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Herbário - Eudicotiledôneas

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Prévia do material em texto

GABRIELA REINERT
JULIANA DALLABONA
SABRINA MARIA CARDOZO
HERBÁRIO DIDÁTICO DE EUDICOTILEDÔNEAS
Relatório apresentado como requisito
parcial da disciplina de Botânica Sistemática
I do curso de Ciências Biológicas da
Universidade da Região de Joinville –
UNIVILLE.
Professora Orientadora:
Karin Esemann de Quadros
Joinville
2019
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO .....................................................................................................4
1 OBJETIVOS ...........................................................................................................5
1.1 OBJETIVO GERAL....................................................................................5
1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS………………………………………………….5
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA……………………………...…………………...........5
2.1 EUDICOTILEDÔNEA…....…………………………………………………….5
3 MATERIAL E MÉTODOS…………………………………………………….…...........6
3.1 ÁREAS DE COLETA…………………………………………………….……..6
3.1.1 Joinville ……………………………………………………........................6
3.2 MATERIAL …………………………………………………………….….........6
3.2.1 – De Coleta……………………………………………….….….…..……....7
3.2.2 – De Herborização…………………………………………..……..……….7
3.3 MÉTODOS………………………………………………….…………….….............7
3.3.1 – De Coleta………………………………………………………….............7
3.3.2 – De Herborização…………………………...…………………….............7
4 RESULTADOS…………………………………………………………………..............8
5 DISCUSSÃO……………………………………………………………………............11
CONSIDERAÇÕES FINAIS…………………………………………………….............18
REFERÊNCIAS…………………………………………………………………..............18
INTRODUÇÃO
Herbário é uma coleção científica de plantas secas (chamadas exsicatas), que
são organizadas e preservadas segundo um sistema determinado. Os herbários têm
importância fundamental como material de pesquisa para todas as áreas da ciência
que utilizam as plantas em seus estudos. (PLANTARUM, 2019)
De acordo com Silva (2007) a importância dos estudos das plantas se dá ao
fato de que estas são a fonte de grande quantidade dos produtos e recursos que são
utilizados, tanto pela nossa espécie quanto por todas as outras. As plantas fornecem
o oxigênio, este permite que a maioria dos seres vivos sobreviva, além de ser a
principal fonte de alimentação direta ou indireta dos animais. As flores também são
muito apreciadas, pois servem para ornamentações, produção de fragrâncias ou até
mesmo na culinária. Podemos observar uma grande importância econômica dentro
do ramo das flores, as floriculturas e também as festas típicas saem lucrando com a
beleza e a individualidade de cada uma delas, podemos citar a Festa das Flores de
Joinville, que acontece todos os anos, trazendo centenas de moradores e turistas
para apreciar a beleza única das flores. Além da utilização pelos seres humanos,
estas também têm grande importância ambiental, já que dentro de ecossistemas
interagem com todas as formas de vida em seu entorno, gerando relações que
podem ser positivas ou negativas.
Neste relatório serão apresentadas as plantas angiospermas
eudicotiledôneas, estas que foram coletadas no período de Novembro de 2019, na
região de Joinville. Os locais foram escolhidos devido a proximidade e facilidade de
acesso, e também a presença das famílias procuradas.
O material herborizado ficará disponível para a equipe, permitindo um
possível uso futuro, como material de consulta.
1. OBJETIVOS
1.1 – OBJETIVO GERAL
RECONHECER as principais espécies de eudicotiledôneas.
1.2 – OBJETIVOS ESPECÍFICOS
COLETAR diversas espécies de angiospermas eudicotiledôneas;
IDENTIFICAR as espécies encontradas (se possível até o nível de gênero);
APLICAR técnicas de herborização e preservação do material coletado;
ELABORAR uma coleção para uso futuro em atividades didáticas.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 EUDICOTILEDÔNEAS
As eudicotiledôneas, juntamente com as monocotiledôneas, fazem parte do
grande grupo das angiospermas, que são as plantas com flores. Segundo Judd et al.
(2009), as eudicotiledôneas são caracterizadas por possuírem dois cotilédones e
grãos de pólen predominantemente tricolpados ou de tipos derivados desse. São
monofiléticas e, dentre as sinapomorfias que as sustentam, se destaca o pólen
tricolpado e sequências de DNA nuclear, mitocondrial e de cloroplasto. Outras
sinapomorfias podem ser citadas, como a perda dos óleos aromáticos e anteras bem
diferenciadas dos filetes.
“Caracteres de DNA nuclear, mitocondrial e de cloroplasto, bem como
caracteres morfológicos, indicam que os clados das monocotiledôneas e
eudicotiledôneas derivam de membros morfologicamente díspares de um
grupo parafilético de famílias.” (Judd et al. 2009)
Segundo Judd et al. (2009) apesar dos integrantes deste último grupo
compartilharem alguns caracteres com as eudicotiledôneas, como dois cotilédones,
presença de uma radícula persistente, caules com feixes vasculares dispostos em
anéis, crescimento secundário e folhas com nervação reticulada – assim sendo
tecnicamente “dicotiledôneas” – os caracteres são plesiomórficos dentro das
angiospermas, ou seja, são caracteres que evoluíram cedo na história das
traqueófitas.
3. MATERIAL E MÉTODOS
3.1 – LOCAL DE COLETA
3.1.1 - JOINVILLE
Foram feitas coletas, para a elaboração do herbário didático de
eudicotiledôneas, no mês de Setembro e Novembro de 2019 no município de
Joinville localizado na latitude 26° 18' 05'' Sul e na longitude 48° 50' 38'' oeste de
Greenwich no norte do estado de Santa Catarina (Fig. 1), considerada a cidade mais
populosa do estado. Segundo o IBGE (2019) Joinville possui 590.466 habitantes, em
uma área de 1.127,946 km².
Fig. 1 – Mapa de localização de Joinville no estado de Santa Catarina.
Fonte: Google Maps(2019).
“A vegetação de Joinville pode ser classificada, de uma forma geral, como
Floresta Ombrófila Densa, parte integrante do domínio da Floresta Atlântica” (GUIA
SANTA CATARINA, 2019). A cidade possui atrações como o Festival de Dança e a
Festa das Flores, como já citado anteriormente.
Foram feitas coletas nos bairros Bom Retiro (Campus da Univille) e Saguaçu
(Av. Beira Rio e Parque Caieiras).
3.2 – MATERIAL
3.2.1 – De Coleta
Para a realização das coletas fez-se necessária a utilização de tesoura de
poda, folha de campo e lápis para anotações, bem como prancheta, sacolas
plásticas e bacias para acondicionar as coletas realizadas para posterior
herborização.
3.2.2 – De Herborização
Utilizou-se estufa, treliça, tensor, jornais e papelão, folhas A3, plásticos
transparentes, etiquetas de coleta e identificação, pasta A3 e clips.
3.3 – MÉTODOS
3.3.1 – De Coleta
Primeiramente foi feita a observação da planta para confirmação da família
desejada e se a mesma se encontrava fértil, ou seja, com flores e/ou frutos. Foi
escolhido um ramo com flores, inflorescências ou fruto, e então, utilizando-se da
tesoura de poda o espécime foi coletado. Após a coleta, os ramos foram
armazenados entre duas folhas de jornais e duas de papelão para futuramente
serem herborizados.
3.3.2 – De Herborização
Na herborização os ramos foram postos entre jornais e papelões, prensados
entre duas treliças de madeira e levados ao Herbário Joinvillea (Campus da Univille)
para secagem na estufa. As amostras foram colocadas em estufas, em uma
temperatura média de 60ºC, com a variação de tempo de 3 dias a 1 semana para
secagem de cada planta. Após secas, as amostras foram costuradas em folhas
tamanho A3. Cada exsicata recebeu a ficha de coleta e identificação de cada
espécie, que foi presa com um clips e então foram colocadas individualmente em
plásticos transparentes e colocadas numa pasta.
4. RESULTADOS
Foram coletadas 32 espécies de eudicotiledôneas. Dentre essas espécies, 9
gêneros foram identificados (algumas espécies não foram identificadas até gênero),
divididos em 25 famílias e 13 ordens, conforme Tabela 1 abaixo.
Tabela 1. Lista de plantas coletadas e inseridas no Herbário-didático.
ORDEM FAMÍLIA GÊNERO NOME POPULAR
Fabales Fabaceae Bauhinia Pata-de-vaca
Fabales Fabaceae Grama amendoim
Rosales RosaceaeRubus Amora-vermelha
Rosales Rosaceae Rosa
Cucubitales Begoniaceae
Oxalidales Oxalidaceae Oxalis Trevo
Malpighiales Malpighiaceae
Malpighiales Euphorbiaceae
Myrtales Lythraceae Cuphea Falsa Érica
Myrtales Myrtaceae
Myrtales Melastomataceae
Myrtales Melastomataceae
Malvales Malvaceae Hibisco
Malvales Malvaceae
Caryophyllales Polygonaceae
Caryophyllales Amaranthaceae Celosia
Caryophyllales Talinaceae
Ericales Balsaminaceae
Ericales Ericaceae Azaléia
Gentianales Rubiaceae Psychotria
Gentianales Apocynaceae Allamanda Alamanda
Solanales Convouvulaceae Ipomoea Ipoméia
Solanales Convouvulaceae
Solanales Solanaceae
Solanales Solanaceae
Lamiales Gesneriaceae Seemannia Semânia
Lamiales Lamiaceae
Lamiales Acanthaceae
Lamiales Bignoniaceae
Lamiales Verbenaceae
Lamiales Verbenaceae
Asterales Asteraceae
5. DISCUSSÃO
Grande parte das plantas coletadas para essa herbário estavam em área
urbana, como jardins, praças, fachadas e outros lugares públicos. De acordo com
Pereira et al. (2007), o cultivo de plantas na área urbana tem um papel importante na
relação entre o homem e o meio ambiente. As áreas verdes são um espaço social e
coletivo, sendo importantes para a manutenção da qualidade de vida. Além dessa
relação homem e natureza, as plantas são ricamente utilizadas para ornamentação.
O maior requisito para plantas de jardim, normalmente é a beleza, por esse motivo,
muitas das plantas encontradas nos jardins são exóticas, trazidas para nossa região
pela sua aparência atrativa.
Pela grande quantidade de plantas cultivadas serem exóticas, foi encontrado
certa dificuldade para a localização e identificação das plantas nativas presentes
neste trabalho.
Qualquer planta gera benefícios ao ambiente, seja ela nativa ou exótica,
entretanto, as espécies nativas são adaptadas às regiões onde ocorrem e são muito
importantes para o equilíbrio ambiental, pois existem complexas relações dos
demais seres vivos com essas plantas (SECRETÁRIA DE PLANEJAMENTO, MEIO
AMBIENTE E URBANISMO DE CANGUÇU-RS, 2011).
A Família Fabaceae ocorre como ervas, arbustos, árvores ou lianas, se
distribuem de forma quase cosmopolita, abrangendo 650 gêneros com
aproximadamente 19000 espécies, das quais 200 gêneros e cerca de 2700 espécies
ocorrem no Brasil, sendo assim uma das maiores famílias de Angiospermas. Depois
de Poaceae, esta é a família com maior importância econômica, possuindo muitas
espécies alimentícias, como feijão e soja, bem como espécies fornecedoras de
madeira de qualidade e resinas comerciais.
Já em Rosaceae, são encontradas árvores, arbustos, subarbustos ou ervas.
Esta família apresenta distribuição cosmopolita, com maior representação na
Europa, América do Norte e Ásia, sendo reconhecidos cerca de 3.200 espécies e
124 gêneros. Possui frutos comestíveis porém têm maior valor ornamental e
comercial de suas belas flores e inflorescências.
A Família Begoniaceae se caracteriza principalmente por ervas, trepadeiras
ou subarbustos, terrestres, epífitas ou hemiepífitas. Possui cerca de 1400 espécies,
é representada por dois gêneros: Hillebrandia., com uma espécie das ilhas
Havaianas e Begonia, que é pantropical. No Brasil ocorrem aproximadamente 213
espécies de Begonia, sendo 186 endêmicas, encontradas em quase todas as
formações vegetais. São comercialmente importantes, pois são cultivados como
plantas ornamentais, devido a suas flores e folhagens.
As Oxalidaceae possuem uma distribuição tropical e subtropical, incluindo
seis gêneros e cerca de 800 espécies, a maioria pertencente a Oxalis. No Brasil,
ocorrem cerca de dois gêneros e 100 espécies. A carambola (Averrhoa carambola) é
uma importante representante desta família. São ervas, bulbosas, não
frequentemente arbustos ou árvores.
A caracterização da Família Malpighiaceae se dá por arbustos, árvores, lianas
ou ocasionalmente ervas perenes. São plantas mais ou menos pantropical, porém
especialmente diversa na América do Sul. Algumas possuem importância econômica
por serem comestíveis, enquanto outras possuem alcalóides narcóticos. Podem
ainda ser vendidas como plantas ornamentais.
As Euphorbiaceae ocorrem sob forma de ervas, arbustos, árvores ou lianas,
estas se distribuem de forma ampla, mais comumente em regiões tropicais, abrange
cerca de 300 gêneros e 6000 espécies, no Brasil ocorrem 60 gêneros e cerca de
900 espécies, representa uma das principais famílias da flora brasileira. Tem grande
importância econômica, se evidencia a seringueira de onde se extrai borracha
natural e madeira de boa qualidade, algumas espécies são fonte de óleos utilizadas
na fabricação de vernizes e pinturas, além da aplicação ornamental.
A Família Lythraceae tem árvores, arbustos ou ervas, esta é uma família
amplamente distribuída, embora a maioria das espécies seja tropical. Muitas
espécies ocorrem em hábitats aquáticos ou semiaquáticos. Diversas espécies são
cultivadas como plantas ornamentais. E algumas são comestíveis.
Já as Myrtaceae, ocorrem árvores ou arbustos, estes possuem distribuição
pantropical, em grande diversidade de hábitats. também muito diversa na Austrália
subtropical. São uma importante fonte de madeira. Muitos gêneros incluem
importantes plantas ornamentais com sépalas, pétalas e/ou estames vistosos.
Muitas espécies fornecem frutos comestíveis. Também podem ser extraídos óleos
aromáticos e anti-sépticos de muitas espécies.
A Família Melastomataceae se dá como ervas, arbustos, árvores, lianas ou
epífitas. Se distribui de forma pantropical, e é especialmente comum em ambientes
tropicais-montanos, com frequência plantas heliófitas características dos primeiros
estágios sucessionais. Apresenta 200 gêneros e 5000 espécies, das quais 60
gêneros e 1000 espécies ocorrem no Brasil. Sua importância econômica está
relacionada ao uso ornamental de muitas espécies com flores vistosas.
As Malvaceae têm distribuição dominante pantropical, e inclui cerca de 250
gêneros e 4.200 espécies. No Brasil possuímos 70 gêneros e 750 espécies.
Algumas Malvaceae apresentam grande interesse econômico como o algodão
(Gossypium spp.) e o cacau (Theobroma cacao), e apresentam também espécies
muito conhecidas e usadas pelos brasileiros, são elas o quiabo (Abelmoschus
esculentus), o cupuaçu (Theobroma grandiflorum) e a paineira (Ceiba speciosa). Há
também algumas espécies ornamentais muito conhecidas como o Hibisco (Hibiscus
spp.) e a lanterna-japonesa (Abutilon spp.) São ervas, arbustos, lianas ou árvores
Na Família Polygonaceae se observa árvores, arbustos, lianas ou ervas. Essa
família possui distribuição cosmopolita. E tem importância econômica por incluírem
importantes plantas alimentícias; alguns gêneros fornecem madeira. Os pelos
associados com as sementes de muitas espécies são utilizados como material de
preenchimento ou como fibras. A família também contém numerosas espécies
ornamentais.
A Família Amaranthaceae possui ervas, comumente suculentas, com pouca
frequência lianas, subarbustos ou arbustos. Sua distribuição é cosmopolita, exceto
em regiões de muito frio. Possui cerca de 170 gêneros, 2000 espécies. No Brasil
ocorrem 20 gêneros e 150 espécies. São utilizadas como ornamentais, com
destaque para o gênero Celosia. Além disso servem como alimentação, podemos
citar como exemplo o espinafre (Spinacia oleracea) e a beterraba (Beta vulgaris).
Outras espécies são consideradas medicinais, como o Hebanthe eriantha,
conhecido como ginseng-brasileiro.
As representantes de Talinaceae geralmente são ervas ou subarbustos, às
vezes suculentas. É uma família de plantas com distribuição cosmopolita e
especialmente característica de ambientes alterados, áridos ou salinos. As folhas
e/ou raízes de algumas espécies são comestíveis, e as sementes de muitas
espécies sul-americanas são utilizadas para fazer farinha. A família inclui algumas
espécies ornamentais.
A Família Balsaminaceae consiste em ervas carnosas, estas ocorrem
predominantemente na África, América do Norte, Europa e Ásia. Possuidois
gêneros e cerca de 850 espécies. No Brasil há duas espécies, do gênero Impatiens
(beijo e maria-sem-vergonha).
A Família Ericaceae tem distribuição cosmopolita, incluindo cerca de 130
gêneros e 3.000 espécies. No Brasil, ocorrem, 12 gêneros e cerca de 100 espécies,
onde a sua maioria ocorre em áreas de maior altitude. São subarbustos, geralmente
lianas ou epífitas e raramente ervas saprófitas.
As Rubiaceae possuem distribuição cosmopolita, concentrada nos trópicos,
têm aproximadamente 550 gêneros e 9.000 espécies. No Brasil,ocorre cerca de 120
gêneros e 1400 espécies. Rubiaceae é uma das principais famílias da nossa flora e
são um importante elemento em quase todas as formações naturais. Algumas
espécies como o café (Coffea arabica) e o jenipapo (Genipa americana) tem grande
valor na economia brasileira. São ervas, subarbustos, arbustos ou árvores, não tão
frequentes lianas.
As Apocynaceae tem distribuição em sua maioria pantropical, porém pode
apresentar representantes também nas regiões temperadas. Incluem cerca de 400
gêneros e 3.700 espécies. No Brasil, temos aproximadamente 70 gêneros e 750
espécies. Nesta família estão as conhecidas madeiras nobres, como perobas e
guatambus (Aspidosperma spp.), está incluída também a famosa espécie
Catharanthus, de onde são extraídas a leucocristina e a vincristina, substâncias
usadas no tratamento de câncer. Algumas espécies desta família são consideradas
invasoras de cultura, como o oficial-de-sala (Asclepias curassavica) e a flor-de-seda
(Calotropis procera). Esta família consiste em ervas, arbustos, subarbustos, árvores
ou lianas, frequentemente latescentes.
As Convouvulaceae geralmente são lianas, esta é uma família amplamente
distribuída, porém mais diversa em regiões tropicais e subtropicais. Algumas
espécies têm importância econômica por possuírem raízes comestíveis, porém
muitas espécies são venenosas.
A Família Solanaceae se caracteriza por ervas, arbustos, árvores ou lianas. É
amplamente distribuída, porém é muito mais diversa nos neotrópicos. Muitas
espécies ocorrem em hábitats alterados. A maioria dos integrantes da família é
venenosa devido à presença de alcalóides de tropano ou esteróides. Muitas
espécies são fontes de drogas de uso farmacêutico e algumas apresentam
poderosos narcóticos. A família também fornece frutos comestíveis. Muitos gêneros
também são ornamentais.
As Generiaceae são ervas ou subarbustos, epífitas. Tem distribuição
pantropical, com 150 gêneros e 4000 espécies. No Brasil ocorrem 28 gêneros, com
200 espécies. Tem grande valor ornamental por conta de suas flores, porém as
espécies brasileiras não são muito exploradas economicamente. Na Mata Atlântica
as Generiaceae são as principais epífitas.
As Lamiaceae ocorrem como ervas ou arbustos, menos frequentemente
árvores, se distribui de forma cosmopolita, inclui cerca de 300 gêneros e 7500
espécies, das quais 38 gêneros e 500 espécies ocorrem no Brasil. Sua importância
econômica está relacionada ao cultivo de plantas ornamentais, bem como utilizadas
na culinária ou como plantas medicinais.
As Acanthaceae têm distribuição predominantemente pantropical, incluindo
200 gêneros e 3.000 espécies. Há no Brasil cerca de 40 gêneros e 430 espécies,
tanto em áreas abertas quanto em áreas florestais. Nesta família estão incluídas
espécies ornamentais. São em geral ervas, raramente árvores e menos
frequentemente lianas ou arbustos
A Família Bignoniaceae possui distribuição pantropical e inclui cerca de 120
gêneros e 800 espécies. No Brasil ocorrem cerca de 30 gêneros e 400 espécies.
Destacam-se espécies nativas como o ipê ou pau d’arco pertencentes aos gêneros
Handroanthus e Tabebuia. Essa é uma família de grande potencial ornamental e são
cultivadas entre nós plantas como a tulipa-africana (Spathodea nilotica), a
sete-léguas (Podranea ricasoliana), os ipês e o jacarandá-mimoso (Jacaranda
momisifolia). Ocorrem em forma de árvores, arbustos ou lianas, geralmente com
gavinhas.
As Verbenaceae são ervas, lianas, arbustos ou árvores, às vezes com
acúleos ou espinhos. Esta família está distribuída de regiões boreais à tropicais;
plantas insetívoras de florestas úmidas, áreas alagadas ou de ambientes aquáticos.
Algumas espécies ocorrem como epífitas em florestas tropicais montanas. Não
possuem grande importância econômica, porém, são ocasionalmente cultivadas
como curiosidades.
A família Asteraceae possui distribuição cosmopolita, sendo a maior família de
Eudicotiledôneas. Possui entre 1.600 e 1.700 gêneros e de 24.000 a 30.000
espécies. No Brasil, ocorrem cerca de 260 gêneros e 2.000 espécies. Essa família é
reconhecida como um grupo natural. Muitas Asteraceae são cultivadas como
ornamentais, como por exemplo a margarida (Leucanthemum vulgare). Muitas
plantas medicinais também estão incluídas nesta família, podendo citar a carqueja
(Baccharis spp.) e a camomila (Matricaria recutita). Asteraceae também está entre
as principais famílias de plantas invasoras, como por exemplo o dente-de-leão
(Taraxacum officinale), a losna-branca (Parthenium hysterophorus), o picão-preto
(Bidens pilosa) e o picão-branco (Galinsoga spp.) As Asteraceae são comuns nas
formações abertas do Brasil, principalmente no cerrado, onde se destacam espécies
de Calea e Aspilia. Em campos sulinos é comum encontrar plantas do gênero
Senecio. Em campos rupestres, destaca-se a Lychnophora, com porte arbustivo e
rígidas folhas. No interior das florestas densas, as Asteraceae são menos comuns,
porém em florestas secundárias elas são vistas com mais facilidade.
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A proposta inicial deste trabalho de coleta e reconhecimentos das principais
famílias de eudicotiledôneas foi alcançada, conseguindo-se identificar a maioria das
amostras até o nível de Família.
A elaboração do herbário contribui imensamente para o aprimoramento das
técnicas de herborização e preservação do material coletado, que é fundamental na
formação de um biólogo.
Por se tratar de um herbário que possui essencialmente plantas nativas,
contribuiu imensamente para o conhecimento das espécies de nosso país e também
de nosso estado e cidade.
Além do conhecimento adquirido, o portfólio de plantas, que ficará disponível,
irá auxiliar e facilitar o reconhecimento das espécies coletadas em futuras
pesquisas.
REFERÊNCIAS
GOOGLE. Mapa de Joinville. 2019. Disponível em:
<https://www.google.com/maps/place/Joinville+-+SC/@-26.2626555,-49.241865,10z/
data=!3m1!4b1!4m5!3m4!1s0x94dea3f39db1ab37:0xbc4b989df161e9fa!8m2!3d-26.2
834213!4d-48.8452269?hl=pt-BR> Acesso em: 08 nov. 2019.
GUIA SANTA CATARINA. Joinville. 2019. Disponível em:
<http://www.guiasantacatarina.com.br/joinville/> Acesso em: 08 nov. 2019.
IBGE. Santa Catarina: Joinville. 2016. Disponível em:
<https://cidades.ibge.gov.br/brasil/sc/joinville/panorama> Acesso em: 08 nov. 2019.
JUDD, W. S. et al. Sistemática Vegetal: Um Enfoque Filogenético. 3. Ed. Porto
Alegre: Artmed, 2009.
SECRETÁRIA DE PLANEJAMENTO, MEIO AMBIENTE E URBANISMO DE
CANGAÇU-RS. Saiba a importância das árvores nativas e seus benefícios.
2011. Disponível em:
<http://ambientalcangu.blogspot.com.br/2011/03/saiba-importancia-das-arvores-nativ
as-e.html> Acesso em: 08 nov. 2019.
SILVA, P. G. A importância das Plantas. 2007. Disponível em: <
http://simbiosedepazverdadenaterra.blogs.sapo.pt/4562.html> Acesso em: 10 nov.
2019.
SOUZA, V. C; LORENZI, H. Botânica sistemática: guia ilustrado para identificação
das famílias de Fanerógamas nativas e exóticas no Brasil, baseado em APG III. 3.
ed. Nova Odessa, Sp: Instituto Plantarum, 2012.

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