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GABRIELA REINERT JULIANA DALLABONA SABRINA MARIA CARDOZO HERBÁRIO DIDÁTICO DE EUDICOTILEDÔNEAS Relatório apresentado como requisito parcial da disciplina de Botânica Sistemática I do curso de Ciências Biológicas da Universidade da Região de Joinville – UNIVILLE. Professora Orientadora: Karin Esemann de Quadros Joinville 2019 SUMÁRIO INTRODUÇÃO .....................................................................................................4 1 OBJETIVOS ...........................................................................................................5 1.1 OBJETIVO GERAL....................................................................................5 1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS………………………………………………….5 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA……………………………...…………………...........5 2.1 EUDICOTILEDÔNEA…....…………………………………………………….5 3 MATERIAL E MÉTODOS…………………………………………………….…...........6 3.1 ÁREAS DE COLETA…………………………………………………….……..6 3.1.1 Joinville ……………………………………………………........................6 3.2 MATERIAL …………………………………………………………….….........6 3.2.1 – De Coleta……………………………………………….….….…..……....7 3.2.2 – De Herborização…………………………………………..……..……….7 3.3 MÉTODOS………………………………………………….…………….….............7 3.3.1 – De Coleta………………………………………………………….............7 3.3.2 – De Herborização…………………………...…………………….............7 4 RESULTADOS…………………………………………………………………..............8 5 DISCUSSÃO……………………………………………………………………............11 CONSIDERAÇÕES FINAIS…………………………………………………….............18 REFERÊNCIAS…………………………………………………………………..............18 INTRODUÇÃO Herbário é uma coleção científica de plantas secas (chamadas exsicatas), que são organizadas e preservadas segundo um sistema determinado. Os herbários têm importância fundamental como material de pesquisa para todas as áreas da ciência que utilizam as plantas em seus estudos. (PLANTARUM, 2019) De acordo com Silva (2007) a importância dos estudos das plantas se dá ao fato de que estas são a fonte de grande quantidade dos produtos e recursos que são utilizados, tanto pela nossa espécie quanto por todas as outras. As plantas fornecem o oxigênio, este permite que a maioria dos seres vivos sobreviva, além de ser a principal fonte de alimentação direta ou indireta dos animais. As flores também são muito apreciadas, pois servem para ornamentações, produção de fragrâncias ou até mesmo na culinária. Podemos observar uma grande importância econômica dentro do ramo das flores, as floriculturas e também as festas típicas saem lucrando com a beleza e a individualidade de cada uma delas, podemos citar a Festa das Flores de Joinville, que acontece todos os anos, trazendo centenas de moradores e turistas para apreciar a beleza única das flores. Além da utilização pelos seres humanos, estas também têm grande importância ambiental, já que dentro de ecossistemas interagem com todas as formas de vida em seu entorno, gerando relações que podem ser positivas ou negativas. Neste relatório serão apresentadas as plantas angiospermas eudicotiledôneas, estas que foram coletadas no período de Novembro de 2019, na região de Joinville. Os locais foram escolhidos devido a proximidade e facilidade de acesso, e também a presença das famílias procuradas. O material herborizado ficará disponível para a equipe, permitindo um possível uso futuro, como material de consulta. 1. OBJETIVOS 1.1 – OBJETIVO GERAL RECONHECER as principais espécies de eudicotiledôneas. 1.2 – OBJETIVOS ESPECÍFICOS COLETAR diversas espécies de angiospermas eudicotiledôneas; IDENTIFICAR as espécies encontradas (se possível até o nível de gênero); APLICAR técnicas de herborização e preservação do material coletado; ELABORAR uma coleção para uso futuro em atividades didáticas. 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1 EUDICOTILEDÔNEAS As eudicotiledôneas, juntamente com as monocotiledôneas, fazem parte do grande grupo das angiospermas, que são as plantas com flores. Segundo Judd et al. (2009), as eudicotiledôneas são caracterizadas por possuírem dois cotilédones e grãos de pólen predominantemente tricolpados ou de tipos derivados desse. São monofiléticas e, dentre as sinapomorfias que as sustentam, se destaca o pólen tricolpado e sequências de DNA nuclear, mitocondrial e de cloroplasto. Outras sinapomorfias podem ser citadas, como a perda dos óleos aromáticos e anteras bem diferenciadas dos filetes. “Caracteres de DNA nuclear, mitocondrial e de cloroplasto, bem como caracteres morfológicos, indicam que os clados das monocotiledôneas e eudicotiledôneas derivam de membros morfologicamente díspares de um grupo parafilético de famílias.” (Judd et al. 2009) Segundo Judd et al. (2009) apesar dos integrantes deste último grupo compartilharem alguns caracteres com as eudicotiledôneas, como dois cotilédones, presença de uma radícula persistente, caules com feixes vasculares dispostos em anéis, crescimento secundário e folhas com nervação reticulada – assim sendo tecnicamente “dicotiledôneas” – os caracteres são plesiomórficos dentro das angiospermas, ou seja, são caracteres que evoluíram cedo na história das traqueófitas. 3. MATERIAL E MÉTODOS 3.1 – LOCAL DE COLETA 3.1.1 - JOINVILLE Foram feitas coletas, para a elaboração do herbário didático de eudicotiledôneas, no mês de Setembro e Novembro de 2019 no município de Joinville localizado na latitude 26° 18' 05'' Sul e na longitude 48° 50' 38'' oeste de Greenwich no norte do estado de Santa Catarina (Fig. 1), considerada a cidade mais populosa do estado. Segundo o IBGE (2019) Joinville possui 590.466 habitantes, em uma área de 1.127,946 km². Fig. 1 – Mapa de localização de Joinville no estado de Santa Catarina. Fonte: Google Maps(2019). “A vegetação de Joinville pode ser classificada, de uma forma geral, como Floresta Ombrófila Densa, parte integrante do domínio da Floresta Atlântica” (GUIA SANTA CATARINA, 2019). A cidade possui atrações como o Festival de Dança e a Festa das Flores, como já citado anteriormente. Foram feitas coletas nos bairros Bom Retiro (Campus da Univille) e Saguaçu (Av. Beira Rio e Parque Caieiras). 3.2 – MATERIAL 3.2.1 – De Coleta Para a realização das coletas fez-se necessária a utilização de tesoura de poda, folha de campo e lápis para anotações, bem como prancheta, sacolas plásticas e bacias para acondicionar as coletas realizadas para posterior herborização. 3.2.2 – De Herborização Utilizou-se estufa, treliça, tensor, jornais e papelão, folhas A3, plásticos transparentes, etiquetas de coleta e identificação, pasta A3 e clips. 3.3 – MÉTODOS 3.3.1 – De Coleta Primeiramente foi feita a observação da planta para confirmação da família desejada e se a mesma se encontrava fértil, ou seja, com flores e/ou frutos. Foi escolhido um ramo com flores, inflorescências ou fruto, e então, utilizando-se da tesoura de poda o espécime foi coletado. Após a coleta, os ramos foram armazenados entre duas folhas de jornais e duas de papelão para futuramente serem herborizados. 3.3.2 – De Herborização Na herborização os ramos foram postos entre jornais e papelões, prensados entre duas treliças de madeira e levados ao Herbário Joinvillea (Campus da Univille) para secagem na estufa. As amostras foram colocadas em estufas, em uma temperatura média de 60ºC, com a variação de tempo de 3 dias a 1 semana para secagem de cada planta. Após secas, as amostras foram costuradas em folhas tamanho A3. Cada exsicata recebeu a ficha de coleta e identificação de cada espécie, que foi presa com um clips e então foram colocadas individualmente em plásticos transparentes e colocadas numa pasta. 4. RESULTADOS Foram coletadas 32 espécies de eudicotiledôneas. Dentre essas espécies, 9 gêneros foram identificados (algumas espécies não foram identificadas até gênero), divididos em 25 famílias e 13 ordens, conforme Tabela 1 abaixo. Tabela 1. Lista de plantas coletadas e inseridas no Herbário-didático. ORDEM FAMÍLIA GÊNERO NOME POPULAR Fabales Fabaceae Bauhinia Pata-de-vaca Fabales Fabaceae Grama amendoim Rosales RosaceaeRubus Amora-vermelha Rosales Rosaceae Rosa Cucubitales Begoniaceae Oxalidales Oxalidaceae Oxalis Trevo Malpighiales Malpighiaceae Malpighiales Euphorbiaceae Myrtales Lythraceae Cuphea Falsa Érica Myrtales Myrtaceae Myrtales Melastomataceae Myrtales Melastomataceae Malvales Malvaceae Hibisco Malvales Malvaceae Caryophyllales Polygonaceae Caryophyllales Amaranthaceae Celosia Caryophyllales Talinaceae Ericales Balsaminaceae Ericales Ericaceae Azaléia Gentianales Rubiaceae Psychotria Gentianales Apocynaceae Allamanda Alamanda Solanales Convouvulaceae Ipomoea Ipoméia Solanales Convouvulaceae Solanales Solanaceae Solanales Solanaceae Lamiales Gesneriaceae Seemannia Semânia Lamiales Lamiaceae Lamiales Acanthaceae Lamiales Bignoniaceae Lamiales Verbenaceae Lamiales Verbenaceae Asterales Asteraceae 5. DISCUSSÃO Grande parte das plantas coletadas para essa herbário estavam em área urbana, como jardins, praças, fachadas e outros lugares públicos. De acordo com Pereira et al. (2007), o cultivo de plantas na área urbana tem um papel importante na relação entre o homem e o meio ambiente. As áreas verdes são um espaço social e coletivo, sendo importantes para a manutenção da qualidade de vida. Além dessa relação homem e natureza, as plantas são ricamente utilizadas para ornamentação. O maior requisito para plantas de jardim, normalmente é a beleza, por esse motivo, muitas das plantas encontradas nos jardins são exóticas, trazidas para nossa região pela sua aparência atrativa. Pela grande quantidade de plantas cultivadas serem exóticas, foi encontrado certa dificuldade para a localização e identificação das plantas nativas presentes neste trabalho. Qualquer planta gera benefícios ao ambiente, seja ela nativa ou exótica, entretanto, as espécies nativas são adaptadas às regiões onde ocorrem e são muito importantes para o equilíbrio ambiental, pois existem complexas relações dos demais seres vivos com essas plantas (SECRETÁRIA DE PLANEJAMENTO, MEIO AMBIENTE E URBANISMO DE CANGUÇU-RS, 2011). A Família Fabaceae ocorre como ervas, arbustos, árvores ou lianas, se distribuem de forma quase cosmopolita, abrangendo 650 gêneros com aproximadamente 19000 espécies, das quais 200 gêneros e cerca de 2700 espécies ocorrem no Brasil, sendo assim uma das maiores famílias de Angiospermas. Depois de Poaceae, esta é a família com maior importância econômica, possuindo muitas espécies alimentícias, como feijão e soja, bem como espécies fornecedoras de madeira de qualidade e resinas comerciais. Já em Rosaceae, são encontradas árvores, arbustos, subarbustos ou ervas. Esta família apresenta distribuição cosmopolita, com maior representação na Europa, América do Norte e Ásia, sendo reconhecidos cerca de 3.200 espécies e 124 gêneros. Possui frutos comestíveis porém têm maior valor ornamental e comercial de suas belas flores e inflorescências. A Família Begoniaceae se caracteriza principalmente por ervas, trepadeiras ou subarbustos, terrestres, epífitas ou hemiepífitas. Possui cerca de 1400 espécies, é representada por dois gêneros: Hillebrandia., com uma espécie das ilhas Havaianas e Begonia, que é pantropical. No Brasil ocorrem aproximadamente 213 espécies de Begonia, sendo 186 endêmicas, encontradas em quase todas as formações vegetais. São comercialmente importantes, pois são cultivados como plantas ornamentais, devido a suas flores e folhagens. As Oxalidaceae possuem uma distribuição tropical e subtropical, incluindo seis gêneros e cerca de 800 espécies, a maioria pertencente a Oxalis. No Brasil, ocorrem cerca de dois gêneros e 100 espécies. A carambola (Averrhoa carambola) é uma importante representante desta família. São ervas, bulbosas, não frequentemente arbustos ou árvores. A caracterização da Família Malpighiaceae se dá por arbustos, árvores, lianas ou ocasionalmente ervas perenes. São plantas mais ou menos pantropical, porém especialmente diversa na América do Sul. Algumas possuem importância econômica por serem comestíveis, enquanto outras possuem alcalóides narcóticos. Podem ainda ser vendidas como plantas ornamentais. As Euphorbiaceae ocorrem sob forma de ervas, arbustos, árvores ou lianas, estas se distribuem de forma ampla, mais comumente em regiões tropicais, abrange cerca de 300 gêneros e 6000 espécies, no Brasil ocorrem 60 gêneros e cerca de 900 espécies, representa uma das principais famílias da flora brasileira. Tem grande importância econômica, se evidencia a seringueira de onde se extrai borracha natural e madeira de boa qualidade, algumas espécies são fonte de óleos utilizadas na fabricação de vernizes e pinturas, além da aplicação ornamental. A Família Lythraceae tem árvores, arbustos ou ervas, esta é uma família amplamente distribuída, embora a maioria das espécies seja tropical. Muitas espécies ocorrem em hábitats aquáticos ou semiaquáticos. Diversas espécies são cultivadas como plantas ornamentais. E algumas são comestíveis. Já as Myrtaceae, ocorrem árvores ou arbustos, estes possuem distribuição pantropical, em grande diversidade de hábitats. também muito diversa na Austrália subtropical. São uma importante fonte de madeira. Muitos gêneros incluem importantes plantas ornamentais com sépalas, pétalas e/ou estames vistosos. Muitas espécies fornecem frutos comestíveis. Também podem ser extraídos óleos aromáticos e anti-sépticos de muitas espécies. A Família Melastomataceae se dá como ervas, arbustos, árvores, lianas ou epífitas. Se distribui de forma pantropical, e é especialmente comum em ambientes tropicais-montanos, com frequência plantas heliófitas características dos primeiros estágios sucessionais. Apresenta 200 gêneros e 5000 espécies, das quais 60 gêneros e 1000 espécies ocorrem no Brasil. Sua importância econômica está relacionada ao uso ornamental de muitas espécies com flores vistosas. As Malvaceae têm distribuição dominante pantropical, e inclui cerca de 250 gêneros e 4.200 espécies. No Brasil possuímos 70 gêneros e 750 espécies. Algumas Malvaceae apresentam grande interesse econômico como o algodão (Gossypium spp.) e o cacau (Theobroma cacao), e apresentam também espécies muito conhecidas e usadas pelos brasileiros, são elas o quiabo (Abelmoschus esculentus), o cupuaçu (Theobroma grandiflorum) e a paineira (Ceiba speciosa). Há também algumas espécies ornamentais muito conhecidas como o Hibisco (Hibiscus spp.) e a lanterna-japonesa (Abutilon spp.) São ervas, arbustos, lianas ou árvores Na Família Polygonaceae se observa árvores, arbustos, lianas ou ervas. Essa família possui distribuição cosmopolita. E tem importância econômica por incluírem importantes plantas alimentícias; alguns gêneros fornecem madeira. Os pelos associados com as sementes de muitas espécies são utilizados como material de preenchimento ou como fibras. A família também contém numerosas espécies ornamentais. A Família Amaranthaceae possui ervas, comumente suculentas, com pouca frequência lianas, subarbustos ou arbustos. Sua distribuição é cosmopolita, exceto em regiões de muito frio. Possui cerca de 170 gêneros, 2000 espécies. No Brasil ocorrem 20 gêneros e 150 espécies. São utilizadas como ornamentais, com destaque para o gênero Celosia. Além disso servem como alimentação, podemos citar como exemplo o espinafre (Spinacia oleracea) e a beterraba (Beta vulgaris). Outras espécies são consideradas medicinais, como o Hebanthe eriantha, conhecido como ginseng-brasileiro. As representantes de Talinaceae geralmente são ervas ou subarbustos, às vezes suculentas. É uma família de plantas com distribuição cosmopolita e especialmente característica de ambientes alterados, áridos ou salinos. As folhas e/ou raízes de algumas espécies são comestíveis, e as sementes de muitas espécies sul-americanas são utilizadas para fazer farinha. A família inclui algumas espécies ornamentais. A Família Balsaminaceae consiste em ervas carnosas, estas ocorrem predominantemente na África, América do Norte, Europa e Ásia. Possuidois gêneros e cerca de 850 espécies. No Brasil há duas espécies, do gênero Impatiens (beijo e maria-sem-vergonha). A Família Ericaceae tem distribuição cosmopolita, incluindo cerca de 130 gêneros e 3.000 espécies. No Brasil, ocorrem, 12 gêneros e cerca de 100 espécies, onde a sua maioria ocorre em áreas de maior altitude. São subarbustos, geralmente lianas ou epífitas e raramente ervas saprófitas. As Rubiaceae possuem distribuição cosmopolita, concentrada nos trópicos, têm aproximadamente 550 gêneros e 9.000 espécies. No Brasil,ocorre cerca de 120 gêneros e 1400 espécies. Rubiaceae é uma das principais famílias da nossa flora e são um importante elemento em quase todas as formações naturais. Algumas espécies como o café (Coffea arabica) e o jenipapo (Genipa americana) tem grande valor na economia brasileira. São ervas, subarbustos, arbustos ou árvores, não tão frequentes lianas. As Apocynaceae tem distribuição em sua maioria pantropical, porém pode apresentar representantes também nas regiões temperadas. Incluem cerca de 400 gêneros e 3.700 espécies. No Brasil, temos aproximadamente 70 gêneros e 750 espécies. Nesta família estão as conhecidas madeiras nobres, como perobas e guatambus (Aspidosperma spp.), está incluída também a famosa espécie Catharanthus, de onde são extraídas a leucocristina e a vincristina, substâncias usadas no tratamento de câncer. Algumas espécies desta família são consideradas invasoras de cultura, como o oficial-de-sala (Asclepias curassavica) e a flor-de-seda (Calotropis procera). Esta família consiste em ervas, arbustos, subarbustos, árvores ou lianas, frequentemente latescentes. As Convouvulaceae geralmente são lianas, esta é uma família amplamente distribuída, porém mais diversa em regiões tropicais e subtropicais. Algumas espécies têm importância econômica por possuírem raízes comestíveis, porém muitas espécies são venenosas. A Família Solanaceae se caracteriza por ervas, arbustos, árvores ou lianas. É amplamente distribuída, porém é muito mais diversa nos neotrópicos. Muitas espécies ocorrem em hábitats alterados. A maioria dos integrantes da família é venenosa devido à presença de alcalóides de tropano ou esteróides. Muitas espécies são fontes de drogas de uso farmacêutico e algumas apresentam poderosos narcóticos. A família também fornece frutos comestíveis. Muitos gêneros também são ornamentais. As Generiaceae são ervas ou subarbustos, epífitas. Tem distribuição pantropical, com 150 gêneros e 4000 espécies. No Brasil ocorrem 28 gêneros, com 200 espécies. Tem grande valor ornamental por conta de suas flores, porém as espécies brasileiras não são muito exploradas economicamente. Na Mata Atlântica as Generiaceae são as principais epífitas. As Lamiaceae ocorrem como ervas ou arbustos, menos frequentemente árvores, se distribui de forma cosmopolita, inclui cerca de 300 gêneros e 7500 espécies, das quais 38 gêneros e 500 espécies ocorrem no Brasil. Sua importância econômica está relacionada ao cultivo de plantas ornamentais, bem como utilizadas na culinária ou como plantas medicinais. As Acanthaceae têm distribuição predominantemente pantropical, incluindo 200 gêneros e 3.000 espécies. Há no Brasil cerca de 40 gêneros e 430 espécies, tanto em áreas abertas quanto em áreas florestais. Nesta família estão incluídas espécies ornamentais. São em geral ervas, raramente árvores e menos frequentemente lianas ou arbustos A Família Bignoniaceae possui distribuição pantropical e inclui cerca de 120 gêneros e 800 espécies. No Brasil ocorrem cerca de 30 gêneros e 400 espécies. Destacam-se espécies nativas como o ipê ou pau d’arco pertencentes aos gêneros Handroanthus e Tabebuia. Essa é uma família de grande potencial ornamental e são cultivadas entre nós plantas como a tulipa-africana (Spathodea nilotica), a sete-léguas (Podranea ricasoliana), os ipês e o jacarandá-mimoso (Jacaranda momisifolia). Ocorrem em forma de árvores, arbustos ou lianas, geralmente com gavinhas. As Verbenaceae são ervas, lianas, arbustos ou árvores, às vezes com acúleos ou espinhos. Esta família está distribuída de regiões boreais à tropicais; plantas insetívoras de florestas úmidas, áreas alagadas ou de ambientes aquáticos. Algumas espécies ocorrem como epífitas em florestas tropicais montanas. Não possuem grande importância econômica, porém, são ocasionalmente cultivadas como curiosidades. A família Asteraceae possui distribuição cosmopolita, sendo a maior família de Eudicotiledôneas. Possui entre 1.600 e 1.700 gêneros e de 24.000 a 30.000 espécies. No Brasil, ocorrem cerca de 260 gêneros e 2.000 espécies. Essa família é reconhecida como um grupo natural. Muitas Asteraceae são cultivadas como ornamentais, como por exemplo a margarida (Leucanthemum vulgare). Muitas plantas medicinais também estão incluídas nesta família, podendo citar a carqueja (Baccharis spp.) e a camomila (Matricaria recutita). Asteraceae também está entre as principais famílias de plantas invasoras, como por exemplo o dente-de-leão (Taraxacum officinale), a losna-branca (Parthenium hysterophorus), o picão-preto (Bidens pilosa) e o picão-branco (Galinsoga spp.) As Asteraceae são comuns nas formações abertas do Brasil, principalmente no cerrado, onde se destacam espécies de Calea e Aspilia. Em campos sulinos é comum encontrar plantas do gênero Senecio. Em campos rupestres, destaca-se a Lychnophora, com porte arbustivo e rígidas folhas. No interior das florestas densas, as Asteraceae são menos comuns, porém em florestas secundárias elas são vistas com mais facilidade. 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS A proposta inicial deste trabalho de coleta e reconhecimentos das principais famílias de eudicotiledôneas foi alcançada, conseguindo-se identificar a maioria das amostras até o nível de Família. A elaboração do herbário contribui imensamente para o aprimoramento das técnicas de herborização e preservação do material coletado, que é fundamental na formação de um biólogo. Por se tratar de um herbário que possui essencialmente plantas nativas, contribuiu imensamente para o conhecimento das espécies de nosso país e também de nosso estado e cidade. Além do conhecimento adquirido, o portfólio de plantas, que ficará disponível, irá auxiliar e facilitar o reconhecimento das espécies coletadas em futuras pesquisas. REFERÊNCIAS GOOGLE. Mapa de Joinville. 2019. Disponível em: <https://www.google.com/maps/place/Joinville+-+SC/@-26.2626555,-49.241865,10z/ data=!3m1!4b1!4m5!3m4!1s0x94dea3f39db1ab37:0xbc4b989df161e9fa!8m2!3d-26.2 834213!4d-48.8452269?hl=pt-BR> Acesso em: 08 nov. 2019. GUIA SANTA CATARINA. Joinville. 2019. Disponível em: <http://www.guiasantacatarina.com.br/joinville/> Acesso em: 08 nov. 2019. IBGE. Santa Catarina: Joinville. 2016. Disponível em: <https://cidades.ibge.gov.br/brasil/sc/joinville/panorama> Acesso em: 08 nov. 2019. JUDD, W. S. et al. Sistemática Vegetal: Um Enfoque Filogenético. 3. Ed. Porto Alegre: Artmed, 2009. SECRETÁRIA DE PLANEJAMENTO, MEIO AMBIENTE E URBANISMO DE CANGAÇU-RS. Saiba a importância das árvores nativas e seus benefícios. 2011. Disponível em: <http://ambientalcangu.blogspot.com.br/2011/03/saiba-importancia-das-arvores-nativ as-e.html> Acesso em: 08 nov. 2019. SILVA, P. G. A importância das Plantas. 2007. Disponível em: < http://simbiosedepazverdadenaterra.blogs.sapo.pt/4562.html> Acesso em: 10 nov. 2019. SOUZA, V. C; LORENZI, H. Botânica sistemática: guia ilustrado para identificação das famílias de Fanerógamas nativas e exóticas no Brasil, baseado em APG III. 3. ed. Nova Odessa, Sp: Instituto Plantarum, 2012.
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