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apol 2 Economia politica Tentativa 1

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Questão 1/10 - Economia Política
Leia o trecho a seguir:
“Cada período histórico cria tanto o corpo físico de sua existência, suas cidades, seus produtos, suas artes, quanto sua fisionomia espiritual, suas ideias, suas sensibilidades, que também são constitutivas da realidade histórica. Nessa dupla criação há autonomia, a pura manifestação das especificidades, e interdependências. Assim, não se vejam os produtos da subjetividade como puros reflexos. Paralelamente, também não se descarte a presença dos condicionantes históricos materiais das ideias.” 
Fonte: PAULA, J. A. A atualidade do pensamento econômico de Marx: capital, dinheiro, valores e preços. Revista ANPEC, v. 3, p. 35-45, 1997. p. 36.
Tendo em conta o trecho citado acima e os conteúdos trabalhados no decorrer da disciplina, assinale a alternativa que indique corretamente a principal modificação ocorrida no entendimento sobre o excedente econômico da Escola Fisiocrata para os economistas ingleses clássicos: 
Nota: 10.0
	
	A
	Para os fisiocratas, o excedente é definido como o produto advindo da terra, ou seja, ele está relacionado com a produção. Os economistas ingleses clássicos, por sua vez, entendem o excedente a partir da teoria do valor-trabalho, na qual o valor contigo nas mercadorias é o trabalho.  
Você assinalou essa alternativa (A)
Você acertou!
De acordo com o Aula 2 de Economia Política, para os fisiocratas, o excedente é visto como produto físico, oriundo da terra. Logo, os fisiocratas localizam na esfera da produção a 
geração do excedente da economia. E o único setor capaz de gerar esse excedente é a agricultura. Sua causa fundamental é a fertilidade do solo. Por isso se diz que para os
 fisiocratas a riqueza vem da terra. Com os economistas ingleses começa-se a desenvolver uma teoria do valor. O valor contido nas mercadorias é explicado pelo trabalho – 
conhecida como teoria do valor-trabalho. 
Fonte: Rota de Aprendizagem da Aula 2. Economia Política. Material para a impressão, p. 1-3.  
	
	B
	Para os fisiocratas, o excedente é definido como o produto advindo do trabalho escravo, ou seja, ele está relacionado com exploração da mão de obra escrava. Os economistas ingleses clássicos, por sua vez, entendem o excedente a partir da teoria do valor-moeda, na qual o valor é definido pela quantia de metais.
	
	C
	Para os fisiocratas, o excedente é definido como o produto advindo das plantations, ou seja, ele está relacionado com a agro-exportação. Os economistas ingleses clássicos, por sua vez, entendem o excedente a partir da teoria do valor-serviço, na qual o valor contigo nas mercadorias é a produção.  
	
	D
	Para os fisiocratas, o excedente é compreendido como a capacidade de exportação de um país. Os economistas ingleses clássicos, por sua vez, entendem o excedente a partir da lógica do valor-riqueza, na qual o valor contigo no trabalho é o salário.  
	
	E
	Para os fisiocratas, o excedente é definido como o produto advindo da produção, ou seja, ele está relacionado com a industrialização. Os economistas ingleses clássicos, por sua vez, entendem o excedente a partir da teoria do valor-trabalho, na qual o valor contigo no trabalho é a moeda.
Questão 2/10 - Economia Política
Leia o texto abaixo:
"Influenciado por ambos os autores fisiocratas, Adam Smith nunca argumentou em prol de um Estado mínimo, tal como, em geral, supõe a vulgata neoliberal de A Riqueza das Nações. Smith, de fato, nunca foi adepto de algum tipo de ultraliberalismo. Assim como faria mais tarde David Ricardo, Smith reconhecia que o conflito distributivo é inerente ao processo capitalista de acumulação, ocupando um lugar central nas questões econômicas mais importantes, tal como a partilha do excedente econômico entre capital e trabalho assalariado." (BRUNO & CAFFE, 2017). 
Fonte: Bruno, Miguel; Caffe, Ricardo. A economia como objeto socialmente construído nas análises regulacionista e da Economia Social de Mercado. Revista de Economia Política, vol. 37, n. 1 (146), pp. 23-44, janeiro-março, 2017.
Considerando a contextualização acima e os conteúdos trabalhados na aula acerca do liberalismo econômico, analise as assertivas a seguir assinale a alternativa correta.
I. O liberalismo econômico tem como preocupação o funcionamento do mercado sem interferência política; 
II. O eixo central do liberalismo é a ideia de que o mercado é a forma mais eficiente para a formação de preços e organização da produção e da troca;
III. Para o liberalismo econômico, a política deve intervir no mercado apenas em caso de promoção do desenvolvimento da produção industrial no país;
IV. Na perspectiva do liberalismo econômico, os indivíduos não agem de forma autointeressada, mas sim de forma altruísta, preocupados com o ganho coletivo;
V. Na perspectiva do liberalismo econômico, todos são movidos pelo autointeresse, e, somada à competitividade, resultariam, segundo essa doutrina, na forma mais eficiente de organizar as próprias relações sociais e o caminho para o bem-estar social. 
Nota: 10.0
	
	A
	Apenas as assertivas III e IV estão corretas.
	
	B
	Apenas as assertivas I, II e III estão corretas.
	
	C
	Apenas as assertivas I e V estão corretas.
	
	D
	Apenas as assertivas III, IV e V estão corretas.
	
	E
	Apenas as assertivas I, II e V estão corretas.Você assinalou essa alternativa (E)
Você acertou!
Gabarito: O Liberalismo emergiu do Iluminismo, tendo Adam Smith como o pensador que melhor sistematizou seus postulados econômicos. Surgiu como reação ao mercantilismo e 
postula que o mercado deve funcionar livre da interferência política. Assim, apesar de suas inúmeras vertentes, o liberalismo econômico preserva como eixo central a ideia de que o
 mercado é a forma mais eficiente para a formação de preços e para a organização da produção e da troca, alocando da maneira mais eficiente os fatores de produção e organizando
 as relações econômicas internas e internacionais. Além disso, a propensão natural à troca é o elemento produtor da divisão do trabalho, e a competição entre produtores e 
consumidores no mercado, onde todos são movidos pelo autointeresse, seria a maneira mais eficiente de organizar as próprias relações sociais e o caminho para o bem-estar social ou para a “riqueza das nações”. 
É precisamente aí que reside aquilo que ficou conhecido como a mão invisível, essa força ordenadora do desenvolvimento das iniciativas individuais e que não deveria ser
 interrompida por forças externas, como aquela que o Estado exercia em favor do estabelecimento de monopólios.
Fonte: Tema 3 da Rota de Aprendizagem 2. 
Questão 3/10 - Economia Política
Veja a imagem abaixo:
Para todos verem: Na foto, antiga, há homens, em pé, vestidos de macacões iguais trabalhando em uma fábrica, manuseando grandes máquinas.
O surgimento do capitalismo formou uma nova classe, formada pelos trabalhadores. Há também a ascensão de uma burguesia mercantil, por meio do desenvolvimento do comércio mundial e de processos violentos de saque, colonização e pilhagem, aquilo que Marx chama de “o segredo da acumulação primitiva”. A classe trabalhadora era formada por ex-camponeses que foram expropriados das terras em que trabalhavam, por meio dos cercamentos (enclosure laws), que começou na Inglaterra. Considerando os conteúdos discutidos no capítulo 1 do livro-base de Economia Política a respeito das leis dos cercamentos, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas.
I. A nobreza feudal cercava ou fechava terras e expulsava os camponeses delas
PORQUE
II. destruía os laços feudais, o que acabou obrigando os camponeses a buscarem sustendo nas cidades e produzirem força de trabalho para a indústria.
Nota: 10.0
	
	A
	As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I.
	
	B
	As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I.
Você assinalou essa alternativa (B)
Você acertou!
Ambas são verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I. O processo de expulsão dos camponeses dos campos não apenas ajudoua destruir os laços feudais, mas também,
 ao obrigá-los a buscar sustento nas cidades, ajudou a produzir a moderna força de trabalho, essencial para a nascente indústria e componente fundamental do capitalismo como modo 
de produção. O país que reuniu mais rapidamente as condições para o pleno desenvolvimento do capitalismo industrial foi a Inglaterra, que, já no século XVII, dominava o comercio 
mundial e, no século XVIII, havia avançado radicalmente o processo de expropriação dos camponeses por meio das já mencionadas leis dos cercamentos, transformando as antigas terras comunais, base das relações feudais, em propriedade privada. A Inglaterra que havia também experimentado sua revolução agrícola, dispunha de capitais abundantes e de grandes reservas de mão de obra, além de contar com um subsolo rico em carvão e ferro, condições indispensáveis para a indústria que viria a se desenvolver (Hunt, 2005).
Referência: CALABREZ, Felipe Introdução à economia política: o percurso histórico de uma ciência social. Curitiba: Intersaberes, 2019, capítulo 1.
	
	C
	A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
	
	D
	A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.
	
	E
	As asserções I e II são proposições falsas
Questão 4/10 - Economia Política
Leia o trecho a seguir: 
"O pensamento de Marx em torno do Estado e da sociedade civil pode ser encontrado no decorrer de sua vasta produção, desde 1843-44 até a publicação de O capital. Entretanto, os textos produzidos em Paris, conhecidos como Manuscritos Econômico-Filosóficos, juntamente com a Crítica da filosofia do direito de Hegel - Introdução e A questão judaica, podem ser considerados os marcos iniciais da crítica marxiana à produção da filosofia idealista e política da época. Nesses escritos, Marx já demonstra que as contradições e os fetiches da sociedade capitalista impregnam a filosofia idealista e política, marcadas pela não ultrapassagem do nível aparente da realidade. Para Marx, era preciso alcançar o conteúdo essencial da sociedade burguesa. Sua crítica dizia respeito às operações da filosofia idealista que insistia em tomar o Estado, a população, o dinheiro e assim por diante, categorias descoladas da totalidade social".
Fonte: SOUZA, Estado e sociedade civil no pensamento de Marx. Estado e sociedade civil no pensamento de Marx. Serviço Social e Sociedade. São Paulo, n. 101, p. 25-39, jan./mar. 2010. p. 35. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/sssoc/n101/03.pdf>.
Tendo em conta o trecho citado acima e os conteúdos trabalhados no decorrer da disciplina, assinale a alternativa que indique corretamente o entendimento marxiano sobre o Estado:
Nota: 10.0
	
	A
	O Estado, dentro de um enquadramento marxiano, pode ser definido como um órgão legal que controla as fronteiras nacionais e condiciona o comportamento da população em seu 
interior por meio de um ordenamento jurídico.
	
	B
	Para Marx o Estado é uma realidade material imprescindível para a reprodução do capitalismo, uma vez que é por meio dele que as classes sociais garantem os seus direitos 
fundamentais.
	
	C
	Para a teoria marxista o Estado é uma instituição política desconectada das relações de produção. Portanto, a sua atuação se resume a esfera jurídica como garantidor da lei e da 
ordem.
	
	D
	A noção marxista de Estado o concebe como a entidade capaz de centralizar o poder e monopolizar a utilização da força dentro do seu território.
	
	E
	No pensamento marxiano o Estado é visto como reflexo das das relações de poder instituídas na base do sistema capitalista, de modo que ele se converte em um agente garantidor 
dos interesses da classe dominante (burguesia). 
Você assinalou essa alternativa (E)
Você acertou!
Sob a perspectiva marxiana, a política e o Estado não possuem vida própria, ou autonomia, em relação à sua infraestrutura. Eles só podem ser o reflexo das relações de poder que se 
estabelecem na base, nas relações econômicas, ou, se quisermos, na sociedade civil. Sendo assim, temos a impossibilidade da existência de um “Estado racional”, que se coloque 
acima das partes em conflito. O poder do Estado não paira no ar, ele deriva do poder da classe dominante. Dessa perspectiva de Estado como garantidor dos interesses da classe 
dominante surgirá o debate marxista sobre o Estado, que será brevemente apresentado.
Fonte: Rota de Aprendizagem da Aula 3. Economia Política. Material para a impressão, p. 6
Questão 5/10 - Economia Política
Leia o texto abaixo:
“A afirmação de que as tentativas de compreender o capitalismo começaram com Adam Smith é, naturalmente, muito simplista. O capitalismo como sistema econômico, político e social dominante surgiu muito lentamente, em um período de vários séculos, primeiro na Europa Ocidental e, depois, em grande parte do mundo. À medida que surgia, as pessoas buscavam compreendê-lo. Para resumir as tentativas de compreender o capitalismo, é necessário, primeiro, defini-lo e, então, rever resumidamente as principais características históricas de seu aparecimento. Deve-se afirmar desde já que não há consenso geral entre economistas e historiadores econômicos quanto ao que sejam as características essenciais do capitalismo. De fato, alguns economistas sequer acreditam que seja útil definir sistemas econômicos diferentes; eles acreditam em uma continuidade histórica, na qual os mesmos princípios gerais são suficientes para compreender todos os ordenamentos econômicos. Entretanto, a maioria dos economistas concordaria que o capitalismo é um sistema econômico que funciona de modo bem diverso dos sistemas econômicos anteriores e dos sistemas econômicos não capitalistas.”
Fonte: Hunt, E. K.; Lautzenheiser, M. História do pensamento econômico [tradução de André Arruda Villela]. - Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.
Considerando o trecho citado acima e os conteúdos discutidos na disciplina de Economia Política, assinale a alternativa que apresente, corretamente, o contexto de surgimento da Economia Política como atividade científica:
Nota: 0.0Você não pontuou essa questão
	
	A
	Surgiu com o advento da modernidade e do socialismo na União Soviética.
	
	B
	Surgiu com o advento do feudalismo e durante a Idade Média, na intenção de se considerar a economia como uma esfera autônoma.
	
	C
	Surgiu com o advento do capitalismo industrial, mas a disciplina continuou tratando a produção de riquezas e a ordem econômica como um produto da religião e crenças.
Você assinalou essa alternativa (C)
	
	D
	Surgiu com o advento do capitalismo tecnológico, e nessa seara, a disciplina passou a tratar a produção de riquezas e a ordem econômica como um produto da religião e crenças.
	
	E
	Surgiu com o advento do capitalismo industrial e a modernidade, a partir disso, as atividades econômicas passaram a ser consideradas como produto da sociedade e não de ordem 
divina.
É amplamente aceito entre os historiadores econômicos que o surgimento da economia política como atividade científica data do século XVIII, na Europa, em momento próximo ao 
advento do capitalismo industrial como sistema produtivo. No entanto, o termo economia política pode ser encontrado em escritos anteriores. Admite-se que o termo teria sido 
inicialmente empregado por Antonie de Montchrestien, mercantilista francês (1576-1621), em obra intitulada Traité d'Économie Politique (1615), tendo sido adotado posteriormente 
por James Steuart na obra Inquirity into principies of Political Economy, de 1770, contexto a partir do qual adquiriu uso corrente (Avelãs Nunes, 2007). [...] Podemos dizer que a novidade
 apresentada pela nascente economia política foi a de passar a tratar o modo como a sociedade organizava a produção e a distribuição de suas riquezas como uma esfera autônoma 
em relação a outras esferas da vida social, sendo, portanto, submetida a leis próprias, o que, por sua vez, acabou exigindo a constituição de uma área específica do conhecimento. Isso
 não significa que muito já não tivesse sido escrito sobre aspectos econômicos da sociedade, sobre problemasde abastecimento e sobre fartura e miséria de indivíduos ou povos. O 
que não havia existido até o advento da Modernidade (século XVIII) era a noção de que os processos econômicos poderiam ser compreendidos como processos orientados por uma 
lógica própria, não mais de ordem divina, religiosa ou meramente política.
Referência: CALABREZ, Felipe Introdução à economia política: o percurso histórico de uma ciência social. Curitiba: Intersaberes, 2019, capítulo 1.
Questão 6/10 - Economia Política
Leia o trecho a seguir:
"Smith praticamente “inventa” a escola mercantilista (na verdade um conjunto de políticas, artigos, panfletos, propaganda, etc.) ao sistematizar no Livro IV os seus pontos centrais antes de combatê-los. Segundo ele, as principais características desse sistema seriam: a identificação de riqueza com riqueza metálica, e a ideia de que para deter metais era preciso manter a Balança Comercial superavitária. Aceitos esses princípios, “(...) tornou-se necessariamente o grande objeto da (Economia Política [dos mercantilistas], diminuir tanto quanto possível a importação de produtos externos para o consumo doméstico, e aumentar tanto quanto possível a exportação do produto da indústria doméstica. Seus dois grandes mecanismos para enriquecer um país, portanto, eram restrições sobre importações e incentivos às exportações. Ao Estado caberia, então, intervir na vida econômica de forma a garantir que a ação dos indivíduos engendrasse o maior acúmulo possível de metais para a nação".
Fonte: MATTOS, Laura Valadão de. As razões do laissez-faire: uma análise do ataque ao mercantilismo e da defesa da liberdade econômica na Riqueza das Nações. Revista de Economia Política 27 (1), 2007, p. 112. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rep/v27n1/06.pdf>. 
Tendo em conta o trecho citado acima e os conteúdos trabalhados na disciplina sobre as ideias mercantilistas, análise as afirmações abaixo e depois assinale a alternativa que faz uma análise correta:
I. Para o mercantilismo a quantidade de metal a circular entre os países era fixa, de modo que o acúmulo de moeda por um país implicava na redução de moeda em outro país. 
PORQUE
II. Dentro da concepção mercantilista sobre o comércio internacional o incremento de moeda por um país condiciona o incremento do poder desse mesmo país e a perda de poder pelos demais.
Nota: 10.0
	
	A
	As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I.
Você assinalou essa alternativa (A)Você acertou!
Essa alternativa é correta porque as asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I. A afirmação I é verdadeira, porque, conforme se lê no material da aula 1,
 boa parte dos mercantilistas entende que a quantidade de metais a circular entre os países que comerciavam entre si era fixa. Dessa maneira, o acúmulo de moeda por parte de um 
país significava a redução dessa moeda em outro país, resultando num jogo de soma zero. A afirmação II está correta porque o entendimento anterior revela um traço fundamental da
 visão mercantilista sobre o comércio internacional: o acúmulo e incremento de riqueza e poder (que, lembre-se, para os mercantilistas, sempre andam juntos) de uma nação implica 
uma perda correspondente de riqueza e poder para as demais nações. Por conseguinte, pode-se perceber que a primeira é uma justificativa para a segunda, uma vez que a lógica 
de soma zero existente na concepção mercantilista implica que o acumulo de riqueza/moeda por um país signifique acumulo de poder por esse mesmo países - e perda de poder por
 parte dos demais países que compõem o sistema econômico internacional. Assim, para as relações internacionais tratava-se da lógica de competição interestatal - os mercantilistas
 concebiam as relações de comércio externo como relações entre nações, uma lógica que não dispensava o usa da força, do poderio militar e da expansão do domínio colonial, mar-
cada pela exploração, dominação e violência. Em uma palavra, trata-se da lógica do poder.  
Fonte: Rota de Aprendizagem da Aula 1. Economia Política. Material para a impressão.
	
	B
	A asserção I uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa
	
	C
	A asserção II uma proposição verdadeira, e a I é uma proposição falsa
	
	D
	As asserções I e II são proposições falsas
	
	E
	As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa da I
Questão 7/10 - Economia Política
Leia o trecho a seguir:
"Fornecer os elementos necessários para compreender cientificamente o mundo humano tornou-se o principal objetivo da reflexão econômica em Marx, que desde cedo foi levado a dialogar e a se contrapor com a economia política clássica. Esses diálogos e contraposições se deram de modos diferenciados em relação a cada um dos autores que podem ser agrupados no ambiente comum da economia clássica (Marx separa os verdadeiros “economistas clássicos”, como Adam Smith ou Ricardo, dos “economistas vulgares”, como Malthus). Esta nota que se ergue do fundo da economia política, sobretudo pela assimilação e superação da contribuição economicista de David Ricardo (1772-1823), se tornará soberana e fundamental no acorde de Marx a partir do final de 1844, quando o centro de sua análise passa a ser o trabalho e seus interesses voltam-se quase que exclusivamente para o estudo da economia capitalista e da história desse período."
Fonte: BARROS, José D’Assunção. O conceito de alienação no jovem Marx. Tempo Social, revista de sociologia da USP, v. 23, pp. 223-245, n. 1 - p. 228-229. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ts/v23n1/v23n1a11>. 
Tendo em conta o trecho citado acima e os conteúdos trabalhados no decorrer da disciplina, assinale a alternativa que indique e explique corretamente a principal metodologia utilizada por Marx:
Nota: 10.0
	
	A
	Marx parte da abordagem do materialismo histórico. Essa metodologia confere primazia às relações materiais e ao trabalho como forma de explicar a sociedade, sempre situando-os historicamente. 
Você assinalou essa alternativa (A)Você acertou!
Como vimos na aula 3, a resposta correta é o materialismo histórico. Essa metodologia conferia primazia às relações materiais e ao trabalho, e conduz Marx ao estudo da 
economia política inglesa - Assim, situando historicamente sua investigação materialista, Marx estava preocupado em compreender a anatomia da sociedade civil (ou sociedade 
burguesa), pois ali, na esfera das relações sociais concretas, e não na esfera jurídico-política e nas grandes doutrinas filosóficas, estaria a chave para entender as engrenagens que 
movem a história. Por esse percurso que Marx conclui: “A anatomia da sociedade civil deve ser procurada na economia política” (Marx, 2011, p. 4-5). 
A primeira está incorreta porque, por mais que autor se utilizasse do método dialético, não defendia que todas as teses podem ser depostas. A segunda está incorreta porque nunca 
existiu uma metodologia socialistas (é um sistema econômico); a terceira está incorreta porque as relações ideacionais não são centrais na metodologia marxiana (embora ele venha a 
discutir a superestrutura e a importância de formas ideológicas de dominação); a quarta está incorreta porque ceticismo histórico não é uma metologia. 
Fonte: Rota de Aprendizagem da Aula 3. Economia Política. Material para a impressão, p. 2-3.
	
	B
	Marx partia do ceticismo histórico. Esse modo de análise conduz o pesquisador a questionar os elementos materiais que compõem a sociedade e modo como eles determinam e 
condicional a realidade social. 
	
	C
	Marx se utiliza da dialética hegeliana, de modo que é concedido centralidade às relações ideacionais que condicionam e definem o modelo de produção capitalista.
	
	D
	Marx aplicava uma metodologia socialista, centrada em sua teoria do valor-trabalho. Dessa maneira, para o autor os elementos que determinam as  relações sociais em um Estado são 
a moeda e a dominação capitalista. 
	
	E
	Marx empregava o materialismo dialético, de modo que para ele todas as teses poderiam ser depostas nas ciênciaseconômicas a partir da construção de modelos de análise críticos 
ao capitalismo.
Questão 8/10 - Economia Política
Leia o trecho a seguir:
"A influência de Engels será um divisor de águas na produção intelectual de Marx. Até aquela altura de sua trajetória intelectual, Marx ocupara-se essencialmente do problema da alienação humana nas suas diversas formas (inclusive no trabalho, mas também na religião, na política, nas próprias relações ecológicas do homem com a natureza). Ao mesmo tempo, seu viés era mais filosófico, seus interesses mais abrangentes, sua tonalidade mais intensamente humanista . Ao entrar em contato intelectual com o livro A situação da classe trabalhadora na Inglaterra (1845), Marx perceberia, ou julgaria perceber (conforme se dê ou não crédito à sua escolha ou descoberta), que a alienação produzida no mundo do trabalho era o ventre materno de todas as alienações – a raiz do “estranhamento” que lançava no sofrimento e na inconsciência o homem comum do mundo moderno".
Fonte: BARROS, José D’Assunção. O conceito de alienação no jovem Marx. Tempo Social, revista de sociologia da USP, v. 23, pp. 223-245, n. 1 - p. 229.  Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ts/v23n1/v23n1a11>. 
Tendo em conta o trecho citado acima e o conteúdo da disciplina, assinale a alternativa que apresente corretamente a relação entre trabalho e alienação no capitalismo dentro do pensamento marxiano:
Nota: 10.0
	
	A
	Para Marx, sob a égide capitalista o trabalho é alienado porque o homem não se reconhece naquilo que faz e produz, uma vez que, mesmo sendo o agente produtor, ele participa apenas parcialmente do processo produtivo e o fruto do seu trabalho acaba lhe sendo subtraído em decorrência do modo social de organização da produção. 
Você assinalou essa alternativa (A)
Você acertou!
Assim, a essa afirmação está correta porque para Marx sob o capitalismo, o homem não se reconhece no que faz, no que produz. Trata-se de um trabalho alienado. Alienado sob um duplo aspecto: porque 
o produtor só participa de uma pequena parte do processo produtivo, restrito a operações simples e repetitivas, e alienado porque o fruto do seu trabalho lhe é subtraído por conta do modo social de organização
 da produção, marcado pela propriedade privada dos meios de produção, de um lado, e do trabalhador destituído desses meios, de outro.
A segunda está incorreta porque Marx está se referindo ao fato de que o trabalhador, no modo de produção capitalista, não possui acesso a todo o processo de produção e se aliena em sua tarefa. Assim,
 não se refere a uma segmentação entre trabalho intelectual e manual - embora isso possa ser uma consequência. A terceira está incorreta porque o trabalhador só tem acesso parcial (a sua tarefa) ao modo 
de produção e Marx não fala de habilidade em processar informações quando se refere a alienação. A quarta está incorreta porque Marx não vê a alienação como natural - é um fenômeno social advindo do modo de produção capitalista. A quinta está errada porque a alienação não dá sustentação a um modelo de desenvolvimento que tem o trabalhador como centro. Pelo contrário, eles dão sustentação à dominação capitalista. 
Fonte: Rota de Aprendizagem da Aula 3. Economia Política. Material para a impressão, p. 2.
	
	B
	De acordo com a teoria marxiana o trabalho é considerado alienado porque a produção capitalista acaba por dirimir o trabalho intelectual dos processos produtivos. Dessa forma, 
cria-se uma segmentação entre trabalho físico e intelectual, sendo o primeiro completamente alienado e ignorante.
	
	C
	Marx compreende que o trabalho, dentro do sistema capitalista, conduz o operário a estabelecer uma visão global sobre o sistema de produção. Todavia, a incapacidade desse 
operário em processar essas informações acaba tornando-o alienado.
	
	D
	Dentro do pensamento marxiano a alienação é um processo natural que acaba sendo amplificado pelo modo de produção capitalista, uma vez que esse acaba incentivando que o 
trabalhados se especialize e aperfeiçoe em suas atividades e, consequentemente, não desenvolva interesses culturais. 
	
	E
	Alienação e trabalho, em Marx, constituem-se em fenômenos políticos e econômicos inerentes ao modo de produção capitalista. Dessa forma, eles são considerados como complementares e dão sustentação a um modelo de desenvolvimento que tem o trabalhador como centro.
Questão 9/10 - Economia Política
Leia o trecho a seguir:
"O utilitarismo teórico (ou, se se preferir, a axiomática do interesse), o que tenta explicar a ação humana pelos cálculos egoístas dos indivíduos ou dos grupos, está já bem presente no pensamento antigo, onde, contudo, não é ainda verdadeiramente dissociado das preocupações normativas e da interrogação do bem. De igual modo, nas teorias jusnaturalistas ele continua subordinado à procura das normas da justiça. É só com o nascimento das ciências sociais e, mais precisamente, com o nascimento da Economia Política – digamos em 1776 – que ele se emancipa do discurso filosófico e da preocupação moral, para se apresentar sob aspectos puramente científicos, se por ciência entendermos a procura de propostas cognitivas que sejam totalmente independentes das propostas normativas".
Fonte: CAILLÉ, Alain. O princípio de razão, o utilitarismo e o antiutilitarismo. Soc. estado. vol. 16 no. 1-2 Brasília June/Dec. 2001. p. 35. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-69922001000100003>. 
Tendo em conta o trecho citado acima e os conteúdos discutidos ao longo da disciplina, analise as afirmações abaixo sobre o utilitarismo econômico e depois assinale a alternativa que indique apenas as corretas:
I. O utilitarismo, de forma geral, entende que toda a motivação humana, em qualquer tempo e lugar, pode ser reduzida ao único princípio de que sempre se busca maximizar o prazer e minimizar a dor.
II. Para as análises econômicas neoclássicas, o utilitarismo conduz ao entendimento de que se deveria sempre partir da concepção de que o indivíduo constitui-se em agente racional e maximizador de prazeres e utilidade. 
III. A fundamentação utilitarista na economia proporcionou a sofisticação das teorias do valor-trabalho ao agregar a explicação sobre a formação do valor de troca e do preço das mercadorias a partir da noção de utilidade.
IV. Assim, o cálculo do máximo prazer, para a teoria econômica, converte-se em um cálculo do máximo lucro, pensado como um comportamento pouco racional, uma vez que envolve a busca irrefreada pela obtenção do lucro absoluto.
Nota: 10.0
	
	A
	Apenas as afirmações I, II e III estão corretas
	
	B
	Apenas as afirmações II, III e IV estão corretas
	
	C
	Apenas as afirmações I, II e IV estão corretas
	
	D
	Apenas as afirmações I e II estão corretas
Você assinalou essa alternativa (D)
Você acertou!
Apenas as afirmações I e II estão corretas. De acordo com o material da aula 2 a afirmação I está correta porque O utilitarismo foi uma corrente filosófica do século XVIII que exerceu influência determinante sobre o desenvolvimento da 
teoria econômica dos séculos XIX e XX, de matriz neoclássica. Tendo Jeremy Bentham (1748-1832) como seu principal expoente, o utilitarismo parte da máxima de que toda a motivação humana, em qualquer tempo e lugar, pode ser
 reduzida a um único princípio: maximizar o prazer e minimizar a dor. A afirmação II está correta porque Essa máxima, derivada de uma filosofia do indivíduo, tornou-se o paradigma econômico dominante, representado pela escola 
neoclássica. Sob essa ótica, toda e qualquer análise econômica deveria partir do princípio do indivíduo como agente racional maximizador de prazeres e utilidade. A afirmação III está incorreta porque, tendo o utilitarismo como
 fundamentação filosófica da ação individual, essa corrente rejeitou as teorias do valor-trabalho como explicação da formação do valor de troca e do preço das mercadorias, colocando em seu lugar a teoria do valor utilidade. 
A afirmação IV está incorreta porque, no campo da teoria econômica, o cálculo do máximo prazer torna-seo cálculo do máximo lucro, e esse cálculo é sempre o comportamento esperado e justificado como racional.
Fonte: Rota de Aprendizagem da Aula 2. Economia Política. Material para a impressão, p. 5.
	
	E
	Apenas as afirmações I e III estão corretas
Questão 10/10 - Economia Política
Leia o texto abaixo:
“O passo seguinte de Ricardo é examinar o impacto de uma variação nos salários e, por consequência, na taxa de lucro, sucedida no segundo período, sobre os valores indicados. Dada a impossibilidade de aumento salarial sem queda no retorno dos capitais, uma folha de pagamento de £5.046 para cada produtor força a taxa de lucro a declinar para 9%. O valor do trigo não se altera, mas o do tecido e do vestuário sim, pois agora se tem £5.500 referentes ao valor adicionado pelo capital circulante no segundo ano, mais £495 por conta do lucro devido ao capital fixo, perfazendo £5.995” (ARTHMAR, 2014, p. 144).
Fonte: ARTHMAR, Rogério. Ricardo, o tempo e o valor. Estudos Econômicos, São Paulo, v. 44, n. 1, p. 133-152. 2014. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-41612014000100005&lng=en&nrm=iso>.
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Economia Política, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, as duas causas que, segundo David Ricardo, causam variações nos salários:
Nota: 0.0Você não pontuou essa questão
	
	A
	O valor agregado da mercadoria produzida e a capacitação técnica do trabalhador.
	
	B
	O tempo empregado em cada uma das funções e a eficiência produtiva do trabalhador.
	
	C
	A quantidade de mercadoria produzida e a quantia de trabalho empregada no processo.
Você assinalou essa alternativa (C)
	
	D
	O nível da performance apresentada pelo trabalhador e número de empregados da fábrica.
	
	E
	A oferta e procura de trabalhadores e o preço dos produtos consumidos pelos trabalhadores.
De acordo com os conteúdos do livro base, pode-se observar que com relação aos salários, David Ricardo (1974), assim como Adam Smith, opera com a distinção entre preço natural
 e preço de mercado. A variação dos salários se deve então a duas causas: 1) a oferta e procura de trabalhadores; e 2) o preço dos produtos consumidos pelos trabalhadores.
Referência: CALABREZ, Felipe. Introdução à Economia Política: o percurso histórico de uma ciência social. InterSaberes: Curitiba. 2020, p. 83, adaptado.

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