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Centro Universitário Leonardo Da Vinci Educacional Leonardo Da Vinci IVANA MARI SILVEIRA GONZALVEZ (EFL0990/07) PROJETO DE ESTÁGIO I BENEFÍCIOS DO TREINAMENTO RESISTIDO EM IDOSOS NO GANHO DE FORÇA. 2020 2 SUMÁRIO RESUMO: ........................................................................................................................ 3 INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 4 OBJETIVOS GERAIS: .................................................................................................... 6 OBJETIVOS ESPECÍFICOS: .......................................................................................... 6 JUSTIFICATIVA: ............................................................................................................ 7 MATERIAIS E MÉTODOS ............................................................................................. 8 CAUSAS DA SARCOPENIA.......................................................................................... 9 BENEFÍCIOS DO TREINAMENTO RESISTIDO EM IDOSOS................................. 10 PROTOCOLO DE TREINAMENTO ............................................................................ 13 CONCLUSÃO: ............................................................................................................... 16 REFERÊNCIAS: ............................................................................................................ 17 PALAVRAS-CHAVE: Idosos, treinamento resistido, sarcopenia. 3 BENEFÍCIOS DO TREINAMENTO RESISTIDO EM IDOSOS NO GANHO DE FORÇA. Autor: Ivana Mari Silveira Gonzalvez. Tutor: Cássio Luiz Ferrari RESUMO: INTRODUÇÃO: Os países em desenvolvimento, como o Brasil, estão vivendo um rápido processo de envelhecimento da população, e a economia não está acompanhando esta evolução para poder dar uma boa assistência social e atenção à saúde do idoso. O envelhecer é acompanhado de diversas alterações, causando danos ao organismo. Dentre os principais declínios que acontecem nessa fase, é a degeneração músculo esquelética a perda de massa magra, afetando a autonomia dos indivíduos idosos e na qualidade de vida desta parte da população. OBJETIVO: o presente estudo tem como objetivo investigar através de revisão literária quais os benefícios que podem ser gerados na prevenção, manutenção e ganho de força muscular, com um programa de treinamento de exercícios resistidos. METODOLOGIA: foi realizada uma revisão de literatura, em bases de dados eletrônicas, como Google Acadêmico, Scielo, Pub Med e periódicos, o estudo é de cunho observacional, no qual foram analisados artigos referentes ao tema. RESULTADOS: dentre os estudos relacionados, todos os autores concordam entre si, sobre as mais diversas pesquisas comprovando os ganhos de massa muscular durante um treinamento resistido, sendo aplicados com embasamento cientifico e segurança. CONCLUSÃO: a revisão apresentou dados de vários estudos, com diferentes pesquisas em comparação com distintos métodos de treinamento, referentes aos benefícios do treinamento de resistência para idosos, conclui-se que o ganho de massa magra e força muscular foram mais significantes com o treinamento de exercícios resistidos, e associação de diferentes variáveis, contribuindo na melhoria de qualidade de vida e autonomia. Palavras-chave: Idosos, treinamento resistido, sarcopenia. 4 INTRODUÇÃO Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 2018) em 2012, a população com 60 anos ou mais eram de 25,4 milhões. Os 4,8 milhões de novos idosos em cinco anos correspondem a um crescimento de 18% desse grupo etário, que tem se tornado cada vez mais representativo no Brasil. Nobrega et al (1999) em conjunto com o posicionamento oficial e conjunto da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte (SBME) e da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia(SBGG) traz em seu estudo, sobre atividade física e saúde em indivíduos idosos e uma grande preocupação com as doenças relacionadas, levando a um grande aumento nos custos assistenciais de saúde, além de importante repercussão social, com um grande impacto na economia dos países. Este mesmo posicionamento evidencia as principais causas de adversidades do envelhecimento, que são entre elas o sedentarismo, a incapacidade funcional, trazendo maior dependência, perda de equilíbrio, problemas cardiovasculares e doenças crônicas degenerativas. Nesse contexto, Fernandes et al(2012)nos traz a problemática da frequência de quedas entre os idosos representando um importante problema de saúde pública, morbidades associadas e seus custos tanto para o sistema de saúde quanto para o idoso e seus familiares. Conforme a avaliação de Fidelis, Patrizzie Walsh (2013) em seu estudo, relata sobre o desenvolvimento de doenças e a perda progressiva das aptidões funcionais interferindo na qualidade de vida do idoso, limitando sua capacidade para realização das atividades da vida diária e prejudicando sua saúde. Embora ao abordar neste texto, as mudanças no cenário político, econômico e social devido ao aumento na expectativa de vida da população e o processo de envelhecimento, é importante ficar atento para outros estudos que evidenciam a melhora na qualidade de vida da terceira idade através dos exercícios físicos, pois de acordo com Paiva, et al. (2012) concluíram em seu estudo que o treinamento resistido melhora a funcionalidade do idoso, evitando lesões, doenças, gerando força e massa muscular. A manutenção de bons níveis de capacidades físicas, para Ferreira e Gobbi (2003) é fundamental para proporcionar uma capacidade funcional adequada aos indivíduos, pois, com a prática regular de atividades físicas o idoso pode melhorar ou manter bons níveis de capacidade cardiorrespiratória, flexibilidade, coordenação, resistência de força e agilidade . Os autores Paiva et al, 2012, destacam também que a 5 agilidade, em conjunto com as demais capacidades físicas, proporciona uma maior independência do indivíduo na terceira idade, contribuindo assim para evitar os efeitos negativos de uma dependência física. Podemos observar então, através de vários estudos epidemiológicos que a prática contínua de exercícios físicos, tem gerado inúmeros benefício como a melhora na mobilidade funcional, postura, manutenção e/ou ganho de massa magra, contribuindo na qualidade e expectativa de vida, bem como suas relações sociais, gerando bem estar psíquico. O treinamento resistido surge como uma aliada na prevenção de doenças, e uma estratégia não medicamentosa, pois contribui para o ganho na qualidade de vida com envelhecimento ativo e saudável. (SANTOS, NETO, 2017) Diante dos aspectos supracitados que apresentam o declínio da força muscular, comprometendo seu equilíbrio e qualidade de vida, este estudo tem como objetivo encontrar subsídios teóricos que justifiquem a prática de treinamento resistido como atividade eficaz no ganho de força em idosos. 6 OBJETIVOS GERAIS: - Verificar a influência da prática de treinamento resistido no ganho de massa muscular. OBJETIVOS ESPECÍFICOS: - Analisar através de revisão literária, estudos que comprovem a eficiência dos exercícios físicos como prevenção para sarcopenia e ganho de força. 7 JUSTIFICATIVA: Com o aumento da longevidade da população, faz-se necessário um maior conhecimento e atenção aos declínios apresentados ao longo da idade e a inatividade física que pode agravar ainda mais na qualidade de vida dos idosos. Este estudo se justifica por aprofundar os conhecimentos e demonstrar através da revisão de estudos epidemiológicos os benefícios no ganho ou manutençãoda massa muscular através da prática de exercícios resistidos. 8 MATERIAIS E MÉTODOS Foi realizada uma revisão literária de estudos que se referem ao tema, buscando nas bases de dados Pub Med, Scielo e Google Acadêmico e periódicos. Foram selecionados artigos do ano de 1988 até 2017, sendo considerados pelos autores, aqueles que relacionavam os benefícios do exercício resistido na terceira idade principalmente no ganho de massa muscular. 9 CAUSAS DA SARCOPENIA Sabemos então que redução de massa muscular está associada ao processo de envelhecimento, processo este denominado de sarcopenia. As propriedades musculares se alteram com o avançar da idade, além da perda de massa muscular ocorre também uma redução na qualidade tecidual como, por exemplo, a substituição de fibras musculares por gordura. (FLECK e KRAEMER, 2017) Porém, alguns estudos epidemiológicos sugerem que a redução da massa muscular, além do fator envelhecimento, pode estar ligada a outros processoscomo a degradação neuromuscular, redução dos hormônios anabólicos, deficiência nutricional, sedentarismo e respostas inflamatórias aumentadas. (PÍCOLI ET AL, 2011) Essas alterações podem se apresentar até mesmo em idosos fisicamente ativos, mas comparados com idosos sedentários, os ativos apresentaram menor declínio de suas funções motoras e massa muscular. (MATSUDO, MATSUDO e BARROS NETO, 2000) A sarcopenia tende a gerar uma debilidade muscular, causando perda de equilíbrio e agilidade, com isso frequentes quedas, fraturas, internações, causando dependência e alguns casos até risco de morte. (ZAZÁ e CHAGAS, 2012) Uma das consequências do envelhecimento é a tendência a diminuição das atividades diárias, com isso levando ao sedentarismo. No Brasil, os dados de indivíduos sedentários são bem elevados, principalmente entre idosos, acarretando prejuízos a saúde e alta demanda de gastos na economia do país. (SIQUEIRA ET AL, 2008) Segundo Lacourt e Marini (2005) um grande número de indivíduos acima de 55 anos tem dificuldades para caminhar uma curta distância ou até mesmo levantar um peso acima de 11 kg, as autoras relatam também que esse grau de incapacidade aumenta com o avançar da idade, tornando-os cada vez mais dependentes. Em contrapartida surgem os exercícios físicos para tornar a qualidade de vida da população mais saudável e principalmente para os idosos como ferramenta na prevenção e ganho de massa muscular, dando maior autonomia e prazer para exercer suas atividades diárias. O treinamento de força é uma alternativa não farmacológica para a diminuição dos impactos de vários aspectos atribuídos ao envelhecimento humano, principalmente no tratamento da sarcopenia. (LANDI ET AL, 2014) 10 Cada vez mais surgem estudos comprovando os benefícios da prática de exercícios físicos, como a musculação, praticados desde cedo, atuando na prevenção de doenças, dentre elas a sarcopenia. (MAIOR, 2008) BENEFÍCIOS DO TREINAMENTO RESISTIDO EM IDOSOS A literatura nos diz que os resultados sobre o ganho de massa e força muscular são satisfatórios com a prática regular de exercícios, principalmente em treinamento de resistência. Porém ainda se questiona sobre os reais benefícios que a modalidade possa causar agindo na degeneração músculo esquelética durante o processo de envelhecimento. Por tanto, esta é uma revisão sobre os principais artigos para o esclarecimento cientifico sobre o tema. É importante começar entendo como é gerado o ganho de massa muscular em um protocolo de treino de hipertrofia. Freibeger, Sieber e Pfeifer (2011), relatam que será necessário o envolvimento de diversos outros fatores, desde as características do treinamento físico executado, dieta adequada, descanso apropriado, mínimo de 6 horas de sono, status hormonal e meio ambiente. Corroborando com essa mesma tese o estudo de Galvão e Taaffe (2005) comparam a variação no volume de exercícios de resistência para determinar a resposta física e muscular. A pesquisa contou com 32 participantes, sendo 20 homens e 12 mulheres entre 65 a 78 anos, onde os mesmos permaneceram durante 20 semanas com treinamento de resistência progressiva composto por 7 exercícios para os grandes grupos musculares, tanto superiores como inferiores, com o máximo de 8 repetições (RM) e periodicidade de treino duas vezes na semana. Os praticantes foram divididos em 10 homens e 6 mulheres para cada grupo, onde uma parte da amostra executaria apenas um exercício por grupo muscular e os outros fariam três exercícios em sequência para um único grupamento muscular. Todos receberam instruções para que seguissem um padrão alimentar habitual e manter as atividades diárias. Os resultados mostraram que ambos obtiveram ganhos tanto em força isotônica muscular como em resistência, porém os ganhos do grupo que realizou treinamento tri- set foram maiores. Concluindo que para início de um programa de treinamento seria 11 interessante utilizar o modo tri-set para uma reserva maior e seguir a manutenção com programas de série única. Outro achado que mostra a eficiência do treinamento de resistência é o de Strasser et al (2009), onde comparam em seu estudo o efeito de treinamento de força e treinamento de resistência. O estudo contou com uma amostra aleatória de quarenta e dois participantes saudáveis com idade entre 75 e 76 anos para o grupo que ficaria nos exercícios de um ciclo ergômetro e adultos entre 74 e 75 anos para o treinamento de resistência durante seis meses. Como resultados o grupo de treinamento de resistência mostrou-se mais eficaz no ganho de massa e força muscular, e o treino de força superior para manter e melhorar a resistência aeróbica no máximo da potência. Os autores sugerem que um programa adequado e equilibrado seria o desenvolvimento de ambos com regularidade de no mínimo três vezes na semana. Em um estudo comparativo dos efeitos do treinamento com exercícios resistidos e hidroginástica, as autoras Bêta et al (2016) utilizam uma amostra de vinte indivíduos de ambos os sexos, com média de idade de 65 anos, todos praticantes ativos há mais de um ano, foram excluídos do programa indivíduos com limitações de movimento devido alguma patologia. O procedimento da coleta de dados se deu com a divisão dos grupos sendo um destinado para a hidroginástica com três sessões por semana, duração de 50 minutos e execução de 10 a 15 exercícios para o corpo todo com um máximo de 20 repetições. Além de trabalharem lateralidade, consciência corporal e a flexibilidade. No grupo de treinamento de força era realizado em três sessões semanais, com duração de 60 minutos por sessão. O programa de treinamento era composto por exercícios básicos da musculação tanto para os grandes grupos musculares inferiores como superiores. Iniciava com um aeróbico de caminhada e corridas dentro d’água e alternava com exercícios como desenvolvimento de ombros com halteres, flexão e extensão de cotovelos, adução e abdução de ombros e para membros superiores, era realizado séries de flexão, adução e abdução de quadril, flexão e extensão de joelhos e alongamento passivo para o todo o corpo ao final da sessão. Os resultados não tiveram grandes diferenças estatísticas, considerando ambas as práticas favoráveis para a melhoria na autonomia dos indivíduos idosos. Porém devemos rever as considerações diante da classe social de uma comunidade, onde nem todos têm acesso ou condições financeiras para frequentar uma hidroginástica. 12 Ainda há um estigma muito grande relacionado a indicação de treinamento de hipertrofia para idosos na área medica, pelo risco que poderia oferecer para indivíduos cardiopatas e hipertensos. Durante muito tempo o mais comum era a recomendação decaminhadas e ao longo do tempo foi surgindo a hidroginástica, como uma alternativa de atividade física de menor risco de lesões, devido ao menor atrito por ser em meio aquático. Porém, hoje podemos ter acesso a vários estudos que comprovam a eficácia e segurança que o treinamento resistido oferece inclusive para pacientes acometidos com as mais diversas patologias. (PAULA, CUNHA & TUFAMIN, 2014; QUEIROZ, KANEGUSUKU, & FORJAZ, 2010; ACMS, 2009). 13 PROTOCOLO DE TREINAMENTO Para elaborar um programa de exercícios de hipertrofia em idosos, é importante ter o cuidado de adotar precauções e respeitar as limitações e indicações médicas. Porém, não quer dizer que o treinamento não tenha intensidade, acreditando que esses indivíduos pelo fator idade sejam frágeis. (FLECK e KRAEMER, 2009). Estes mesmos autores afirmam que independentemente da idade, qualquer indivíduo pode se beneficiar com a realização de um programa de exercícios resistidos, desde que estes estejam corretamente elaborados, respeitando as inúmeras variáveis como a nutrição e o nível de atividade física, passiveis de serem modificadas, melhorando as capacidades funcionais. Corroborando com esta tese o estudo de Serra-Rexach et. al, 2011, trouxeram resultado de aumento na capacidade de 17% na capacidade de 6-7RM no leg press e uma redução significativa nas quedas. Nesta mesma linha Frontera et. al, 1988, com um grupo de homens idosos sedentários (60-72 anos) mostraram ganhos substanciais na força (superiores a 200% em 1RM) e ganhos na hipertrofia muscular com treinamento de maior intensidade (três series de oito repetições a 80% de 1RM, três dias por semana, ao longo de duas semanas). Silva e Farinatti (2007) em uma revisão de estudos, investigando as diferentes variáveis de treinamento concluíram que a grande maioria dos autores confirmam que cargas mais altas produzem maior resultado no ganho de força nessa faixa etária. As autoras definem que é necessário também considerar outras associações de variáveis ao treinamento, e maiores estudos referentes. Pinheiro et al, 2017, em uma revisão de estudos sugerem que para o ganho de força, o treinamento deve ter protocolos em média com 12 semanas de treinamento, com frequencia de duas a três vezes por semana, que apresentem cinco exercícios realizados em três séries de oito a 12 repetições e cargas superiores a 60%1RM para que ocorra a hipertrofia muscular. O presente estudo traz como temática os efeitos do treinamento resistido em idosos no ganho de força, sendo este da área de concentração, Grupos Especiais, escolhido para ser o tema de projeto de estágio. Baseado em toda literatura e amplo conhecimento adquirido após a revisão de artigos com embasamento cientifico, foi 14 elaborado um programa de treinamento de resistência com objetivo de hipertrofia e ganho de força. Para elaboração do programa de treinamento foi pedido uma avaliação médica, e elaborado um questionário (anamnese) a fim de saber histórico clínico e patologias que possam interferir no treinamento. Em conjunto foram feitos uma bateria de testes físico/funcionais, permitindo ter um maior conhecimento das disfunções e limitações físicas passíveis de serem trabalhadas no indivíduo. O treinamento foi estruturado conforme as indicações do ACSM (American College of Sports Medicine, 2009), com uma periodicidade de execução de três vezes na semana, sessões de oito a dez exercícios, e repetições de oito a doze em cada série, intensidade de 50% a 85% de 1RM, podendo cada exercício ser composto por três séries. A duração do treino não deve exceder 60 minutos e respeitar uma pausa de 1min a 2min entre as séries. O treino foi individualizado de acordo com as indicações de Fleck e Kraemer, 2017, pois é necessário levar em conta as variações na capacidade funcional de cada um, independentemente da idade. Programa prescrito de exercícios de força para os voluntários estudados: EXERCÍCIOS SÉRIE REPETIÇÕES RM REPETIÇÕES PAUSA Cadeira extensora 3 8-12 1 Remada sentado 3 8-12 1 Agachamento com peso corporal 3 8-12 1 Supino reto 3 8-12 1 Cadeira flexora 3 8-12 1 Rotação lateral (manguito rotador) 3 8-12 1 Panturrilhas em pé 3 8-12 1 Pulley tríceps 3 8-12 1 Flexão de tronco no chão (abdômen) 3 8-12 1 Rosca direta 3 8-12 1 Fonte: Aguiar et al, 2014. Avaliação da influência do treinamento resistido de força em idosos.Revista Kairós Gerontologia, 17(3), 15 O protocolo de treino foi executado por indivíduos iniciantes, com idade média de 60 a 72 anos. O treino foi estruturado de acordo com a revisão de estudos de Raso (2003), tendo como base os principais achados com comprovada eficácia, sendo assim deu-se início a um programa de exercícios, iniciado por um aquecimento com aeróbico e logo após uma série de alongamentos. Durante a primeira semana o objetivo era permitir uma adaptação ao treino,sendo a execução dos exercícios iniciada com 50% de 1RM, com séries de 1 a 3 exercícios para os grandes grupos musculares e de 3 a 5 para os pequenos grupos musculares. Conforme adaptação houve uma progressão nas variáveis de treino, como volume e intensidade, sendo utilizado em torno de 80% de 1RM para resultados significantes no ganho de massa magra, conforme dados científicos que corroboram com estes resultados, quanto maior a carga e associação de diferentes variáveis, mais proporcionam incremento significativamente no ganho de força em idosos. (SILVA E FARINATTI, 2007) 16 CONCLUSÃO: As alterações fisiológicas ao longo dos anos são inevitáveis, porém é possível retardar os efeitos que causam danos à saúde, mantendo um estilo de vida saudável e ativo. Um dos efeitos causados pelo envelhecimento, somado a inatividade que esta fase tende a ter, é a sarcopenia, definido como perda de força muscular, degeneração musculoesquelética, resultando na perda das capacidades funcionais, que podem ter o efeito minimizado com a prática regular de exercícios. Através desta revisão conclui-se que é possível obter benefícios no ganho de massa magra com um programa de treinamento de exercícios resistidos aliados a intensidade e diferentes variáveis associadas, contribuindo na qualidade de vida e autonomia para esta população. O treino de exercícios resistidos se mostrou eficaz e seguro até mesmo em idosos portadores de diferentes patologias clínicas, em ambos os sexos e diferentes faixas etárias. 17 REFERÊNCIAS: 1. ACMS (American College of Sports Medicine) (Position Stand). Exercise and physical activity for older adults. Medicine and Science in Sports and Exercise, v. 47, n 7, 2009. 2. FERREIRA, Leandro; GOBBI, Sebastião. Agilidade geral e agilidade de membros superiores em mulheres de terceira idade treinadas e não treinadas. Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano. Volume 5, número 01, 2003, p.46-53. 3. FERNANDES, Ana; FERREIRA,José; STOLT, Lígia; BRITO,Eduardo; CLEMENTINO, Adriana; SOUZA, Núbia.Efeitos da prática de exercício físico sobre o desempenho da marcha e da mobilidade funcional em idosos.Fisioter. Mov., Curitiba, v. 25, n. 4, p. 822, out./dez. 2012. 4. FIDELIS, Luiza; PATRIZZI, Lislei; WALSH, Isabel. “Influência da prática de exercícios físicos sobre a flexibilidade, força muscular manual e mobilidade funcional em idosos,” Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, vol. 16, 2013. 5. FLECK, Steven; KRAEMER, Willian. Fundamentos do Treinamento de Força Muscular. 4ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2017. idoc.pub 6. FRONTERA, Walter;MEREDITH, Carol, O’REILLY, Kevin., KNUTTGEN, Howard, and EVANS, William Junior, 1988. Strengthconditioning in oldermen: Skeletalmusclehypertrophyandimprovedfunction. JournalofAppliedPhysiology 64. 7. GALVÃO, Daniel; TAAFFE, Dennis. Resistance exercise dosage in olderadults: Single- versus multiset effectson physical performance and body composition. J AmGeriatrSoc 2005; 53(12). 8. IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Número de idosos cresce 18% em 5 anos e ultrapassa 30 milhões em 2017. [acesso em 05 out. 2020] 9. MAIOR, A. S. Fisiologia dos exercícios resistidos. São Paulo. Phorte Editora, 2008 10. MATSUDO, Sandra; MATSUDO, Victor; NETO, Turíbio. Impacto do envelhecimento nas variáveis antropométricas, neuromotoras e metabólicas da aptidão física. Revista Brasileira de Ciências do Movimento. São Paulo. v.8 n.4, set. 2000, p. 21-32. 11. NOBREGA, Antônio; FREITAS, Elizabete; OLIVEIRA, Marcos; LEITÃO, Marcelo; LAZZOLI, JOSÉ; NAHAS, Ricardo; BAPTISTA, Claudio; DRUMMOND, Félix; REZENDE, Luciano; PEREIRA, Josbel; Maurílio; RADOMINSKI, Rosana; LEITE, Neiva; THIELE, Edilson; PINTO, 18 HERNANDEZ, Arnaldo; ARAUJO, Claudio; TEIXEIRA, Jose; BORGES, Tales; ROSE, Eduardo. Posicionamento oficial da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte e da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia: atividade física e saúde no idoso. RevBrasMed Esporte, 1999, p:207 12. PAIVA, Thais; SANTOS, Cleiton; SILVA, Eliane; SILVA, Elaine; SILVA Kauê; BORRAGINE, Solange. Exercício resistido e a saúde do idoso. EFDeportes.com. Revista Digital. Buenos Aires, v. 17, n. 167, p. 1-1, abril/2012. 13. PAULA, Carolina; CUNHA, Rafael; TUFAMIN, Andréa. Análise do impacto do treinamento resistido no perfil lipídico de idosos. R. Bras. Ci. E Mov., 22(1) 14. PICOLÍ, Tatiane; FIGUEIREDO, Larissa; PATRIZZI, Lislei. Sarcopenia e Envelhecimento. Fisioter. mov. (Impr.) vol.24 no.3 Curitiba July/ Sept.2011. 15. PINHEIRO, Hudson; PEREIRA, Leonardo; SANTANA, Frederico; Aline ALVES,Aline; FACHIN-MARTINS, Emerson; KARNIKOWSKI, Margô;MENEZES,Ruth. Treinamento de resistência para hipertrofia muscular em idosos. Fisioterapia Brasil 2018, 18 (1). 16. RASO, Vagner. Análise meta-analítica preliminar dos programas de exercícios com pesos para pessoas idosas saudáveis. Revista Brasileira de Ciências e Movimento.Brasília. v. 11. n. 1. jan. 2003. 17. SANTOS, Socorro; SILVA NETO, Vicente. Treinamento resistido para idosos: revisão de literatura. Cinergis 2017; 18(2): p. 151. 18. SILVA, Nádia; FARINATTI,Paulo. Influência de variáveis do treinamento contra resistência sobre a força muscular de idosos: uma revisão sistemática com ênfase nas relações dose-resposta. Rev. Bras Med Esporte [online]. 2007, vol.13, n.1 19. SERRA-REXACH, Jose. A; BUSTAMANTE-ARA, Natalia., VILLARÁN, Margarita;GIL,Pedro; SANZ,Ibáñez;BLANCO,Sanz;ORTEGA,Santamaría;, SANZ, Natalia; MARÍN, Prada; Ana;GALLARDO, Cristian; ROMO, Gabriel; RUIZ, Jonatan; LUCIA, Alejandro, 2011. Short-term, lightmoderateintensityexercise training improves leg musclestrength in theoldestold: A randomizedcontrolledtrial. Journalofthe American Geriatric Society 59: 594-602 20. SIQUEIRA, Fernando; FACHINI, Luiz Augusto; PICCINI, Roberto; TOMASI, Elaine; THUMÉ, Elaine; SILVEIRA, Denise; HALLAL, Pedro. Atividade física em adultos e idosos residentes em áreas de abrangência de unidades básicas de saúde de municípios das regiões Sul e Nordeste do Brasil. Cadernos de Saúde Pública. Rio de Janeiro. v. 24, n. 1, jan. 2008. 21. ZAZÁ, Daniela; CHAGAS, Heleno. Educação Física: atenção à saúde do idoso. Belo Horizonte: Nescon/UFMG, 2011. Disponível em: http://ares.unasus.gov.br/acervo/handle/ARES/99 Acesso em: 02 nov 2020. 19 22. STRASSER,Barbara; KEINRAD, Markus, HABER,Paul; SCHOBERSBERGER,Wolfgang. Efficacy of Systematic endurance and resistance training on muscle strength and endurance performance in elderly adults: a randomized controlled trial. Wien klinWochenschr 2009; 121. 23. QUEIROZ, Andréia; KANEGUSUKU, Hélcio e FORJAZ, Cláudia. (2009). Effects of resistance training on blood pressure in the elderly. Arq.Bras.Cardiol.Jul., 95(1).
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