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AULA 1 CASO CONCRETO: Os princípios constitucionais violados são claros, a começar que para a confissão, Alfredinho foi remetido a tortura e meios cruéis, logo essa “confissão” é inválida. Se analisa que todas as provas colhidas contra Alfredinho foram adquiridas por meio ilícito e o processo não poderá se basear nessas provas. Sendo assim, se afirma que foram violados outros princípios, como do devido processo legal e do contraditório e ampla defesa, além da expressa violação da dignidade da pessoa humana, tendo em vista que algumas provas obtidas foram por meio de tortura. Tudo certamente em desacordo com os art 5º, LVI da CRFB/88 e com o art. 157 do CPP. Pode-se ver o entendimento do STJ, que vai ao desencontro a essa horrível prática: HABEAS CORPUS Nº 193.836 - PR (2011/0002060-9) IMPETRANTE: DELOMAR SOARES GODI E OUTRO IMPETRADO: TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ PACIENTE: DELMIR CEREZA (PRESO) DECISÃO11. Trata-se de habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado por Delomar Soares Godoi e outro em favor de Delmir Cereza contra acórdão proferido pela Quarta Câmara Criminal do Tribunal de Alçada do Estado do Paraná para anular "o acórdão proferido ... que condenou o paciente às penas do crime de latrocínio consumado, mantendo-se os efeitos legais da sentença penal absolutória exarada pelo juízo de primeiro, determinando-se, ainda, que seja posto em imediata liberdade o autor" (fls. 40-41). Os impetrantes alegam que o decreto condenatório do tribunal a quo se baseou fundamentalmente em provas obtidas na fase inquisitorial, sem o crivo do contraditório, e ainda por confissão obtida por meio de tortura, circunstância reconhecida pelo juiz sentenciante. 2. O deferimento da medida liminar implica o exame do próprio mérito da impetração, tarefa insuscetível de ser realizada em juízo preliminar. Indefiro, por isso, a medida liminar. Solicitem-se as informações. Após, vista ao Ministério Público Federal, com posterior encaminhamento ao Relator. Intimem- se. Brasília, 07 de janeiro de 2011. MINISTRO ARI PARGENDLER Presidente (STJ - HC: 193836, Relator: Ministro ARI PARGENDLER, Data de Publicação: DJ 02/02/2011) Logo, o habeas corpus deve ser imediatamente concedido, conforme prevê o art. 1º, I, “a” da Lei 9.455/97 (Lei da tortura), pela evidência da violação dos princípios constitucionais e direitos fundamentais e, diante a isso, deve-se impor o trancamento da persecução penal. Q1 – C
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