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Farmacologia do Trato Gastrointestinal

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FARMACOLOGIA DO TGI 
 
Fármacos utilizados quando as funções do trato 
gastrointestinal se encontram comprometidas; 
O sistema digestório é responsável por várias funções que vão 
desde preensão, mastigação, deglutição, maceração e 
decomposição do alimento até a degradação enzimática pelo 
organismo ou por microrganismos simbiontes, posterior 
absorção através do epitélio para dentro do organismo e, ainda, 
eliminação do material que não foi aproveitado. Embora os 
produtos de degradação enzimática sejam semelhantes, os 
processos digestivos variam bastante, quando se consideram 
as diferentes espécies animais. Vários são os processos 
envolvidos nas funções do sistema digestório, como 
motilidade, secreções glandulares e epiteliais, ação enzimática, 
absorção de nutrientes e eliminação de material não absorvido, 
respostas metabólicas e eletrofisiológicas, eventos 
hemodinâmicos e controle pelo sistema nervoso autônomo, 
bem como por hormônios que agem localmente. 
 
FARMACOS ESTIMULANTES DO APETITE 
Chamados também de Orexígenos ou Orexigênicos. 
São utilizados para evitar inapetência em animais enfermos, 
estimulando-os a comer. A falta de apetite pode ser dada por 
fatores emocionais, estresse, animais que ficam sozinhos, 
enfermidades, etc. 
Os medicamentos que estimulam o apetite atuam estimulando 
o centro da fome (histamina) e inibindo o centro da saciedade 
(serotonina). O centro da saciedade se encontra no hipotálamo 
ventromedial e o centro da fome se encontra no hipotálamo 
lateral. 
MECANISMOS que regulam a ingestão de alimentos: 
• Curto prazo: presença de alimentos ou substâncias 
irritantes do TGI; 
• Longo prazo: estoque de nutriente no organismo; 
• Curto/Longo: processo infeccioso do organismo; 
SUBSTÂNCIAS utilizadas para estimular o apetite: 
• Alimentos altamente palatáveis (ex: em filhotes molhar a 
ração com água morna para estimular o apetite) 
 
MEDICAMENTOS para estimular o apetite: 
• Vitaminas do complexo B: estimulam o apetite, importantes 
para o metabolismo de carboidratos, proteínas e lipídios; 
• Esteroides anabolizantes (boldenona, equifort): Aumentam 
a retenção do nitrogênio fornecido pela alimentação, 
estimulam a síntese proteica 
• Benzodiazepínicos (elfazepam, Diazepam): suprimem o 
centro da saciedade, estimulando o animal a comer; 
• Anti-histamínico H1 : bloqueia os receptores de serotonina 
(antagonista). Quando a serotonina , desestimula o centro 
da saciedade. Ex: Buclizina. 
• Amargos ou tônicos: possuem sabor amargo, estimulam a 
produção de saliva ao entrar em contato com as papilas 
gustativas, produzindo efeito estimulante. Ex: zinco, Vit B, 
ácido cítrico. 
 
 
DEMULCENTES E PROTETORES DE MUCOSA 
Medicamentos empregados para lubrificar, recobrir, proteger 
ou aliviar irritações da mucosa do TGI 
Demulcentes: Substâncias de alto peso molecular que 
protegem a porção inicial do TGI (da boca até o estômago). Se 
liga na parede do órgão ou se agrega ao conteúdo estomacal 
evitando que a mucosa seja lesionada. Ex: colágeno, goma 
arábica, pectina. 
Protetores de mucosa: Substâncias insolúveis e quimicamente 
inertes que atuam nas demais porções do TGI. Impede que 
substâncias nocivas sejam absorvidas pelas mucosas . Ex: 
goma arábica, pectina. 
Emolientes: substâncias gordurosas e oleosas utilizadas em 
gera sobre a pele, e eventualmente, em membranas mucosas 
Ex: Fitoterápicos, como as folhas de Maytenus ilicifolia 
(espinheira santa), ágar (obtida de algas), goma arábica, 
metilcelulose, pectina e proteínas (gelatina, albumina) 
Adsorventes: Substâncias que atraem outras 
substâncias/toxinas, por forças eletrostáticas, fixando-as sobre 
sua superfície. Ajuda também na proteção da mucosa 
Ex: carvão ativado (empregado em casos de intoxicação para 
impedir e absorção gastroentérica desse agente) caulim 
(indicado para diarréia), pectina (atua como protetor de 
mucosa) , bismuto, Sulfato de Neomicina, Beladona em pó. 
ANTIFLATULENTOS E ANTIESPUMANTES 
Facilitam a eliminação de gases no TGI ou inibem a formação 
de espumas nos líquidos digestivos (principalmente em 
ruminantes). Por consequência, evita torção gástrica; 
Mecanismo de ação: redução da tensão superficial dos 
líquidos, impedindo a formação de bolhas; 
Uso: timpanismo espumoso (dilatação anormal do rúmen 
devido acumulo de gases) em ruminantes e cólica timpânica 
em equinos; 
Ex: Simeticona (luftal) Silicone (Ruminol) e Acetil Tributil 
acetato (Blo-trol) 
ANTIFERMENTATIVOS 
Previnem ou diminuem fermentação excessiva da celulose no 
rúmen (levando ao timpanismo nos ruminantes) ou cólon 
(gerando cólica timpânica dos equinos). 
Em bovinos são utilizados 15/30ml de terebintina misturada a 
300/600 ml de óleo de linhaça adm por sonda estomacal ou 
diretamente no rúmen. Cuidado para que o líquido não seja 
introduzido na cavidade abdominal. 
Ex: Terebintina e Formalina. Cuidado, pois, são extremamente 
tóxicos, necessitam ser diluídos para serem administrados; 
PRÓ-CINÉTICOS 
São medicamentos que têm a capacidade de estimular, 
coordenar e restaurar a motilidade gástrica, pilórica e do 
intestino delgado. Estimulam os receptores M3 muscarínicos 
nas células musculares e nas sinapses do plexo mioentérico. 
Ex: Metoclopramida (Plasil). É antagônico ao receptor de 
Dopamina – faz o aumento do tônus e amplitude das 
contrações gástricas, contração do esfíncter esofágico inferior, 
relaxamento do esfíncter pilórico e aumento do peristaltismo 
do duodeno e jejuno. Desse modo, favorece o esvaziamento 
gástrico, previne ou reduz o refluxo gastresofágico e acelera o 
trânsito das primeiras porções do intestino; pouca alteração é 
observada na motilidade do colón. 
Domperidona: Antagoniza os receptores inibidores 
dopaminérgicos do TGI. Funciona igualmente igual a 
Metoclopramida, porém não estimula liberação de Ach no TGI. 
A Metoclopramida e Domperidona também bloqueiam 
receptores dopamínicos D2 na zona de gatilho 
quimiorreceptora do bulbo, resultando em poderosa ação 
antináusea e antiemética. 
Neostigmina: inibidor da acetilcolinesterase, aumenta o 
esvaziamento gástrico, do intestino delgado e cólon. 
ANTIÁCIDOS 
São bases fracas que reagem com ácido clorídrico gástrico, 
formando água e sal. Elas aumentam o pH gástrico, 
neutralizando o ácido clorídrico (HCl) liberado pelas células do 
estômago (células parietais). É usado para tratamento e 
prevenção de acidose ruminal por sobrecarga de 
concentrado/grãos, pois diminuem a acidez; São divididos em 
dois grupos: 
SISTÊMICOS: Podem ser absorvidos e exercer este efeito no 
organismo do animal. 
• Bicarbonato de sódio -- Reage rapidamente com o HCL 
produzindo dióxido de carbono e NaCl. A formação de CO2 
resulta em distensão gástrica e eructação com refluxo 
ácido) 
NÃO SISTÊMICOS: Ação local , fundamentalmente no 
estômago. 
• Hidróxido de magnésio -- (Mg(OH)2): uma molécula de 
Mg(OH)2 reage com 2 moléculas de HCl, formando cloreto 
de magnésio (MgCl2) e 2 moléculas de água. É um pó 
insolúvel que forma cloreto de magnésio no estômago. Não 
produz alcalose sistêmica porque o Mg2+ é pouco 
absorvido no intestino 
• Óxido de magnésio (MgO): é convertido em Mg(OH)2 no 
organismo 
• Hidróxido de alumínio (Al(OH)3): uma molécula de Al(OH)3 
reage com 3 moléculas de HCl, formando cloreto de 
alumínio (AlCl3) e água 
OUTROS EFEITOS: 
• Sais de magnésio (sal amargo): efeito laxante 
• Sais de alumínio: constipantes (impede a defecação) 
Efeitos colaterais: 
Magnésio: diminui a absorção de cálcio, fosforo e ácidos 
graxos 
Alumínio: diminui a absorção de P; acúmulo de Al no fígado 
(hepatotóxicas); 
 
BLOQUEADORES DA SECREÇÃO DE HCL 
Mecanismo de liberação de HCl estomacal: Gastrina se liga ao 
receptor muscarinico, além da Acetilcolina, fazendo com que 
haja a liberação de histamina e em seguida prostaglandina e 
depois o HCl. 
 
ANTAGONISTAS COLINÉRGICOS MUSCARÍNICOSEx: Pirenzepina e Telenzepina 
Reduzem 40 a 50% da secreção de HCl 
Sempre interagem com antiácido e diminui esvaziamento 
gástrico e evita produção do HCl 
A Acetilcolina estimula a atividade do estômago. Com o 
antagonista, ele corta a atividade da acetilcolina, inibindo a 
secreção de HCL 
Efeito colaterais: boca seca, constipação. 
ANTAGONISTAS HISTAMINÉRGICOS H2 
Cimetidina, Ranitidina, Famotdina. 
São absorvidos rapidamente pelo intestino, sofre metabolismo 
hepático de primeira passagem. A meia vida séria deles varia 
de 1,1 a 4 h, dependendo da dose administrada. 
Mecanismo de ação: Os bloqueadores H2 inibem de forma 
seletiva e competitiva a ligação da histamina aos receptores H2 
gástricos reduzindo a secreção ácida pelas células parietais 
basal (estimulada pela histamina e gastrina) ou quando 
estimulada por refeição. A secreção de pepsina também cai 
com a redução de volume do suco gástrico. É necessário 
diminuir a dose em pacientes com insuficiência renal moderada 
a grave. 
Efeitos colaterais: Extremamente seguros, mas em casos raros 
podem causar diarreia, cefaleia, fadiga e constipação intestinal 
PROSTAGLANDINAS 
A mucosa gastrintestinal sintetiza diversas prostaglandinas, 
sendo as principais E e F. EX: Misoprostol (Cytotec) 
Inibem a secreção de HCl e aumentam a secreção de muco e 
bicarbonato. Após adm oral sobre rápida absorção e 
metabolização a um ácido livre ativo. Precisa ser adm de 3 a 4 
vezes ao dia, pois possui vida séria de 30 minutos. É excretado 
na urina, porém não há necessidade de se reduzir a dose em 
pacientes com insuficiência renal. Pode também estimular a 
contração intestinal e uterina 
Diminuem a incidência de úlceras induzidas por AINES para 
menos de 3%. 
INIBIDORES DA BOMBA DE PRÓTONS 
Bloqueiam a bomba de prótons H/K/atp/ATPase de HCL, ou 
seja, a etapa terminal na via secretora de ácido. Ex: Omeprazol, 
lansoprazol, pantoprazol. 
A via de adm comum é oral, embora haja algumas preparações 
injetáveis. Como o omeprazol se degrada rapidamente em pH 
baixo, é adm em cápsulas. Após a sua absorção no intestino 
delgado, passa do sangue para dentro das células parietais e 
depois para os canalículos onde exerce os seus efeitos. A 
biodisponibilidade reduz pelo alimento, precisando ser 
administrado em jejum cerca de 1h antes da refeição. 
Embora sua meia-vida seja de cerca de 1 hora, uma dose diária 
única afeta a secreção de ácido por 2-3 dias, em parte porque 
se acumula nos canalículos e em parte porque inibe a H+-K+-
ATPase irreversivelmente 
Efeitos colaterais: são extremamente seguros, podendo causar 
em casos raros diarreia, cefaleia e dor abdominal. 
 
SUCRALFATO 
Conhecido como Sucrafilm 
Sacarose + Hidróido de aluminio) --- Em água ou em soluções 
ácidas forma uma pasta viscosa e de consistência firme, que 
se liga seletivamente às úlceras e erosões por até 6 horas. 
Pode inibir a ação da pepsina e estimular a secreção de muco, 
bicarbonato e prostaglandinas pela mucosa gástrica. 
Uso: tratamento contra ulceras causadas pelos AINES; 
O sucralfato é administrado por via oral, e 3 horas após a 
administração cerca de 30% ainda estão presentes no 
estômago. No ambiente ácido, o produto polimerizado forma 
uma pasta persistente que, por vezes, pode produzir uma 
crosta obstrutiva (conhecida como bezoar) que fica presa ao 
estômago. Reduz a absorção de uma série de outros fármacos, 
incluindo antibióticos fluorquinolonas, teofilina, tetraciclina, 
digoxina e amitriptilina. Como exige ambiente ácido para 
ativação, os antiácidos administrados concomitantemente ou 
antes de sua administração reduzem sua eficácia. 
Efeitos colaterais: como não é absorvido, é praticamente 
desprovido de efeitos adversos. Pode ocorrer constipação 
intestinal em razão do sal de alumínio. Não deve ser usado em 
pacientes com insuficiência renal em períodos prolongados 
devido ao alumínio. 
EMÉTICOS 
Eméticos são medicamentos utilizados para produção da 
êmese, principalmente nas situações de intoxicação, visando 
impedir ou reduzir a absorção do agente tóxico ingerido e que 
ainda está presente no estômago. A êmese é acompanhada de 
uma série de alterações orgânicas; iniciasse pela abolição da 
motilidade gástrica (fase de náuseas no homem), seguida pelo 
fechamento do piloro, abertura da cárdia, contração simultânea 
do diafragma e musculatura abdominal, permitindo a expulsão 
do conteúdo gástrico para a boca. O vômito é, ainda, precedido 
ou simultaneamente acompanhado de sialorreia, aumento da 
secreção do sistema respiratório, da tosse, queda de pressão 
arterial, sudorese, taquicardia e respiração irregular. Em 
algumas espécies animais, a êmese não ocorre, como em 
equinos, ruminantes, roedores, cobaias e coelhos. Em equinos 
com afecção grave, pode ocorrer regurgitação do conteúdo 
gástrico, por via nasal. A êmese pode ser produzida por 
estimulação local da mucosa gástrica (por meio do uso de 
substâncias irritantes), por distúrbios do aparelho vestibular 
(cinetose) e pode ter origem central (infecções virais, febre ou 
toxemia). Em todas estas situações, existe o controle pelo 
sistema nervoso central por intermédio do centro do vômito. 
Eles podem ser de dois tipos: 
EMETICOS IRRITANTES: 
• Produzem irritação da mucosa gástrica e induzem vômito 
• Soluções a 1% de sulfato de cobre ou sulfato de zinco 
• sais como o cloreto de sódio, na forma sólida, colocado 
sobre a base da língua ou 
• fornecido em solução concentrada levemente aquecida 
podem também produzir este efeito 
• Ipeca (obtida a partir de raízes secas da Cephaelis 
ipecacuanha induz êmese também 
Efeitos ocorrem entre 15 a 30 minutos 
EMETICO DE ACAO CENTRAL: 
AGEM NO SNC, ativando diretamente o centro do vomito; 
Apomorfina (VO, parenteral ou conjuntiva): causa êmese em 2 
a 3 minutos com duração de 15 minutos. Posteriormente 
segue-se um período de depressão. Os cães são mais 
suscetíveis ao vômito induzido pela apomorfina do que os 
gatos, porque esses últimos possuem menor número de 
receptores dopaminérgicos na zona deflagradora dos 
quimiorreceptores. 
Xilazina: (Adm SC ou IM) estimula centro do vomito 
(principalmente em gatos) e em seguida causa depressão no 
SNC. 
ANTIEMÉTICOS 
A êmese prolongada causa exaustão, desidratação, 
hiponatremia, hipocloremia e, quando grave, até mesmo 
alcalose em consequência da perda excessiva do ácido 
clorídrico gástrico. Nesta situação, faz-se necessário o 
emprego de antieméticos, que podem atuar tanto localmente, 
reduzindo a irritação gástrica, como no SNC. 
Os fármacos dessa classe são empregados para evitar a 
exaustão, desidratação, perda de eletrólitos e alcalose 
induzidas pelo vomito; 
Lidocaína; 
• Diminui a sensibilidade da mucosa gástrica, não permitindo 
que ela seja irritada facilmente. 
Anticolinergicos 
• Escopolamina 
• pelo fato de reduzirem as secreções e a motilidade do 
sistema digestório, podem também apresentar efeito 
antiemético. 
• Adm VO, Indicado para pós-operatório e vertigens 
• Efeitos colaterais: constipação, sedação 
Vitamina B6 
• Piridoxina 
•  noradrenalina e serotonina e  GABA no centro do vômito 
Anti-histaminicos H1 
• Dimenidrinato – Dramin, Prometazina - Fenergan 
• reduzem os impulsos provenientes do aparelho vestibular 
(onde há receptores H1), que atingem o centro do vômito e 
também bloqueiam receptores H1 da zona deflagradora 
dos quimiorreceptores. Os cães possuem maior número de 
receptores H1 na zona deflagradora do que os gatos e, por 
isso, respondem melhor ao efeito antiemético dos anti-
histamínicos 
• Adm VO, possuem leve efeito sedativo 
Bloqueadores dopaminérgicos - Antagonistas D2 no centro do 
vomito; 
• Metoclopramida, bromoprida, domperidona 
• Potentes antieméticos e favorecem esvaziamento gástrico 
• Leve efeito sedativo, indicado em casos de dor, uremia, pós-
operatório, quimioterapia. 
Antagonistas serotoninérgicos5-HT3 
• Ondansetrona - Vonau 
• Usado em quem faz quimioterapia e pós-operatórios 
• Meia vida séria de 4 a 9h 
ANTIDIARREICOS OU CONSTIPANTES 
Diarreia: ocorre devido algum estimulo do organismo para 
eliminar substancias, como toxinas, ou seja, é benéfica; porém 
em casos muito prolongados, pode-se usar os Antidiarreicos; 
São inibidores de motilidade. 
Não devem ser adm a pacientes com diarreia sanguinolenta, 
febre alta ou toxicidade sistêmica. 
Podem ser classificados em 2 grupos: 
DEPRESSORES DA MOTILIDADE 
ANTICOLINÉRGICOS: atuam diminuindo a motilidade e as 
secreções do sistema digestório. Ex: Atropina e Escopolamina 
OPIACEOS: aumento do tônus da musculatura circular do 
intestino e do esfíncter, bem como redução da secreção quer 
direta, quer indiretamente. Ex: tintura de ópio, difenoxilato, 
loperamida 
ADSORVENTES/ PROTETORES DA MUCOSA 
Pectina, caulim, sais de bismuto e carvão ativado 
Como adjuvantes para o tratamento das diarreias têm sido 
usados probióticos e prébióticos com a finalidade de restaurar a 
microbiota intestinal. 
CATARTICOS 
Catárticos são medicamentos que favorecem a eliminação das 
fezes. São chamados de purgantes quando promovem a 
eliminação de fezes de consistência diarreica e de laxantes 
quando as fezes têm consistência normal. Alguns laxantes, 
quando se aumenta a dose, podem exercer efeito purgante ou, 
ainda, purgantes que, quando se reduz a dose, apresentam 
efeito laxante; há também aqueles cujo efeito é exclusivamente 
laxante ou purgante independentemente da dose empregada. 
USO: em animais constipados (não conseguem defecar), 
remoção de venenos, evacuação antes da cirurgia ou exames 
radiográficos; 
São divididos em 4 grupos: 
EMOLIENTES OU LUBRIFICANTES: 
Lubrificam e amolecem as fezes, impedindo sua dessecação. 
Exercem efeito laxante. Podem ser adm VO ou retal. 
Óleos minerais (parafina liquida, óleo de parafina ou vaselina 
liquida) que são administrado por via oral, não é digerido e 
praticamente não é absorvido pelo organismo. Quando usado 
por 2 a 3 dias, este óleo penetra nas fezes, amolecendo-as, e, 
por recobrir a mucosa intestinal, pode reduzir a absorção de 
água. 
Óleos vegetais (amêndoas e oliva) como são hidrolisados pela 
lipase intestinal e absorvidos, há necessidade de administrar-se 
dose que supere a capacidade de hidrólise desta enzima para 
que o efeito seja observado. 
Desvantagens: diminui a absorção de vitaminas lipossolúveis 
 
FORMADORES DE MASSA 
São coloides hidrofílicos não digeríveis que absorvem, água, 
formando um gel emoliente e volumoso, que provoca distensão 
do cólon e promove peristalse. Auxiliam na formação do bolo 
fecal, aumentam o volume das fezes e no reflexo de defecação. 
Ex: Produtos vegetais naturais (psílio, metilcelulose) e fibras 
sintéticas (policarbofila). 
A digestão bacteriana das fibras vegetais no interior do cólon 
pode resultar em aumento da distensão e flatulência. 
 
OSMÓTICOS OU SALINOS 
O cólon é incapaz de concentrar ou de diluir o líquido fecal: a 
água fecal é isotônica em toda a extensão do cólon. Os 
laxativos osmóticos são compostos solúveis, porém não 
absorvíveis, que resultam em aumento da liquefação das fezes, 
devido a um aumento obrigatório da água fecal. São pouco e 
lentamente absorvidos, exercendo atividade osmótica no 
lúmen intestinal, assim atraindo água para esta região; com isto 
há distensão das fibras musculares lisas intestinais e, 
reflexamente, aumentam o peristaltismo, produzindo efeito 
laxante ou purgante, dependendo da dose. 
SAIS DE MAGNÉSIO (sal amargo): usados em soluções 
hipertônicas, administradas por via oral. O efeito predominante 
destes sais é exercido no intestino delgado, em monogástricos 
o efeito é observado normalmente entre 3 e 12 h e em 
ruminantes ao redor de 18 h. 
GLICERINA : além de exercer efeito osmótico, lubrifica a 
passagem de fezes endurecidas, sendo por isto usada em 
supositórios. 
SORBITOL E LACTULOSE: são não absorvíveis que podem ser 
utilizados na prevenção ou tratamento da constipação 
intestinal crônica. São metabolizados por bactérias colônias, 
produzindo intensa flatulência e cólicas. São laxantes. 
 
ESTIMULANTES OU IRRITANTES: 
Promovem irritação da mucosa intestinal, ou inibam a 
absorção de água, eletrólitos e nutrientes, ou ainda estimulem 
os plexos nervosos intramurais, aumentando a motilidade 
intestinal e causando, consequentemente, o efeito catártico. 
Induzem evacuação intestinal. 
Indicados para tratamento e profilaxia de constipação 
intestinal, prévia de exames e intervenções cirúrgicas. 
ÓLEO DE RÍCINO: tem efeito preponderantemente purgante, 
sendo este efeito observado em pequenos animais entre 4 e 8 
h e em equinos entre 12 e 18 h 
DIGESTIVOS OU EUPÉTICOS 
São medicamentos que favorecem os processos digestivos, 
substituindo ou complementando as secreções do sistema 
digestório 
Os principais agentes usados são: 
ENZIMAS DIGESTIVAS: a papaína (encontrada no mamão) e a 
bromelina (presente no abacaxi) são proteases; a pancreatina 
e a pancreolipase (obtidas de pâncreas de suínos) contêm 
principalmente amilase, tripsina e lipase, que auxiliam na 
digestão de proteínas e lipídios; e pepsina que é uma enzima 
proteolítica papaína (mamao), bromelina (abaxaci), pancreatina 
(amilase, tripsina e lipase suina); 
COLERÉTICOS: estimulam a secreção de bile que é importante 
para absorção de lipídios. Os principais agentes são os próprios 
ácidos e sais biliares. Algumas substâncias de origem vegetal 
também têm este efeito, como a boldina (do boldo) e a cinarina 
(da alcachofra) 
COLAGOGOS OU COLICINÉTICOS: são medicamentos que 
contraem a vesícula biliar, como o faz fisiologicamente a 
colecistocinina, que pode ser obtida a partir de extratos de 
mucosa duodenal. O sulfato de magnésio e o sorbitol têm este 
efeito, bem como alguns alimentos (gema de ovo, creme de 
leite). 
HEPATOPROTETORES 
Utilizados no tratamento de insuficiência hepática 
COLINA: é um agente considerado lipotrópico. Acredita-se que 
possa promover a conversão da gordura hepática em 
fosfolípídios que contêm colina, os quais podem ser 
transferidos mais rapidamente do fígado para o sangue, 
evitando, assim, a esteatose hepática (degeneração 
gordurosa). A colina também é essencial para a síntese de 
fosfolipídios presentes nas membranas celulares (são 
lipoproteicas). 
METIONINA: é doadora do radical metila, favorecendo, desta 
maneira, a metilação de diferentes substâncias químicas 
(medicamentos, agentes tóxicos etc.), visando facilitar sua 
eliminação do organismo. A metionina doa radical metila 
inclusive para a síntese de colina. A metionina contém também 
um grupo sulfidrila, que se acredita tenha efeito antinecrótico 
no fígado 
LECITINA E BETAINA: são agentes lipotrópicos que contêm 
colina, liberandoa por hidrólise 
SILIMARINA (Silybum marianum L.): age como estabilizador 
das membranas dos hepatócitos, inibindo a lipoperoxidação 
desencadeada por radicais livres (ação antioxidante) 
VITAMINA B12: (hidroxicobalamina): é agente lipotrópico, que 
favorece a síntese proteica hepática. Esta vitamina está 
envolvida, também, na formação de colina e na 
biotransformação de radicais metílicos lábeis 
VITAMINA E (αtocoferol) E SELÊNIO: acredita-se que ambos 
teriam efeito antioxidante e, por isso, seriam medicamentos 
antinecróticos. Neste particular, vale ressaltar que são 
chamados de antioxidantes moléculas ou reações químicas 
que protegem os sistemas biológicos contra os efeitos lesivos 
da oxidação excessiva.

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