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1 Beatriz Machado de Almeida BMC – Aula 9 Vias de sinalização da insulina O receptor da insulina é um receptor enzimático. Num processo de sinalização celular, têm algumas moléculas sinalizadoras que conseguem entrar na célula e se ligar a receptores intracelulares. A maioria das moléculas sinalizadoras se ligam a receptores de membrana, elas não entram diretamente nas células. Três grandes famílias de receptores de superfície celular (receptores de membrana): Essas famílias diferem na natureza do sinal intracelular que geram após a ligação da molécula sinalizadora extracelular • Receptores associados a canais iônicos ou receptores ionotrópicos; • Receptores associados a proteína G; • Receptores associados a enzimas. Receptores associados a enzimas Quando se fala em receptores associados a enzimas, existem alguns tipos: • Receptor com atividade tirosina quinase: os principais receptores enzimáticos, pois, eles mesmos atuam como enzima. • Receptor associado à quinase, não agem como enzimas, mas se associam a enzimas. • Receptor com atividade serina/treonina quinase. • Receptor com atividade guanilato ciclase, que se ligam ao NO. Receptores tirosina quinase Na figura tem a membrana plasmática e o receptor é uma proteína transmembrana, com uma porção voltada para o meio extracelular (subunidade alfa) e outra para o intracelular (subunidade beta). As proteínas chamadas tirosina quinase têm resíduos do AA tirosina no meio intracelular e são esses resíduos de tirosina que são fosforilados quando a proteína se ativa. Então, quando a molécula sinalizadora se liga a proteína receptora esses resíduos de tirosina são fosforilados e ao serem fosforilados ele se ativa e o receptor adquire essa função enzimática, se torna uma quinase. Porque agora esses resíduos de tirosina cheios de fosfato podem fosforilar uma molécula alvo. OBS.: As quinases fosforilam e as fosfatases desfosforilam. ATIVAÇÃO DE UM RECEPTOR TIROSINA QUINASE A ativação de um receptor tirosinoquinase estimula a montagem de um complexo de sinalização intracelular • Desencadeiam respostas complexas como proliferação celular. Sinalização intracelular – Receptores enzimáticos 2 Beatriz Machado de Almeida BMC – Aula 9 • A célula possui tirosinofosfatases que removem os fosfatos o que extingue a ativação do receptor. Em 1 o receptor está inativo. Em 2 o receptor está se ligando a molécula sinalizadora. Depois, esse receptor ao se ligar a molécula sinalizadora, os resíduos de tirosina são fosforilados, 3. E no final ela se torna uma enzima, 4, um quinase. Enzimas ativam substratos, que ativam outras proteínas, que ativam outras e outras até chegar no sinal final. Normalmente o que acontece é uma cascata de sinalização intracelular. VIA DA RAS Uma das rotas de sinalização induzidas pelas tirosinas quinases é a ativação de RAS, a proteína ligadora de GTP. Os receptores tirosina quinase podem ativar algumas vias de sinalização intracelular. As vias RAS e IP3 são ativadas pela tirosina quinase. A vias da Ras é a que está associada a proliferação celular. Num câncer, essa via de proliferação celular está descontrolada e os vários quimioterápicos agem nessa via. Na imagem, o receptor de tirosina quinase está ativando seu substrato que aí está sendo chamado de proteína adaptadora, esse substrato é uma proteína chamada SHC. Essa SHC vai ativar um complexo proteico chamado de GRB-SOS. Essa proteína SOS vai ativar a RAS (proto oncogenese). A RAS é uma proteína que está localizada na MP das células. Em seu estado inativo, assim como na proteína G, a Ras tem na sua constituição molecular uma molécula GDP (guanosina difosfato). A SOS que foi ativada através da cascata de sinalização vai fosforilar a Ras que uma vez fosforilada vai transformar a GDP em GTP, dessa forma a Ras agora está ativa. Tanto a Ras quando a tirosina quinase são codificadas por protooncogênes. Protooncogenes quando muta se torna um oncogene. Uma mutação em um oncogene é do tipo ganho de função. A Ras uma vez alterada ela manda sinal mesmo sem ter um GTP, sinal para proliferação celular. Ras uma vez ativa vai ativar uma cascata chamada cascata de MAP quinase (proteína ativada por mitógenos). Mitógeno é uma molécula sinalizadora, porque a molécula sinalizadora ao se ligar a receptor tirosina quinase vai induzir essa via de proliferação celular. Ativa SOS → SOS troca GDP por ATP → Ativa a RAS → a RAS ativa a cascata de MAP quinase (proteína ativada por mitose- cascata que faz com que ocorra a proliferação). Ras ativa uma cascata de fosforilação da MAP- quinase MAP – quinase = mitogen-activated protein quinase ou seja proteínoquinase ativada por mitógenos. No final a MAP-quinase fosforila serinas e treoninas (mudando o padrão de expressão pode estimular proliferação, promover a sobrevivência ou induzir a diferenciação). Proteínas da cascata de MAP quinase: 3 proteínas dessa cascata. Cascata de MAP quinase: 3 Beatriz Machado de Almeida BMC – Aula 9 • Raf; • MEK; • ERK: última da cascata, quando ativada entra no núcleo celular e ao entrar no núcleo induz a transcrição e tradução do Myc. As células precisam de sinais extracelulares para se dividirem, crescerem e sobreviverem Mitógenos: estimulam as atividades de Cdks • Myc: ativada a partir da sinalização direta. Ativa a transcrição da ciclina D. • Ciclina D: É uma proteína que induz a proliferação celular. Porque ativa uma proteína quinase chamada CDK. • CDK: vai fosforilar a PRb, que em seu estado normal fica impedindo a atuação de um fator, o E2F. Mas quando a CDK fosforila a PRb ela muda a conformação liberando o E2F. • E2F: uma vez liberado, induz transcrição e tradução de outras ciclinas (E e A) que vão movimentar o ciclo celular, ou seja, tirar a célula de G1, a célula vai se proliferar. Essa tabela tem algumas moléculas sinalizadoras que ativam receptores tirosina quinase, como a insulina. VIA DA PI3 A via de sinalização PI 3-cinase-Akt estimula a sobrevivência e o crescimento celular OBS.: Um receptor tirosina quinase ativa Ras e PI3 quinase ao mesmo tempo. PI3 é responsável pela sobrevivência e crescimento celular. Enzima ativa substrato, que vai ativar a PI3 quinase/fosfato. PI3 (enzima), uma vez ativada, vai pegar um fosfolipídio de membrana. O fosfolipídio de inositol, também chamado de PIP2 (dois fosfatos ligados a ele), vai ser fosforilado pela PI3, se tornando PIP3 que vai ativar proteínas citosólicas, como por exemplo a PDK1 e principalmente a Akt, a Akt é a proteína quinase, a Pkb. Akt, ela é a proteína quinase, ela que vai fazer com que algo aconteça na célula. Ela vai promover a sobrevivência celular inativando proteínas pró apoptóticas e induzir crescimento celular. A Akt sempre vai ativar uma proteína m-TOR que vai induzir síntese proteica e assim promove crescimento celular. Tirosina quinase vai ativar tanto a Ras quando a IP3. As duas vias induzem ambos os sinais (proliferação, sobrevivência...), mas majoritariamente Ras 4 Beatriz Machado de Almeida BMC – Aula 9 proliferação e PI3 sobrevivência e crescimento. RAS: receptor tirosina quinase → ativa substratos → ativa a Ras (trocando GDP por GTP) → ativa cascata de MAP-quinases (Raf, MERK e ERK) → ERK induz proliferação celular. PI3: receptor tirosina quinase → substratos → PI3 quinase → PIP 2 → PIP 3 → Akt → inibição de proteínas pró apoptóticas (sobrevivência) e m-TOR (síntese proteica). Receptores associados a quinase Alguns receptores associados a enzimas ativam um caminho mais rápido para o núcleo (receptores de citocinas) Os receptores associados a enzimas se ativam a partir da ativação de enzimas citoplasmáticas que se associam aesses receptores e juntos têm uma atividade quinase. Essa classe de receptores é chamada de receptores de citocinas. Apesar fato de eles não atuarem exclusivamente a partir da ativação por citocinas. Alguns hormônios e muitos mediadores locais chamados citocinas. Esta rota de sinalização direta é utilizada pelos interferons, os quais são citocinas com a função de instruir as células na produção de proteínas que irão torna-las mais resistentes a infeção viral. Os receptores de citocinas quando ativados, ativam duas proteínas. Essas duas proteínas se reúnem e formam um complexo proteico chamado JACK STAT. O JACK STAT, uma vez ativado, esse complexo entra no núcleo e faz com que ele transcreva proteínas como interferon - que torna a pessoa mais resistente a infecções virais. STATS – transdutores de sinais e ativadores da transcrição Hormônio prolactina: quando a mulher está amamentando, essa prolactina vai se ligar a proteínas receptoras nas glândulas mamárias, um receptor de citocina e por isso vai ativar o JACK STAT que vai estimular a produção de proteínas que formam o leite materno. Mecanismo de Ação do GH Hormônio do crescimento (GH): na célula alvo se liga ao receptor de citocina e ativa o JACK que vai estimular a produção de proteínas, fatores de crescimento que vão induzir o crescimento celular, através da ação em células alvo se ligando a receptores tirosina quinase. Receptor com atividade serina/treonina quinase Rotas de sinalização ainda mais diretas Ao invés de ativar uma tirosina, ativa uma serina ou treonina. Mas ele vai atuar como enzima também. Os resíduos de serina e treonina que vão atuar como quinase. Apesar de sua ativação ser parecida com a tirosina, a atuação é extremamente semelhante a receptores de citocinas. 5 Beatriz Machado de Almeida BMC – Aula 9 Aqui a receptores de serina/treonina ativam SMAD que fazem síntese proteica. • Fosforilam e ativam diretamente proteínas reguladores gênicas. • Os hormônios e os mediadores locais que ativam estes receptores pertencem a subfamília TGF-B (transforming growth factor B) de proteínas extracelulares (função importante no desenvolvimento animal). Receptor da insulina Vias de sinalização da insulina Insulina é o hormônio secretado pelas células beta pancreáticas. Essa insulina, uma vez liberada no sangue, vai sinalizar para as células pegarem a glicose que está no sangue e jogarem para dentro delas. A glicose é a fonte de energia para produção de ATP, para isso ela precisa entrar na célula. Isso só vai acontecer se a insulina avisar para a célula que ela precisa captar glicose. A glicose não passa livremente pela membrana plasmática da célula, por isso ela precisa passar por proteínas transportadoras. Existe uma infinidade de transportadores de glicose. Tem aqueles que fazem o transporte ativo indireto, mas na maioria dos tecidos existem os Gluts de vários tipos. As Gluts, na grande maioria, atuam independentemente da insulina, mas a Glut 4 é muitas vezes dependente de insulina. Essa Glut 4 participa de um processo chamado exocitose regulada. Existem 2 vias de exocitose: 1) constitutiva, onde as coisas saem da célula o tempo todo, 2) regulada, existe uma proteína que é produzida no RER que por transporte vesicular vai para golgi... mas as vesículas dessa via ficam estocadas na célula e só irão se fusionar a membrana se houver um sinal para que isso aconteça. É isso que acontece com a Glut 4, ela fica estocada em vesículas esperando o sinal para se fusionar, esse sinal é a insulina. Quando a insulina se liga a proteína receptora ela vai ativar uma cascata de sinalização intracelular que vai culminar na fusão das vesículas contendo Glut 4 a membrana. Aí sim, a membrana agora vai permitir a passagem da glicose do sangue para a célula. A glicose que entra vai sofrer glicólise para produção de energia e o excedente vai sofrer glicogênese. • É um receptor de atividade tirosina quinase. • Receptor + insulina = mudança conformacional permitindo que o sítio ativo se liga ao substrato. Tem duas subunidades alfa que estão voltadas para o meio extracelular e 2 subunidades beta que estão voltadas para o meio intracelular. Os receptores da insulina também atuam como dímeros. Existem 3 vias de substrato para insulina. Via SHC, CAP, PI3 quinase. Os substratos da via IP3 quinase é o substrato do receptor de insulina, que ativa PI3 quinase. O substrato CBL vai ativar CAP, que também está ligado ao processo de fusionamento da glut 4 na membrana. VIAS DE SINALIZAÇÃO E SUBSTRATOS Como já dito, quando se ativa o receptor tirosina quinase, ativa as duas vias, Ras e IP3 quinase. E não é diferente com a sinalização da insulina, porque o 6 Beatriz Machado de Almeida BMC – Aula 9 receptor da insulina é uma tirosina quinase. Então a via da Ras vai ser ativada e vai estimular proliferação celular, das células beta pancreáticas. Crescimento das células pancreáticas é via PI3 quinase. VIA DO PI3 QUINASE Essa via que vai induzir o fusionamento de Glut 4 na membrana. Quando a insulina se liga ao receptor tirosina quinase ativa substratos dos receptores de insulina, por exemplo IRS1, que ativa PI3 quinase. A PI3 quinase ativada vai ativar Akt. Nessa vai a Akt ativa TDC1D1, esse ativado é quem vai fazer com que haja o fusionamento da Glut 4 na membrana. Fusão dependente de insulina. Os alvos desses substratos dos receptores de insulina: PI3 quinase. Induz: • SÍNTESE PROTÉICA: pois ativa m-TOR que é responsável pela síntese. • SÍNTESE GLICOGÊNIO: por estar cheia de insulina, saturada de fonte de energia, o que sobra é armazenado. • INIBIÇÃO LIPÓLISE. • INIBIÇÃO GLICONEOGÊNESE HEPÁTICA. • CRESCIMENTO CÉLULA BETA. Músculo: A atividade de PI3K está prejudicada em 40-50% no músculo de diabéticos em comparação aos magros ou obesos A perda de peso aumenta a atividade PI3K e aumenta a captação de glicose. VIA MAPK Vias de estimulação da insulina Imagem → Ras e IP3 quinase. IMPORTANTE: AMPK - enzima chave na captação de glicose induzida pela contração muscular. Adenosina monofosfato que tem ação de quinase. Essa enzima surge no processo de contração muscular ou por medicamentos. Ela age como Akt. EXERCÍCIO FÍSICO E INSULINA Estimulando a absorção de glicose pelas células da musculatura esquelética Os níveis de glicose no sangue sobem depois da ingestão de carboidratos. A insulina, hormônio secretado pelas células B pancreáticas, baixa os 7 Beatriz Machado de Almeida BMC – Aula 9 níveis de glicose no sangue permitindo que a glicose entre nas células. Quando a insulina se conecta a seu receptor a fosforilação em cascata se inicia que move vesículas que armazenam proteínas de transporte de glicose especificamente proteínas Glut4 do compartimento de armazenamento para a superfície da célula. A glicose pode então entrar na célula e iniciar a glicólise ou síntese de glicogênio. Os mecanismos por trás da resistência a insulina não são bem entendidos. Receptores de insulina com defeito, sinalização de insulina ou transportadores de glicose podem ser a causa. Como resultado, pouca glicose pode entrar na célula e a hiperglicemia se inicia, isso é conhecido como DM2. Exercícios podem baixar os níveis de glicose no sangue através de dois mecanismos distintos: • Via de contração mediada; • Via de insulina estimulada. Exercícios de grande intensidade proporcionam maior proporção de captação de glicose pelas células musculoesqueléticas e treinos de exercícios de longo prazo aumentam a sensibilidade da insulina. Via de sinalização de insulina: A insulina se junta a receptores de tirosinoquinase fazendo com que eles se auto fosforilem. A forforilizaçãoé a reação catalisada pela quinase que ativa proteínas através da doação de um grupo de Pi fosfato. O receptor de insulina ativado recruta um substrato receptor de insulina uma proteína chamada IRS-1. O IRS-1 ativa a proteína PI3 fosfato que catalisa a fosforilização em um tipo especifico de fosfolipídio chamado PIP2, assim convertendo-o em PIP3. O PIP3 ativa e recruta proteínas quinase B/Akt. A Akt fosforiliza a proteína TBC1D1 que viaja mais profundamente rumo ao compartimento de armazenagem celular. O TBC1 ativa a RabGDP convertendo-a em RabGTP ativo, isso libera vesículas de glut4 para a superfície celular. A fusão da camada de fosfato das vesículas na célula adiciona proteínas transportadoras de glicose na membrana plasmática. A glicose pode entrar na célula e submeter-se a glicólise ou síntese de glicogênio. Via de contração mediada: O exercício aumenta a tomada de glicose independentemente da insulina através da via de contração mediada. Durante exercícios intensos uma enzima chamada ADK converte duas moléculas de ADP em uma molécula de ATP e uma de AMP. A ATP é hidrolisada imediatamente para energia e a AMP atrai uma proteína ativada para a AMP quinase. A AMP fosfoto/quinase tem um papel simular a proteína quinase b/Akt em recrutar TBC1D1, a proteína que libera vesículas Glut 4 para a superfície celular. O Ca++ liberado para o reticula sarcoplasmático durante a contração pode promover também a translocação de vesículas Glut 4 através desta via. O exercício promove a tomada de glicose agudamente e ao longo do tempo para as vias de contração mediada e insulina estimulada. Por consequência exercícios diários de moderados a vigorosos podem melhorar o gerenciamento de glicose me pacientes com DM2. AMPK: enzima chave na captação de glicose induzida pela contração muscular O exercício físico aumenta captação de glicose independentemente da insulina. Quando você emagrece aumenta a atividade de ip3 quinase e com isso aumenta a captação dependentemente de glicose dependente de insulina. E com o exercício físico aumenta a captação de glicose independentemente de insulina. Alguns fármacos também são capazes de ativar a enzima AMP quinase, a metformina. Por isso que tem gente que toma a metformina para emagrecer porque acaba captando mais glicose. • 25% dos pacientes com IMC > 40 são sensíveis à insulina. 8 Beatriz Machado de Almeida BMC – Aula 9 • Os obesos com RI têm atividade AMPK diminuída em 30 -50% no tecido adiposo. • Em ratos o exercício aumenta atividade da AMPK no tecido adiposo, endotélio, fígado e músculo. Glucagon Ele é o oposto da insulina. A insulina foi secretada pelas células B do pâncreas para que se capte a glicose do sangue e jogue para dentro da célula induzindo inibição de lipólise, inibição de gliconeogênese. Isso porque tem muita glicose a disposição que ao invés de gerar o organismo vai guardar essa glicose, síntese de glicogênio. O glucagon vai ser secretado quando tiver uma baixa de glicose no sangue. As células alfa pancreáticas vão secretar esse hormônio que vão se ligar a receptores associados a Gs na célula alvo. A via de sinalização dele está relacionado a um receptor metabotrópico. No fígado, o glucagon vai se ligar a um receptor metabotrópico, e vai ativar uma GS ativa a adenil ciclase aumento de AMP cíclico ativação de PKA. Essa PKA vai ativar enzimas que vai promover a quebra do glicogênio, vai induzir síntese proteica de proteínas que vão promovendo a gliconeogênese. Dessa forma que o glicogênio é quebrado nas células hepáticas por ação do glucagon. RI – EXCESSO DE AGL Como foi visto, o exercício físico aumenta a sensibilidade dos receptores de insulina, por isso ele é importante tanto para captação de glicose independentemente de insulina, através da ativação da AMP quinase, mas também dependentemente, já que ele aumenta a sensibilidade do receptor. Através da contração muscular tem muita liberação de Ca++ no citosol e o Ca também participa do processo de fusionamento da vesícula contendo glut4 na membrana. É importante saber que esses mecanismos não estão muito bem esclarecidos, então não se sabe exatamente o que pode causa a RI. Mas se sabe de algumas situações que promovem a resistência à insulina. Uma dessas situações é excesso de ácidos graxos livres que vão entrar nas células e sofrerem beta oxidação. Alguns produtos da beta oxidação vão proporcionar uma fosforilação atípica/aberrante na subunidade beta dos receptores de insulina, fazendo com que os mesmos não reconheçam mais a insulina. Essa fosforilação atípica vai fazer o receptor, mesmo na presença de insulina, não responder a ela, tornando-se RI. É como se mudasse a conformação desses receptores e eles não reconhecem a insulina. Pessoas obesas geralmente tem excesso de ác. graxo intracelular. RI – INFLAMAÇÃO Os excessos de ácidos graxos vão culminar no processo de ativação de moléculas pró-inflamatórias 9 Beatriz Machado de Almeida BMC – Aula 9 - moléculas que vão culminar na fosforilação errada/aberrante dos receptores de insulina, fazendo com que a pessoa não responda a insulina. A inflamação gera uma insensibilidade dos receptores de insulina.
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