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Paula Dolinski, ATM 25 Contração e excitação do músculo esquelético Composição do músculo esquelético: Fascículo Muscular→ Várias Fibras Juntas; Fibras musculares => subdivididas em miofibrilas => constituídas de filamentos de miosina e de actina; Sarcolema => Membrana plasmática da fibra => na extremidade da fibra funde-se com tendões, os quais, inserem-se nos ossos; Disco z => Proteína filamentosa => Cruza transversalmente as miofibrilas conectando-as => dá o aspecto de “estrias” as fibras musculares esqueléticas e cardíacas; Sarcômero => Segmento de miofibrila entre 2 discos z ; Titinas => Moléculas muito flexíveis de proteína que funcionam como mola => Mantêm os filamentos de miosina e de actina nos seus lugares => extremidades conectadas ao disco z e a miosina; Sarcoplasma => Citoplasma dos músculos rico em k, mg e fosfato; Sarcossoma => Mitocôndria → há muitas, devido a grande necessidade energética; Retículo sarcoplasmático: Túbulos longitudinais => Armazenamento de Ca => liberados quando há variação no potencial de ação no Túbulos T (detectada pelos receptores de di-idropiridina/DHP (canais de Ca dependentes de voltagem no sarcolema); Cisternas terminais => grandes câmaras => contato com o túbulos T; Túbulos transversos (túbulos T) => Invaginações no sarcolema que cruza transversalmente as miofibrilas => propagação do potencial de ação do sarcolema => penetração da corrente na fibra muscular; Paula Dolinski, ATM 25 Filamentos de actina: Mais finos; Compostos pela proteína actina F (dupla hélice); Na hélice: Moléculas de ADP inseridas => locais ativos da actina (atraem as pontes cruzadas da cabeça da miosina); Proteína Tropomiosina => durante o repouso, recobre os locais ativos, a fim de impedir a contração; Proteína Troponina => mantém a actina e a tropomiosina ligadas => tem 3 subunidades proteicas ligadas Troponina I:Actina F; Troponina T: Tropomiosina; Troponina C: Íons de cálcio. Complexo Troponina-Tropomiosina => impedem a ligação da actina com a miosina => para a contração ocorrer, esse complexo deve ser inibido => através dos íons de cálcio; Filamentos de miosina: Mais espessos; Cadeias polipeptídicas => 2 pesadas e 2 leves: Pesadas=> formam a cauda em dupla hélice; Leves=> cabeça. Braços (projeções laterais) + cabeça = pontes cruzadas; A cabeça funciona como uma enzima ATPase => cliva o ATP para utilizar a sua energia. Paula Dolinski, ATM 25 A contração muscular: Ocorre por mecanismo de deslizamento de filamentos => os filamentos de actina se sobrepõem aos de miosina; OBS: Em rosa claro os filamentos de actina e em escuro, os de miosina. Tipos de contração muscular: Isométrica => Não encurta durante a contração. Isotônica => Encurta; Antes da contração: As pontes cruzadas se ligam a ATPs => a ATPase presente na cabeça da miosina quebra em ADP e fosfato => liberação de energia; Teoria Walk- Along (ir para diante): Com a inibição do complexo Troponina-Tropomiosina pelos íons de cálcio (ligação na troponina C e afastamento da tropomiosina dos sítios de actina F), os locais ativos da actina F ficam expostos e atraem as pontes cruzadas da miosina; A interação entre os filamentos gera uma grande força => a cabeça se inclina em direção ao seu braço, deslocando a actina (força de deslocamento = power stroke) => utilização da energia liberada pela clivagem do ATP; Em algum momento, a inclinação da miosina é tamanha que libera o ADP + fosfato, fazendo que um novo ATP se ligue no lugar e quebre a interação entre a miosina e a actina; O novo ATP é novamente clivado e o processo se repete até que: 1- A Actina puxe o disco z até a extremidade de miosina; 2- O músculo esteja sobrecarregado. OBS: Tensão da fibra muscular x comprimento do sarcômero: Paula Dolinski, ATM 25 D= sem sobreposição miosina-actina => tensão igual a zero; Tensão máxima => entre C (2,2 micrômetros) e B ( 2 micrômetros) => filamentos de actina estão sobrepostos a todas as pontes cruzadas, mas não atingiram o centro do filamento de miosina; A => filamentos de actina sobrepõem além dos de miosina => discos Z entram em contato com os filamentos de miosina => diminuição brusca da tensão de contração. Junção neuromuscular: As Fibras musculares são inervadas por fibras nervosas mielinizadas, originadas da medula espinhal; Terminação nervosa + fibra muscular=> Junção neuromuscular => controla o potencial da placa motora no recebimento de um estímulo que é maior que o necessário => Fator de segurança; A fibra nervosa forma um complexo de terminais nervosos ramificados que se inervam na fibra muscular => Estrutura denominada Placa motora=> recoberta por 1 ou + células de Schwann. Terminal de um axônio + sarcolema: Espaço/fenda sináptica => espaço entre o terminal e o sarcolema ; Fendas subneurais => + área de superfície para a ação da acetilcolina. Mitocôndrias => ATP para a síntese do transmissor acetilcolina; Superfície da membrana neural => canais de cálcio controlados por voltagem. Excitação do músculo esquelético: Impulso nervoso => Potencial de ação no axônio => canais liberam cálcio na membrana neural => cálcio atrai as vesículas de Acetilcolina => por exocitose, a Acetilcolina é liberada no espaço Paula Dolinski, ATM 25 sináptico => ela auxilia na excitação da membrana da fibra muscular (sarcolema); Fibra muscular => receptores de acetilcolina => canais iônicos abrem com a interação => permissão para passagem de cátions (Especialmente SÓDIO = muito presente no meio extracelular); Íons de sódio => alteram o potencial da placa motora => gera um potencial de ação na fibra muscular; Túbulos T distribuem o potencial de ação na fibra muscular => a variação da voltagem é detectada pelos receptores de di-idropiridina/DHP => DHP estimula o RyR a liberar o cálcio do Retículo Sarcoplasmático (“pulsos” de cálcio) => início da contração => Acoplamento excitação-contração. OBS: O cálcio vem tanto do meio extracelular quanto do Retículo Sarcoplasmático; OBS : Milissegundos após a sua liberação, a Acetilcolina é destruída no espaço sináptico por Acetilcolinesterase => evitar a reexcitação da fibra muscular após a contração necessária. Interrupção da contração: Uma bomba de cálcio/SERCA na parede do retículo sarcoplasmático remove os íons do líquido miofibrilar, fazendo-os retornar para os túbulos do retículo, concentrando-os => proteína Calsequestrina quela o cálcio. Potencial de ação muscular: Potencial de repouso da membrana => -80 a -90 milivolts; Duração do potencial de ação => 1 a 5 milissegundos; Velocidade de condução => 3 A 5 m/s. Fontes de energia: Paula Dolinski, ATM 25 ATP => ativação do sistema Walk-Along; Meios de conseguir ATP: Glicogênio => Armazenado nas células musculares => glicólise anaeróbica => Glicose vira Piruvato -> Piruvato vira ácido lático (contrações até 1 min); OBS: Mecanismo funciona sem oxigênio e é muito rápido; TODAVIA, os produtos finais da glicólise acomulam. Fosfocreatina → Creatina fosfato + ADP → Creatina + ATP; OBS: Alta energia, todavia há pouca fosfocreatina no músculo, por isso é usada em contrações rápidas. Fosforilação Oxidativa → Muito mais ATP, mas dura Tetanização: Fundição de contrações sucessivas muito rápidas e fortes; Provoca arritmia cardíaca. Motivo → liberação excessiva de Ca; Fadiga muscular: Incapacidade do músculo de gerar ou sustentar uma determinada contração. Motivos principais: ⇒ Contrações musculares fortes e longas; ⇒ Interrupção do fluxo sanguíneo; ⇒ Diminuição da disponibilidade de glicogênio; ⇒ Condicionamento físico. OBS: Pode acontecer a fadiga da junção neuromuscular em estímulos muito grandes (100 vezes/min). Força Muscular: Varia com o número de pontes cruzadas formadas durante a contração: Depende de: Quantidade de unidades motoras recrutadas → + fibras do neurônio liberar ACh; Estímulo nervoso nas unidades motor → liberação deACh propriamente dita; Nível de íons de Ca; ATP. Remodelação do músculo esquelético: Adaptação do músculo → diâmetr, força, fibras, vascularização (angiogênese → importante pro músculo cardíaco); Paula Dolinski, ATM 25 “Tipos”: Hipertrofia; Hiperplasia; Atrofia. Hipertrofia Muscular: Aumento do músculo: Mais Filamentos de actina e de miosina => fibra hipertrofiada; Mais síntese de proteínas contráteis. Algumas contrações fortes / dia podem levar a hipertrofia em poucas semanas; OBS: Nesse processo pode acontecer também o Alongamento. Hiperplasia: Força extrema => aumento no número de fibras musculares, independentemente do processo de hipertrofia. Raro de ocorrer. Atrofia Muscular: Motivos: ⇒Músculo sem uso por muito tempo: Degradação de proteína contrátil pelo complexo ubiquitina-proteassoma. Proteasomas => Proteínas que degradam outras proteínas. Ubiquitina => proteína que demarca para as proteasomas quais serão as proteínas destruídas; ⇒ Desnervação de um músculo: Pode ser revertido se descoberto rapidamente Consequências: ⇒ Destruição das fibras musculares; ⇒ Substituição por tecido fibroso e gorduroso; ⇒ Contratura do tecido fibroso (encurtamento). Rigor Mortis: Estado de contratura que os músculos entram após 3 a 4h da morte⇒ pico após 12 h. Diminuição entre 48h ⇒ degradação das proteínas musculares pelas enzimas liberadas pelos lisossomos; Motivo: ⇒ A deterioração do retículo sarcoplasmático libera íons de cálcio; ⇒ Formam pontes cruzadas e os músculos ficam rígidos; ⇒ Não há ATP para a remoção dos íons de cálcio e o relaxamento do músculo.
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