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A BIOSFERA TERRESTRE 
Carlos Henrique Nowatzki 
 
EVOLUÇÃO DA BIOSFERA 
 
A evolução da Biosfera começou após a consolidação da Crosta Terrestre, da mudança na 
composição da atmosfera inicial (nitrogênio, amônia, hidrogênio, monóxido de carbono, metano, 
vapor d’água, gases de cloro, ácido sulfídrico, etc.) e do aparecimento da água líquida. Além 
dessas forças alogênicas atuaram no sentido de promover a evolução biológica ao longo do tempo, 
as forças autogênicas, intrínsecas aos próprios organismos. 
Deduz-se que os ecossistemas primitivos eram habitados por pequeníssimos seres 
heterotróficos anaeróbios, onde processos abióticos sintetizavam a matéria orgânica. 
Tais seres eram, provavelmente, semelhantes a leveduras, obtendo energia por 
fermentação, na qual moléculas orgânicas são quebradas em compostos mais simples, liberando-
se parte da energia delas. O esquema abaixo exemplifica o exposto: 
 
C6H12O6  2C2H6O + 2CO2 + energia (ATP) 
 
Admite-se que, a 2 ou 3 bilhões de anos, certas algas tornaram-se capazes de realizar a 
fotossíntese, mecanismo que resultou na produção própria de alimentos (tornaram-se autotróficas) 
e de oxigênio, conforme esquema abaixo: 
 
6H2O + 6CO2 + luz solar  C6H12O6 + 6O2 
 
 Essa teria sido a origem do oxigênio atmosférico, responsável pela primeira grande 
poluição sofrida pelos ecossistemas então existentes na Terra. O contínuo crescimento de O2 na 
atmosfera e nas águas, deve ter sido responsável pela extinção de parte significativa da vida 
terrestre inicial. Restaram apenas aqueles organismos capazes de se adaptar as novas condições 
e alguns poucos representantes da vida primitiva. 
 Contudo, recordemo-nos que inexistindo oxigênio também não existia a camada de ozônio 
(O3). A conseqüência imediata é de que os mortais raios ultravioletas alcançavam e penetravam na 
terra e nas águas. 
 Bioquímicos pensam que esses raios tenham iniciado um processo de evolução química 
que conduziu a formação de moléculas orgânicas complexas como os aminoácidos. 
 O aumento do oxigênio na Biosfera promoveu modificações geoquímicas na Terra e no 
desenvolvimento da vida no globo. Os procariontes receberam a companhia de seres eucariontes, 
organizando-se aí a evolução para sistemas vivos mais complexos e maiores. 
 Hoje, passados bilhões de anos de continuada evolução, muitos seres vivos não só se 
tornaram mais complexos, como foram capazes de ocupar praticamente toda a superfície da Terra. 
Desde regiões gélidas até as mais quentes e desde os picos mais altos até as maiores 
profundidades dos oceanos, registram-se organismos vivos. 
 A Biosfera pode ser dividida em Epinociclo (biociclo das terras firmes), Talassociclo 
(biociclo das águas salgadas) e Limnociclo (biociclo das águas doces). 
 Apesar das espécies serem diferentes entre si, ocorrem relações de interdependências 
entre elas. As populações interespecíficas que habitam determinada região, interagem não apenas 
entre si, mas também com o meio ambiente, sofrendo influências dele e, ao mesmo tempo, 
promovendo mudanças nele. 
 
NÍVEIS TRÓFICOS 
 
 Os organismos que formam um ecossistema podem ser reunidos em níveis tróficos de 
acordo com seu modo alimentar, constituindo a cadeia alimentar. 
 A matéria e a energia, numa cadeia alimentar, são transferidas de um nível trófico para 
outro, ocorrendo perda tanto de matéria quanto de energia, pois são utilizadas no metabolismo e 
excretadas. 
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 Em cada nível trófico existe a biomassa, ou seja, a matéria orgânica, que apenas em parte 
será transferida para o nível trófico seguinte. Exemplo: os elefantes não comerão todas as árvores. 
Mesmo naquelas que forem derrubadas, restarão as raízes. 
 Tais perdas de energia (90%) e matéria nas transferências entre níveis tróficos são 
representadas pelas pirâmides de energia. 
 
NÍVEL DOS PRODUTORES 
 
 As plantas ocupam o primeiro degrau na escada dos níveis tróficos, uma vez que são 
organismos que promovem a fotossíntese. Elas utilizam a luz solar como fonte primária de energia 
de toda cadeia alimentar do ecossistema. 
 
NÍVEL DOS CONSUMIDORES 
 
 No segundo patamar dos níveis tróficos estão os herbívoros por se nutrirem das plantas. 
Como se alimentam diretamente dos produtores, constituem os consumidores primários. 
 No andar seguinte estão os carnívoros que se alimentam de herbívoros. Constituem o 
terceiro nível trófico, sendo consumidores secundários. 
 Já os consumidores terciários, que formam o quarto nível trófico, são os carnívoros que se 
alimentam de consumidores secundários. 
 Algumas espécies ocupam mais do que um nível trófico, como é o caso do Homem, que 
tanto se alimenta de produtores, quanto de consumidores primários, secundários ou terciários. 
Trata-se, portanto, de um ser onívoro. 
O último nível trófico é o dos decompositores, como bactérias e fungos, que se alimentam 
da matéria orgânica em decomposição. 
 
CICLOS BIOGEOQUÍMICOS 
 
 Correspondem a ciclos da matéria, podendo ser biológicos, químicos e geológicos. 
 Os biológicos compreendem todas as transformações que acontecem na natureza e que 
sejam devidas aos organismos. 
Os químicos adequam-se a ciclos de elementos químicos que ocorrem através de 
sucessivas reações químicas. 
 
Finalmente, podem ser geológicos, porque tudo advém da composição fundamental da 
Crosta Terrestre. 
 Entre os ciclos mais importantes podemos apontar o da água, composto sem o qual 
inexistiria vida na Terra. 
 Ciclo Biogeoquímico, também chamados de ciclo de nutrientes é, portanto, o caminho 
percorrido pelos elementos químicos que constituem os seres vivos e que deles se deslocam para 
o ambiente e vice-versa. 
 Oxigênio, nitrogênio, carbono, hidrogênio, fósforo, enxofre e outros, são esses elementos 
químicos possuindo, cada um deles, um ciclo característico. 
 
CICLO DO OXIGÊNIO 
 
 Três são as fontes de oxigênio: gás carbônico (CO2), gás oxigênio (O2) e água (H2O). 
 Organismos vivos respiram O2 que, combinado com hidrogênio provindo da decomposição 
de moléculas orgânicas, forma a água. 
 A água absorvida por plantas e animais é eliminada pela urina ou suor. Nas plantas é 
utilizada na fotossíntese, sendo liberando o oxigênio. 
 Restos animais em decomposição eliminam CO2 e H2O. 
 Como já vimos, o gás carbônico fornecerá parte do oxigênio para as moléculas orgânicas 
através da fotossíntese. 
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 A manutenção da camada de ozônio (O3) depende, portanto, do ciclo do oxigênio na 
Biosfera. A destruição dessa proteção a penetração da radiação ultravioleta resultará na morte do 
plâncton, seres produtores da cadeia alimentar. 
 
CICLO DO NITROGÊNIO 
 
 O nitrogênio é componente das proteínas e ácidos nucleicos, embora ocorra em grande 
quantidade no ar atmosférico, não é assimilado na forma de gás nitrogênio (N2), salvo por algumas 
bactérias e cianofíceas, fixadores de nitrogênio na forma de amônia (NH3) (Fig. 3). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A transformação de amônia em nitritos (HNO2) se deve a bactérias denominadas 
Nitrosomonas. Já as Nitrobácter transformam nitritos em nitratos, sendo esta última a forma de 
absorção do nitrogênio pelas raízes. 
 O nitrogênio é devolvido a atmosfera graças a atividade das bactérias desnitrificantes 
(Pseudomonas), fechando-se assim o ciclo. 
 
CICLO DO CARBONO 
 
 É o constituinte dos compostos orgânicos encontrados no protoplasma. 
 No ecossistema, o carbono percorre dois caminhos: (a) a decomposição das moléculas 
orgânicas através da respiração libera CO2 para a atmosfera e (b) transferência para níveis tróficos 
superiores porque parte das moléculas orgânicas de cada nível trófico é destruída por 
decompositores; o carbono é liberado na forma de CO2. 
 
BIOMAS 
 
 Existem dois grandes biomas: o terrestre e o aquático. 
 
 NITRITO 
 NO2
 Sistemas aquáticos
 Nitrosomonas
AMÔNIO
 NH4
 AMONÍACO
 NH3
 Vulcanismo
 Absorção
 URÉIA
 H2N-C-NH2
 O
Excreção
 Amonificação
 (bactérias)ANIMAIS 
 ATIVIDADES
 HUMANAS 
 PLANTAS 
 Absorção
 Nitrobácter 
 Transferência
 trófica 
 N2 ATMOSFÉRICO
 N2 e N2O
 Desnitrificação
 Pseudomonas
 Acinetobácter
 Descarga
 elétrica 
 NOx, NO2 
 Bactérias 
 de fixação 
 biológica 
 ALGAS 
 Precipitação
 NH4 e NO3
( aminoácidos proteínas )
+
+
_
_
_
NITRATO
 NO3
_
Figura 3 - Ciclo do nitrogênio na natureza, segundo Art et al. (1998), modificado.
 
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BIOMAS AQUÁTICOS 
 
 Os biomas aquáticos podem ser marinhos ou de águas doces. 
 Os marinhos, biociclo chamado Talassociclo, compreende toda as águas salgadas (mares, 
oceanos, lagos salgados) da Terra, cobrindo 70% da superfície terrestre. 
 Os ecossistemas de águas doces, denominados Limnociclos, compreendem a vida 
ocorrente nos rios, arroios, riachos, lagos e lagoas. Neste ecossistema a salinidade é baixa (18 g/l), 
a fauna é pobre e a flora é rica. 
 O Limnociclo apresenta divisão em províncias: Lótica, ou das águas correntes (nascentes, 
curso médio, foz), onde a reprodução é dificultada pelo movimento das águas, e Lêntica, ou das 
águas paradas (lagos e lagoas), melhor “habitat” para a flora e a fauna dulceaquícola. 
As águas doces coletadas pelas folhas de alguns vegetais (Fitolimnos), prestam-se como 
criadouros para certas espécies de larvas de insetos transmissores de doenças, tais como, malária, 
febre amarela e elefantíase. 
 
RIOS 
 
Os rios possuem características que são determinadas pela velocidade da corrente que, por sua 
vez, depende da dimensão, rugosidade e profundidade do canal. Em última análise, contudo, o 
fator determinante é o índice pluviométrico. 
 A oxigenação das águas de um rio é limitada pela velocidade da corrente e pela 
temperatura do meio aquoso. Assim, águas frias e rápidas são bem oxigenadas. Ao contrário, se o 
deslocamento é lento e a sua temperatura é mais alta, as águas serão pobres em O2. 
 Rios com pH maior possuem abundante vida aquática em contraste com rios com pH 
menor. A razão é a quantidade de nutrientes: nos ácidos é menor. 
 
LAGOS 
 
 Os lagos possuem dimensões variadas, sendo que a maioria não tem correntes. 
Independente do tamanho, tratam-se de feições temporárias, pois todos eles sofrerão 
assoreamento. 
 Suas principais características são: menor quantidade de O2 que um rio, penetração da luz 
dependente da transparência das águas e temperatura das águas variável de acordo com a 
profundidade e as estações do ano. 
 
MANGUES 
 
 Ocorrem na área litorânea de regiões tropicais bordejantes a lagunas ou a estuários. 
 O solo lodoso é pobre em oxigênio e a salinidade é mutável por depender da variação da 
maré. 
 Neste ambiente reproduzem-se muitos organismos da cadeia alimentar marinha. 
 
ESTUÁRIOS 
 
 Localizam-se na parte mais baixa de um sistema fluvial. Atingido pela maré intermediária 
suas águas são salobras. 
 A variação da salinidade é função da variação das marés, constituindo-se num problema 
enfrentado pelos organismos aí viventes. 
 
MARINHOS 
 
 As principais características do ambiente marinho são: salinidade, marés, correntes, 
nutrientes minerais e zonação. 
 A salinidade é, em média, 35 g/l numa temperatura de -02 oC a +32 oC, sendo os principais 
componentes o sódio (Na) e o cloro (Cl) que correspondem a 90% do conteúdo total. 
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 As marés são ocasionadas pela atração que a Lua e o Sol exercem sobre as águas 
marinhas. As marés mais significativas são as de sizígia. Acontecem durante a Lua Cheia (maiores 
cheias) e durante a Lua Nova (maiores vazantes). 
 O movimento de rotação da Terra faz com que, nos litorais, aconteçam dois avanços das 
águas (maré enchente) a cada 12 horas. 
 As correntes marinhas são originadas pelos ventos, rotação da Terra e diferenças de 
densidades. 
 As correntes de vento são geradas pelas diferenças de temperatura entre os polos e o 
equador. As de rotação se devem ao giro descrito pela Terra em torno de seu próprio eixo. Aquelas 
devidas as diferenças de densidade são criadas pelas interações entre salinidade e temperatura. 
 No ambiente marinho, os nutrientes dissolvidos ocorrem em baixa concentração. 
Acredita-se que a pequena penetração da luz a certas profundidades e a ausência de nutrientes 
minerais sejam a razão do diminuto volume de autótrofos em relação aos heterótrofos. Admite-se 
que a conseqüência seja a infertilidade biológica geral do alto mar. 
 A zonação dos oceanos é determinada pela quantidade de luz que neles penetra. De 
acordo com este critério, os oceanos apresentam as seguintes zonas: Eufótica, Disfótica e Afótica. 
 A primeira, com lâmina de água que pode varia de 0 a 80 metros, é iluminada, vivendo aí a 
vegetação marinha e animais fitófagos. 
 A segunda compreende profundidades que podem oscilar de 80 a 200 metros. A 
iluminação é débil, com ausência do comprimento de luz vermelha, apresentando a flora pouco 
desenvolvida e o domínio de animais carnívoros. 
 A última delas, situada abaixo dos 200 metros de profundidade, é escura, muito fria, com 
ausência de produtores e com a presença de flora saprófita e fauna de carnívoros que se 
alimentam de restos que provém das regiões superiores. 
 No bioma marinho ocorrem quatro grupos de seres vivos: plâncton, organismos 
microscópicos arrastados pelas correntes [ex.: algas (Fitoplâncton), microcrustáceos (Zooplâncton), 
nécton, animais nadantes (ex.: peixes, mamíferos), benton, animais que estão sempre em contato 
com o substrato (ex.: equinodermas, vermes) e neuston, animais que flutuam na superfície (ex.: 
aves marinhas). 
 O plâncton é formado por algas unicelulares (Fitoplâncton) e por pequenos animais não 
fotossintetizantes (Zooplâncton). 
 
BIOMAS TERRESTRES 
 
 Os biomas terrestres, ou Epiniciclos, são constituídos por um tipo de vegetação 
característica. Independente do bioma, todos tem um fator em comum: a necessidade de solo. 
 Solo é a rocha decomposta e ou desagregada, com conteúdo biológico capaz de sustentar 
vida vegetal maior. 
 A desagregação e a decomposição são efeitos do intemperismo físico e químico, 
respectivamente e, a esses produtos, soma-se a matéria orgânica. Depreende-se que são 
necessários centenas ou milhares de anos para a formação de solo. 
 Fator importante para desenvolvimento de bons solos é o espaço entre os detritos que o 
formam. Solo com boa porosidade permite fácil acesso da água, de gases e de nutrientes para os 
organismos que habitam aí. 
 Os solos se compõem de camadas diferentes denominadas horizontes (Fig. 4). 
A medida em que as folhas e outras partes dos vegetais caem no solo, transformam-se no 
humo. 
 Contribuem para esta transformação minhocas, milípedes, moluscos, gafanhotos, térmitas, 
formigas, fungos, bactérias, protozoários, algas, etc. 
 Observa-se que a comunidade do solo é principalmente heterotrófica. 
Os principais biomas terrestres são: tundra, taiga, floresta temperada, floresta tropical, 
campos e desertos (Fig. 5) 
 
TUNDRA 
 
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A vegetação, composta por musgos, líquens, capim e, no verão, plantas herbáceas, é típica 
de regiões vizinhas ao Círculo Polar Ártico, estendendo-se pelo Canadá, Europa e Ásia, onde a 
temperatura nunca ultrapassa os 10 oC. 
No verão, que dura 2 meses, a fauna característica é formada por renas, bois 
almiscarados, raposas, roedores, lebres, lobos, corujas das neves, aves migratórias e insetos 
(moscas e mosquitos). 
 
 
 
 
Durante o inverno prolongado (10 meses), os mamíferos de grande porte migram para o sul 
e os menores escondem-se em tocas; os insetos assumem formas dormentes enquanto certas 
aves (ptarmigans), lebres e raposas criam penas e pelagens brancas. 
Em razão do inverno rigoroso, o solo fica congelado a maior parte do tempo, propiciando-se 
condições para o desenvolvimento da vegetação apenas durante 2 ou 3 meses do ano. 
Mesmo durante o verão, quando há o degelo e formam-se extensas regiões encharcadas 
logo abaixo da superfície,o solo permanece congelado (“permafrost”). 
Apesar de pouco espesso (apenas alguns centímetros), o solo é fértil em razão do alto 
conteúdo em humos. 
O índice pluviométrico é o de regiões desérticas (250mm anuais), ocorrendo baixa 
luminosidade. 
 
FLORESTAS 
 
 
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 As florestas apresentam uma estratificação dos vegetais que as compõem. Este fato 
proporciona condições de subsistência para diversas espécies diferentes. 
 Exemplificamos com a floresta Tropical que possui cinco estratos: 
 
A - Árvores com mais do que 35 m de altura; 
B - Árvores com 35 a 20 metros de altura; 
C - Árvores com 20 a 10 metros de altura; 
D - Abaixo dos 10 metros, composta por arbustos, árvores jovens e samambaias; 
E - No chão, gramíneas e sementes. 
 
As florestas protegem o solo do impacto das chuvas, da ação abrasiva dos ventos e da 
incidência solar direta. Além disso, o estrato A absorve a radiação solar, diminuindo a temperatura 
para os estratos mais inferiores. 
Como a vegetação inibe a passagem dos ventos e é grande o volume de sua transpiração, 
a umidade é muito pronunciada no interior das florestas. 
 
FLORESTA CONÍFERAS (TAIGA) 
 
Taiga, palavra russa que significa floresta de coníferas, empresta o nome a este bioma, 
estendendo-se pelo Alasca, Eurásia, norte da Europa e Canadá. 
Situada próximas as tundras, registram-se aí invernos rigorosos, sendo os verões, contudo, 
mais longos e com temperaturas mais elevadas. 
As temperaturas mais altas no verão não permitem a permanência do gelo no sobsolo. Isto 
concorre para que a vegetação seja mais exuberante do que nas tundras, observando-se, além dos 
pinheiros, abetos e salgueiros. Em compensação a vegetação rasteira é escassa. 
A fauna principal se constitui por alces, veados, porcos-espinhos, ratos, lebres, linces, 
pássaros, lobos, ursos, raposas, martas e esquilos. 
A precipitação pluviométrica varia entre 250mm e 500mm anuais. 
 
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FLORESTA TEMPERADA 
 
 São florestas abertas, compostas por faias, bordos, carvalhos, castanheiras, magnólias, 
plátanos e nogueiras, características da Europa, América do Norte, Japão, Austrália e América do 
Sul, em regiões onde a temperatura varia entre -30 oC no inverno e +30 oC no verão. A vegetação é 
formada por plantas decíduas ou caducifólias, típica de áreas com quatro estações bem definidas 
no ano. 
 O material orgânico sofre decomposição mais lenta do que nas Florestas Tropicais, o que 
leva a formação de espessa camada de folhas mortas e detritos no solo. 
 Veados, lobos, lebres, coelhos, insetos, aves, esquilos, raposas, répteis, anfíbios e 
daninhas, constituintes da fauna migram, hibernam ou se adaptam durante o inverno. 
 Apesar do índice pluviométrico oscilar entre 750mm e 1000mm anuais, ocorre o fenômeno 
da “seca fisiológica”, que é a impossibilidade do aproveitamento da água pelos vegetais porque o 
solo permanece muito gelado. 
 
FLORESTA TROPICAL 
 
 Também chamada de Pluvial Tropical, Sempre Verde, Tropical Fluvial ou Tropical 
Chuvosa, é formada por árvores muito altas (até 40 metros), cujas copas formam uma cobertura 
praticamente contínua, dificultando a chegada da luz no solo. Lá estão palmeiras, guaranás, 
seringueiras, castanhas-do-pará, angelins, sucupiras, amburanas, aguapés, gramíneas e copaíbas. 
 É encontrada na América do Sul, África, Ásia, América Central e ilhas do Pacífico. 
 O crescimento é rápido porque as plantas não são decíduas e porque predomina a 
atividade dos decompositores. Além disso, ocorre em regiões de climas quentes e úmidos, com 
intensa luminosidade nas partes altas e grande índice pluviométrico (acima de 2250mm anuais). 
 A incidência solar deficiente na altura do solo, fez com que certos vegetais (ombrófilas) se 
adaptassem para realizar a fotossíntese. 
 A flora hidrófita é completada pela extraordinária ocorrência de cipós, epífitas, samambaias 
e líquens. 
 Insetos, aves, moluscos, lagartos, sapos, macacos e roedores são abundantes, tornando 
muito variados os nichos ecológicos. 
 A floresta Amazônica é a floresta tropical de maior extensão no planeta. Também a floresta 
Atlântica, desenvolvida junto a costa brasileira, é uma floresta pluvial tropical. Juntas detém a maior 
biodiversidade da Terra. 
 É possível o reconhecimento de três tipos de matas na floresta Amazônica: Mata de Terra 
Firme, Mata de Igapó e Mata de Várzea. 
 A Mata de Terra Firme compreende regiões altas (90% da área da Amazonia), longe dos 
rios, onde crescem árvores de grande porte. 
 A Mata de Igapó está permanentemente alagada por ser área baixa e próxima aos rios. 
 A Mata de Várzea localiza-se em regiões que são alagadas durante parte do ano. 
A floresta Atlântica desenvolve-se na região litorânea, desde o Rio Grande do Norte até o 
Rio Grande do Sul. Os ventos carregados de vapor de água que sopram do mar estão entre os 
principais responsáveis pela umidade da floresta. 
 As árvores mais características são palmeiras, quaresmeiras, jequitibás, ipês, canelas, 
cedros, jacabás, embaúbas e pau-brasil (raro). 
 A temperatura nestas florestas (Amazônica e Atlântica) varia bastante dentro da floresta 
(21 oC e 32 oC). Nas copas mais elevadas há um rápido aquecimento durante o dia e um rápido 
resfriamento durante a noite. Ao nível do solo, como ocorre um isolamento realizado pelas folhas 
das árvores, existe uma demora na dissipação do calor. 
 O solo é pobre em minerais e sua reposição depende da morte das plantas. É, portanto, 
um solo que não deveria ser utilizado na agricultura. 
 Por se tratar de florestas existentes em regiões submetidas a chuvas intensas e 
constantes, tendo ocorrido desmatamento, as águas lixiviam os minerais e promovem rápida 
erosão ou então formam-se espessas crostas ferríferas. 
 
CAMPOS 
 
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 São formados, dominantemente, por herbáceas, situando-se as maiores concentrações 
nos USA (pradarias), Rússia (estepes), África do Sul (savanas), Austrália, Brasil (cerrados e 
pampas), Uruguai e Argentina (pampas). 
 As estepes russas são formadas, dominantemente, por gramíneas enquanto as savanas 
africanas, asiáticas e australianas apresentam também arbustos e árvores. 
 O fator principal para a manutenção da vida é a disponibilidade em água (índice 
pluviométrico de 250mm a 750mm anuais), por estarem sujeitos a longos períodos de estiagem. 
Nas savanas africanas o índice pluviométrico oscila entre 1000mm e 1500mm anuais. 
 A fauna pode ser abundante, como no caso da África, onde ocorrem antílopes, zebras, 
gnus, girafas, rinocerontes, leões, leopardos, gazelas, búfalos, aves, répteis e insetos. 
 Na América do Sul vivem os tatus, pacas, catiás, guarás, graxains, lebres, répteis, insetos e 
aves. 
 
DESERTOS 
 
Correspondem a regiões onde adaptações especiais foram necessárias para que plantas e 
animais pudessem sobreviver a este ambiente quente e hostil. 
Os desertos quentes dispõem-se, principalmente, na altura dos trópicos de Câncer e de 
Capricórnio. Os maiores desertos do mundo estão na África (Sahara e Arábia Saudita), Austrália, 
Estados Unidos da América, Tibet., Gobi, Chile e Bolívia situando-se, nestes dois últimos países o 
Deserto de Atacama. 
 
A pobreza em água, reflexo do baixo índice pluviométrico (menos do que 250mm anuais), 
reduziu a vida a poucas espécies de cactos, lagartos, ofídios, insetos, lacraias, aranhas, escorpiões 
e roedores. 
A falta de chuvas na região pode ser devida a diversos fatores, entre os quais a alta 
pressão tropical, as elevações que impedem a passagem de nuvens carregadas de água para o 
interior do continente (sombras de chuva) ou a grande altitude. 
A inexistência de cobertura vegetal faz com que a temperatura suba muito durante o dia e 
caia bastante à noite. 
 
FITOGEOGRAFIA BRASILEIRA 
 
País de enorme extensão areal, o Brasil possui biomas únicos, graças as variações 
geoclimáticas que apresenta. 
 Entre eles destacam-se: Floresta Amazônica, Floresta Atlântica, Campos Cerrados, 
Caatingas, Pampas, Zona de Cocais, Pantanal e Manguezais. 
 Os dois primeiros já foramtratados como florestas tropicais. 
 
CAMPOS CERRADOS 
 
 Campos Cerrados possuem vegetação tipo savana, estando presentes em Minas Gerais, 
Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Paraná, Paraíba, Pernambuco, Amazônia e São Paulo, 
estendendo-se por 25% do território nacional. 
 Entre os vegetais mais comuns estão árvores e arbustos com galhos tortos, folhas duras e 
derme espessa (ipês, piquinis, jacarandás-do-campo, gabirobas, caviúnas) e gramíneas (capim 
barba-de-bode, capim gordura). Seus estômatos permanecem abertos durante todo o dia e suas 
raízes se aprofundam muito em busca de água. 
 Aves, répteis, tatus, tamanduás, sagüis, preás, ratos, veados catingueiros, cutias, lobos-
guará, cachorros-do-mato e raposas-do-campo constituem a fauna deste bioma. 
 O período de seca pode durar entre 5 a 7 meses, o que diminui muito a vazão dos rios. As 
chuvas podem se prolongar de setembro a abril, atingindo um índice de 1400mm a 1500mm 
anuais. 
 Apesar disso, seus solos ácidos, ricos em alumínio, podem se prestar a agricultura 
intensiva, bastando correção do pH e uso de fertilizantes. 
 
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CAATINGAS 
 
 As Caatingas são a paisagens dominantes no Maranhão, Paraíba, Piauí, Ceará, Rio 
Grande do Norte, Pernambuco, Sergipe e Bahia, onde perfazem 1 milhão de km2. 
 A vegetação apresenta folhas apenas no inverno (3 a 4 meses), na época das chuvas, que 
atinge de 250mm a 500mm anuais. 
 As plantas são adaptadas, podendo apresentar espinhos, como o mandacaru, a coroa-de-
frade, o xiquexique, a macambira ou parênquimas armazenadores de água, como as bombacáceas 
(barrigudas). 
 A paisagem no verão é a de rios secos, sendo o São Francisco a única exceção. 
 
PAMPAS 
 
 Ocorre no Rio Grande do Sul, juntamente com as florestas de araucárias, cobrindo 1,2 
milhão de km2. 
 As florestas de Araucaria angustifolia, ocorrentes no sul do Brasil, estão extremamente 
reduzidas, graças a exploração madeireira que sofreram nos últimos anos. 
 Junto a esta floresta existiam canelas, ervas-mate e imbuias. 
 A vegetação dos pampas, que é principalmente herbácea, é bem suprida de chuvas, sendo 
as estações bem marcadas. 
 A atividade antrópica paulatinamente vem substituindo as matas de araucárias e os 
campos por áreas de agricultura. 
 
ZONA DE COCAIS 
 
 Ocorrente no Maranhão, Piauí, Mato Grosso e Goiás, compreende florestas de palmeiras, 
essencialmente o babaçu e a carnaúba. 
 Enquanto as matas de carnaúba são iluminadas porque as árvores são mais espaçadas, 
as de babaçu são densas e sombrias. 
 
PANTANAL 
 
 Localiza-se em parte dos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul e porções da 
Bolívia e do Paraguai. 
 De outubro a março os rios da região extravasam e suas águas cobrem uma imensa área, 
baixando o volume das águas de abril a setembro. 
 As contínuas cheias auxiliam na fertilização, pois trazem muita matéria orgânica. 
 A vegetação é diversificada podendo apresentar-se como cerrado, campo, florestas, etc. 
Assim, podemos observar palmeiras, buritis, aguapés, vitórias régias, tábuas, capins, etc. 
 A fauna é muito rica, composta dominantemente por aves como cabeça-seca, martim-
pescador, garças, biguatinga, tuiuiú e o gavião caracará. Ocorrem ainda emas, jacarés, capivaras, 
preás, pacas e insetos. 
 
MANGUEZAIS 
 
 São os charcos desenvolvidos no litoral, sob influência das marés. 
 Tratam-se de ecossistemas com rica diversidade de flora (destaque para a Avicennia e o 
mangue) e fauna (moluscos, crustáceos, peixes e larvas de animais aquáticos). 
 
ZOOGEOGRAFIA 
 
 Toda a região biogeográfica é caracterizada por fauna específica. Existem as seguintes 
regiões: Neártica, Neotropical, Paleártica, Etiópica, Oriental e Australiana. 
 A região Neártica compõe-se por cabras, gambás, jurões, bisões, bois almiscarados, 
linces, lebres, castores, esquilos e alces. 
11 
 
 Na Neotropical ocorrem os seguintes animais: antas, macacos, lhamas, vicunhas, pumas, 
tatus, tamanduás, preguiças, capivaras, onças, guarás e gambás. 
 Toupeiras, renas, bois, carneiros, cabras, jumentos, ursos, porcos-espinhos e lobos, 
correspondem a Paleártica. 
 Na Etiópica existem zebras, antílopes, girafas, gnus, elefantes, gorilas, chimpanzés, leões, 
búfalos, hienas, rinocerontes e hipopótamos. 
 A Oriental se caracteriza por: orangotangos, panteras negras, búfalos, tigres, elefantes 
indianos, gibões, rinocerontes e antas. 
 Finalmente, na região Australiana encontramos: ursos coalas, cangurus, ornitorrincos e 
écnidas. 
 
GLOSSÁRIO 
 
Abiótico: sem vida. 
Ambiente: assembléia de condições existentes que sustentam os organismos na Biosfera, 
abrangendo clima, solo, água e outros organismos. 
Aminoácidos: compostos orgânicos que servem de base na elaboração de proteínas, contendo um 
grupo amino (-NH2) mais um grupo carboxila (-COOH). A estruturação básica de um 
aminoácido é R-CH (NH2) (COOH), onde R é o grupo variável. 
Anaeróbios: seres vivos que crescem na ausência de oxigênio atmosférico. 
Assoreamento: acumulação de sedimentos em um corpo d’água. 
Atmosfera: envoltório gasoso da Terra. 
Bactérias: microorganismos unicelulares, procarióticos, que se multiplicam por fissão ou por 
esporos, destituídos de clorofila ou núcleo envolto por membrana. 
Biodiversidade: qualidade e quantidade relativa das espécies dentro de uma dada área. 
Bioma: ecossistema regional representado por comunidades adaptadas a diferentes regiões do 
planeta. 
Biomassa: soma de todo o material biológico que vivem em uma área ou de uma determinada 
população. 
Biosfera: parte do globo terrestre em que vivem os seres vivos, compreendendo o conjunto de 
ecossistemas. 
Cadeia alimentar: sistema de níveis tróficos existente em todas as comunidades de seres vivos. 
Caducifólia: vide decíduas. 
Cianofíceas: pertencem ao reino monera e anteriormente eram classificadas no reino vegetal. São 
as algas verde azuladas que realizam fotossíntese, sendo estruturas parecidas com 
bactérias fotossintéticas. 
Crosta terrestre: vide litosfera. 
Decíduas: plantas que perdem sua folhagem ao final da estação de crescimento. 
Ecossistema: unidade de natureza ativa que combina comunidades bióticas e ambientes abióticos 
(litosfera, hidrosfera e atmosfera) com os quais interage. Variam em tamanho e 
características. 
Eucariontes: ser vivo cuja célula possui núcleo distinto envolto por uma membrana e organelas 
distintas dentro do citoplasma. 
Fitófagos: que se alimenta de plantas. 
Heterotróficos: organismo que não produz seu próprio alimento. Alimenta-se de moléculas 
orgânicas complexas elaboradas por plantas, ocorrentes em outros seres vivos ou em 
decomposição. Ex.: fungos. 
Hidrófita: adaptação à vida com excesso de água. 
Humo: material oriundo de vegetais, tão decomposto que a fonte orgânica não pode ser 
reconhecida. 
Interespecífico: duas espécies separadas. 
Leveduras: seres vivos unicelulares. Espécies comuns são as que produzem zimase (enzima), 
convertendo açúcar em dióxido de carbono. 
Litosfera: em sentido mais amplo é a Crosta Terrestre, composta pela Crosta Inferior (Sima) e pela 
Crosta Superior (Sial). Em sentido mais restrito é a parte mais superior do Sial que 
interage com a hidrosfera e a atmosfera. 
12 
 
Lixiviação: remoção de material em solução pela percolação da água através do solo, alcançando 
horizontes mais profundos. 
Nicho ecológico: localização e função física de um ser vivo num ecossistema. 
Nível trófico: degrau da escala alimentar onde se situam os organismos que se nutrem do mesmo 
tipo de alimento. 
Onívoro: organismo que se alimenta de mais de um nível trófico. 
Plâncton: ser vivo, normalmente microscópico, sobrenadante em águas doces ou salgadas. 
Poluição: mudança no ambiente onde, de maneira não desejável, são introduzidas concentrações 
altas de substâncias prejudiciais, tóxicas, calor ou ruído. 
População: organismos de uma mesma espécie que habitam uma área específica. 
Procariontes: organismo ou células sem núcleo distinto. Ex.: bactérias, algas-verdes-azuladas. 
Meio ambiente: totalidade dascondições exógenas envolventes, dentro das quais existe um 
organismo, um objeto, uma população ou uma condição. 
Proteína: grupo de compostos orgânicos que contém nitrogênio. Tratam-se de grandes moléculas 
compostas por uma ou mais cadeias longas ligadas, cada uma delas constituída por 
aminoácidos. 
Salobra: água com salinidade entre a da água doce e a da água do mar. 
Saprófita: plantas que se alimentam de restos orgânicos em decomposição. 
 
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