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Tipos de Exploração de Olerícolas

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RESUMO DE OLERICULTURA
INTRODUÇÃO
Características da Produção de Hortaliças
- Atividade econômica altamente intensiva
- Ciclo geralmente curto
- Aproveitamento de áreas marginais
- Utilização de Pequenas Áreas
- Utilização Intensiva de Mão de Obra
- Requer Alta Tecnologia
- Possibilidade de alta renda bruta e líquida por unidade de área
- Atividade de alto risco em relação à outras opções agrícolas
A olericultura é uma cultura altamente intensiva tanto das áreas quanto à mão de obra necessária, está totalmente ligada às tecnologias. Como o ciclo é geralmente curto, podem ser usadas pequenas áreas, então se soubermos manejar essas pequenas áreas poderá gerar renda.
A maioria das olerícolas foram introduzidas no Brasil, vindas de diversos lugares do mundo, então a mão de obra é muito importante para atender às características da cultura, proporcionar o manejo ideal, pois poderá ser um cultivo de risco.
TIPOS DE EXPLORAÇÃO OLERÍCOLA
Quando Filgueira fez este capítulo do livro, quais parâmetros que ele levou em consideração para separar os tipos? O número de espécies, a finalidade ao qual essa exploração se propõe, localização da base geográfica, e o grau de tecnologia utilizado.
1. Exploração Comercial Diversificada
- Áreas pequenas com diversas culturas
- Comercialização da produção junto a varejistas ou o produtor é o varejista
- Atividade típica de cinturões verdes, que explora a vantagem de estar próxima de centros urbanos
- Tende a entrar em competição com empreendimentos imobiliários
- Olericultores profissionais
Esse tipo de exploração tem como objetivo a comercialização, e também usa um número de espécies maiores. Podemos encontrar este tipo de exploração nos arredores da cidade, vulgo áreas marginais, esse cultivo é o mais abordado na olericultura. É uma atividade típica de cinturões verdes, encontrada próximas a centros urbanos, normalmente esses sistemas são pequenos, apresentando tamanho médio de 0,65ha.
Como funciona? Geralmente o agricultor faz a colheita na parte da manhã ou madrugada, por ser um horário não muito quente, por ser alimentos muito perecíveis. É feita a higienização após a colheita, essas folhosas são imergidas em água. Muitas vezes o transporte e acondicionamento não são feitos de maneira ideal, o que diminui ainda mais a vida do produto, muitas vezes são transportadas em caixas de plástico, transportadas ao ar livre e muitas vezes em pleno sol. 
A comercialização pode ser feita com varejistas (mercados, sacolões), porém o mercado só para ao produtor o produto que é vendido, então caso ocorra perdas que será prejudicado é o produtor. O acondicionamento das hortaliças em supermercados é feito me maneira péssima, muitas vezes as folhosas são acondicionadas em gôndolas sem climatização nenhuma, o que com certeza irá gerar perdas.
Muitas das vezes o produtor já perde cerca de 50% da produção de alface, por exemplo, antes mesmo da colheita por ser uma cultura frágil e muito susceptível às condições climáticas e pragas, pendoamento precoce, uso de cultivares inapropriadas. 
Essas áreas de produção marginais muitas vezes entram em competição com empreendimentos imobiliários, por estarem muito perto dos centros urbanos, por isso muitas vezes a olericultura regional acaba cedendo para a construção civil. As cidades crescem e engolem a produção olerícola, os produtores ganham seu dinheiro vendendo essas terras, o que acaba sendo um investimento, ou mesmo a olericultura permanece no local, porém cada vez em menores áreas.
O maior desafio da olericultura é fornecer os nutrientes necessários no curto espaço de tempo em que a cultura está no campo. Alguns produtores usam a adubação de forma errônea e acabam encarecendo o produto, visto que nem sempre a cultura necessita de suplementação de nutrientes, e sim de correção do solo para diminuir a acidez.
Relacionado às tecnologias, muitos agricultores optam por sementes peletizadas, pois são mais vigorosas e são submetidas ao processo de pré germinação, visto que algumas hortaliças tem como característica a dormência de sementes. A criação de viveiros está crescendo muito, juntamente com os sistemas de irrigação. Essas novas tecnologias se tornam cada vez mais presente na vida dos agricultores para facilitar o cultivo e aumentar o tempo de prateleira dos produtos.
2. Exploração Comercial Especializada
- Menor número de hortaliças (1,2,3 ou no máximo 4 o números de espécies cultivadas)
- Exploram áreas quase sempre maiores
Tecnologia de Produção Avançada
- A propriedade rural localiza-se longe dos centros urbanos
- Comercialização feita via atacadistas, CEASAs e supermercados
- Praticada por empresários
Qual a finalidade? Comercialização. Porém é uma comercialização ESPECIALIZADA, devido a restrição de espécies cultivadas, não teremos a diversificação vista na exploração estudada anteriormente. Esse tipo de exploração usufrui mais das tecnologias, a base de localização também é bem diferente da exploração anterior, e a produção é escoada através de rodovias. Nesse tipo de exploração o produtor geralmente são grandes grupos empresariais, e ele não quer saber de conversar com pequenos locais para venda, feiras, supermercados pequenos, ele quer locais maiores como atacadistas. Eles podem elevar o preço do produto devido as melhores embalagens, e voltar esse produto a classe de compra com maior poder aquisitivo, comercializar os produtos em centrais de abastecimentos e grandes redes de supermercados.
As áreas que mais usam esse tipo de exploração encontram-se no triangulo mineiro, ali perto de São Gotardo, Rio Paranaíba, temos também outra região, ali no centro oeste no Goiás, nas cidades de Cristalina e Anápolis e uma região que está despontando agora, localizada na chapada diamantina. São regiões planas, que permitem a mecanização e utilização de tecnologias avançadas, por exemplo o pivô central. 
Além da cenoura, que é a quinta maior hortaliça cultivada, temos a batata, cebola e alho. O pós colheita demonstra que essas são culturas perecíveis, com valor mais agregado. Pois são produtos importantes na alimentação e dificilmente são substituídas.
É um sistema em que normalmente colocam-se as grandes culturas no final do ano, e entram as hortaliças no outono/inverno, junto com as grandes culturas de outono/inverno. Os locais que vimos como base da produção de hortaliças, são locais mais frios no outono/inverno e são planices que ganham em relação a altitude, em torno de 800m, o que nos dá uma produção ótima de hortaliças, então nesse tipo de exploração ganhamos na produção pelo fator clima ser ideal, com isso as tuberosas vão se conservar por mais tempo, chagando a ser conservadas por até 3 meses. 
3. Para Fins de Industrialização
- As culturas se encontram em grandes áreas plantadas de maneira extensiva
- Grau de mecanização elevado
- Custos de produção por unidade de área menores do que o cultivo para consumo in natura
- Os plantios são efetuados com a finalidade de fornecer matéria prima e abastecer agroindústrias
-Caracteriza-se por haver um contato prévio entre o produtor e a agroindústria
- Exemplos: ervilha seca, tomate industrial, milho doce, pimentão (páprica), alho poro (desidratado para preparo de sopas).
É um sistema ainda mais especializado, pois há o trabalho com uma cultura somente. Para esse tipo de exploração de hortaliças faz-se um contrato entre o produtor e a indústria, o que é bastante rentável para o produtor. Pois algumas industrias até mesmo fornecem insumos técnicos, fitossanitários para que o produtor consiga entregar o que está previsto no contrato. Muitas agroindústrias estão presentes no estado de Goiás, onde a produção de milho doce é bem alta, por hectare alguns produtores podem chegar a ganhar cerca de 100mil reais.
Nesse sistema usamos cultivares diferenciadas, como por exemplo crescimento determinado, a planta se auto poda, produzindo inflorescência, desse modo o tomate pode ser cultivado de maneira extensiva, e atrelado a mecanização, há uma maior produção por unidade de área ocasionando um menor custopor unidade de área, ou seja, é mais rentável para o produtor. O cultivo é totalmente mecanizado, usando-se adubadoras, plantadoras, e o transporte geralmente é realizado a granel.
4. Horta doméstica, recreativa ou educativa
- Objetivo primordial: subsistência ou suplementação alimentar da família ou comunidade.
- Pequenas áreas próximas à habitação, escola ou creche, dentro de apartamento quartéis, centro de recuperação ou penitenciárias
- Uso intensivo de mão-de-obra e procuram evitar o uso de agrotóxicos
- Trabalhos executados manualmente.
A finalidade da horta doméstica é a suplementação da base alimentar da família. A recreativa é tida como hobby, terapia. Nesse tipo de exploração são trabalhados muito a questão de ensino e aprendizado, e também questões sociais. Esse tipo de exploração é mais artesanal, sem tecnologias, uso de materiais para jardinagem, é reaproveitado o lixo orgânico da casa e usado na horta. 
Esse tipo de produção pode ser realizado no fundo dos quintais, mesclando-se com o paisagismo, varandas de apartamento, jardins de escolas, terraços de apartamentos. É mais uma questão de ocupar a mente e criar o seu próprio sistema de produção. 
5. Cultivo Protegido de hortaliças
- Exploração diferenciada das demais
- Possibilidade de Controle de alguns fatores climáticos
-Requer o desenvolvimento ou a adaptação de tecnologias para a melhoria da qualidade da produção e o aumento da produtividade, com redução do uso de insumos.
- Uso instensivo do solo e instalações
- Principais culturas: alface, tomate, pimentão e berinjela. Outras já estão sendo exploradas, inclusive plantas condimentares
Possui alto nível de tecnologia, materiais excelentes e produtos únicos, controle de pragas e doenças avançado. São cultivadas culturas com valor agregado, alface é o carro chefe. Uso intensivo, seja de culturas onde o sistema for feito em canteiros ou até mesmo a hidroponia, ou seja, não é um sistema fácil pois requer muito mais cuidados do que um sistema a céu aberto, pois é muito mais problemático, por exemplo, um fungo em uma casa de vegetação do que a céu aberto. Nesse tipo de exploração há possibilidade do controle de fatores climáticos, como por exemplo a chuva de granizo, tempestades muito fortes.
Esse método, sem implementado de maneira certa, tem uma rentabilidade ótima para cultivo de hortaliças.
6. Viveiricultura
- Iniciou-se no ano de 1980 a produção de mudas de espécies oleráceas (tomate, alface e pimentão).
- Fornecimento de mudas com garantia de qualidade, inclusive fitossanidade, ao olericultor.
- Vantagens ponderáveis ao olericultor em deixar essa fase sob os cuidados de um especialista
- Atividade especializada altamente lucrativa.
Em países como EUA e Holanda esse método é utilizado há muitos anos, e no Brasil foi introduzido no ano de 1980, geralmente é desenvolvido por um técnico agrícola ou um engenheiro agrônomo. Se manejada de maneira ideal, é altamente lucrativa, pois o comércio de mudas está cada vez maior, uma vez que os agricultores estão cada vez mais exigente na qualidade e certificação de mudas. O olericultor também pode contratar o engenheiro/técnico agrícola para produzir as mudas que ele precisa, pois assim sobra mais áreas para ele cultivar, não há preocupação com a contaminação dessas mudas, não há preocupação com toda a montagem do processo de produção da muda, então, como o sistema é complexo há a terceirização desse trabalho.
7. Produção de sementes Botânicas
- Exige muito mais conhecimento do produtor em relação à obtenção de hortaliças para mercado.
- Empresas produtoras de sementes contratam e orientam culturas com tal finalidade, inclusive fornecem a semente básica necessária e dão orientação técnica.
- Na situação atual, dificilmente se justifica a produção de sementes por parte do olericultor.
Nessa exploração há a divisão de produção de sementes e olericultura, na produção de sementes há a preocupação do distanciamento de canteiros se a planta for autógama ou alógama. Também não são em todos os locais do Brasil que conseguiremos produzir sementes de olerícolas, devidos às condições de climas. Normalmente empresas grandes contratam os produtores de sementes certificados para a produção, terceirizando o trabalho e obtendo sementes certificadas e de qualidade.
8. Produção de Estruturas vegetativas
- Espécies oleráceas de propagação assexuada: batata, batata-doce, morango e alho.
- Devem ser produzidas obedecendo rigorosas normas de fitossanidade
- Exemplos no Brasil: produção de batata-semente básica e certificada, mudas vegetativas de morangueiro e bulbos de alho-planta.
-Cada vez mais campo e laboratório se aproximam e o segundo muito tem a oferecer para resolver os problemas práticos da agricultura (Filgueira, 2008).
São culturas que com o passar do tempo, acumulam em suas estruturas organismos fitopatogênicos, então essas plantas podem ser enviadas ao laboratório para serem limpas desses organismos e continuem a produzir estruturas vegetativas e oferece-las ao olericultor para que ele trabalhe com mudas sadias. Em laboratório são retirados folhas, bulbos, pequenas brotações dessas plantas, para a produção de novas mudas, como por exemplo as mudas de bananeiras cultivadas em laboratório.

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