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SACORPENIA EM IDOSOS

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6
Análise do treinamento de força como fator de melhora
da sarcopenia em idosos
Adriana Cravo do Amaral¹
Patrick Ronconi de Andrade¹ 
Samara Correia Mata¹
Lilian Maciel Caldas Machado²
Walquiria Barroso Geraldo3
RESUMO
Por mais de vinte séculos, a perda da massa muscular (sarcopenia) que ocorre com a velhice têm sido uma preocupação predominante da humanidade. Há muito tempo o exercício físico é sugerido como um tratamento para combater a sarcopenia, pois exerce efeito nos sistemas nervosos e musculares, nas adaptações fisiológicas e funcionais positivas, como por exemplo, aumento da força muscular. Por mais de duas décadas, os cientistas reconheceram o profundo papel que o treinamento progressivo com exercícios resistidos pode ter no aumento da força muscular, tamanho muscular e capacidade funcional em idosos. Para o desenvolvimento deste trabalho de conclusão de curso, foram usados 5 (cinco) artigos científicos encontrados na PubMed e Scielo, após a análise dos dados foi possível perceber a importância do treinamento de força para a melhoria da eficiência física dos idosos, bem como melhoria nos índices corporal dos mesmos. Discutimos como o treinamento com exercícios de resistência pode ser usado no tratamento e prevenção de sarcopenia. Primeiro, fornecemos uma visão geral das evidências para essa noção e destacamos certos fatores críticos, como, intensidade, volume e progressão do exercício, que são essenciais para otimizar a prescrição do exercício resistido. Em seguida, destacamos alguns dos programas de exercícios comumente prescritos para idosos não só as melhores práticas e, subseqüentemente, apresentamos diretrizes fáceis de ler para um programa abrangente de treinamento de exercícios resistidos, projetado para o manejo e prevenção da sarcopenia.
PALAVRAS-CHAVE: Sarcopenia; Músculo; Força; Fraqueza; Envelhecimento.
ABSTRACT
For more than twenty centuries, the decrease in muscle mass (sarcopenia) that occurs with old age has been a predominant concern of mankind. Physical exercise has long been suggested as a treatment to combat sarcopenia, as it has an effect on nervous and muscular systems, on positive physiological and functional adaptations, such as increased muscle strength. For more than two decades, scientists have recognized the profound role that progressive resistance exercise training can play in increasing muscle strength, muscle size and functional capacity in the elderly. For the development of this completion of course work, 5 (five) scientific articles found in PubMed and Scielo were used. After analyzing the data, it was possible to perceive the importance of strength training for improving the physical efficiency of the elderly, as well as improving their body indexes. . We discussed how resistance training can be used to treat and prevent sarcopenia. First, we provide an overview of the evidence for this notion and highlight certain critical factors, such as intensity, volume and exercise progression, that are essential to optimize the resistance exercise prescription. Next, we highlight some of the exercise programs commonly prescribed for the elderly not only best practices and subsequently present easy-to-read guidelines for a comprehensive resistance training program designed for the management and prevention of sarcopenia.
KEYWORDS: Sarcopenia; Muscle; Force; Weakness; Aging.
1 - INTRODUÇÃO	
Por mais de vinte séculos, a perda da massa muscular e a fraqueza que ocorrem com a velhice têm sido uma preocupação predominante da humanidade. Como na revisão de Assumpção et al. (2008), os gregos clássicos (séculos IV e V a.C.) detestavam os efeitos degradantes do envelhecimento em seus corpos e consideravam uma doença crônica, incurável e progressiva. No entanto, no século I a.C. e no século I d.C., a perspectiva sobre fragilidade física e envelhecimento começou a mudar à medida que Cícero e outros começaram a ver o envelhecimento não como uma doença irreversível, mas como uma condição modificável. De fato, em seu 'Ensaio sobre a velhice', em 44 a.C., Cícero argumenta que é nosso dever resistir à velhice, compensar seus efeitos, lutar contra ela, e como combateríamos uma doença, adotar um regime de saúde, praticar exercício moderado, comer e beber o necessário para restaurar nossa força. 
Embora a sugestão de Cícero de usar o exercício para combater a perda e a fraqueza muscular fosse lógica, ela não ganhou força nas comunidades científicas e médicas até o final do século XX. Em particular, uma série de estudos de referência publicados no início dos anos 90 por Freitas (2005) destacou o papel que o treinamento progressivo com exercício resistido pode ter no aumento da força muscular, tamanho muscular e capacidade funcional em idosos. Por exemplo, o primeiro desses estudos demonstrou que os nonagenários institucionalizados (ou seja, indivíduos de 90 a 99 anos) foram capazes de aumentar sua força muscular, em média, surpreendentes 174%, sua área muscular na coxa 9,0% e sua velocidade de marcha 48% com 8 semanas de exercício resistido progressivo de alta intensidade (MOTA, 2011). No início do século XXI, sabia-se que os tipos de fibras musculares de idosos eram capazes de hipertrofia (aumento de aproximadamente 30% no tamanho com 16 semanas de exercício resistido de alta intensidade), fazer a transição do tipo de fibra (das fibras do tipo IIB para o IIA), e tinha a capacidade de incorporar novos núcleos nas fibras (FRANCO et al., 2017). Essas adaptações são comparáveis ​​às observadas em indivíduos mais jovens, sugerindo que o músculo dos adultos mais velhos não se limita em sua capacidade de adaptação. Cerca de duas décadas depois, agora existem evidências indicando que o exercício resistido de alta intensidade, quando associado a outras intervenções multidisciplinares direcionadas, resulta em menor mortalidade, internações em lares de idosos e incapacidade em comparação com os cuidados usuais após fratura de quadril (BESSA et al., 2009).
O Estatuto Nacional do Idoso - Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003 define o idoso como uma pessoa que possui 60 anos ou mais. No entanto para a organização mundial de saúde a idade cronológica não é um marcador preciso para as mudanças que acompanham o envelhecimento, estado de saúde, participação e níveis de independência entre pessoas que possuem a mesma idade (BRASIL, 2003).
Determinar o início da velhice é uma tarefa complexa porque é difícil a generalização em relação à velhice, e há distinções significativas entre diferentes tipos de idosos e velhices. A idade é um fato pré-determinado, mas o tratamento dado aos anos depende das características da pessoa. Assim, torna-se difícil saber que critérios utilizar para se definir o início da velhice, pois os aspectos que caracterizam este período são questões ainda controversas que provocam inúmeras discussões entre os profissionais, atraindo a atenção de estudiosos (PIERINI et al., 2009, p.6-18).
No que se refere aos idosos Franco et al. (2017), enfatiza que as pessoas idosas estão socialmente mais visíveis no cotidiano e no espaço público, sobretudo como resposta existencial geracional à própria dinâmica da sociedade contemporânea. Raso (2007) enfatiza que o envelhecimento não é sinônimo de incapacidades funcionais, psíquicas e emocionais, este pode ser encarado como mais um período da vida e, portanto, passível de aprendizado, adaptações, ganhos e principalmente uma busca constante da qualidade de vida.
O envelhecimento é uma função genética, mas também é influenciado pelos padrões de atividade física. O problema mais grave ao envelhecer, além das patologias, são as síndromes de uso que podem afetar muitos sistemas fisiológicos, a forma e a função do corpo humano. Melhoras nos sistemas muscular, ósseo, imunológico, endócrino e cardiovascular podem ser obtidas por meio de programas de condicionamento apropriadamente prescritos e progressivos (STRAUB et al., 2010, p.230).
A sarcopenia está ligada a um maior risco de sofrer acidentes, quedas e mesmo umamorte precoce Silva et al. (2006), afirmam que a sarcopenia decorre da interação de distúrbios da redução dos motos neurônios, que são acelerados pela grande quantidade de fármacos ingeridos pelos idosos. Ocorre uma diminuição da atividade física, conseqüentemente uma redução de hormônios e um aumento de mediadores inflamatórios, bem como alterações da ingestão protéicas - calórico que ocorre durante o envelhecimento. A sarcopenia é uma das variáveis usadas para definir a síndrome da fragilidade, que geralmente acomete a população idosa. A inatividade física é um fator que contribui de forma significativa para sarcopenia. 
Para que seja possível obter um diagnóstico da sarcopenia em idosos é importante estar atento ao fato de que além da mensuração da massa muscular é necessária a mensuração da força muscular e do desempenho físico (MARTINEZ et al., 2014).
Com relação aos fatores fisiológicos do envelhecimento trata-se de uma série de alterações nas funções orgânicas devido exclusivamente aos efeitos da idade avançada sobre o organismo, fazendo com que o mesmo perca a capacidade de manter o equilíbrio homeostático e que todas as funções fisiológicas gradualmente comecem a declinar (STRAUB et al., 2010).
Com relação ao conceito de treinamento de força, Simão (2016), define o mesmo como sendo um treinamento com pesos que com o passar do tempo tornou popular tendo em vista que melhora a aptidão física do indivíduo, sendo excelente para o condicionamento de atletas. O treinamento de força pode produzir as alterações na composição corporal, na força, na hipertrofia muscular e no desempenho motor que muitos indivíduos desejam (RASO, 2007).
A realização de atividades físicas pelos idosos torna- se um fator importante quando é analisado, como fator de melhora das condições gerais nas atividades de vida diária e auxilia a prevenir doenças, como as do sistema músculo-esquelético e neurológico. De acordo com Ferreira et al. (2017), a atividade mais indicada é o treinamento de força, com essa atividade física é possível devolver em dois anos a força que foi perdida em até 20 anos de sedentarismo.
Níveis suficientes de práticas corporais na rotina diária dos idosos representam uma melhor qualidade de vida e longevidade: Percebe-se, então, que a manutenção da independência física é algo fundamental para a saúde dos idosos, sendo as práticas corporais executadas regularmente uma das mais importantes estratégias para sua preservação (SANTARÉM et al., 2008).
Os exercícios são geralmente classificados como multiarticulares ou monoarticulares. Exercícios multiarticulares são aqueles em que mais de uma articulação está envolvido no exercício, como o supino e o leg press. Os exercícios monoarticulares são aqueles em que apenas uma articulação está envolvida, como flexão do bíceps e extensões das pernas. Para os idosos, exercícios multiarticulares devem ser incentivados devido à sua relevância funcional (WALLERSTEINS, 2009), embora exercícios monoarticulares não devam necessariamente ser desencorajados. Além disso, as máquinas de exercício resistido (por exemplo, leg press) são recomendadas para o iniciante, pois é necessário menos habilidade ao usar máquinas, e as restrições de movimento das máquinas fornecem maior segurança ao usuário. À medida que um indivíduo progride, exercícios com pesos livres apropriados ao nível de habilidade, status de treinamento e capacidade funcional são razoáveis.
Areosa et al. (2008) registra que o envelhecimento provoca alterações, as quais geralmente reduzem o desempenho e a capacidade orgânica do indivíduo, e Fleck (2006) ressaltam que se trata de um processo complexo que envolve inúmeras variáveis.
O envelhecimento, segundo Areosa et al. (2008), se manifestam de forma ímpar nas esferas fisiológica, cognitiva e psicológica da pessoa, sendo que em nível fisiológico ocorrem muitas alterações no organismo tais como progressiva atrofia muscular, fraqueza funcional, descalcificação óssea, aumento da espessura da parede de vasos, aumento do nível de gordura, diminuição da capacidade coordenativa, entre outros.
O objetivo deste TCC é apresentar uma breve análise referente ao treinamento de força como melhoria da condição física dos idosos. Bem como mostrar a eficiência das atividades físicas como um instrumento que pode ser usado para promover uma melhoria na condição física dos idosos.
2 - MATERIAIS E MÉTODOS
Trata-se de uma pesquisa baseada em uma análise descritiva dos referenciais bibliográficos publicados no formato de artigos e em revistas, disponíveis na base de dados da PubMed e Scielo, considerando as palavras chave: Sarcopenia; Músculo; Força; Fraqueza; Envelhecimento. 
Durante a pesquisa foram encontrados 163 artigos com as palavras-chaves pesquisadas, no entanto foram excluídas as publicações com mais de quinze anos, destes foram selecionados 5 (cinco) artigos.
Os critérios de exclusão estão baseados nos artigos publicados cujos conteúdos estejam incompletos e informações sem base teórica. Sendo assim, segue a tabela abaixo com a descrição dos estudos.
Tabela 1- Caracterização do Estudo
	ESTUDO
	CARACTERÍSTICAS DA AMOSTRA
	VARIÁVEIS DE ANÁLISE
	TIPO DE ESTUDO
	TIPO DE INTERVENÇÃO
	INSTRUMENTOS DE MEDIDA
	PRINCIPAIS RESULTADOS
	1- 
Igna Luciara Rafaelii Albino et al.,
2012
	Tema: Influência do treinamento de força muscular e de flexibilidade articular sobre o equilíbrio corporal em idosas.
A amostra foi composta por 22 mulheres, de 60 a 75 anos, participantes de dois programas de atividade física.
	 Realizar um programa de flexibilidade, no qual o equilíbrio foi avaliado antes e após o período de treinamento.
	Pesquisa bibliográfica de aspecto descritivo de artigos científicos
	Treinamentos de força e flexibilidade articular.
11 semanas, 2 sessões semanais por 1h a 1:30h.
	Teste de mensuração do equilíbrio corporal - Escala de Equilíbrio de Berg.
	Constatou-se que os dois treinamentos produziram melhoras nos índices de equilíbrio corporal de idosas, o que provavelmente poderá influenciar na redução da incidência de quedas e da perda da independência física. 
	2- 
Luiz Fernando Ferreira et al., 2017
	Os Efeitos de modelos de treinamento de força e cardiorrespiratório sobre a sarcopenia em idosos treinados.
	Indivíduos com idade igual ou superior a 60 anos foram avaliados quanto à presença de sarcopenia, segundo recomendações do European Working Groupon Sarcopenia in Older People.
	Pesquisa bibliográfica de aspecto descritivo de artigos científicos
	Comparar a presença da sarcopenia entre idosos sedentários e ativos, praticantes de diferentes modelos de treinamento físico.
	O estudo seguiu as recomendações do European Working Group on Sarcopenia in Older People.
	Todos os idosos, independentemente de estarem inseridos em um programa de treinamento ou não, apresentaram índices abaixo dos pontos de corte propostos pelo EWGSOP.
	3-
Márcio Danni et al., 2017
	Tema: o efeito de programas de exercícios em indivíduos idosos com sarcopenia.
	Analisar o efeito da intervenção de programas de exercícios na massa muscular.
	Pesquisa descritiva quantitativa 
	Programa de exercício com intensidade moderada à alta (igual ou maior a 60% da capacidade máxima)
	Análise de ensaios clínicos comparando idosos sarcopênicos em grupo submetido a um programa de exercício
	Aumento de massa muscular em 22 grupos de intervenção com programas de exercícios físicos. Especificamente, foi observado um aumento relativo da massa muscular nos idosos participantes das intervenções.
	4-
Daniela Filócomo Bernard et al., 2008
	Tema: Tratamento da sarcopenica através do exercício de força na prevenção de quedas em idosos: Revisão de literatura.
	Relação entre as quedas dos idosos e o uso da sarcopenia como uma forma de forma de prevenir as quedas. 
	Revisão sistemática nas bases de dados BIREME, SCIELO e Biblioteca central da UNICAMP.
	Evidenciar a relevância do Treinamento de Força para minimizar os efeitos da sarcopenia como fator de risco de quedas em idosos
	Alta intensidade de treinamento com cargaacima de 
75% de 1RM para ganho efetivo de força e massa muscular.
	De acordo com a literatura revisada ficou efetivo para o ganho de força o uso da alta intensidade. O treinamento de força interfere de forma positiva sobre os fatores causais da queda. 
	5-
Lilian França Wallersteins, 2009
	Influência dos treinamentos de força e de potencia nas adaptações neurais, morfológicas e na funcionalidade em idosos. 
	Aumento de 42,7% em GF, 33,8%em GP, teste de 1 RM (leg press) , aumento de 6% em GF e 3,6% em GP na ASTq, aumento de 22,4% em GF e 17,1% em GP na CVIM e uma diminuição de 28% em GF e 32% em GP no REM.
	Pesquisa descritiva qualitativa.
	Duas sessões de treino semanal. Variando entre 70 a 90% de 1RM
	Análise dos dados através de revisão sistemática a fim de identificar, descrever e analisar o efeito do treinamento de força na terceira idade.
	Não houve alteração significativa na funcionalidade. TF e TP são similares em relação às adaptações analisadas, equiparando-se como estratégias de treinamento eficazes no combate a sarcopenia.
	
3 - RESULTADOS 
Foi observado crescente incremento da força muscular de membros inferiores e superiores com o avançar da idade nos estudos relacionadas na Tabela 1 e significativa diminuição da força muscular em todos os segmentos avaliados quando comparados no mesmo estudo. Observou-se importante variação entre as 22 mulheres participantes nos estudos, força muscular dos segmentos avaliados e a idade.
Observou-se também diferença significativa (5% de significância), em pelo menos um grupo, para as variáveis FMId (p = 0,02), PPd (p = 0,01), Pd (p = 0,04), Pe (p = 0,01), FAb (p = 0,001), sendo consideradas estatisticamente iguais às variáveis FMIe (p = 0,09), EMIe (p = 0,2), EMId (p = 0,06), PPe (p = 0,2) entre o grupo avaliado.
4 – DISCUSSÃO 
Com relação ao primeiro artigo publicado Albino et al. (2012) foi realizado uma amostra composta por 22 mulheres, de 60 a 75 anos, participantes de dois programas de atividade física. Sendo que 7 idosas participaram do programa de força e 15 idosas fizeram parte do programa de flexibilidade. Observou-se que o equilíbrio avaliado antes e após o período de treinamento foi a Escala de Berg. Após a realização das atividades, constatou-se que, em ambos os grupos, o equilíbrio se mostrou significativamente maior após os programas de treinamento. Ou seja, pode-se afirmar que as atividades físicas promovem uma melhoria no equilíbrio dos idosos. No grupo que participou do treinamento de força, a média dos pontos pré e pós-treinamento foram de 53 e 55,86, respectivamente. No grupo que participou do treinamento de flexibilidade, as médias dos pontos pré e pós foram 52,47 e 55,47 pontos, respectivamente. Sendo assim os dois treinamentos produziu melhoras nos índices de equilíbrio corporal das idosas, o que provavelmente poderá influenciar na redução da incidência de quedas e da perda da independência física.
O segundo artigo, publicado por Ferreira et al. (2017), realizou um estudo transversal com 387 indivíduos, saudáveis, divididos em três grupos de 129 pessoas. O estudo foi realizado em um tempo maior, 12 semanas. No grupo de força (GF) os indivíduos realizaram atividades físicas com ênfase em força, o grupo aeróbio (GA) os indivíduos realizaram atividades com ênfase cardiorrespiratória e no grupo controle os participantes não realizaram nenhuma atividade física. A prevalência total de sarcopenia foi de 37,4%, sendo 46,8% em GC, 6,6% em GF e 37,3% em GA, sendo assim, o grupo de força teve menor prevalência de idosos com sarcopenia. Pelos dados verificados nas análises, podemos dizer que o treino de força é o mais eficaz para o combate e controle da sarcopenia, quando comparado ao treino aeróbio. Pode-se afirmar que não há diferença em relação a sarcopenia, o idoso estar inserido num programa de treinamento com ênfase aeróbia ou sedentário.
Uma limitação do primeiro artigo em relação ao segundo foi o fato de no primeiro artigo não ter tido um grupo controle.
O terceiro artigo analisado por Danni et al. (2017), foi um artigo de revisão de literatura. Após fazer uma análise de 23 estudos, 22 deles apresentaram um resultado positivo referente ao aumento de massa muscular nos grupos que participaram de intervenção com programas de exercícios físicos. Havendo assim, uma redução da sarcopenia. Nos artigos analisados o período de duração das atividades físicas foi em media de 20 semanas. Os artigos analisados pelo autor confirmaram a importância da intervenção das atividades físicas para o condicionamento da função muscular que tende a ser reduzida durante o processo de envelhecimento. 
O quarto artigo analisado, escrito por Bernard et al. (2008), é um artigo de revisão de literatura, as autoras deixaram evidente em seu artigo a importância das atividades físicas para minimizar os efeitos da sarcopenia, sabendo que a sarcopenia oferece risco de queda para os idosos. Sendo assim observa-se que Daniela e Igna, autora do primeiro artigo, associam as atividades físicas como sendo um recurso na melhoria do equilíbrio dos idosos, visto que os idosos que praticam atividades físicas possuem uma redução significativa nas quedas, sendo assim as atividades físicas promovem melhoria no equilíbrio dos idosos. 
O quinto artigo analisado foi escrito por Wallersteins (2009), 43 idosos com idade entre 63 e 67 anos foram divididos em três grupos, assim, como no artigo publicado por Ferreira et al. (2017), um grupo de idosos ficou no grupo controle, ou seja, não realizaram atividades físicas. O treinamento aconteceu durante 16 semanas. Um grupo de idosos realizou treinamento de força, outro grupo treinamento de potência. Para a autora não houve diferenças significativas na funcionalidade dos idosos, apesar da semelhança das adaptações promovidas por ambos os treinamentos, equiparando-se como estratégias eficazes de treinamento no combate a sarcopenia e seus efeitos. 
Assim, como Ferreira (2017) e Wallersteins (2009) não perceberam diferenças significativas em suas análises, nesse caso, os exercícios que foram usados, o tempo de treinamento deveriam ser revistos porque a maioria dos estudos apresentados tem como resultado uma melhoria no tratamento da sarcopenia, tendo em vista que a prática de atividades físicas tem como resultado ganho de massa muscular.
5 – CONSIDERAÇÕES FINAIS
Assim analiticamente observa-se que, a sarcopenia e a fraqueza muscular associadas ao envelhecimento são comuns nos idosos e podem causar danos significativos à saúde. Ao mesmo tempo, eles são potencialmente reversíveis e relativamente facilmente suscetíveis à terapia. O treinamento de força é um elemento importante na prevenção e tratamento de sarcopenia, podem melhorar significativamente a força muscular em idosos com limitação funcional.
Existem evidências convincentes da eficácia do exercício progressivo de resistência para aumentar a massa e força do músculo entre os idosos. O treinamento resistido tem um efeito favorável em muitos mecanismos associados à prevenção de doenças, promoção da saúde e funcionalidade do idoso.
Portanto, pode-se argumentar que o treinamento resistido pode servir como um método preventivo viável e estratégico para a população idosa. Contudo, as evidências relativas ao exercício de força para reduzir os efeitos de sarcopenia permanecem insuficientes, o que sugere a necessidade de mais pesquisas de campo para elucidar duvidas e tornar fidedignos os trabalhos de treinamento de força. Nesse sentido, é necessário aumentar a conscientização sobre o papel do exercício de força como principal fator terapêutico para melhorar o estado funcional dos idosos que sofrem de sarcopenia.
6 - REFERÊNCIAS 
ALBINO, Igna Luciara Raffaeli; FREITASII, Cíntia de la Rocha; TEIXEIRAIII, Adriane Ribeiro; GONÇALVES, Andréa Krüger; SANTOS, Ana Maria Pujol Vieira dos; BÓS, Ângelo José Gonçalves. Influência do treinamento de força muscular e de flexibilidade articular sobre o equilíbrio corporal em idosas. 2012. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-98232012000100003.Acesso em: 13 mai. 2020. 
AREOSA, Coutinho Sílvia Virgínia; AREOSA, Antônio Luiz. Envelhecimento e dependência: desafios a serem enfrentados. Revista Textos & Contextos Porto Alegre v. 7 n. 1 p. 138-150. jan./jun. 2008.
ASSUMPÇÃO, Cláudio de Oliveira; SOUZA, Thiago Mattos Frota de; FURTADO, Christiano Bertoldo. Treinamento resistido frente ao envelhecimento: uma alternativa viável e eficaz. Anuário da Produção Acadêmica Docente; v. II, n. 3, p. 451-7, 2008.
BESSA, Letícia de Barros R. S.; BARROS, Natália Vieira. Impacto da sarcopenia na funcionalidade de idosos. Disponível em: http://www.eeffto.ufmg.br/biblioteca/1734.pdf. Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte; 2009. Acesso em: 01 jun.2020.
BERNARD, Daniela Filócomo; REIS, Mariana de Almeida Santos; LOPES, Natália Bermejo. O Tratamento da sarcopenica através do exercício de força na prevenção de quedas em idosos: revisão de literatura. Disponível em: http://www.luzimarteixeira.com.br/wp-content/uploads/2011/04/sarcopenia-e-quedas-e-idosos-revisao.pdf. São Paulo, 2008. Acesso em: 01 jun. 2020.	
BRASIL. Presidência da República. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Lei nº 10.741/2003, Estatuto do Idoso. Brasília: DF, outubro de 2003. 
DANNI, Márcio; PINHO, Alexandre; KLAHR, Patrícia da Silva; FERREIRA, Luis Fernando. O efeito de programas de treinamento para o tratamento de Sarcopenia em idosos: uma revisão sistemática. 2017. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/318076464_O_efeito_de_programas_de_treinamento_para_o_tratamento_de_Sarcopenia_em_idosos_uma_revisao_sistematica. Acesso em: 27 mai. 2020.
FERREIRA, Luiz Fernando; ROSA, Luis Henrique Telles da; BUSNELLO, Fernanda Michielin; GARCIA, Eduardo. Os efeitos de modelos de treinamento de força e cardiorrespiratório sobre a sarcopenia em idosos treinados. Disponível em: https://repositorio.ufcspa.edu.br/jspui/handle/123456789/547. 2017. Acesso em: 20 mai. 2020.
FLECK, Steven J. Fundamentos do Treinamento de Força Muscular. 3ª edição – Porto Alegre - RS - Editora Artes Médicas Sul Ltda. 2006.
FRANCO, Carolina Guerbas; NETO, Carlos Salto; GONÇALVES, Rodrigo Detone; CAZELATO, Leonardo. Influência da eletroestimulação associada ao exercício resistido na capacidade de resistência muscular. Revista Saúde UniToledo, Araçatuba, SP, v. 01, n. 02, p. 27-39, set./nov. 2017.
FREITAS, Sandra Maria Sbeghen Ferreira de. Coordenação postural em adultos e idosos durante movimentos voluntários na postura ereta. 2005. Disponível em: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/39/39132/tde-01032012-130833/pt-br.php. São Paulo. Tese [Doutorado em Educação física] - Universidade de São Paulo. Acesso em: 20 mai. 2020. 
MARTINEZ, Bruno Prata; CAMELIER, Fernanda Warken Rosa; CAMELIER, Aquiles Assunção. Sarcopenia em Idosos. Revista Pesquisa em Fisioterapia, Bahia, v. 4, n. 1, 2014.
MOTA, Aka Invernomuto. Estudo da flexibilidade em idosos do projeto de extensão “Atividade física, saúde e qualidade de vida do idoso” do departamento de educação física – UEPB. 2011, 32f. Dissertação (Graduação em Educação Física) – Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2011. 
PIERINI, Damiana Tortolero; NICOLA, Marina; OLIVEIRA, Érick Prado. Sarcopenia: Alterações Metabólicas e Conseqüências no Envelhecimento. Revista Brasileira Ciências e Movimento, São Paulo, v. 17, n. 3, 2009.
RASO, V. Envelhecimento Saudável: Manual de exercícios com pesos. 1ª edição, São Paulo, 2007.
SANTARÉM, José Maria; CÂMARA, Lucas Caseri; FILHO, Wilson Jacob. Atualização de conhecimentos sobre a prática de exercícios resistidos por indivíduos idosos. 2008. Disponível em: https://cdn.publisher.gn1.link/actafisiatrica.org.br/pdf/v15n4a09.pdf. Acesso em: 11 mai. 2020.
SILVA, Tatiana Alves de Araujo; FRISOLI JUNIOR, Alberto; PINHEIRO, Marcelo Medeiros; SZEJNFELD, Vera Lúcia. Sarcopenia associada ao envelhecimento: aspectos etiológicos e opções terapêuticas. Rev. Bras. Reumatol. 2006; 46(6):391-7.
SIMÃO, Roberto Faraes. Fisiologia e Prescrição de Exercícios para Grupos Especiais. 2 ed., editora Phorte, Rio de Janeiro, 2016.
STRAUB, Rainer H., CUTOLO, M., ZIETZ, B. et al. O processo de envelhecimento altera a interação do sistema imunológico endócrino e nervoso. 2010; 122: 1591-1611.
WALLERSTEINS, Lilian França. Influência dos treinamentos de força e de potência nas adaptações neurais, morfológicas e na funcionalidade em idosos. Disponível em: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/39/39132/tde-19082010-164416/publico/DEFESA_LilianFW_PRONTA.pdf São Paulo, 2009. Acesso em: 05 jun. 2020.
1- Acadêmicos do 8º Período do Curso de Educação Física da Universidade Salgado de Oliveira
2- Professora do 8° Período do Curso de Educação Física da Universidade Salgado de Oliveira
3- Professor co-orientador da Universidade Salgado de Oliveira

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