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APOSTILA DE QUÍMICA GERAL EXPERIMENTAL 2014-2 Eng ambiental

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 APOSTILA DE QUÍMICA 
GERAL EXPERIMENTAL 
 
2 
 
1. Objetivos das aulas práticas 
 
A disciplina Química Geral Experimental foi planejada para oferecer aos estudantes a 
oportunidade de desenvolver habilidades tais como: 
• conduzir um trabalho em laboratório de química seguindo um planejamento previamente 
determinado, identificando e utilizando corretamente os reagentes, as vidrarias e os 
equipamentos; 
• ter noções de como minimizar os riscos de acidentes em laboratório; 
• observar os fenômenos relevantes em um trabalho experimental, registrar as observações 
através de códigos e símbolos próprios da química, e interpretar os dados observados 
através do uso de teorias; 
• ter a capacidade de planejar e executar experimentos simples e complexos, nas condições 
de um laboratório. 
 
1.1- Instruções gerais 
 
1.1.1- Preparação para entrar no laboratório (fase pré-laboratório) 
 
A fase pré-laboratório tem como objetivo familiarizar o aluno com o experimento a ser 
realizado. Leia com antecedência o roteiro da aula a ser realizada, procurando 
compreender os objetivos e os procedimentos a serem adotados, e dê especial atenção às 
advertências em relação à segurança. 
 
1.1.2- Instruções para as aulas de laboratório 
 
O aluno deverá portar os seguintes materiais obrigatórios para freqüentar as aulas 
práticas: óculos de proteção, um guarda-pó, o caderno de laboratório e o roteiro do 
experimento a ser executada no dia. A falta de um ou mais itens será penalizada com 
nota zero de comportamento. O início das aulas será às 17h30, sendo tolerado um atraso de 
até 5 minutos; após este tempo haverá penalização na nota. No início da aula o professor 
dará orientações pertinentes ao experimento da aula; é interessante anotar no Caderno de 
Laboratório estas orientações. A critério do professor poderá ser aplicada uma prova antes 
(teste pré-laboratório) ou depois da execução do experimento (teste pós-laboratório). Tais 
provas têm como objetivo verificar se o aluno preparou-se adequadamente antes de entrar 
no laboratório, ou ainda se este aproveitou o experimento. 
As aulas práticas serão desenvolvidas por equipes de três integrantes, mas sendo os 
experimentos relativamente simples, poderão ser realizados individualmente. Siga o roteiro 
do experimento, tomando todas as precauções para evitar acidentes, e tente aproveitar o 
máximo para desenvolver sua técnica e habilidade. 
Ao final da aula, descarte em recipientes adequado os resíduos e lave toda a 
vidraria, que deverá ser deixado sobre a bancada. Em geral a vidraria pode ser lavada com 
detergente e uma escova apropriada. Enxágüe várias vezes com água da torneira, e duas 
ou três vezes com água destilada; não é necessário enxugar nenhum material, que será 
guardado molhado (mas não sujo). 
 
 
1.1.3- O Caderno de Laboratório 
 
O Caderno de Laboratório deve conter todo o registro das atividades efetuadas no 
laboratório, numa linguagem direta e resumida, mas de forma COMPLETA. Estas anotações 
devem ser realizadas, na maior parte, durante a própria aula. Os preparativos pré-
 
3 
laboratoriais devem ser feitos antes da realização do experimento, enquanto as discussões 
e conclusões podem ser 
registradas depois. Entretanto os dados e observações devem ser anotados durante a 
própria aula, para evitar que se percam informações armazenadas de memória. Seguindo 
este procedimento, economiza-se tempo e trabalho. Para um bom registro de informações 
observem as seguintes recomendações: 
• Iniciar sempre o registro com o número do experimento (ou da aula) e a data. Em 
seguida anote o título e faça um breve resumo do que será feito durante a aula, contendo 
os objetivos e os procedimentos. Eventualmente, dependendo do que for ser realizado, o 
procedimento poderá ser melhor descrito através de um fluxograma, principalmente quando 
envolver várias etapas. Nesta fase está incluída também a construção de tabelas para 
anotações dos dados experimentais. 
• As anotações dos dados e das observações devem ser individuais. Habitue-se a fazer os 
registros à tinta, e as eventuais retificações não deverão ocultar as anotações incorretas. 
Freqüentemente os dados considerados aparentemente errados, podem se revelar valiosos 
posteriormente. 
 
• A análise dos dados, suas discussões e as conclusões tiradas são partes importantes do 
trabalho experimental. Nesta fase estão incluídos os cálculos, a construção de gráficos e as 
avaliações comparativas de dados obtidos pelas equipes. Desta análise são obtidas 
conclusões que respondem ao questionamento(s) inicial(ais). 
Lembre-se que um experimento é planejado para obter dados que permitiam 
responder a alguma questão, originada pela simples curiosidade, por dúvidas ou polêmicas. 
O registro das conclusões deve ficar no caderno, sendo que alguns autores consideram esta 
parte como a mais importante do trabalho. 
 
1.1.4- Após finalização do experimento (fase pós-laboratório) 
 
Finalizado o experimento e com todos os materiais limpos e guardados, realize a 
“Tarefa pós-laboratório” do roteiro. Em geral esta tarefa é constituída por questões que o 
auxiliará na interpretação dos dados coletados. A tarefa pós-laboratório deverá ser feita 
antes da próxima aula no Caderno de Laboratório, pois será cobrada pelo professor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. ORIENTAÇÕES PARA AS 
AULAS PRÁTICAS 
 
5 
 
 
2.1- OBSERVAÇÕES IMPORTANTES 
 
1. A freqüência às aulas práticas é obrigatória, pois cada aula tem uma avaliação específica 
(pré-teste, desempenho durante a aula e conceito pelo relatório produzido). 
 
2. É obrigatório o uso de um guarda-pó para proteção das roupas e do corpo. 
 
3. Cada aluno deverá levar para a sua bancada somente o material indispensável ao 
desenvolvimento de cada aula (o restante deverá ficar no armário). 
 
4. Os alunos são solidariamente responsáveis - do início ao final do período letivo - pelo 
material de uso individual que lhe for entregue. 
 
5. Os reagentes de uso coletivo devem ser mantidos em seus respectivos lugares a fim de 
facilitar o trabalho dos demais colegas. 
 
6. O material deve ser rigorosamente limpo com água da torneira e complementos, 
utilizando-se água destilada somente para enxaguar. 
 
7. Toda e qualquer reação química capaz de produzir gás ou vapor deverá ser realizada na 
capela. 
 
8. Tendo em vista o alto custo dos reagentes e as dificuldades de obtenção e de preparo, 
use sempre as pequenas quantidades indicadas pelo Professor no decorrer das aulas. 
 
9. Os resíduos finais de cada experiência deverão ser recolhidos a frascos próprios. 
Somente colocar na pia produtos que não prejudiquem o ecossistema. 
 
10. No final da aula, todo aluno deverá deixar o material limpo e em perfeitas condições de 
uso pelos grupos seguintes. Os reagentes deverão ser guardados nos devidos lugares. As 
balanças devem ser mantidas limpas. 
 
11. A participação, o interesse e a responsabilidade dos alunos nas aulas práticas são 
considerados no conceito final. Assim, espera-se o bom envolvimento de todos nas 
atividades propostas, evitando manifestações capazes de prejudicar os trabalhos dentro do 
laboratório. 
 
 
12. Conservar a limpeza do laboratório. 
 
13. Nunca fumar no laboratório. 
 
6 
 
14. Não será permitido ao aluno efetuar aulas práticas de laboratório em turma diferente 
daquela que lhe tenha sido designada, salvo que ocorra expressa autorização. 
 
 
7 
2.2- ORIENTAÇÕES DE COMO DEVEMOS 
PROCEDER DENTRO DE UM 
LABORATÓRIO 
 
 
1. Mantenha o seu lugar de trabalho em perfeito estado de limpeza e evite todo 
obstáculo inútil em redor da aparelhagem em funcionamento. 
2. Não coloque lanches, cigarros, etc. sobre as mesas do laboratório; elas podem 
estar com produtos corrosivos, venenosos e inflamáveis derramados. 
3. É proibido fumar nos recintos do laboratório. 
4. Nunca use tubo de vidro comas bordas cortantes, mesmo nos casos de urgência. 
5. Não faça força sobre o vidro. 
6. Lubrifique os tubos de vidro para introduzi-los nas rolhas. No caso de rolhas de 
borracha, use glicerina como lubrificante. 
7. Proteja suas mãos com luvas de couro ou PVC ao colocar um tubo em uma rolha. 
8. Os frascos de amostras contaminadas com solução ácida, cáustica ou outros 
materiais corrosivos devem ser lavados com água após serem usados. 
9. Nunca exceda as pressões e temperaturas que tenham sido designadas como 
limites máximos de segurança para um determinado aparelho. 
10. Vidros quebrados devem ser jogados em recipientes próprios e nunca despejados 
junto com outros detritos. 
11. Para parar qualquer máquina em movimento, use somente os breques, não use as 
mãos. 
12. Ao sifonar ou pipetar líquidos corrosivos, nunca faça a sucção com a boca. 
13. Materiais tóxicos, voláteis, tais como: anilina, bromo, diversos ácidos minerais 
concentrados e etc., devem ser manipulados debaixo de uma capela que tenha 
boa tiragem ou na falta desta, ao ar livre, fora do laboratório, com as devidas 
precauções. 
14. Soluções empregando materiais voláteis e evaporações devem ser manipuladas 
na capela. 
 
8 
15. Amostras e produtos químicos em recipientes sem rótulos não devem ser usados. 
16. Mantenham todas as amostras arrolhadas ou tampadas, quando não em uso. 
17. Utensílios de vidro que estiverem trincados ou tiverem bordas lascadas não devem 
ser usados. 
18. Amostras quentes devem ser cobertas e permitidas que esfriem. 
19. Roupas contaminadas devem ser trocadas quando a contaminação é de origem 
inflamável ou nociva para à saúde. 
20. Use o bico de Bunsen somente em lugares isentos de inflamáveis ou explosivos. 
21. Nunca despeje inflamáveis em recipientes que estejam sobre o bico de Bunsen, 
fogareiros ou aquecedores elétricos. 
22. Coloque os recipientes contendo produtos em seus lugares apropriados, isso 
evitará erros nas análises e evitará, também, possíveis acidentes. 
23. Jogue o lixo nos recipientes apropriados (adequados). 
24. Não espalhe desordenadamente seu material de trabalho, tenha-o sempre 
arrumado e limpo. 
25. Cuidado com reações violentas ou que desprendam rapidamente muito calor, 
(Preparações de algumas soluções ácidas ou alcalinas, neutralização). 
26. No caso de diluições, derrame sempre o ácido na água e não a água no ácido. 
27. Toda a reação deve ser feita antes com pequenas quantidades e com muito 
cuidado. 
28. Evite tocar em produtos que não conhece. 
29. Não procure, com fins recreativos, misturar reativos e produtos sem saber o que 
vai acontecer. 
30. Evite respirar fumaça, vapores, etc. de produtos que não conhece, mesmo que 
eles não pareçam perigosos. 
31. Rotule os recipientes antes de enchê-los. 
32. Não encha nunca um recipiente com um produto que não corresponda ao rótulo 
indicado. 
33. Não beba água, café, leite, chá ou refrigerantes em recipientes que não sejam 
apropriados (béquer, etc.) 
 
9 
34. Não jogue nas pias líquidos corrosivos ou inflamáveis que não tenham sido 
previamente diluídos. 
35. Não tire os ralos protetores dos orifícios de evacuação das pias. 
36. Se, por acaso, quebrar um tubo ou frasco de vidro, não apanhe os estilhaços com 
as mãos. Use uma escova ou vassoura e não um pano. 
37. Redobre sua atenção quando estiver fazendo análise de produtos para poder 
interpretar corretamente os resultados. 
 
10 
2.2.1- RELAÇÃO DO MATERIAL UTILIZADO EM 
AULAS PRÁTICAS 
 
 EQUIPAMENTOS 
01 Almofariz de porcelana com pistilo 
02 Cadinho de porcelana 
03 Triângulo de argila 
04 Tripé de ferro 
05 Tenaz metálica 
06 Bico de Bunsen 
07 Escova 
08 Frasco lavador 
09 Tubos de ensaio 
10 Agarrador de madeira 
11 Estante para tubos de ensaio 
12 Espátula 
13 Vidro de relógio 
14 Condensador 
15 Copo de vidro (béquer) 
16 Bastão de vidro 
17 Tela de arame com amianto 
18 Cápsula de porcelana 
19 Funil de vidro 
20 Suporte para filtração 
21 Balão volumétrico 
22 Pipeta (graduada e volumétrica) 
23 Pêra (ou seringa) 
24 Erlenmeyer 
25 Bureta 
26 Proveta 
27 Lâmina para microscópio 
28 Balança 
29 Barômetro 
30 Cronômetro 
31 
32 
33 
34 
35 
36 
Termômetro 
Funil de separação 
Mufla ou Forno 
Mufa 
Argola 
Tela de amianto 
 
 
 
 
11 
2.3- ELABORAÇÃO DE RELATÓRIOS 
 
Um dos objetivos das disciplinas de Química Geral é desenvolver no estudante o hábito de 
relatar por escrito, de forma circunstanciada, as experiências desenvolvidas no laboratório. 
Isso porque o bom desempenho técnico e a habilidade de elaborar relatórios concisos são 
valorizados amplamente no meio acadêmico e no âmbito profissional. 
A clareza do texto é um requisito fundamental para a compreensão do assunto elaborado. 
Assim, o relatório deve ser redigido com frases curtas e objetivas, que evitem interpretações 
dúbias e tornem a leitura menos cansativa. O tempo verbal deve ser o passado, na voz 
passiva e de forma impessoal. 
É conveniente lembrar que todo profissional deve zelar pela boa qualidade da sua 
linguagem oral e escrita, sem tornar-se obrigatoriamente um literato. Este procedimento 
facilita a troca de informações e demonstra o nível intelectual atingido pelo indivíduo. 
Um relatório é composto (geralmente) pelas seguintes partes: 
 
1) Folha de rosto; 
2) Introdução; 
3) Objetivos (podem ser descritos no final da introdução); 
4) Descrição do método e do material utilizado; 
5) Descrição e Discussão dos resultados; 
6) Conclusão; 
7) Referências Bibliográficas. 
O conteúdo de cada uma dessas sessões será descrito brevemente a seguir. 
 
1) Folha de rosto 
Contém os elementos essenciais à identificação do relatório e do estudante: 
.1) Nome(s) do(s) autor(es); 
.2) Título; 
.3) Finalidade do trabalho e identificação da Instituição, do Departamento da disciplina 
a que ele se destina (no caso de relatórios acadêmicos); 
.4) Local (cidade); 
.5) Ano, em algarismos arábicos. 
 
2) Introdução 
 
12 
Sempre que possível, a introdução deve incluir os resultados de um levantamento 
bibliográfico sobre o tema do relatório e sobre os métodos empregados. Nesse caso, as 
referências bibliográficas devem ser citadas no texto, e listadas no final do relatório. 
Na introdução, o trabalho experimental realizado é colocado no contexto apropriado e 
relacionado com o conhecimento científico em geral, conduzindo o leitor gradativamente 
aos objetivos do experimento. 
 
3) Objetivos 
Na formulação dos objetivos, o autor deve deixar claro o que pretende obter ou realizar em 
cada etapa da experiência. 
 
4) Material e Métodos 
O Material utilizado (especialmente os reagentes e os equipamentos) deve ser relacionado. 
No caso dos reagentes especifica-se o fabricante, o grau de pureza e a concentração (ou a 
densidade). Se os resultados de um experimento forem dependentes de um equipamento 
ou peça de vidraria específicos, eles devem ser descritos de forma detalhada, incluindo 
especificações como tipo, dimensões, marca e modelo. 
É essencial que o procedimento adotado na execução da experiência seja descrito 
minuciosamente, incluindo quantidade de reagentes, tempo, temperatura de reação e 
métodos utilizados. A descrição deve ser de fácil entendimento, para que a experiência 
possa ser reproduzida pelo leitor, se necessário. 
Nesse item do relatório não devem ser incluídos os resultados obtidos, nem os cálculos 
realizados com os dados experimentais. 
 
5) Resultados e Discussão 
Esta seção deve conter os dados coletados e/ou calculados no decorrer da experiência, 
registrados sempre que possível em tabelas ou gráficos, com o número correto de 
algarismos significativos. No caso de cálculos repetitivos, é suficiente a indicação de apenas 
um deles. 
 
5.1) Apresentação Tabular e Gráfica de Resultados 
5.1.1) Tabelas 
Num relatório, as tabelas têm por função agrupar os resultados de forma simples, clara e 
organizada. Existem normas técnicas para apresentaçãotabular de dados; algumas delas 
serão discutidas a seguir. 
 
13 
As tabelas são constituídas geralmente por título, cabeçalho e corpo e devem ser 
numeradas (com algarismos arábicos colocados antes do título) para facilitar a sua 
localização no corpo do relatório. 
O título deve preceder a tabela e informar brevemente sobre o seu conteúdo, indicando as 
condições experimentais em que os resultados foram obtidos. 
O cabeçalho especifica o conteúdo das colunas que compõem o corpo da tabela: ele deve 
ser separado dos dados por um traço horizontal. Na identificação de cada coluna devem ser 
mencionadas as unidades (g, mol, mL, o c, J, etc) das grandezas medidas (massa, 
quantidade de matéria, volume, temperatura, energia, respectivamente, entre outras). 
O corpo da tabela é formado por um conjunto de linhas e de colunas onde os dados são 
colocados. As colunas podem ser separadas, para maior clareza, por traços verticais. 
Finalmente, a tabela completa deve ser delimitada, no alto (acima do cabeçalho) e na parte 
inferior (logo após a última fileira de dados) por traços horizontais. Informações adicionais, 
como a fonte dos dados tabulados (quando extraídos da literatura) e referências 
complementares ao procedimento experimental (adotado na obtenção dos resultados) 
podem ser colocados abaixo da tabela (“rodapé”). Há vários exemplos de tabela exibidas na 
literatura. No entanto, deve-se tomar cuidado pois alguns tipos de tabela não são mais 
adotados, principalmente tabelas formatadas na forma de grades. 
 
5.1.2.) Gráficos 
Gráficos, figuras, fotografias devem ser inseridas no mesmo gabarito das folhas do texto, 
podendo, em casos especiais, quando houver impossibilidade de redução, ser utilizado o 
tamanho A-3 (420 x 297 mm) com dobra para o tamanho padrão A-4. 
Os gráficos e as figuras devem ser elaborados em papel vegetal ou na própria folha do 
texto, com qualidade gráfica equivalente ou superior à do resto do texto. Não serão aceitos 
desenhos feitos a lápis ou caneta esferográfica, fotocópias, bem como títulos escritos com 
máquina de escrever sobre o papel vegetal. A impressão de gráficos e figuras também deve 
ser feita exclusivamente na cor preta. O emprego de cores será admitido excepcionalmente 
apenas quando for essencial à compreensão da ilustração. 
Figuras e tabelas devem ser obrigatoriamente numeradas e citadas no texto. As tabelas 
devem ser precedidas do seu título. As legendas das figuras devem ser posicionadas 
imediatamente abaixo das mesmas. 
 
 
 
 
14 
6) Conclusões 
As conclusões constituem parte do texto em que o autor apresenta de forma objetiva e exata 
os dados obtidos durante o desenvolvimento da pesquisa. Aconselha-se um tamanho de até 
02 páginas. 
 
7) Referências Bibliográficas 
Esta parte deve conter as referências bibliográficas, conforme as normas 
apresentadas abaixo. 
As referências bibliográficas indicadas por números no texto do trabalho devem ser 
listadas, na ordem em que aparecem no texto. Referências ainda não publicadas deverão 
ser indicadas como “no prelo”, “submetida para publicação no (nome do jornal)” ou, em 
casos excepcionais, “comunicação pessoal”. 
A lista de referências deverá ser escrita conforme os estilos definidos a seguir: 
1. Eschenmoser, A.; Ruzicka, L.; Jeger, O.; Arigoni, D.; J. Am. Chem. Soc. 1955, 38, 189. 
2. Tyrrel, H.J.V.; Harris, K.R.; Diffusion in Liquids; John Wiley: Nova Iorque, 1984 
3. Golay, M.J.E. In Gas Chromatography; Desty, D.H. (Edt.); Butterworths: Londres, 1958, p 
45. 
As abreviaturas de nomes de revistas devem seguir as normas internacionais, 
sugerindo-se, em caso de dúvidas, consulta ao “The ACS Style Guide, American Chemical 
Society: Washington, 1997”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
 
 
 
 
 
 
AULAS PRÁTICAS 
 
 
16 
EXPERIÊNCIA 1: LIMPEZA DE VIDRARIA, 
MEDIDAS DE VOLUME 
 
 
PARTE A: Limpeza de Vidraria 
 
 Por ocasião do uso de um aparelho volumétrico ou de qualquer outro utensílio 
de vidro de um laboratório, os mesmos devem encontrar-se em perfeito estado de 
limpeza. A matéria gordurosa impede o perfeito escoamento nos aparelhos 
volumétricos, além de causar a inexatidão do trabalho. Por isso, em primeiro lugar, 
deve-se encher o aparelho volumétrico ou qualquer outro recipiente com água da 
torneira, retira-se a mesma e observa-se se houve escoamento completo ou se 
permaneceram gotículas que indicam a presença de pontos gordurosos. Lava-se 
com detergente e escova (quando possível) enxaguando bem com água da torneira. 
Se ainda persistir as gotículas, faz-se uso do Extran. Caso contrário, procede-se o 
enxágüe com água destilada. 
 Coloca-se o Extran no aparelho com as gotículas, deixando-se em contato por 
3 a 5 minutos. A seguir, recolhe-se a mistura para o frasco de origem. Esta mistura 
tem um efeito corrosivo sobre a pele, portanto deve-se manusear com cuidado. 
Após, o aparelho é lavado várias vezes com água da torneira e, em seguida, duas 
ou três vezes com água destilada, secando as paredes externas. 
 
TAREFA: Limpar um béquer, uma proveta e uma pipeta. 
 
PARTE B: Equipamento para Medida de Volume 
 
 Para se efetuar medida de volume de líquido, são empregados vários tipos de 
aparelhos que podem ser classificados de duas maneiras: 
1) Aparelhos calibrados para conter certo volume de líquidos. 
Ex: Balão Volumétrico. 
2) Aparelhos calibrados para dar escoamento a certo volume de líquido. 
Ex: Pipeta volumétrica, bureta. 
 
 A medida de líquidos com qualquer aparelho está sujeita a uma série de erros 
devido às seguintes causas: 
- Ação da tensão superficial sobre a superfície líquida. 
- Dilatação e contração provocadas pelas variações de temperatura. 
- Imperfeita calibração dos aparelhos volumétricos. 
 
 Estes erros afetam a precisão do aparelho, por isso a bureta é mais precisa 
que a pipeta graduada, que por sua vez é mais precisa que a proveta. O béquer e o 
erlenmeyer não apresentam precisão. 
 A leitura do volume contido no aparelho é feita comparando-se o nível do 
líquido com as linhas calibradas existentes nas paredes do aparelho. 
 O nível do líquido é usualmente considerado a parte inferior do menisco 
(superfície curva do líquido), que é mais facilmente localizada quando se coloca um 
retângulo preto a 1nm abaixo do menisco. Este ficará com uma coloração escura, 
 
17 
facilitando a leitura. Esta deve ser feita quando a curvatura inferior do menisco 
coincidir com a altura dos olhos. Evitando-se, assim o erro de paralaxe. (Figura1) 
 
 Figura 1: Leitura correta do menisco 
 
 PIPETAS: 
 Temos dois tipos de pipetas: pipetas de transferência (ou volumétricas) e 
pipetas graduadas. As de transferência apresentam um bulbo na parte central e 
apenas um traço de referência e servem para escoar um determinado volume de um 
recipiente para outro. Com pipetas graduadas podem-se medir vários volumes. 
 
 Uso de pipetas em geral: Depois de perfeitamente limpa, a pipeta é 
ambientada lavando-se com pequenas quantidades da solução a medir para 
remoção de possíveis gotas de água destilada que provocariam uma pequena 
diluição na solução. Em seguida, é introduzida na solução tendo o cuidado de evitar 
a formação de bolhas; faz-se a sucção (nunca com a boca) até acima da marca do 
zero e a extremidade superior é fechada com o dedo indicador. Seca-se a parte 
externa da pipeta com um papel filtro. Depois, relaxando levemente a pressão do 
dedo, deixa-se escoar lentamente o líquido para zerar e, só então, procede-se o 
escoamento desejado. Após o escoamento, aguarda-se 15 segundos. Se alguma 
gota ainda ficar na posição inferior da pipeta, esta é removida encostando-se a 
mesma contra parede do recipiente. Nunca deve-se soprar a pequena porção de 
líquido que fica retido na extremidade da pipeta, salvo em pipetas especiais. 
 
 BURETAS: 
 São formadas por cilindros de vidro graduados, tendo torneiras que servem 
como dispositivos de controle de vazão. As buretas são aparelhos que se encontramfixados verticalmente nos chamados suportes para buretas. Antes do uso, ela deve 
estar limpa com Extran. Após a limpeza, a torneira da bureta deve ser lubrificada, 
pois o Extran ataca a vaselina. Por isso, retira-se e seca-se a torneira com papel 
filtro, colocando-se, com o dedo, a mínima quantidade de vaselina nas extremidades 
da torneira. Repõe-se a torneira no seu lugar, previamente limpo e seco, girando-se 
até senti-la perfeitamente adaptada. Caso a bureta já esteja limpa (sem gotículas 
 
18 
após o escoamento de água), não é necessário a lubrificação da torneira, pois o 
desmonte constante desta pode ocasionar vazamentos posteriores. 
 A bureta, depois de limpa, é lavada três vezes com 5 ml de solução, que é 
adicionada por intermédio de um pequeno funil, de forma que o fluxo descendente 
lave as paredes internas da bureta. Depois de lavada, enche-se a bureta com a 
solução até um pouco acima da marca do zero, verificando se não há vazamentos 
e/ou bolhas de ar na porção da bureta abaixo da torneira. 
 
 
 BALÕES VOLUMÉTRICOS: 
 Os balões volumétricos são balões de fundo chato, gargalo comprido e 
calibrado para conter determinados volumes líquidos. O gargalo deve ser estreito 
para que uma pequena variação de volume provoque uma sensível diferença na 
posição do menisco. 
 Os balões volumétricos são usados na preparação de soluções de 
concentração conhecida. O reagente é devidamente pesado e passado para um 
béquer, onde é dissolvido. A solução assim obtida é passada para o balão. O 
béquer é lavado várias vezes com pequenas porções de água destilada para que 
ocorra uma transferência quantitativa cuidando-se para não exceder a marca do 
gargalo. Só então a solução é diluída, fazendo-se o solvente escoar pelas paredes 
do balão até que o líquido chegue „a extremidade inferior do gargalo. Em seguida, 
agita-se vigorosamente até que a solução se misture perfeitamente. Se o gargalo 
estiver molhado, espera-se o tempo suficiente para que o líquido escoe pelas 
paredes, secando, se necessário, a parte superior da marca com papel filtro. Faz-se 
o ajustamento final, com o auxílio de uma pipeta, de tal maneira que o menisco fique 
tangente ao traço de referência. Em seguida, agita-se vigorosamente até que a 
solução se misture perfeitamente. Em caso de diluições em soluções concentradas, 
se este processo for exotérmico, procede-se uma diluição inicial num béquer com 
pouco volume de água. Espera-se esfriar e, então, repete-se o procedimento para 
reagentes sólidos, acima citados. 
 
TAREFA: Treinar medidas de volumes em provetas, buretas, pipetas e 
balões volumétricos, usando-se água da torneira. 
 
 
 
 
 
19 
EXPERIÊNCIA 2: DECANTAÇÃO E FILTRAÇÃO 
 
 
 
 
PARTE A: Decantação Sólido-Líquido 
 Um dos métodos mais simples se separação de misturas heterogêneas em 
laboratórios é a decantação. A decantação serve para a separação de misturas 
heterogêneas, sejam misturas heterogêneas sólido-líquido ou misturas 
heterogêneas líquido-líquido. No caso da decantação sólido-líquido, que é nosso 
objeto de estudo no momento, deixa-se o sólido sedimentar no fundo do béquer e 
então, cuidadosamente, verte-se a maior parte do líquido para outro béquer, com o 
auxílio de um bastão, conforme a Figura 2. 
 
 Figura 2: Decantação Sólido – Líquido 
 
 
 TAREFA: Junte 20 mL de solução de BaCl2 com 20 mL de solução de 
Na2CO3 num béquer de 100mL. Separe o sólido do líquido, por decantação, 
deixando em repouso por mais ou menos 60 minutos. 
 
 PARTE B: Filtração 
Um dos problemas comuns em laboratórios é separar um líquido de um 
sólido. Freqüentemente se utiliza a filtração. A filtração consiste na separação de um 
sistema bifásico (sólido-líquido), fazendo passar a fase líquida (filtrado) através de 
um meio que retém a fase sólida (precipitado). O filtro mais econômico é o de papel. 
 Uma das maneiras de preparar o papel filtro é a seguinte: o papel de filtro de 
forma circular é dobrado pela metade e depois esta metade é dobrada novamente, 
adquirindo aproximadamente um quarto do tamanho original. A segunda dobra deve 
 
20 
ser feita de maneira que fique um intervalo de 5mm entre as duas pontas, como na 
Figura 3. 
De uma das pontas do papel, rasga-se um pequeno triângulo irregular, para 
facilitar a adesão do papel ao funil, conforme a Figura 4. 
 
 
Em seguida, abre-se o papel de tal maneira que 
adquira a forma de um cone e coloca-se no funil 
de modo que o corte no papel fique aderido ao vidro. 
Para uma rápida filtração, o papel deve ser 
ajustado no funil de modo que o ar não penetre 
entre o papel e o funil. Para isso, coloca-se um 
pouco de água destilada sobre o papel para 
ajustá-lo às paredes do funil, conforme a Figura 5. 
Quando o funil estiver bem selado, o líquido ficará 
retido na coluna do funil e seu peso ajuda a puxar 
o líquido através do papel. 
 
 
 Figura 5 
 
 A fim de não perder material, deve-se usar 
a técnica da Figura 6. Cuide para que a superfície do líquido dentro do funil não 
alcance o topo do papel. O processo de separação pode ser acelerado através de 
uma filtração por sucção, a chamada filtração a pressão reduzida. Como na filtração 
a pressão reduzida a sucção é forte, é necessário um funil especial, chamado funil 
de Büchner. O papel, neste caso, não é dobrado. O papel de forma circular, é 
cortado de maneira que fique a meia distância entre a última linha de furos e a 
parede do funil, nunca podendo “subir pelas paredes” do mesmo, o que causaria 
vazamentos. 
 
21 
 
 Coloque o papel de filtro úmido sobre o funil. Adapte o Büchner num 
kitassato. A saída lateral do kitassato é ligada à trompa d‟água por meio de uma 
mangueira de borracha. A Figura 7 exemplifica a montagem do sistema. A torneira 
deverá permanecer aberta enquanto durar a filtração. Para desligar o conjunto, 
desfaz-se a conexão entre o kitassato e a trompa (ponto 1 da Figura 7) e, após, 
fecha-se a torneira. Caso contrário, a água entrará para dentro do kitassato. 
 
 Obs1: A trompa d‟água possui uma seta que deve ser dirigida para baixo 
para evitar o retorno d‟água para dentro do kitassato. 
 Obs2: Recolha os resíduos (precipitados), junto com o papel filtro, para o 
frasco de resíduos sólidos. 
 
 TAREFA: Junte 20 mL de solução de BaCl2 com 20 mL de solução de 
Na2CO3 num béquer de 100mL. Separe o sólido do líquido, pelas duas formas de 
filtração. 
 
 
 
QUESTIONÁRIO: 
1) Equacione a reação (parte C) e registre suas observações. 
2) Compare os três processos (parte C e D) anteriores de 
separação sólido-líquido: Decantação, Filtração Simples e 
Filtração à Pressão Reduzida quanto aos aspectos: 
- Velocidade de separação 
- Aspecto da fase sólida obtida (+ ou – úmido) 
- Aspecto da fase líquida obtida (límpida ou turva) 
3) Explique por que, depois da separação, a fase líquida pode ser 
descartada na pia. 
 
 
22 
Parte C: Decantação líquido-líquido: 
 
- Adaptar uma argola de sustentação a um suporte universal; 
- Apoiar o funil de separação na argola de sustentação; 
- Pipetar 10mL de uma solução aquosa de sulfato de cobre (CuSO4) e dispensar no 
funil; 
- Adicionar igual volume de éter de petróleo ao funil e observar; 
- Agitar a mistura. Deixar em repouso e observar a separação das fases. Anotar no 
Caderno qual a fase mais densa e qual a menos densa. 
- Abrir lentamente a torneira e recolher a fase mais densa em um Bécker. 
 
 
Parte D: Dissolução fracionada: 
 
- Pesar 0,1g de enxofre e 0,1g de sulfato de cobre pentahidratado (CuSO4.5H2O); 
- Misturar os dois reagentes em um almofariz; 
- Triturar com o pistilo; 
- Transferir a mistura para um Becker e adicionar 10mL de água; 
- Filtrar a solução em funil comum; 
- Verificar a coloração do filtrado; 
- Verificar o resíduo que ficou retido no papel filtro. Anotar no caderno a constituição 
do papel filtro. 
OBS: os resíduos deverão ser acondicionados da seguinte forma: 
solução de cobre: (contêiner 001); 
 
 
23 
EXPERIÊNCIA 3: CALIBRAÇÃO DE VIDRARIASParte A: Calibração de uma Pipeta 
Os aparelhos volumétricos são adquiridos já graduados. Pode ser 
recomendável entretanto, verificar, no laboratório, a correção da graduação., isto é, 
calibrar o aparelho volumétrico. A calibração é realizada mediante a pesagem da 
quantidade de água contida ou livrada pelo aparelho a uma dada temperatura e o 
cálculo do volume correspondente. 
 Na calibração dos aparelhos volumétricos, é necessário observar uma série 
de condições. O aparelho deve encontrar-se rigorosamente limpo. O aparelho e a 
água que vai ser usada na calibração devem ter permanecido, na sala de trabalho, o 
tempo suficiente para alcançarem o equilíbrio térmico com o meio. A temperatura da 
sala deve ser, tanto quanto possível, constante, para que não se verifiquem 
variações de volume durante a operação. Faz-se uso de água destilada; não há 
necessidade de usar água livre de ar. É reduzido ao mínimo o contato das mãos 
com o aparelho a calibrar. A temperatura é tomada com a aproximação de 0,5oC. 
 
 A calibração de pipetas é realizada da seguinte forma: Enche-se a pipeta, 
cuja graduação deve ser verificada, com água destilada até um pouco acima da 
marca. Seca-se a parte externa da ponta da pipeta com um pedaço de papel filtro. 
Depois, deixa-se correr lentamente a água, mantendo a ponta da pipeta contra a 
parede de um copo, até que a parte inferior do menisco tangencie exatamente a 
marca. Então, a ponta da pipeta é posta em contato com a parede de um recipiente 
apropriado para receber a água a ser livrada pela pipeta e, posteriormente, pesada. 
Deixa-se escoar livremente a água, mantendo a pipeta verticalmente com a ponta 
encostada à parede inclinada do recipiente, espera-se 15 segundos e remove-se a 
pipeta. Pesa-se o recipiente com a água livrada pela a pipeta e anota-se a 
temperatura. Calcula-se a capacidade da pipeta utilizando os fatores de conversão 
apropriados. Devem ser realizados mais dois ensaios para obter um valor mais 
exato. 
 
TAREFA: Calibrar uma pipeta de 25 ou 50 mL. 
 
Aferição de Pipeta Volumétrica 
 
Enche-se a pipeta, previamente limpa, com água destilada e acima da sua 
provável graduação. Limpa-se a parte externa da extremidade livre com papel 
absorvente e esvazia-se a água, controlando a vazão com o dedo indicador, até acertar 
o menisco. Verte-se a quantidade de água remanescente em um Erlenmeyer, 
previamente limpo e pesado em balança analítica. 
O escoamento da pipeta no Erlenmeyer deve ser, efetuado controlando-se a 
vazão com o dedo, estando a ponta da pipeta encostada na parede do recipiente (tempo 
de escoamento mínimo: 30 segundos). Após o escoamento, afasta-se a extremidade da 
pipeta da parede do recipiente com cuidado. A quantidade de líquido restante na ponta 
da mesma não deve ser soprada para o interior do recipiente. A seguir, mede-se a 
massa do conjunto Erlenmeyer + água. Repete-se a aferição descrita. A seguir, calcula-
se o volume da pipeta. A diferença entre as duas determinações não deve exceder de 
0,03 mL. 
 
24 
Parte B: AFERIÇÃO DE MATERIAL VOLUMÉTRICO 
 
Os aparelhos volumétricos devem ser calibrados ou aferidos antes de serem 
utilizados, a fim de verificar se os volumes neles indicados correspondem aos volumes 
reais ou se necessitam de uma correção nessa graduação. A calibração ou aferição é 
realizada mediante a pesagem da quantidade de água nele contida e livrada, a uma 
dada temperatura. O volume real calculado obtido através da multiplicação da massa de 
água obtida pelo fator de conversão tabelado correspondente à temperatura de trabalho, 
conforme a expressão: 
V = m . f (1) 
onde, m é a massa obtida através da pesagem do material volumétrico utilizado e f é o 
fator de correção, em função da temperatura, conforme indicado na Quadro 1. 
 
Aferição de Balão Volumétrico (50 mL) 
 
Após a lavagem do balão volumétrico, conforme procedimento anteriormente 
descrito deve-se enxugá-lo externamente com papel absorvente, e deixá-lo de boca 
para baixo (se necessário lavar com álcool etílico), sobre papel absorvente apoiado no 
suporte de funis. Depois de seco, sem tocá-lo diretamente com as mãos, pesá-lo em 
uma balança analítica. Anota-se a massa. Após essa operação, enche-se com água 
destilada, até o menisco, e mede-se a nova massa. Anota-se a temperatura da água e 
calcula-se o volume do balão. Repetir o procedimento das pesagens (vazio seco e com 
água destilada). A diferença entre as duas determinações não deve exceder de 0,03 mL. 
 
Volume,mL 
Temperatura, ºC temperatura, t corrigido a 20º C 
10 1,0013 1,0016 
11 1,0014 1,0016 
12 1,0015 1,0017 
13 1,0016 1,0018 
14 1,0018 1,0019 
15 1,0019 1,0020 
16 1,0021 1,0022 
17 1,0022 1,0023 
18 1,0024 1,0025 
19 1,0026 1,0026 
20 1,0028 1,0028 
21 1,0030 1,0030 
22 1,0033 1,0032 
23 1,0035 1,0034 
24 1,0037 1,0036 
25 1,0040 1,0037 
26 1,0043 1,0041 
27 1,0045 1,0043 
28 1,0048 1,0046 
29 1,0051 1,0048 
30 1,0054 1,0052 
 
25 
 
Quadro 1 
Valores de correção para aferição de materiais volumétricos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
26 
EXPERIÊNCIA 4: FENÔMENOS QUÍMICOS E 
FÍSICOS 
 
 
 
Objetivos: Verificar as diferenças entre fenômenos físicos e químicos através de 
procedimentos experimentais. 
 
Sabemos que há uma estreita relação entre matéria e energia e que muitas 
transformações materiais produzem energia. Observando as transformações 
materiais com mais cuidado, podemos perceber que algumas transformações são 
passageiras e outras são mais duradouras. Em linguagem científica, essas 
transformações são chamadas fenômenos e podem ser de natureza química ou 
física: 
Fenômeno físico: não altera e natureza química das substâncias, é uma 
transformação passageira; 
Fenômeno químico: altera a natureza química das substâncias, formando novas 
substâncias com propriedades diferentes. É uma transformação de caráter 
permanente. 
 
 
Procedimento Experimental Anote as observações obtidas nos experimentos no 
Caderno: 
 
Experimento 1 
 
- Segurar um pequeno pedaço de magnésio com uma pinça metálica; 
- Introduzir a ponta do metal na chama do bico de Bunsen; 
- Qual o aspecto do Mg após o fenômeno? 
- Complete a reação que ocorreu: Mg° + O2 → ......... 
 
 
Experimento 2 
 
- Aquecer cuidadosamente em chapa de aquecimento, uma pequena porção de 
estanho em uma cápsula de porcelana. Observar e anotar o que ocorre. 
- Deixar esfriar. Observar e anotar o que acontece. 
- Complete a reação: Sn°(s) → ....... 
 
 Experimento 3 
 
- Queimar na chama do Bico de Bunsen uma pequena porção de enxofre com 
auxílio da alça de cobre. O fenômeno é físico ou químico? Porque? Pesquise a 
reação do fenômeno ocorrido. 
 
 
 
 
 
27 
Experimento 4 
 
 
- Colocar uma ponta de espátula de naftalina (C10H8) numa cápsula de porcelana. 
Iniciar a combustão da naftalina utilizando um palito de fósforo. Observar. O que 
acontece? O fenômeno é físico ou químico? Por quê? 
- Pesquise a reação do fenômeno ocorrido. 
 
Experimento 5 
 
- Colocar 2mL de água de cal (CaO) em um tubo de ensaio.; 
- Em seguida, com um canudinho de refrigerante, soprar dentro do líquido do tubo 
de ensaio por 30 segundos. O que acontece? Dê a fórmula e o nome da substância 
introduzida ao soprar no tubo de ensaio. 
 Complete a equação química: CaO + ........... → .............. 
 
 
Experimento 6 
 
- Colocar 5 gotas de solução de ácido clorídrico (HCl) em um tubo de ensaio; 
- Juntar 5 gotas de solução de nitrato de chumbo [Pb(NO3)2]. Agitar. Observar e 
anotar o que ocorreu. 
- O fenômeno é físico ou químico? Por quê? 
- Complete a reação do ocorrido: HCl + Pb(NO3)2 → ....... + ......... 
 
Experimento 7 
 
- Colocar pequena porção de cloreto de sódio (NaCl) em um tubo de ensaio. Juntar 
quantidade de água suficiente para dissolução do sal. Anotar. 
- Concentrar a solução obtida, aquecendo-se o tubo de ensaio, até cristalização do 
sal dissolvido. Observar o processo e anotar. 
O que acontece?O fenômeno é físico ou químico? Por quê? 
 
Experimento 8 
 
- Colocar 5 gotas de solução de sulfato de sódio (Na2SO4) em um tubo de ensaio. 
Juntar 5 gotas de solução de cloreto de bário (BaCl2). Agitar. Observar e anotar. 
- Colocar o tubo de ensaio na estante e deixar decantar o precipitado. Anotar. 
- O que acontece? O fenômeno é físico ou químico? Por quê? 
- Reação: Na2SO4 + BaCl2 → ........... + .......... 
 
 
 
28 
1.5 EXPERIÊNCIA 5: ENSAIO DE COLORAÇÃO 
DE CHAMA E DENSIDADE 
 
 
 
Parte A: Ensaio de coloração de chama 
 
1. OBJETIVOS 
 
 Detectar os elementos formadores de um determinado composto, através do 
ensaio por via seca (ensaio de coloração de chama). Descrever os fenômenos 
energéticos que ocorrem em nível eletrônico. 
 
2. MATERIAIS, EQUIPAMENTOS E REAGENTES 
 
Alça ou microespátula 
Bico de Bunsen 
Vidro de relógio ou parte de uma placa de Petri 
 
3. REAGENTES 
 
 Ácido clorídrico (HCl) concentrado 
Todos os sais em solução 
- Sal de bário 
- Sal de sódio 
- Sal de cálcio 
- Sal de cobre 
- Sal de potássio 
- Sal de lítio 
 
SEGURANÇA: os sais de bário e cobre são nocivos. O ácido clorídrico é corrosivo. 
Utilizar óculos de proteção. 
 
 
 
4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 
 
1. Acender o queimador de gás até obter uma chama quente (de cor azul 
clara, quase transparente), 
2. Umedecer a alça ou espátula no ácido clorídrico concentrado e levar à 
parte mais quente da chama até evaporar, 
3. Umedecer novamente a alça no ácido e tocar na amostra a analisar, de 
modo a fazer aderir uma parte da amostra, 
4. Levar à zona mais quente da chama novamente (zona não luminosa), 
5. Observar a cor da chama e confrontar com a informação do quadro abaixo 
de modo a identificar o elemento presente. 
6. Limpar cuidadosamente a alça e repetir o teste para outra amostra. 
 
 
 
29 
RESULTADOS 
 
AMOSTRA ELEMENTO COR DA CHAMA 
1 Sódio 
2 Cálcio 
3 Potássio 
4 Bário 
5 Lítio 
6 Cobre 
 
DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 
 
Por que os átomos emitem luz quando submetidos à chama? 
 
 
Parte B: DETERMINAÇÃO DA DENSIDADE 
 
Objetivo: Determinar, experimentalmente, a densidade de um sólido 
 
 
A densidade, que se define como a massa da unidade de volume (d=m/V) é 
expressa nos trabalhos científicos em gramas por mililitro (ou g/cm3), para os sólidos 
e líquidos e em gramas por litro para os gases. Para se determinar a densidade, 
devemos medir o volume e a massa de uma quantidade dada da substância em 
questão. A densidade pode ser calculada depois dividindo-se a massa pelo volume. 
Um método adequado para medir o volume de um sólido, independente do 
seu formato, consiste em mergulhá-lo numa quantidade medida de água numa 
proveta graduada. O aumento do volume, medido pela elevação da água, determina 
o volume do sólido. 
Quanto maior é a temperatura, maior é o volume de uma mesma massa de 
substância; em conseqüência, um aumento de temperatura produz, com muito 
poucas exceções, uma diminuição da densidade. Isto significa que, quando se 
exprime a densidade absoluta de uma mesma substância, é necessário especificar 
em que temperatura e pressão foi feira a determinação. 
 
Procedimento experimental: 
 
Determinação da densidade de um sólido: 
- Pesar um parafuso e uma porca grande (m = ___________). 
- Colocar água numa proveta de 50 ou 100 mL e ler o volume 
(V1 = _____________). 
- Colocar o material pesado dentro da proveta e ler o volume (V2 =_____________). 
- Volume do material = _____________ 
- Densidade do material= __________________ 
 
 
30 
1.6 EXPERIÊNCIA 6: REAÇÕES QUÍMICAS 
 
 
PARTE A: CRITÉRIOS PARA DETECTAR REAÇÕES QUÍMICAS 
 
A) Desprendimento de gás: 
 
- Em um tubo de ensaio colocar 10 gotas de vinagre e, após adicionar uma ponta de 
espátula de bicarbonato de sódio sólido. Observar o que ocorre. 
 
 
B) Mudança de cor: 
 
- Em um vidro de relógio colocar uma ponta de espátula de amido e após adicionar 
5 gotas de solução de lugol. Observar o que ocorre. 
 
C) Aparecimento de um sólido: 
 
- Em um tubo de ensaio colocar 2mL de uma solução de água de cal e após com 
auxílio de um canudinho assoprar dentro da solução. Observar o que ocorre. 
 
 
Parte B: TIPOS DE REAÇÕES QUÍMICAS 
 
A) Reações de síntese: 
 
- Queimar uma tira de magnésio com auxílio de uma pinça e recolher o produto 
resultante em uma cápsula de porcelana. 
- Adicionar 2mL de água e agitar, com um bastão de vidro, para homogeneizar e 
após adicionar uma gota de fenolftaleína. Observar o que ocorre. Equacionar as 
reações ocorridas. 
 
B) Reações de simples troca ou deslocamento: 
 
- Colocar em um tubo de ensaio um pequeno pedaço de zinco metálico previamente 
limpo com bombril e após, adicionar 10 gotas de HCl 2mol/L. Observar o que ocorre. 
Equacionar a reação ocorrida. 
 
C) Reações de decomposição ou análise: 
 
- Em um tubo de ensaio colocar 2mL de água oxigenada e após acrescentar um 
pedaço de batata descascada. Observar o que ocorre. Equacionar a reação 
ocorrida. 
 
D) Reações de dupla troca: 
 
Este experimento reproduz um processo importante realizado nas estações de 
tratamento de água, ou mesmo em piscinas (floculação), através de uma reação de 
dupla troca. 
 
31 
- Adicione 30 mL de água e uma pequena quantidade de terra em um Becker de 
150mL para simular uma água suja; 
- Agite o sistema; 
- Acrescente 4 medidas de Al2(SO4)3 e agite até dissolução; 
- Acrescente 2 medidas de Ca(OH)2 
I) Agite e aguarde 10 minutos. Observe, anote e explique. 
 
 
 
32 
1.7 EXPERIÊNCIA 7: MASSA MOLAR DE UM 
VAPOR 
 
OBJETIVO: 
Determinar a massa molar de um vapor com uma precisão mínima de 80%, sendo 
dada a sua composição centesimal. 
 
INTRODUÇÃO: 
 A massa molar de um vapor pode ser determinada a partir do seguinte 
processo experimental. 
 Coloca-se em um recipiente limpo, previamente pesado, uma quantidade de 
líquido e aquece-se o sistema até sua completa volatilização; o excesso de vapor 
será expelido do balão, pois a pressão interna permanece constante. 
 Depois da volatilização completa do líquido, deixa-se esfriar o balão para que 
condense o vapor que permaneceu. Pesa-se novamente o conjunto (balão, líquido e 
tampa); a massa de vapor que enchia o frasco numa temperatura elevada e pressão 
atmosférica será correspondente à massa do líquido que condensou. 
 A partir da equação de estado dos gases ideais, calcula-se o número de mols 
contidos na amostra, e a partir deste dado, a massa de 1 mol. 
 O presente processo apresenta uma série de pequenos erros, entre os quais 
o de usar o volume do balão na temperatura ambiente como se fosse o mesmo da 
experiência. 
 Porém, como em química geral a determinação da composição centesimal e 
da fórmula mínima precede a da massa molar de uma substância desconhecida, 
basta conhecer aproximadamente este valor para calcular com exatidão a massa 
exata da substância. Assim: 
(CxHyClz)p = M 
 Como “p” deve ser um número inteiro, basta conhecer M com aproximação 
para calcular, a seguir ,o valor exato. 
 
MATERIAL: 
Aparelhagem: - Balão Volumétrico de 100mL 
- Béquer de 600mL 
- Folha de papel alumínio 
- Suporte universal e agarrador 
- Bico de Bunsen 
- Tela de amianto 
- Tripé 
- Termômetro 
Reagentes: 
 
- Líquido Volátil de composição 
centesimal conhecida 
 
33 
 
PROCESSO: 
 Com uma folha de alumínio quadrada de cerca de 4 cm de lado, confeccione 
uma tampa para o balão. Com um alfinete, faça um furo tão pequeno quanto 
possível no centro da folha. 
 Determine na balança analítica a massa do balão limpo e seco, com a tampa 
de alumínio. 
 Coloque no balão volumétrico cerca de 3mL do líquido desconhecido e, sobre 
a boca do balão, a tampa de alumínio, 
pressionando-a lateral contra a parede do balão. 
 Encha o béquer com água da torneira e 
monte a aparelhagem conforme o desenho. 
 Enquanto a água aquece, observe o líquido 
no balão. No instante em que todo o líquido 
evaporar, anote a temperatura e remova 
imediatamente o balão de águacom o agarrador, 
colocando-o sobre a tela de amianto para esfriar. 
 Depois de frio, examine a tampa para ter 
certeza de que não há gotas de líquido na parede 
da mesma. Seque se for preciso. 
 Pese o balão com tampa e com o resíduo de 
líquido que existe. Anote o peso. 
 Encha o balão até a marca e, com pipeta graduada, leve o nível de água até a 
borda superior. Anote o volume total do frasco. Leia a pressão barométrica e anote. 
 
DADOS: 
Massa do frasco com tampa 
Massa do frasco com tampa e resíduo 
Temperatura da água 
Pressão Barométrica 
Volume total do frasco 
Composição centesimal da substância 
 
RESULTADOS: 
Massa molar experimental 
Massa molar exata da substância 
Erro absoluto 
Erro relativo 
 
 
34 
QUESTIONÁRIO: 
1) Por que não é necessário o balão ser pesado com o líquido 
antes do aquecimento? 
2) Por que é necessário o orifício na tampa do balão? 
3) Por que é conveniente aquecer o balão em um banho-maria? 
4) Essa experiência gera resíduos? 
5) Cite duas causas de erro. 
 
 
 
 
35 
1.8 EXPERIÊNCIA 8: RENDIMENTO DE UMA 
REAÇÃO DE PRECIPITAÇÃO 
 
 
INTRODUÇÃO 
Uma equação química convenientemente ajustada fornece informações a respeito 
das quantidades dos reagentes consumidos e produtos formados. A relação 
estequiométrica entre produtos e reagentes permite calcular a massa de produto a 
ser obtida a partir de massas conhecidas dos reagentes. Essa massa, contudo, é um 
valor teórico, já que a manipulação dos reagentes sempre induz à perdas, por mais 
cuidados que possamos ter. A relação entre a quantidade de substância obtida 
experimentalmente e a quantidade calculada, multiplicada por cem, nos fornece o 
rendimento percentual da reação. 
O cromato de bário, um sólido amarelo, insolúvel em água, é precipitado pela reação 
entre cloreto de bário e cromato de potássio, em meio aquoso. 
 
Material utilizado 
 
-02 vidros de relógio -funil 
-02 provetas -suporte com anel de ferro 
-02 béqueres -bico de gás 
-03 bastões de vidro -estufa 
-papel de filtro –dessecador 
 
Substâncias utilizadas 
-cromato de potássio 
-cloreto de bário 
 
PROCEDIMENTO 
 
1.Pese 0,80 g de cromato de potássio e transfira para um béquer de 250 ml, 
adicione 100 ml de água destilada, medida em proveta. Agite com bastão de vidro 
até a completa dissolução. Aqueça a solução até iniciar a fervura. 
 
2.Pese 0,60 g de cloreto de bário e transfira para um béquer de 250 ml. Adicione 50 
ml de água destilada medida em proveta. Agite com bastão de vidro até completa 
dissolução. 
 
3.Pese um papel de filtro. 
 
4.Adapte um anel de ferro num suporte e nele coloque um funil de filtração. 
 
 
36 
5. adicione a solução de cloreto de bário à de cromato de potássio. Agite a mistura 
com o bastão. 
 
6. Adapte o papel de filtro ao funil. 
 
7.Faça a filtração manejando com cuidado para que não haja perda de precipitado. 
Leve o béquer e o bastão de vidro com água destilada para remover qualquer 
resíduo de precipitado. Coloque a água de lavagem no funil. 
 
8.Lave o precipitado no funil com água destilada. Após completa decantação retire o 
papel de filtro e coloque-o sobre um vidro de relógio. Despreze o filtrado. 
 
9.Leve o precipitado para secar em estufa à 150oC, por quinze minutos. Retire o 
precipitado seco da estufa e coloque-o para resfriar num dessecador. 
 
10. Depois de frio, pese o papel de filtro com o precipitado. Anote o peso obtido. 
 
 
 
 
37 
1.9 EXPERIÊNCIA 9: PREPARAÇÃO DE 
SOLUÇÃO E DILUIÇÃO 
 
 
INTRODUÇÃO: 
 
Solução é uma dispersão homogênea de duas ou mais espécies de 
substâncias. As soluções podem ser formadas por qualquer combinação dos três 
estados físicos da matéria: gases, líquidos e sólidos, porém são sempre constituídas 
de uma única fase. Nosso estudo se restringirá a soluções binárias líquidas, isto é, 
soluto sólido ou líquido dissolvido em solvente líquido. 
 Uma solução pode ser: 
a) Saturada: quando o soluto está dissolvido no solvente em quantidade tal 
que, se adicionarmos mais soluto, esse excesso não mais se dissolve. 
b) Não-Saturada: quando o soluto está dissolvido no solvente em quantidade 
inferior à da saturação. 
c) Supersaturada: quando o soluto está dissolvido numa quantidade acima à 
da saturação, mas sem precipitar; é uma situação instável. 
Defini-se Coeficiente de Solubilidade de um soluto num dado solvente e a 
uma dada temperatura, como a sua concentração na solução saturada, nesta 
temperatura específica. Em soluções líquidas, o efeito da pressão é desprezível. 
 Mas o que ocorre entre as partículas de soluto e solvente, quando estes são 
misturados a fim de formar uma solução? 
 Três processos são possíveis: 
 1o) Dissolução Química : Envolve uma reação química entre soluto e solvente. 
Por exemplo, o Zn se dissolve em HCl porque ocorre a seguinte reação de oxi-
redução: 
 Zn(s) + 2HCl(aq) H2(g) +ZnCl2(aq) 
 2o) Solvatação: São interações entre as partículas de soluto e de solvente do 
tipo dipolo permanente - dipolo permanente ou íon - dipolo permanente. Se o 
solvente for água, a solvatação recebe o nome de hidratação. Por exemplo, quando 
misturamos álcool e água, ocorrem interações do tipo pontes de hidrogênio entre as 
moléculas dessas duas substâncias. 
 3o) Dispersão: Quando as interações que ocorrem entre as partículas de 
solvente e de soluto são, fundamentalmente, do tipo London (dipolos instantâneos). 
Por exemplo, a parafina se dissolve no benzeno porque, em ambas as substâncias, 
ocorrem forças intermoleculares tão pequenas que as moléculas de benzeno 
formam um meio no qual as moléculas de parafina podem se dispersar. Se um dos 
componentes for polar, poderá haver uma dispersão muito pequena devido à 
interações do tipo Debye. 
 De modo geral, podemos generalizar afirmando que SEMELHANTE 
DISSOLVE SEMELHANTE, isto é, substâncias polares são mais solúveis em 
substâncias polares, bem como substâncias apolares são mais solúveis em 
substâncias apolares. 
 A concentração de uma substância é a maneira de expressar as quantidades 
relativas de cada componente da solução. As expressões de concentração mais 
 
38 
comumente usadas são: Molaridade (mol/L), Fração Pondero Volumétrica (g/L ou 
g/mL) e Fração Molar. 
 
MATERIAL: 
Aparelhagem: 
 
- 02 Béqueres de 100mL 
- 02 Béqueres de 250mL 
- 02 Balões volumétricos de 100mL 
- 01 Espátula de Porcelana 
- 03 Erlenmeyers de 250mL 
- 01 Bureta de 50mL 
- 01 Pipeta Graduada de 10, 20 ou 
25mL 
- 01 Frasco Lavador 
- Suporte Universal de Ferro 
- Agarrador Duplo para Buretas 
 
Reagentes: 
 
- HCl p.a., ou HNO3 p.a., ou H2SO4 
p.a. 
- NaOH p.a. ou KOH p.a. 
- Solução Padronizada de: HCl, ou 
HNO3, ou H2SO4 0,1 mol/L 
NaOH 0,1 mol/L 
- Indicador Vermelho de Metila ou 
Fenolftaleína 
 
 
PROTOCOLO DE REAGENTES: 
Pesquise e apresente um breve comentário sobre os aspectos tóxicos e 
cuidados e manuseio dos seguintes reagentes: 
 Ácido Clorídrico, ácido sulfúrico e ácido nítrico concentrados 
 Hidróxido de Sódio p.a. e hidróxido de potássio p.a. 
 
PROCEDIMENTO: 
 
PARTE A: Preparação de Soluções 
 
Uma solução é denominada PADRÃO quando sua concentração é 
exatamente conhecida. A preparação de uma solução padrão requer, direta ou 
indiretamente, o uso de um reagente quimicamente puro e com composição 
perfeitamente definida. Os reagentes com tais características são chamados de 
PADRÕES PRIMÁRIOS. Portanto, se obtém uma solução padrão se esta for 
preparada diretamente a partir de um padrão primário, ou se for padronizada ao 
reagir com um padrão primário. 
 Para que uma substância possa servir como padrão primário, são requeridas 
certas exigências: 
 1o)Deve ser de fácil obtenção, purificação, dissecação e conservação. 
 2o) As impurezas que por ventura existam no reagente devem ser facilmente 
identificáveis como ensaios qualitativos de sensibilidade conhecida. 
 3o) O reagente não deve ser higroscópico. 
 4o) O reagente deve ser bastante solúvel. 
 
39 
 5o)Os elementos que entram na composição da substância devem ser tais 
que uma alteração da abundância isotópica natural não afete materialmente o 
peso molecular. 
 
TAREFAS E QUESTIONÁRIO: 
 
A partir dos dados de densidade e percentagem de massa do ácido concentrado 
encontrados no rótulo deste, calcule o volume de ácido necessário para preparar 
100mL de uma solução 1mol/L. 
Coloque num béquer de 50mL um volume pouco superior ao calculado acima. 
Pipete, então, o volume calculado e transfira-o, gota a gota, pelas paredes e com 
agitação, para um outro béquer de 50mL já contendo aproximadamente 20mL de 
água destilada. 
Após esfriar, transfira para um balão volumétrico. O béquer é lavado várias vezes 
com pequenas porções de água destilada para que ocorra uma transferência 
quantitativa cuidando-se para não exceder a marca do gargalo. Só então a solução é 
diluída, fazendo-se o solvente escoar pelas paredes do balão até que o líquido 
chegue à extremidade inferior do gargalo. Se o gargalo estiver molhado, espera-se o 
tempo suficiente para que o líquido escoe pelas paredes, secando, se necessário, a 
parte superior da marca com papel filtro. Faz-se o ajustamento final, com o auxílio 
de uma pipeta, de tal maneira que o menisco fique tangente ao traço de referência. 
Em seguida, agita-se vigorosamente até que a solução se misture perfeitamente. 
 
IMPORTANTE: Toda a solução ácida ou básica deve ser preparada adicionando-
se ácido ou base à água (e nunca o contrário) para evitar explosão, devido ao alto 
calor de dissolução desses reagentes. 
 
QUESTIONÁRIO PARTE 1: 
1) Apresente todos os cálculos efetuados para o preparo 
desta solução. 
 
1) Apresente todos os cálculos efetuados para o preparo desta solução. 
 
 
 
A) A partir da solução preparada anteriormente, prepare, por diluição 100mL de 
solução 0,1mol/L de ácido. 
 
QUESTIONÁRIO PARTE 2: 
2) Apresente os cálculos efetuados para o preparo dessa segunda 
solução. 
3) Se você desejasse preparar os mesmos 100 mL de solução 0,1mol/L 
de ácido a partir do ácido concentrado, que volume você precisaria 
medir do ácido concentrado? 
4) O que o resultado deste cálculo anterior demonstra? 
5) As soluções de ácido que você preparou podem ser consideradas 
Soluções Padrão? Por quê? 
 
 
 
40 
B) Prepare 100mL de uma solução 0,1 mol/L de base, a partir do reagente sólido 
p.a. 
 
 
QUESTIONÁRIO PARTE 3: 
 
6) Apresente o cálculo da massa de reagente necessário para 
preparar essa solução. 
 
7) A solução que você preparou pode ser considerada Solução 
Padrão? Por quê? 
 
8) Se você desejasse preparar 100mL de uma solução 0,01mol/L 
desta mesma base, que procedimento consideraria adequado? 
Por quê? 
 
9) Explique qual o processo de solubilização que ocorre entre 
soluto e solvente nas soluções preparadas em A,B e C. 
 
 
 
 
 
 
 
41 
1.10 EXPERIÊNCIA 10: PADRONIZAÇÃO DE 
SOLUÇÕES 
 
 
Introdução 
 
 A padronização é um processo que permite a determinação da concentração 
exata de uma solução, cuja concentração se conhece apenas com uma certa 
aproximação, através da reação de certo volume desta solução com uma Solução 
Padrão, ou seja, uma solução cuja concentração é perfeitamente conhecida. 
 
TAREFA: 
 
 Padronize a solução ácida (ou básica) 0,1 mol/L que você preparou 
anteriormente, por meio de uma titulação com uma solução de base (ou ácido) já 
padronizada, procedendo da seguinte maneira: 
 Coloque em um erlenmeyer de 250mL, 15mL da solução ácida (ou básica) e 3 
gotas do indicador adequado (fenolftaleina se for solução ácida ou vermelho de 
metila se for solução básica). Com o auxílio de uma bureta, adicione gota a gota, a 
solução padronizada, sempre agitando o erlenmeyer, até que haja mudança de 
coloração. Sempre que uma gota de solução proveniente da bureta cair nas paredes 
do erlenmeyer, interrompa a titulação e arraste a gota com água destilada, utilizando 
o frasco lavador, para que esta reaja com a solução contida no erlenmeyer. Anote o 
volume de base (ou ácido) gasto (lido na bureta). Repita a operação três vezes. 
 
QUESTIONÁRIO PARTE 4: 
 
10) Calcule a concentração média, em mol/L, da solução ácida 
(ou básica) contida no erlenmeyer. 
 
11) O que ocorre quando a Solução Padronizada entra em 
contato com a solução contida no erlenmeyer? Equacione. 
 
12) Qual o significado da mudança de coloração da solução 
contida no erlenmeyer, no final da titulação? 
 
13) Qual a razão de se recolher separadamente, no final da 
aula, as soluções ácidas de (HCl) 1 mol/L, (HCl) 0,1 mol/L e 
a solução básica de (NaOH) 0,1 mol/L? 
 
14) Por que as soluções que sobram na bureta são recolhidas 
separadamente dos resíduos de ácido e base 
generalizados? 
 
15) Por que os conteúdos dos erlenmeyer podem ser 
descartados na pia? 
 
 
42 
 
1.11 EXPERIÊNCIA 11: MASSA MOLAR DE UM 
ÁCIDO ORGÂNICO 
 
OBJETIVO: 
 
Determinar a massa molar de um ácido orgânico, por meio de titulação com 
solução padronizada de NaOH, obtendo-se uma precisão de 90%. 
 
INTRODUÇÃO: 
 
O princípio fundamental da alcalimetria é o seguinte: um mol de íons OH- de 
qualquer base neutraliza um mol de íons H+ de qualquer ácido. Quando “n” cátions 
H+ reagem com “n”ânions OH- resultam “n”moléculas de H2O e uma quantidade 
equivalente do sal. Portanto, uma quantidade desconhecida do ácido, não 
demasiadamente fraco, pode ser determinada fazendo-a reagir com uma solução de 
base com concentração conhecida, até completa neutralização. A presença de um 
indicador escolhido adequadamente revela o final da titulação, que é próximo ao 
ponto de equivalência entre os íons H+ e OH-. A equação matemática que expressa 
a relação de equivalência através do volume e normalidade é: 
 
Vácido x H
+
 = Vbase x OH
-

 
Sendo V ácido Vbase, volumes do ácido e da base; H
+
 e OH- a concentração 
(em mol/L) destes íons. 
Na análise do ácido orgânico, obtém-se o número de íons OH- de base 
utilizados na neutralização do ácido. 
A partir daí, determina-se o número de íons H+do ácido e sua massa molar 
experimental. 
 
 
MATERIAL 
 
Aparelhagem: 
-1 Bureta de 25 mL, graduada de 0,1 mL 
 -3 Erlemeyers de 125 mL 
 -Suporte de Ferro com agarrador duplo para bureta 
 -Espátula de porcelana ou plástico 
 -Papel Alumínio 
 -Frasco lavador 
 -Funil comum 
 -1 Pipeta de 10 mL 
 
Reagentes: 
-Ácido orgânico 
 -Solução de NaOH (padronizado) = 0,1 mol/L 
 -Indicadores: Fenolftaleína. 
 -Água destilada. 
 
43 
 
 
PROCESSO 
A) Análise do Ácido Orgânico 
Coloque, em cada um dos erlemeyers, uma amostra aproximada de 0,080g (pesadas com 
auxílio de um papel alumínio, em balança analítica) do ácido orgânico e adicione 
aproximadamente 10 mL de água destilada. Após completa dissolução do ácido, coloque 3 
gotas de fenolftaleína em cada erlemeyer e titule com uma solução padronizada de NaOH = 
0,1 mol/L, até o aparecimento de uma coloração rosa fracamente perceptível. Registre o 
volume de NaOH gasto. 
 
Observação: Ao final da operação, lave completamente a bureta, 
principalmente a que foi utilizada com NaOH. 
 
 
DADOS: 
Análise do Ácido Orgânico 
 
Amostra Massa do ácido Vol. NaOH Gasto 
1 
2 
3 
 Volume médio 
 
 
RESULTADOS: 
 
Análise do Ácido Orgânico 
 
Massa Molar do Ácido Orgânico = 
 
 
QUESTIONÁRIO 
1) Por que o número de mols de H+ não se altera com a adição de água na 
lavagem das paredes internas do erlemeyer? 
 
2) Por que devemos manter o erlemeyer em constante agitação durante todo o 
processo? 
 
3) É possível utilizar uma amostra de ácido orgânico com massa diferente de 
0,080 g ? Explique. 
 
4) Por que é necessário fazer a padronização da solução de NaOH 0,1 mol/L? 
 
5) A solução de NaOH 0,1 mol/L utilizada na primeira parte desta experiência foi 
preparada por você em experiência anterior. Descreva a forma de preparação 
que você empregou. 
 
 
44 
6) Por que o conteúdo dos erlemeyers desta experiência pode ser descartado na 
pia? Por que a solução que sobra nas buretas deveser recolhida 
separadamente do resíduo generalizado de ácidos e bases? 
 
45 
 
1.12 EXPERIÊNCIA 12: INDICADORES ÁCIDO-
BASE 
 
 
OBJETIVO 
Constatar experimentalmente as propriedades funcionais dos ácidos e bases 
e utilizar corretamente os indicadores ácido-base mais comuns. 
 
Procedimento experimental: 
 
A) Preparação de um indicador ácido-base caseiro 
- Macerar um pedaço de repolho roxo em almofariz e pistilo e acrescentar aos 
poucos álcool etílico. Anotar o pH da solução com papel indicador universal. 
 
B) Comportamento dos indicadores ácido-base (papel universal, tornassol 
azul, tornassol vermelho, fenolftaleina, alaranjado de metila e repolho roxo) 
 
Parte I: 
 
- Colocar 1mL de uma solução de NaOH em três tubos de ensaio; 
- Medir o pH com papel indicador universal; 
- Aplicar esta solução em um pedaço de papel tornassol azul e vermelho usando um 
bastão de vidro; 
- Observar e anotar na tabela a cor que o papel tornassol azul e vermelho adquiriu; 
- Guardar a solução para a parte II; 
- Repetir a operação com vinagre e sucessivamente com as substâncias 
desconhecidas (A, B); 
- Guardar as soluções para a parte II; 
 
Parte II: 
 
- Colocar num tubo de ensaio duas gotas de fenolftaleína; 
- Colocar no outro tubo de ensaio duas gotas de alaranjado de metila; 
- Colocar no terceiro tubo 0,5mL da solução indicadora de repolho roxo; 
- Observar as colorações das soluções; 
- Anotar na tabela. 
 
Solução pH (papel 
indicador 
universal) 
Papel 
tornassol 
azul 
Papel 
tornassol 
vermelho 
Coloração 
com 
Fenolftaleína 
Coloração 
com 
alaranjado 
de metila 
Coloração 
com 
extrato de 
repolho 
roxo 
NaOH 
vinagre 
A 
B 
 
 
46 
C) Testando Materiais 
1. Pipete 5 mL de cada uma das soluções indicadas no quadro em tubos de ensaio 
etiquetados; no caso da saliva, coloque o papel universal diretamente na boca. 
2. Com auxílio do papel indicador universal, meça o pH da substância e anote na 
tabela abaixo: 
 
 
 
Solução pH A solução é ácida ou básica? 
leite 
sabão em pó 
Suco de limão 
antiácido 
vinagre 
Saliva 
Água da torneira 
Água destilada 
Água mineral 
refrigerante 
 
 
 
47 
1.13 EXPERIÊNCIA 13: EFEITO TAMPÃO 
 
OBJETIVO: Verificação da capacidade tamponante de soluções: 
CH3COOH/CH3COO Na e NH3/NH4Cl. 
 
INTRODUÇÃO: 
 Baixas concentrações de íons hidrogênio são mais adequadamente expressas 
através do pH. 
 O pH é definido como sendo o cologarítimo da concentração dos íons 
hidrogênio em uma solução. 
pH = -log[H+] 
 Analogamente, baixas concentrações de íons hidroxila são mais 
adequadamente expressas através do pOH. 
 O pOH é definido como sendo o cologarítimo da concentração dos íons 
hidroxila em uma solução. 
pOH = -log[OH-] 
 
 Uma Solução Tampão é formado por uma mistura de Ácido Fraco e sua Base 
conjugada em concentrações aproximadamente iguais ou por uma mistura de Base 
Fraca e seu Ácido conjugado em concentrações aproximadamente iguais. Tais 
soluções tem a propriedade de variar muito pouco o seu pH quando a elas são 
adicionadas pequenas quantidades de Ácidos ou Bases fortes. Uma Solução 
Tampão é tão mais efetiva quanto mais próximas forem as concentrações do Par 
Conjugado e quanto mais elevados forem os valores absolutos dessas 
concentrações. Seu pH é dado por: 
 
Tampão Ácido: 
pH = pKa + log [base conjugada] 
[ácido fraco] 
 
Tampão Básico: 
pH = 14 - pKb + log [ácido conjugado] 
[base fraca] 
 
48 
 
MATERIAL: - 04 Béqueres de 50 Ml 
- 01 Frasco Lavador 
- 04 Béqueres de 100 mL 
- 02 Provetas de 50 mL 
- 02 pipetas de 2,5 mL 
- Papel indicador universal 
REAGENTES 
 
- CH3COOH 0,2 mol/L 
- CH3COONa 0,2 mol/L 
- NH3 0,2 mol/L 
- NH4Cl 0,2 mol/L 
- HCl 0,1 mol/L 
- NaOH 0,1 mol/L 
 
PROCEDIMENTOS: 
1) Preparar 50 mL de uma solução tampão Ácido Acético/Acetato de Sódio 
misturando 25 mL de Ácido Acético 0,2 mol/L com 25 mL de Acetato de Sódio 0,2 
mol/L em um béquer de 100 mL e determinar o seu pH usando papel indicador 
universal. Registre o resultado. 
 
Dividir esta solução em duas porções de 25 mL, colocando-as em dois béqueres de 
100 mL. 
 
Na primeira porção adicionar 2,5 mL de HCl 0,1 mol/L, agitar com bastão de vidro e 
determinar o pH. Anote na tabela de resultados. Repetir o procedimento adicionando 
HCl 0,1 mol/L de 2,5 em 2,5 mL até ocorrer variação brusca de pH. 
 
Na segunda porção, de forma análoga, adicionar NaOH 0,1 mol/L de 2,5 em 2,5 mL 
até ocorrer variação brusca de pH. 
 
2) Preparar 50 mL de uma solução tampão Amônia/Cloreto de Amônio, misturando 
25 mL de Amônia 0,2 mol/L com 25 mL de Cloreto de Amônio 0,2 mol/L em um 
bequer de 100 mL e determinar o seu pH. Registre o resultado. 
 
Repetir o procedimento usado com as soluções anteriores. 
 
3) Adicionar 2,5 mL de HCl 0,1 mol/L a 25 mL de água destilada fervida contida em 
um béquer de 50 mL. Agitar com bastão de vidro e determinar o pH. Repetir o 
procedimento adicionando 2,5 mL de NaOH 0,1 mol/L a 25 mL de água destilada 
fervida contida em um béquer de 50 mL. Agitar com bastão de vidro e determinar o 
pH. Comparar o resultado com os resultados obtidos com os tampões. 
 
 
49 
1.14 EXPERIÊNCIA 14: PRINCÍPIO DE LE 
CHATELIER 
 
 
OBJETIVO: 
 
 Verificar a influência da temperatura e da concentração no deslocamento de 
um equilíbrio químico (Princípio de Lê Chatelier). 
 
INTRODUÇÃO: 
 
A uma dada temperatura, um sistema químico que não apresenta variação na 
concentração dos reagentes e produtos é dito em equilíbrio. Este sistema é 
representado por: 
 
 REAGENTES  PRODUTOS 
 
 As flechas em duplo sentido indicam que a reação é reversível. Quando o 
equilíbrio químico é atingido, a velocidade da reação direta é igual à velocidade da 
reação inversa. 
 Um sistema em equilíbrio responderá a uma perturbação externa de acordo 
com o Princípio de Lê Chatelier, que diz: 
 “Se um sistema em equilíbrio é submetido a uma ação externa (adição de 
reagentes ou produtos, alteração da pressão por variação de volume, mudança de 
temperatura, remoção de produtos ou reagentes), o equilíbrio se deslocará no 
sentido de contrabalançar e minimizar esta ação.” 
 
 Neste experimento, vamos estudar o seguinte equilíbrio homogêneo: 
 
Co
+2
(aq) + 4 Cl
-
(aq)  CoCl4
-2
(aq) 
Rosado Azul 
 
 Das quatro espécies envolvidas, Cl-(aq) e H2O são incolores, enquanto o 
Co+2(aq) e o CoCl4-2(aq) apresentam cores contrastantes. Uma vez que a 
intensidade da cor rosa e azul em solução é proporcional à concentração molar de 
Co+2 (aq) e CoCl4-2(aq), respectivamente, pode-se observar o deslocamento deste 
equilíbrio para uma nova posição quando este for submetido a uma ação externa. 
 
 
MATERIAL 
 
Aparelhagem: 
-6 tubos de ensaio 
-2 copos de 400 ml 
 
 
 
Reagentes: 
-Co(NO3)2 0,5 mol/L 
-HCl 12 mol/L 
-NaCl(s) 
AgNO3 0,2 mol/L 
-Co(NO3)2(s)
 
Apostila de Química Geral Experimental – UNIPAMPA/BAGÉ-RS 50 
 
PROTOCOLO DE REAGENTES 
 
 Pesquise e apresente um breve comentário sobre os aspectos tóxicos e 
cuidados de manuseio dos seguintes reagentes: 
 Nitrato de Cobalto e de Prata 
 Cloreto de sódio 
 
PROCESSO 
 
 Coloque 2,5 mL de nitrato de cobalto 0,5 mol/L em 6 tubos de ensaio. 
Nestes, adicione volumes de HCl 12 mol/L e água destilada conforme indicado 
na tabela abaixo: 
 
TUBO Volume de 
Co(NO3)2 
0,5 mol/L 
Volume 
HCl 
12 mol/L 
Volume 
H2O 
Volume 
Total COR 
Conc. Inicial 
 
Co+2 HCl 
1 2,5 0 5,0 7,5 
2 2,5 2,0 3,0 7,5 
3 2,5 3,0 2,0 7,5 
4 2,5 3,5 1,5 7,5 
5 2,5 4,0 1,0 7,5 
6 2,5 5,0 0,0 7,5 
 
 Obs. A concentração inicial é a concentração logo após a diluição. 
 
 
PARTE A: 
 
Misture bem e registre as cores na tabela acima. Selecione o tubo que 
apresenta a cor intermediária e divida em três porções iguais. Aqueça a 
primeira porção em um copo com água da torneira e coloque a segunda porção 
em um copo contendo gelo, mantendo a terceira porção como padrão de 
comparação. Compare as cores das soluções aquecida eresfriada com a 
padrão e interprete os resultados em termos de deslocamento de equilíbrio. 
Registre no quadro a seguir as cores adquiridas pelas soluções em cada tubo 
após aquecimento e resfriamento, justificando em termos de deslocamento de 
equilíbrio. 
 
TUBO PADRÃO AQUECIDO RESFRIADO 
COR FINAL 
 
 Complete o quadro abaixo com as alterações que acontecem com as 
concentrações de cada componente durante o aquecimento e o resfriamento. 
 
 
 
Apostila de Química Geral Experimental – UNIPAMPA/BAGÉ-RS 51 
 AQUECIMENTO RESFRIAMENTO 
Co+2 
Cl- 
CoCl4
-2 
 
PARTE B 
 
Misture as três porções e redivida a solução (agora na temperatura 
ambiente novamente) em quatro novas porções. 
Adicione alguns cristais de Co(NO3)2 na primeira porção, agitando até 
dissolver. Repita este procedimento adicionando cristais de NaCl na segunda 
porção e gotas de solução de AgNO3 na terceira porção, mantendo a quarta 
porção como padrão de comparação. 
 Após a dissolução completa, compare com a solução padrão e complete 
o quadro a seguir: 
 
 Co+2 Cl- AgNO3 
TUBO PADRÃO 1 2 3 
COR 
 
 
PARTE C 
 
 Dobre o volume do tubo 06 do início da experiência com água destilada 
e observe a mudança na coloração. 
 
QUESTIONÁRIO: 
 
PARTE A: 
 
1) Escreva a expressão matemática para Keq da parte A. 
 
 
2) Com base nos resultados obtidos após o resfriamento e aquecimento (Parte 
A), demonstre o que acontece com Keq: 
-durante o resfriamento: 
 
 
-durante o aquecimento: 
 
 
3) O que os resultados anteriores demonstram quanto ao sentido endotérmico 
e exotérmico da reação? 
 
 
 
 
 
Apostila de Química Geral Experimental – UNIPAMPA/BAGÉ-RS 52 
PARTE B: 
 
4) Diga em que sentido se deslocou o equilíbrio em cada um dos tubos da 
Parte B. Justifique sua resposta. 
 
5) Explique o que acontece com a concentração de cada espécie quando um 
novo equilíbrio é atingido (em relação ao equilíbrio anterior, ou seja, antes da 
perturbação) 
 
6) Sabendo que o Cl- e Ag+ reagem, segundo a reação: 
Ag+(aq) + Cl
-
(aq)  AgCl(s) Justifique a alteração de equilíbrio que ocorre no tubo 
3. 
 
 
 
PARTE C: 
 
7) Explique as alterações ocorridas devido ao procedimento na Parte C. 
 
 
8) Foi determinado experimentalmente que a cor azul do CoCl4
- é cerca de 50 
vezes mais intensa do que a cor do Co+2. Isto significa que o tubo que tem a 
cor intermediária tem 1/50 do cobalto presente na forma de CoCl4
- e 49/50 
presentes na forma de Co+2. 
Usando a pressuposição acima e os dados de preparação da solução do tubo 
de cor intermediária, calcule o valor da constante de equilíbrio para a formação 
do íon complexo CoCl4
-. 
 
9) Por que os resíduos dos tubos de ensaio não devem ser descartados na 
pia?

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