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THAYANNE GUSMÃO, P6 | PED 2 PATOLOGIAS BENIGNAS E MALIGNAS DOS OVÁRIOS Ovários: responsáveis pela gametogênese e produção hormonal. Função reprodutiva! Eventos cíclicos os torna suscetível a alterações AFECÇÕES BENIGNAS DOS OVÁRIOS As massas ovarianas estão muito relacionadas com a idade! A atrofia fisiológica favorece o desenvolvimento de afecções malignas ABORDAGEM DIAGNÓSTICA 1. Anamnese e exame físico 2. USG TVG 3. Doppler: é um método adicional neovascularização com baixa resistência (IR < 0,4) 4. CA 125: mais sensível para tumores epiteliais (+ comuns) 5. CA 19-9: mais sensível para tumores mucinosos Obs: teratomas não secretam marcadores. 6. Cirurgia NA USG TVG: Massa menor do que 8 cm, regular, única - A Cisto anecoico, regular, de tamanho um pouco maior - B Alterações sugestivas de malignidade: A: Massa heterogênea em FIE de contorno irregular, conteúdo ecogênico e vascularização em componente sólido. Em B: massa ecogênica complexa com vascularização no componente sólido da massa (*). Septações no ovário 7. RNM e TC: métodos auxiliares AFECÇÕES BENIGNAS NOS OVÁRIOS – NÃO NEOPLÁSICOS CISTOS FUNCIONAIS a) Cisto folicular: é o mais comum · 3-8 cm (maior diâmetro) · Frequente na menacme · Originado de um folículo estimulado que não rompeu (FSH) · Assintomáticas, achados no exame · Resolução em torno de 4-8 semanas b) Cisto de corpo lúteo: menos comum / LH estímulo · Corpo amarelo cístico · O mais comum é rotura e sangramento, porém pode ter regressão espontânea hipersensibilidade, dor bilateral ao exame (20 e 26º dia de ciclo menstrual) · Conduta expectante: se estabilidade c) Endometrioma: ¼ das mulheres (31-49 anos) · Implantes endometriais no ovário · Frequentemente compromete função ovariana (fertilidade) · Pode chegar 6-8 cm · CA 125 elevado (geralmente) · Dor pélvica · Dispareunia · Tto cirúrgico: drenagem do cisto maior recidiva. Cistectomia diminui a fertilidade · Tto conservador: ACO (redução temporária) Conteúdo hipoecogênico homogêneo, podendo haver septos e nódulos na parede do cisto AFECÇÕES BENIGNAS DOS OVÁRIOS – NEOPLÁSICOS 1. TUMORES PROLIFERATIVOS: EPITELIAIS (20-40 ANOS) a) Cistoadenoma seroso: 20 a 50 anos · Origem: epitélio superficial do ovário · 15-25% benignos · Multiloculares, calcificações firmes, base larga · Assintomáticas · Pode causar desconforto pélvico e inchaço abdominal · Corpos de Psammoma: áreas de granulação calcificada (vistas ao RX) · Tto cirúrgico CISTECTOMIA (preservação ovariana deve ser incentivada ou OOFORECTOMIA b) Cistoadenoma mucinoso: 15% dos benignos · 5-7% bilaterais, volumosos (50cm) · 3º e 4ª décadas de vida · Multilobulados, císticos, mucóide · Assintomáticos · Obs: pseudomixoma peritoneal: superprodução de muco ascite (mais associado ao carcinoma mucinoso) – é mais associado ao maligno · Tto cirúrgico: preservação ovariana pode ser considerada é prudente ooforectomia 2. TUMORES PROLIFERATIVOS: CÉLULAS GERMINATIVAS a) Teratoma císticos/cisto dermoide: 10-15% dos benignos · Menacme · Unilaterais em sua maioria – malignização rara: risco de torção 3,5% (porque é mais denso) · Composição: ectoderme, mesodérmicos e endodérmicos – tem muito conteúdo! · Cistos uniloculares folículos pilosos e material sebáceo (gordura) · Cartilagem, ossos, dentes, calcificações · Tto cirúrgico/conservador prole não definida 3. TUMORES SÓLIDOS BENIGNOS a) Fibroma: tumores do cordão sexual · Associado a ascite e hidrotórax · Aumento da pressão intratorácica negativa e passagem de líquido pelo diafragma: síndrome de Meigs b) Tumor de Brenner: epitélio transicional · Raramente maligniza · Também associado a síndrome de Meigs Tumores sólidos benignos: como tratar?? Idade x USG x complicações: na infância 80% são malignos · Pré-púbere cirurgia pediátrica · Pré-menopausa: · Pós-menopausa: AFECÇÕES MALIGNAS DOS OVÁRIOS · Mais comum: epiteliais – 40e 65 anos · Difícil diagnóstico: estágio avançado · É um dos canceres que mais mata · Obs: fase pré-puberal – 50% são malignas FATORES DE RISCO · História familiar · Nuliparidade · Indutores da ovulação · Fatores genéticos: BRCA 1 e 2/ SD LYNCH II · Menarca precoce e menopausa tardia Obs: a malignidade está associada a regeneração da superfície do ovário na ovulação, ou seja, fatores que inibem a função ovariana são fatores protetores. DIAGNÓSTICO 1. Clínico · Sintomas iniciais: não valorizados (sintomas de TGI), dor pélvica rara · Sinais: massa palpável (exame físico, bimanual) avançados: caquexia, ascite, abdome volumoso 2. USG pélvica + Doppler: lembrar dos critérios de malignidade · Cistos > 8cm espessados, multilobulados · Massas solidas · Neovascularização com IR < 0,4 e índice de pulsatilidade < 1 3. RNM e TC abdome e pelve: pré-operatório 4. Marcadores tumorais RASTREAMENTO Pacientes com risco de CA de ovário · Síndrome de Lynch II: rastreio a partir de 30 a 35 anos ou 5 a 10 anos antes da idade do primeiro caso de CA da família · Como é feito esse rastreio? Exame pélvico anual + CA 125 de 6 em 6 meses + USG TVG de 6 em 6 meses ou anual · Mesmo não sendo consenso, na população geral após menopausa: exame pélvico anual e USG TVG · Não existe nenhum protocolo de rastreamento para CA de ovário – só vai funcionar se reduzir a mortalidade, no CA de ovário não existe de rotina exceto as pacientes com a patologia de síndrome de Lynch ESTADIAMENTO CIRÚRGICO E TERAPÊUTICO TRATAMENTO Estágio Ia e Ib (grau I e II) histerectomia + ANEXECTOMIA (retirada dos anexos – trompas e ovários) Estágios Ia e Ib grau III e estágio Ic histerectomia + ANEXECTOMIA. Quimioterapia (adjuvante) Estágios II e III cirurgia citoredutora e Quimioterapia. Além de Poliquimioterapia (adjuvante) Estágios IV cirurgia citoredutora ou quimioterapia exclusiva Obs: radioterapia é pouco utilizada
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