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SAÚDE MENTAL NA TERCEIRA IDADE Giulia Lazzarotto Dendena Sarah Scheuer ATM 23/2 ‹#› A depressão em idosos é um sério e crescente problema de saúde pública, trazendo prejuízos à vida familiar e à comunidade. Não é parte normal do envelhecimento e muito menos uma característica de fraqueza; é uma doença, e deve ser reconhecida e tratada efetivamente Epidemiologia Mais de 20% dos adultos com mais de 60 anos sofrem de alguma disfunção mental ou neurológica Essas disfunções representam 6,6% das enfermidades em idosos Demência e depressão são as neuropatias mais prevalentes nesse grupo, atingindo cerca de 5% e 7% da população idosa O abuso de substâncias afeta quase 1% ¼ das mortes por automutilação são em pessoas com mais de 60 anos ‹#› Cerca de 5,5% dos idosos apresentam algum transtorno ansioso Em idosos institucionalizados a incidência de depressão pode chegar a 30% 50% dos pacientes com depressão evoluem para quadro demencial num período de cinco anos 7% dos homens idosos com depressão cometem suicídio, nas mulheres esse índice é de 1% No Brasil, o índice de suicídio nesse grupo aumentou 215,7% entre 1980 e 2012 ‹#› ‹#› Causas O sistema biológico mais comprometido com o envelhecimento é o Sistema Nervoso Central (SNC), responsável pelas sensações, movimentos, funções psíquicas (vida de relações) e pelas funções biológicas internas (vida vegetativa). ‹#› ‹#› NÚCLEOS DA RAFE -diminuição de receptores -produção diminuida de Serotonina CÓRTEX PRÉ-FRONTAL: -diminuição do fluxo sanguíneo e metabolismo -degeneração de circuitos responsáveis pelo processamento emocional -hiperatividade da região subgenual: pensamentos tristes AMÍGDALA (aprendizado emocional) -aumento do metabolismo da glicose ALTERAÇÕES NEUROENDÓCRINAS -hipersecreção de cortisol Baixa renda Baixo grau de escolaridade Sexo feminino (privação de estrogênio) Enfermidades crônicas e incapacitantes Viuvez Isolamento social Luto Divórcio Moradia precária Regiões urbanas empobrecidas Internação em serviços de longa permanência Fatores de risco ‹#› Instituições asilares Alternativa para proporcionar suporte social ao idoso Causas principais: condições precárias de saúde, distúrbios de comportamento, necessidade de reabilitação, falta de recursos financeiros e abandono da família Vontade do idoso não é mais respeitada, passando então a perder sua autonomia e independência Vulnerabilidade para que ele desencadeie um quadro depressivo ‹#› Clínica De um modo geral, a clínica da depressão nos idosos é mais variada e atípica que no adulto jovem. hipocondria baixa auto-estima sentimentos de inutilidade e abandono tendência autodepreciativa alteração do sono e do apetite ideação paranóide pensamento recorrente de suicídio dor prolongada diminuição do autocuidado inquietação psicomotora irritabilidade ‹#› Diagnóstico Escala de Depressão Geriátrica em versão reduzida de Yesavage (GDS-15) 5 ou mais pontos = depressão 11 ou mais pontos = depressão grave ‹#› Escala para avaliação funcional do indivíduo (Escala de Katz) Mede as Atividades básicas da Vida Diária (AVD) - referentes ao autocuidado e manutenção da independência ‹#› Tratamento Os antidepressivos e a eletroconvulsoterapia constituem os pilares do tratamento da depressão no idoso Antidepressivos tricíclicos: inibem a recaptação de serotonina e noradrenalina na fenda sináptica. O grau de resposta terapêutica a essas drogas gira em torno de 65% Eletroconvulsoterapia: método mais eficaz no tratamento de depressão grave. Caracteriza-se pela indução de uma crise convulsiva por meio de uma corrente elétrica. A prática foi liberada pelo SUS em 2019. ‹#› Alternativas Terapia comunitária A terapia comunitária é um espaço de acolhimento, para a partilha de sofrimentos e sabedoria de vida, que ocorre de maneira circular e horizontal, criando uma teia de relação social entre os participantes, na busca de soluções para os conflitos pessoais e familiares. Beneficia as relações interpessoais, a formação de redes sociais solidárias e a utilização da cultura popular como subsídio para soluções de problemas vividos pela comunidade. É oferecida pelo SUS ‹#› Terapia ocupacional Participação em atividades artísticas e de lazer Integração nas atividades do dia-a-dia da Instituição de longa permanência Apego religioso Manter-se ativo Atividades ao ar livre ‹#› Exercício físico Verificou-se que idosos que reduziram as atividades praticadas após 8 anos apresentaram aumento nos sintomas de depressão, enquanto que os indivíduos que aumentaram ou mantiveram a intensidade das atividades não apresentaram esse efeito ‹#› Ao analisar 1.920 idosos ao longo de 6 anos, verificaram que idosos que se tornaram depressivos tendem mais ao sedentarismo do que aqueles sem depressão. Portanto, a depressão seria a causa da diminuição do estado geral de aptidão física. A falta de independência no desempenho dessas atividades pode estar associada com dores físicas crônicas, inatividade física e medo de quedas. Rotinas de exercício que incluíram alongamento, equilíbrio, caminhada, força e coordenação mostraram ser eficientes na redução dos níveis de depressão para idosos com recente histórico de queda. ‹#› A hipótese mais encontrada na literatura é a de um aumento na liberação de monoaminas, como serotonina, dopamina e noradrenalina. A dopamina está relacionada com o desempenho motor, a motivação locomotora e a modulação emocional. A serotonina pode atenuar a formação de memórias relacionadas ao medo e diminuir as respostas a eventos ameaçadores. O exercício físico contribui para o desenvolvimento da neurogênese no hipocampo através da potencialização de longa duração e do fator neurotrófico derivado do cérebro (FDNC), do mesmo modo que os antidepressivos e terapia eletroconvulsiva. ‹#› Prevenção “O envelhecimento não começa subitamente aos 60 anos, mas consiste no acúmulo e interação de processos sociais, médicos e de comportamento durante toda a vida. As metas (para se alcançar uma velhice saudável, e comprimir a morbidade) são promover a saúde e o bem-estar durante toda a vida do indivíduo" - LITVAK Papel do exercício físico Estímulo do autocuidado Recomendações para screening de neoplasias de mama, cervical, colorretal e de próstata em pacientes idosos ‹#› Obrigada! ‹#›
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