência social. Curitiba: Intersaberes, 2020, p. 236, adaptado.
Questão 10/10 - Economia Política
Leia o trecho abaixo:
"Ao discutir as origens de nossa época, Polanyi (1944) mostrou o efeito que o capitalismo é capaz de exercer sobre os indivíduos e a sua natureza humana. Sem intervenção, os seres humanos são transformados em meras engrenagens de um sistema movido pela lógica da acumulação de riqueza em sua forma mais geral e abstrata. Ao invés de emancipar os homens, aprisiona-os e submete-os a processos imprevisíveis como uma força que lhes é, ao mesmo tempo, estranha e irresistível. Eles são lançados em um contexto de enorme insegurança. Por isso a necessidade de mecanismos para proteger a sociedade" (Wolf e Oliveira, 2016). 
Wolf, Paulo José; Oliveira, Giuliano Contento de. Os Estados de Bem-Estar Social da Europa Ocidental: tipologias, evidências e vulnerabilidades. Economia e Sociedade, vol. 25, n. 3, Campinas, 2016. http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-06182016000300661&script=sci_arttext.
Levando em conta a contextualização acima e os conteúdos trabalhados na Aula 6 sobre a crítica à visão clássica da sociedade de mercado, assinale a alternativa correta:
I. Para Karl Polanyi não há sentido em dizer que a conversão do trabalho em mercadoria é algo natural na sociedade;
II. A perspectiva liberal clássica está equivocada, para Polanyi, ao ter a sociedade como um corpo organizado inteiramente pelas leis de mercado;
III. Essa “falácia economicista” reduz a economia ao fenômeno do mercado,instituição relativamente recente;
IV. A crítica de Polanyi é que, na sociedade de mercado, a racionalidade econômica parece funcionar sob leis próprias, algo artificial, segundo ele, colocado por economistas liberais.
Nota: 0.0
	
	A
	Apenas as assertivas I, III e IV estão corretas.
	
	B
	As assertivas I, II, III e IV estão corretas. 
Na perspectiva de Karl Polanyi, a conversão do trabalho em mercadoria é antinatural, e a visão liberal clássica estaria equivocada ao tomar a sociedade como um corpo organizado inteiramente pelas leis de mercado. Polanyi nomeia esse procedimento liberal de “falácia economicista”, porque reduz o âmbito econômico especificamente ao fenômeno do mercado, uma instituição relativamente moderna e que possui uma estrutura específica e que não se estabelece natural e automaticamente nas sociedades, nem é de fácil manutenção. Na sociedade de mercado, a racionalidade econômica parece funcionar sob leis próprias, como um agente autoregulador, o que é, para esse autor, algo artificial, uma vez que a imposição de uma perspectiva que favoreça o mercado ou os eleitores é uma questão política, fruto de lutas e processos históricos. Nesse sentido, a coexistência entre o capitalismo e a democracia é uma construção permanente.
Fonte: Tema 2 da Rota de Aprendizagem 6. 
	
	C
	Apenas as assertivas III e IV estão corretas.
	
	D
	Apenas as assertivas II e III estão corretas.
	
	E
	Apenas a assertiva I está correta.

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