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15/06/2021 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_668077_1&PA… 1/28 CONTABILIDADECONTABILIDADE AVANCADA IIAVANCADA II Me. Johny Henrique Magalhães Casado I N I C I A R 15/06/2021 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_668077_1&PA… 2/28 introdução Introdução Iniciamos esta unidade destacando que a contabilidade vem passando por diversas mudanças em todo o mundo (e o Brasil não é exceção), seja devido ao processo de internacionalização das normas contábeis seja devido ao fato de que cada vez mais as operações de gestão das organizações se so�sticarem e o pro�ssional contábil ter sido tecnicamente exigido. Nesse sentido, abordaremos dois importantes processos que foram alterados a partir da adoção dos pronunciamentos contábeis emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC). O primeiro se refere à compreensão de como devem ocorrer as operações que envolvem benefícios concedidos a empregados dentro das organizações; essas operações foram regulamentadas pelo CPC 33. O segundo processo que apresentaremos visa a compreender como o conceito e a mensuração de ativos não circulantes mantidos para venda e operação descontinuada deve ocorrer; neste caso, serão considerados os tópicos trazidos pelo CPC 31. Em suma, avançaremos sobre alguns aspectos especí�cos da contabilidade, bem como contribuiremos para ampliar o conhecimento sobre conteúdos de grande importância para a formação do pro�ssional contábil. 15/06/2021 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_668077_1&PA… 3/28 A compreensão e o estudo da política de benefícios a empregados se fazem necessários já que representam um signi�cativo elemento no contexto operacional das Entidades em geral. É inegável que os custos gerados visando a proporcionar esses benefícios aos empregados sejam apropriadamente contabilizados, para que, posteriormente, as demonstrações contábeis da entidade sejam divulgadas. Com o objetivo de estabelecer um padrão para a contabilização e a divulgação dos benefícios a empregados, o Comitê de Pronunciamentos Contábeis, juntamente com outras entidades nacionais, considerando as normativas internacionais que recaem sobre a contabilidade, emitiram em 13 de dezembro de 2012 o “CPC 33 (R1) – Benefícios a Empregados”. Os gastos com empregados: [...] passaram a ser cada vez mais signi�cativos na estrutura operacional, pois, além dos gastos tradicionais com empregados, como salários e encargos, os benefícios aumentaram sua representatividade com o crescimento da oferta de assistência médica, CPC 33 – Benefícios Concedidos aosCPC 33 – Benefícios Concedidos aos EmpregadosEmpregados Figura 1.1 – Benefícios a Empregados Fonte: Yevhenii Doro�eiev / 123RF. 15/06/2021 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_668077_1&PA… 4/28 seguro de vida, planos de previdência, que passaram a ser oferecidos pelas empresas (SILVA et al., 2016, p. 139). A adoção do CPC 33 requer que as entidades reconheçam um passivo quando o empregado prestou o serviço em troca de benefícios a serem desembolsados futuramente e considera, também, como uma despesa quando a entidade se utiliza do benefício econômico proveniente do serviço recebido do empregado em troca de benefícios pagos a ele. É importante considerar que o alcance CPC 33 deve ser aplicado a todas as entidades empregadoras ou patrocinadoras na contabilização de todos os benefícios ofertados aos seus empregados (VICECONTI; NEVES, 2013). Há duas ressalvas que necessitam serem feitas sobre a não aplicação deste CPC, sendo: 1. Não se aplica às entidades que efetuam pagamento baseado em ações; para essas, aplica-se o CPC 10. 2. Esse pronunciamento não trata das demonstrações contábeis pelos planos de benefícios a empregados ou pelos fundos de pensão. No Quadro 1.1 constam os benefícios pagos aos empregados que são abarcados pelo CPC 33. 15/06/2021 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_668077_1&PA… 5/28 BENEFÍCIO DEFINIÇÃO ESPECIFICAÇÃO 1 – Benefícios de curto prazo a empregados São benefícios (exceto benefícios rescisórios) que se espera que sejam integralmente liquidados em até doze meses após o período a que se referem as demonstrações contábeis em que os empregados prestarem o respectivo serviço. Ordenados, salários e contribuições para a seguridade social. Licença anual remunerada e licença médica remunerada. Participação nos lucros e bônus. Benefícios não monetários (tais como assistência médica, moradia, carros e bens ou serviços gratuitos ou subsidiados) para empregados atuais. 2 – Benefícios pós-emprego São os benefícios a empregados (exceto benefícios rescisórios e benefícios de curto prazo a empregados) que serão pagos após o período de emprego. Benefícios de aposentadoria (por exemplo, pensões e pagamentos integrais por ocasião da aposentadoria). Outros benefícios pós-emprego, tais como seguro de vida e assistência médica pós-emprego. 3 – Outros benefícios de longo prazo aos empregados São todos os benefícios pagos aos empregados que não são benefícios de curto prazo aos empregados, benefícios pós- emprego e benefícios rescisórios. Ausências remuneradas de longo prazo, tais como licenças por tempo de serviço ou sabáticas. Jubileu ou outros benefícios por tempo de serviço. Benefícios por invalidez de longo prazo. 4 – Benefícios rescisórios São benefícios aos empregados fornecidos pela rescisão do São pagos por decisão da entidade terminar o vínculo empregatício do 15/06/2021 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_668077_1&PA… 6/28 Quadro 1.1 – Benefícios pagos aos empregados que são abarcados pelo CPC 33 Fonte: CPC 33 (2012, p. 3). Os benefícios pagos aos dependentes dos empregados também estão abrangidos nas de�nições do CPC 33. Dentre eles estão os benefícios que podem ser feitos por meio de pagamento ou fornecimento de bens e serviços aos cônjuges, �lhos, dependentes ou, ainda, terceiros. Em relação ao empregado, este não necessariamente necessita prestar serviço em período integral na entidade para o CPC; se ele trabalhar parcial, permanente, casual ou temporariamente também terá seus benefícios registrados pela norma em questão. Diretores e administradores também são considerados empregados por esse pronunciamento. O CPC 33 (2012) traz algumas de�nições importantes para a compreensão do processo contabilização dos benefícios a empregados: 1. Planos de benefícios pós-emprego – Nesse tipo de plano, as entidades manterão benefícios individuais ou a um grupo de empregados, mesmo após �nalização do vínculo trabalhista. Ressalta-se ainda que esses acordos podem ser formais ou informais. 2. Planos de contribuição de�nida – Essas contribuições acontecem da empresa para uma empresa terceira; elas não são, então, responsáveis pela administração desses recursos e nem por haver ou não saldo para pagar os benefícios aos empregados. As empresas são encaradas como patrocinadoras da ação. 3. Planos de benefício de�nido – Esses planos de benefícios pós-emprego se diferenciam, pois não possuem em suas características a necessidade de contribuírem inde�nidamente para essa �nalidade. 4. Planos multiempregadores – Esses planos se caracterizam principalmente por possuírem a condição de contribuição de�nida. Uma segunda marca desse tipo de plano é que os ativos podem ser formados por duas ou mais empresas que não necessariamente possuem relação entre si, bem como os empregados que recebem esses benefícios também são de empresas diferentes. Segundo Silva et al. (2016, p. 151), a evidenciação dos benefícios aos empregados “tem um papel importante por dar subsídiosnecessários para que as entidades de classe e interessados tenham condições de acompanhar as práticas que estão sendo adotadas por essas empresas para gerir os benefícios aos empregados”. Nota-se que mesmo após passados mais de sete anos após a divulgação do CPC, ainda há uma baixa aderência das empresas em realizarem a correta divulgação das informações descritas no pronunciamento. Dentre as possíveis causas dessa baixa contrato de trabalho de empregado. empregado antes da data normal de aposentadoria; ou Por decisão do empregado de aceitar uma oferta de benefícios em troca da rescisão do contrato de trabalho. 15/06/2021 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_668077_1&PA… 7/28 aderência estão o desconhecimento dos dispostos no pronunciamento por parte das empresas, bem como a falta de cobrança e �scalização das demais entidades que regulam e normatizam a contabilidade no Brasil. A seguir, vejamos as entidades que já normatizaram a utilização e a obrigatoriedade do CPC 33: CVM – Comissão de Valores Mobiliários – Deliberação CVM Nº 695, de 13 de dezembro de 2012. Aprovou e tornou obrigatório o uso do CPC para as companhias abertas. CFC – Conselho Federal de Contabilidade – Resolução 2015 / NBCTG33 (R2), de 06 de novembro de 2015. Revogou disposições anteriores que tratavam do tema de benefícios a empregados. Banco Central do Brasil – Resolução n° 4.424, de 25 de junho de 2015. Aprovou que as instituições �nanceiras e as demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil devem observar, a partir de 1º de janeiro de 2016, o Pronunciamento Técnico CPC 33 (R1) – Benefícios a Empregados (CPC 33). SUSEP – Superintendência de Seguros Privados – Circular n.º 517, de 30 de julho de 2015. Dispõe sobre a necessidade de adoção do CPC 33 nas empresas que respondem a SUSEP. ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica – Resolução Normativa nº605, de 11 de março de 2014. Aprova o Manual de Contabilidade do Setor Elétrico – MCSE. ANS – Agência Nacional de Saúde Suplementar – Resolução normativa RN nº 322, de 27 de março de 2013. Altera o Anexo da Resolução Normativa nº290, de 27 de fevereiro de 2012, que dispõe sobre o Plano de Contas Padrão para as Operadoras de Planos de Assistência à Saúde. ANTT – Agência Nacional de Transportes Terrestres – Resolução ANTT nº3847, de 20 de junho de 2012. Aprova o Manual de Contabilidade do Serviço Público de Transporte Ferroviário de Cargas e Passageiros utilizado como padrão de contabilização por todas as Concessionárias Ferroviárias reguladas pela ANTT. Em um mercado globalizado e altamente competitivo que recebe constantemente investimentos estrangeiros faz-se necessária a publicação de informações que irão auxiliar os usuários nas tomadas de decisões; portanto, a adoção dos pronunciamentos se torna condição importante no processo de publicação e divulgação das informações contábeis. praticar Vamos Praticar “Benefícios a empregados são todas as formas de remuneração concedidas por uma entidade em troca dos serviços prestados pelos empregados e precisam ser contabilizados por competência tendo como 15/06/2021 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_668077_1&PA… 8/28 contrapartida, conforme o recebimento, os serviços prestados pelos empregados” (VICECONTI; NEVES, 2013, p. 573). Considerando o texto apresentado, de qual tipo de benefício os “ordenados, salários e contribuições para a seguridade social” fazem parte? VICECONTI, P.; NEVES, S. Contabilidade avançada e análise das demonstrações �nanceiras. 17. ed. São Paulo: Saraiva, 2013. a) Benefícios pós-emprego. b) Outros benefícios de longo prazo aos empregados. c) Benefícios rescisórios. d) Benefícios de curto prazo a empregados. e) Benefícios e planos de contribuição definida. 15/06/2021 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_668077_1&PA… 9/28 A aplicação do CPC 33 ainda é restrita a algumas empresas. Dentre os motivos apontados para isso está o fato de que muitos pro�ssionais da contabilidade ainda possuem muitas dúvidas sobre como evidenciar as informações, de acordo com o que pede o pronunciamento. Visando explicitar como esse pronunciamento deve ser explicitado, serão expostos alguns exemplos especí�cos sobre como as informações precisam ser evidenciadas. Reconhecimento e Mensuração Em relação aos benefícios de curto prazo, eles são caracterizados quando os empregados prestam algum tipo de serviço a uma entidade durante o período contábil. Esta entidade deve reconhecer o valor (montante), não descontado dos benefícios de curto prazo aos empregados que deveriam ser pagos em troca desses serviços. Esse valor pode ser reconhecido como passivo (despesa acumulada), após a dedução de qualquer quantia já paga ou, ainda, como despesa (caso não haja alguma especi�cidade descrita em outro pronunciamento). Casos Práticos de Aplicação do CPC 33Casos Práticos de Aplicação do CPC 33 Figura 1.2 – Acertando na Mensuração Fonte: Maxim Evseev / 123RF. 15/06/2021 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_668077_1&P… 10/28 Licenças Em caso de licenças remuneradas de curto prazo, a entidade deve evidenciar o custo esperado com esses benefícios de curto prazo aos empregados, na forma de licenças remuneradas da seguinte forma: “(a) no caso de licenças remuneradas cumulativas, quando o serviço prestado pelos empregados aumentar o seu direito a ausências remuneradas futuras; (b) no caso de licenças remuneradas não cumulativas, quando as ausências ocorrerem” (CPC 33, 2012, p. 8). Ainda em relação às licenças remuneradas, elas podem ser classi�cadas em duas categorias: cumulativas e não cumulativas. As licenças remuneradas cumulativas são aquelas que, caso o empregado não usufrua no momento a que tem direito, ele pode utilizá-la futuramente; portanto, a entidade deve mensurar o custo que essas licenças remuneradas cumulativas possuem como uma quantia adicional que a entidade terá de pagar futuramente. No item Re�ita seguinte há um exemplo de como a entidade deve efetuar o registro da licença remunerada cumulativa, segundo o CPC 33. As licenças remuneradas podem ser não cumulativas, ou seja, esse direito expira, se não for usufruído. Nesse tipo de licença, o empregado também não tem direito ao recebimento em dinheiro do valor da licença quando sair da empresa. Vejamos a seguir, alguns exemplos desse tipo de licença: doença; maternidade ou paternidade; serviços nos tribunais; serviço militar. reflitaRe�ita A empresa XYC possui 100 empregados, sendo que cada um desses empregados tem direito a cinco dias de trabalho de licença médica remunerada por ano, além do direito de, caso não utilizem esse direito, estenderem o uso por até um ano/calendário. Segundo normas, essa licença médica é excluída do direito do ano corrente e, em seguida, do saldo do ano anterior (base UEPS). Em 31 de dezembro de 2011, o direito médio dessa licença é de 2 dias por empregado. A entidade espera, considerando os anos anteriores, que 92 empregados não gozarão mais de cinco dias de licença médica remunerada em 2012, bem como os oitos empregados restantes gozarão em média seis dias e meio, cada um, de licença. A empresa XYC espera pagar um adicional de 12 dias de auxílio-doença em consequência do direito não utilizado que tenha acumulado em 31 de dezembro de 2011 (um dia e meio cada, para oito empregados). Portanto, a empresa XYC reconhece um passivo igual a 12 dias de auxílio-doença. Fonte: CPC 33 (2012, p. 9). 15/06/2021 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_668077_1&P… 11/28 Pacotes de Bene�ícios Algumas empresas oferecem em seu pacote de benefícios aos empregados os planos de participação nos lucros e bônus. Essa é uma práticautilizada para reter talentos e melhorar o clima organizacional. Esses benefícios também precisam ser evidenciados nas demonstrações elaboradas por essas empresas segundo o pronunciamento. Esses custos devem ser registrados quando: “(a) a entidade tiver a obrigação legal ou construtiva de fazer tais pagamentos em consequência de eventos passados; e (b) a obrigação puder ser estimada de maneira con�ável. Existe uma obrigação presente quando e somente quando a entidade não tem alternativa realista, a não ser efetuar os pagamentos” (CPC 33, 2012, p. 9). Há casos em que quanto mais um empregado �car na empresa, maior será o valor que ele terá direito a receber pelo pacote de benefícios. Essa obrigação de permanecer por um longo período é denominada de obrigação construtiva, já que à medida que ele �car mais na empresa, maior será a quantia a ser paga pela empresa. Aqui se faz necessário reconhecer na mensuração que alguns empregados não �carão o tempo mínimo necessário para terem direito a receber o benefício, então esse valor necessita ser desconsiderado. Veja um exemplo de reconhecimento do pacote de benefícios: Segundo CPC 33 uma entidade pode fazer uma estimativa da sua obrigação legal (ou construtiva) para seu plano de participação nos lucros somente quando atender aos três requisitos abaixo: (a) os termos formais do plano contemplarem uma fórmula para determinar o valor do benefício; (b) a entidade determinar os montantes a serem pagos antes da aprovação de reflitaRe�ita Para que uma entidade tenha um plano de participação nos lucros, isso exige que seja feita a destinação de parte do seu lucro líquido obtido no ano, para os empregados que trabalharam o ano todo na entidade. Considerando que nenhum empregado se desligue da empresa no período de ano, estão orçados que 3% do lucro líquido para arcar com as despesas do pagamento da participação nos lucros. A entidade porém, identi�ca uma rotatividade em algumas atividades, sendo assim, ela acredita que os pagamentos sejam reduzidos a ordem de 2,5% do lucro líquido. Portanto, a entidade deverá reconhecer o passivo e uma de despesa de 2,5% do lucro líquido de sua operação que será destinado ao plano de participação nos lucros. Fonte: CPC 33 (2012, p.10). 15/06/2021 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_668077_1&P… 12/28 emissão das demonstrações contábeis; ou (c) a prática passada fornecer evidências claras do montante da obrigação construtiva da entidade (CPC 33, 2012, p. 10). Caso a entidade não efetue o pagamento da participação nos lucros e dos bônus a que seus empregados tiverem direito em até doze meses após o período aquisitivo dos empregados, ela deverá considerar esses benefícios como de longo prazo. Divulgação Em relação à divulgação das informações exigidas pelo CPC 33, nota-se que algumas informações não necessitam ser evidenciadas de acordo com esse pronunciamento; porém, há algumas especi�cidades que necessitam ser evidenciadas de acordo com outros pronunciamentos. As principais estão contidas no Quadro 1.2. 15/06/2021 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_668077_1&P… 13/28 TIPO DE BENEFÍCIO DIVULGAÇÃO PELO CPC 33 DIVULGAÇÃO POR OUTRO CPC Benefícios de curto prazo aos empregados Não exigida. O Pronunciamento Técnico CPC 05 – Divulgação sobre Partes Relacionadas exige divulgação acerca de benefícios concedidos aos administradores da entidade. O Pronunciamento Técnico CPC 26 – Apresentação das Demonstrações Contábeis exige a divulgação de despesas com benefícios a empregados. Benefícios pós- emprego: planos de contribuição de�nida A entidade deve divulgar o montante reconhecido como despesa para os planos de contribuição de�nida. Sempre que exigido pelo Pronunciamento Técnico CPC 05 – Divulgação sobre Partes Relacionadas, a entidade divulga informação acerca das contribuições para planos de contribuição de�nida relativas aos administradores da entidade. Benefícios pós- empregado: planos de benefícios de�nido A entidade deve divulgar informações que: (a) expliquem as características de seus planos de benefício de�nido e os riscos a eles associados; (b) identi�quem e expliquem os montantes em suas demonstrações contábeis decorrentes de seus planos de benefício de�nido; (c) descrevam como seus planos de benefício de�nido podem afetar o valor, o prazo Quando exigido pelo Pronunciamento CPC 05 – Divulgação sobre Partes Relacionadas, a entidade deve divulgar informações sobre: (a) transações com partes relacionadas com planos de benefícios pós-emprego; e (b) benefícios pós-emprego para o pessoal-chave da administração. Quando exigido pelo Pronunciamento CPC 25 – Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes, a 15/06/2021 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_668077_1&P… 14/28 Quadro 1.2 – Divulgação proposta pelo CPC 33 nas demonstrações Fonte: Adaptado de CPC 33 (2012). praticar e a incerteza dos �uxos de caixa futuros da entidade. entidade deve divulgar informações sobre passivos contingentes decorrentes de obrigações de benefícios pós- emprego. Outros benefícios de longo prazo a empregados Não exigida. O Pronunciamento CPC 05 – Divulgação sobre Partes Relacionadas requer divulgações sobre benefícios a empregados para os administradores da entidade. O Pronunciamento CPC 26 – Apresentação das Demonstrações Contábeis requer a divulgação das despesas de benefícios a empregados. Benefícios rescisórios Não exigida. O Pronunciamento CPC 05 – Divulgação sobre Partes Relacionadas exige divulgações sobre os Benefícios rescisórios de administradores da entidade. O Pronunciamento CPC 26 – Apresentação das Demonstrações Contábeis exige a divulgação das despesas de benefícios aos empregados. 15/06/2021 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_668077_1&P… 15/28 p at ca Vamos Praticar Segundo o CPC 33 (2012, p. 10) “as licenças remuneradas não cumulativas não são estendidas para o próximo exercício: elas expiram se o direito não for totalmente usufruído no período corrente, e não dão aos empregados o direito ao pagamento em dinheiro por direitos não usufruídos no momento em que se desliguem da entidade”. Das opções a seguir, qual não é considerada uma licença remunerada não cumulativa? CPC 33. Benefícios a Empregados. São Paulo: Comitê de Pronunciamentos Contábeis. 2012. Disponível em: <http://www.cpc.org.br/CPC/Documentos-Emitidos/Pronunciamentos/Pronunciamento?Id=64>. Acesso em: 20 jun. 2019. a) Licença remunerada por doença. b) Licença maternidade. c) Licença paternidade. d) Licença prêmio de acordo com a convenção coletiva. e) Serviço militar. http://www.cpc.org.br/CPC/Documentos-Emitidos/Pronunciamentos/Pronunciamento?Id=64 15/06/2021 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_668077_1&P… 16/28 A venda de ativos não circulantes sempre foi motivo de muitas dúvidas para os pro�ssionais da contabilidade. Visando a dirimir as principais dúvidas, o Comitê de Pronunciamentos Contábeis divulgou, em 16 de setembro de 2009, o CPC 31 intitulado de “Ativo Não Circulante Mantido para Venda e Operação Descontinuada”. Esse pronunciamento objetiva estabelecer normas para a contabilização de ativos não circulantes mantidos para venda (colocados à venda) e a consequente apresentação e divulgação das operações descontinuadas. Para o CPC 31, os ativos que são mantidos para venda devem ser: Mensurados pelo menor entre o valor contábil até então registrado e o valor justo menos as despesas de venda, e que a depreciação ou a amortização desses ativos cesse; Apresentados separadamente no balanço patrimonial;e que os resultados das operações descontinuadas sejam apresentados separadamente na demonstração do resultado (CPC 31, 2009, p. 1). Esse CPC visa, também, a esclarecer as dúvidas sobre: Quando um ativo não circulante, como o imobilizado, passa a ter seu valor contábil líquido a ser recuperado pela sua venda, e não mais pelo seu uso, está pronto, ou virtualmente pronto, para essa venda e teve iniciado o processo dessa alienação de maneira que seja improvável a mudança dessa decisão, deve ser transferido para o ativo circulante, pelo menor valor, entre seu valor líquido contábil e seu valor justo, líquido das despesas com vendas (VICECONTI; NEVES, 2013, p. 572). O alcance do CPC 31 aplica a todos os ativos não circulantes reconhecidos e a todos os grupos de ativos mantidos para venda da entidade, com exceção dos itens constantes a seguir que possuem pronunciamento especí�co que regulamenta sua evidenciação: CPC 31 – Ativo Não Circulante Mantido paraCPC 31 – Ativo Não Circulante Mantido para Venda e Operação DescontinuadaVenda e Operação Descontinuada 15/06/2021 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_668077_1&P… 17/28 a) imposto de renda diferido ativo (CPC 32 – Tributos sobre o Lucro); b) ativos provenientes de benefícios a empregados (CPC 33 – Benefícios a Empregados); c) ativos �nanceiros no alcance do CPC 48 – Instrumentos Financeiros; d) ativos não circulantes que sejam contabilizados de acordo com o valor justo nos termos do CPC 28 – Propriedade para Investimento; e) ativos não circulantes que sejam mensurados pelo valor justo menos as despesas estimadas no ponto de venda, de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 29 – Ativo Biológico e Produto Agrícola; f) direitos contratuais de acordo com contratos de seguro tal como de�nido no CPC 11 – Contratos de Seguro. (CPC 31, 2009, p. 3) É necessário considerar que o CPC 31 possui estreita relação com os demais pronunciamentos, ou seja, sua análise também pede a leitura atenta de outros pronunciamentos. Classi�icação de Ativo Não Circulante como Mantido para Venda Uma entidade deve classi�car um ativo não circulante como mantido para venda se o seu valor contábil vai ser recuperado, especi�camente, por meio de transação de venda em vez do uso contínuo. Esse ativo ou grupo de ativos que a entidade deseja vender deve estar à disposição para ser vendido imediatamente, restando apenas a determinação das condições de venda, ou seja, ele deve possuir uma grande perspectiva de venda. Para considerar um ativo com alta perspectiva de venda, faz-se necessário também que a alta administração esteja decidida a se desfazer do ativo. No Quadro 3, a seguir, constam algumas notícias que foram publicadas na imprensa sobre planos de desinvestimentos de grandes que se des�zeram de ativos. 15/06/2021 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_668077_1&P… 18/28 Quadro 1.3 – Notícias sobre empresas que realizaram programas de desinvestimentos Fonte: Elaborado pelo autor. A partir de uma rápida observação das notícias contidas no Quadro 1.3, nota-se que quando uma grande empresa implementa um plano de desinvestimentos, ou seja, quando ela pretende colocar ativos para vendas, esse processo movimenta milhões de reais (ou até bilhões). Portanto, a existência de um pronunciamento como CPC 31, que regulamenta a evidenciação dessas EMPRESA DADOS ATIVOS COLOCADOS À VENDA PETROBRÁS A Petrobrás aprovou em 2015 um plano de desinvestimentos em que buscava vender ativos na ordem de US$ 13,7 bilhões de dólares. O valor levantado seria para diminuir seu endividamento e aumentar o caixa da empresa. As vendas de ativos estão divididas entre exploração e produção no Brasil e no exterior (30%), abastecimento (30%) e gás e energia (40%). JBS A empresa de proteína animal JBS, que possui como uma de suas principais marcas a Friboi, anunciou, em 2016, desinvestimentos na ordem de R$ 6 bilhões de reais. Dentre os ativos de que a empresa pretendia se livrar, há destaque para a venda de 19,2% da empresa Vigor Alimentos S.A., além da venda da empresa Moy Park e dos ativos da Five Rivers Cattle Feeding e fazendas. CEMIG A Cemig anuncia plano de desinvestimentos da ordem de R$ 6,5 bilhões. Os ativos à venda se constituem basicamente em participações da companhia em diversas empresas do setor elétrico e mesmo fora dele. GRUPO CASINO Grupo Francês Casino quer vender empresa dona das Casas Bahia e Ponto Frio por R$ 6,55 bilhões. Os recursos serão usados para reduzir a dívida. A Via Varejo tem uma das maiores operações de comércio eletrônico do Brasil e mais de 900 lojas físicas. 15/06/2021 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_668077_1&P… 19/28 informações, é de tamanha importância para geração de informação de qualidade e permite a correta tomada de decisão dos gestores. Operação Descontinuada Uma operação descontinuada trata basicamente de um componente da entidade que foi baixado, podendo ser por venda ou não, ou que ainda é um componente que está classi�cado como um ativo não circulante mantido para venda. Outra característica é que este componente representa uma importante linha de negócios da entidade (VICECONTI; NEVES, 2013). O CPC 31 (2009) indica ainda que uma operação descontinuada deve ter as seguintes características: ● Representa uma importante linha separada de negócios ou área geográ�ca de operações; ● É parte integrante de um único plano coordenado para venda de uma importante linha separada de negócios ou área geográ�ca de operações; ou ● É uma controlada adquirida exclusivamente com o objetivo da revenda. (CPC 31, 2009, p. 9) O principal objetivo da identi�cação da operação descontinuada é realizar a segregação dos ativos da entidade na demonstração do resultado, separando dos resultados derivados desse componente durante o período. Incluem-se também o obtido na baixa, líquidos dos tributos, numa única linha, para segregação dos resultados das operações que continuam (VICECONTI; NEVES, 2013). O pronunciamento indica ainda que “qualquer ganho ou perda relativa à remensuração de ativo não circulante classi�cado como mantido para venda que não satisfaça à de�nição de operação descontinuada deve ser incluído nos resultados das operações em continuidade” (CPC 31, 2009, p. 11). Uma entidade necessita constantemente apresentar suas demonstrações contábeis de forma �dedigna aos seus usuários. Somente assim ela garantirá que todas as análises feitas a partir dessas demonstrações possam representar corretamente a situação econômica, �nanceira e contábil da entidade. praticar Vamos Praticar 15/06/2021 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_668077_1&P… 20/28 “A BRF, dona das marcas Sadia e Perdigão, anunciou nesta sexta-feira uma reestruturação operacional e �nanceira, e espera arrecadar até R$ 5 bilhões, no segundo semestre, principalmente com a venda de ativos e desinvestimento. O plano da companhia inclui a venda de unidades operacionais na Europa, Tailândia e Argentina, mas não exclui a exportação para estes mercados. Também serão vendidos ativos imobiliários e não operacionais, como áreas de re�orestamento, além de participações minoritárias em empresas” (LIMA; SORIMA NETO, 2018). O plano de desinvestimentos anunciado pela empresa BRF requer que o contador da empresa faça qual operação de acordo com o CPC 31? LIMA, L.; SORIMA NETO, J. BRF anuncia plano de reestruturação e espera arrecadar R$ 5 bilhões. O Globo. 2018. Rio de Janeiro: Grupo Globo, 2018. Disponível em: <https://oglobo.globo.com/economia/brf-anuncia- plano-de-reestruturacao-espera-arrecadar-5-bilhoes-22837081>. Acesso em: 20 jun. 2019. a) Registre o imposto de renda diferido ativo no balanço patrimonial. b) Registreos ativos provenientes de benefícios a empregados que possuem ações da companhia. c) Registre os ativos não circulantes que sejam contabilizados de acordo com o valor justo. d) Classifique os ativos não circulantes e mantidos para venda e faça, posteriormente, o processo de operação descontinuada. e) Registre os ativos financeiros como disponíveis para comercialização. https://oglobo.globo.com/economia/brf-anuncia-plano-de-reestruturacao-espera-arrecadar-5-bilhoes-22837081 15/06/2021 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_668077_1&P… 21/28 A entidade que adotar o CPC 31 deverá apresentar o ativo não circulante classi�cado como mantido para venda de forma separada dos demais ativos em seu balanço patrimonial. Já os passivos de grupo de ativos classi�cados como mantido para venda devem ser apresentados em separado dos outros passivos evidenciados no balanço patrimonial. Tanto esses ativos quanto esses passivos não deverão ser compensados nem apresentados em um montante único. É importante salientar que as principais classes de ativos e passivos (que são apresentadas como mantidos para venda) deverão ser divulgadas separadamente no balanço patrimonial ou ainda em notas explicativas (CPC 31, 2009). São necessárias, ainda, divulgações adicionais nas notas explicativas do período em que o ativo não circulante tenha sido classi�cado como vendido ou mantido para venda: (a) descrição do ativo (ou grupo de ativos) não circulante; (b) descrição dos fatos e das circunstâncias da venda, ou que conduziram à alienação esperada, forma e cronograma esperados para essa alienação; (c) ganho ou perda reconhecido(a) de acordo com os itens 20 a 22 e, se não for apresentado(a) separadamente na demonstração do resultado, a linha na demonstração do resultado que inclui esse ganho ou perda; (d) se aplicável, segmento em que o ativo não circulante ou o grupo de ativos mantido para venda está apresentado de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 22 – Informações por Segmento (CPC, 31, 2009, p. 12). Em se tratando de disposição transitória, o CPC 31 indica que [...] a entidade pode aplicar retrospectivamente os requisitos do Pronunciamento Técnico a todos os ativos não circulantes ou a grupos de ativos que satisfaçam os critérios de classi�cação como mantidos para venda e a operações que satisfaçam os critérios de classi�cação como descontinuadas (CPC, 31, 2009, p. 12). Ativo Não Circulante Mantido para Venda eAtivo Não Circulante Mantido para Venda e Operação Descontinuada CPC 31Operação Descontinuada CPC 31 15/06/2021 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_668077_1&P… 22/28 Exempli�icação de Item Disponível para Venda O item 7 do CPC 31 (2009, p. 3) indica que “um ativo ou o grupo de ativos mantido para venda deve estar disponível para venda imediata em suas condições atuais”, ou seja, a sua venda deve ter probabilidade muito provável de ocorrer. Visando a exempli�car esse item, segue o exemplo da empresa CCB. Exemplo 1: A empresa CCB busca realizar a venda do prédio sede onde está instalada, tendo iniciado imediatamente o plano de vendas em busca de um comprador. Para isso, ela possui duas opções: OPÇÃO A: A empresa CCB, nesta opção, tem como intenção transferir o prédio a um comprador somente após desocupar o mesmo, ou seja, em tempo usual e respeitando o critério apresentado no item 7. OPÇÃO B: A empresa CCB, nesta opção, pretende continuar a utilizar o prédio mesmo após a venda, por período igual ao tempo da construção da sua nova sede. Sendo assim, e considerando que atrasos na fase da obra possam ocorrer, demonstra que a empresa não pretende se desfazer do prédio imediatamente após a venda. O item 7 somente poderia ser cumprido após a construção da nova sede, mesmo que a empresa já possuísse um �rme compromisso de venda do ativo. Exempli�icação de Conclusão de Venda Esperada Dentro de um Ano Segundo o CPC 31, em seu item 8, a entidade tem o tempo de até um ano a partir da classi�cação do item como disponível para venda. No exemplo 2, trazido pelo pronunciamento, esse item �ca mais evidente. Exemplo 2: Para ser quali�cado como um ativo mantido para venda, a venda de um ativo não circulante (ou grupo de ativos) deve ser altamente provável, conforme apregoa o item 7 no CPC 33, e para a transferência do ativo (ou grupo de ativos) deve ser esperada a conclusão da venda em até um ano conforme o item 8. Sendo assim, o item 8 não seria cumprido nas opções seguintes: OPÇÃO A: Quando a entidade “estiver mantendo para venda ou arrendamento equipamentos que deixaram de ser recentemente arrendados e a última forma de transação futura (venda ou arrendamento) ainda não foi determinada” (CPC, 2009, p. 16). OPÇÃO B: Quando a entidade “estiver comprometida com o plano de ‘vender’ um imóvel que esteja em uso e a transferência do imóvel será contabilizada como venda e retroarrendamento (leaseback) �nanceiro” (CPC, 2009, p. 16). Ativo Não Circulante a ser Baixado Segundo o CPC 31 (2009), uma entidade não deverá classi�car como mantido para venda o ativo não circulante ou o grupo de ativos destinado a ser baixado, pois o valor contábil poderia ser recuperado por meio do uso contínuo deste. “Os ativos não circulantes a serem baixados incluem 15/06/2021 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_668077_1&P… 23/28 ativos que devem ser usados até o �nal da sua vida econômica e ativos não circulantes que devem ser fechados em vez de vendidos” (CPC 31, 2009, p. 4), portanto, a entidade não deve contabilizar o ativo não circulante que foi retirado (em condição temporária) de serviço como se este tivesse sido baixado. No exemplo 3, consta um ativo que não foi considerado abandonado; já no exemplo 4, consta um caso em que o ativo foi abandonado. Exemplo 3: A XYZ pretende deixar de utilizar uma unidade fabril, pois o produto ali fabricado deixará de ser produzido. A empresa optou por deixar a fábrica em condições operacionais, para caso de a demanda do produto voltar a aumentar; neste caso, a unidade fabril não pode ser considerada como abandonada. Exemplo 4: No mês de outubro do ano de 2015, as organizações PBC decidiram abandonar as unidades fabris que produzem derivados de laranja que possui uma alta representatividade em seu mix de produtos e alto faturamento. Considerando que todos os trabalhos nas fábricas �caram parados em 2006, nas demonstrações do ano de 2005, os resultados e �uxos de caixa oriundos dessas unidades são considerados em continuidade. Contudo, as demonstrações dessas mesmas unidades, em 2006, são consideradas como “operações descontinuadas”. O pronunciamento pede, também, que as organizações PBC façam as divulgações exigidas pelos itens 33 e 34 do CPC 31. Ainda sobre os ativos abandonados, nota-se que se eles constituírem uma linha importante de negócios ou área geográ�ca de operações, deverão ser reportados em operações descontinuadas na data em que forem abandonados. reflitaRe�ita Sobre o código de ética pro�ssional do contabilista, convém relembrar que a este cabe “exercer a pro�ssão com zelo, diligência, honestidade e capacidade técnica, observando as Normas Brasileiras de Contabilidade e a legislação vigente, resguardando o interesse público, os interesses de seus clientes ou empregadores, sem prejuízo da dignidade e independência pro�ssionais”. Fonte: NBC Nº 1 (2019, p. 1). 15/06/2021 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_668077_1&P… 24/28 praticar Vamos Praticar Segundo CPC 31 (2009, p. 9) “uma operação descontinuada é um componente da entidade que foi baixado ou está classi�cado como mantido para venda e representa uma importante linha separada de negócios ou área geográ�ca de operações”. Além dessa característica, ainda podemos a�rmar sobre a operação descontinuada:CPC 31. Ativo Não Circulante Mantido para Venda e Operação Descontinuada. São Paulo: Comitê de Pronunciamentos Contábeis. 2009. Disponível em: <http://static.cpc.aatb.com.br/Documentos/336_CPC_31_rev%2012.pdf>. Acesso em: 20 jun. 2019. a) Representa uma linha secundária e sem importância para o negócio principal da empresa. b) Não possui relevância geográfica com as principais operações da empresa. c) Não necessita ser mantida para venda e nem informada nas notas explicativas. d) É uma controlada adquirida exclusivamente com o objetivo da revenda. e) Faz parte de um plano desintegrado e sem relevância de desinvestimento da entidade. saiba mais Saiba mais Geralmente a venda de ativos entre as organizações é vista como uma forma de a empresa concentrar esforços e recursos em seu core business. Ao contador que participa desse projeto, cabe a participação realizando todos os procedimentos que permitam que esse plano atenda a todos os preceitos da contabilidade. Por isso, leia o plano de negócios e gestão 2019-2023 da Petrobrás, em que a empresa optou por focar seus esforços em seu negócio principal. ACESSAR http://static.cpc.aatb.com.br/Documentos/336_CPC_31_rev%2012.pdf http://www.petrobras.com.br/pt/quem-somos/plano-estrategico/plano-de-negocios-e-gestao/ 15/06/2021 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_668077_1&P… 25/28 indicações Material Complementar LIVRO Manual de Contabilidade Societária: Aplicável a Todas as sociedades de Acordo com as Normas Internacionais e do CPC Ernesto Rubens Gelbcke, Ariovaldo dos Santos, Sérgio de Iudícibus, Eliseu Martins Editora: Atlas ISBN: 978-8597016000 Comentário: A leitura desse livro é obrigatória para todo pro�ssional que trabalha ou pretende trabalhar com contabilidade. Os autores são verdadeiras referências no que tange à contabilidade, e as temáticas abordadas contêm tudo que é de mais atual e necessário para os pro�ssionais da contabilidade no Brasil. 15/06/2021 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_668077_1&P… 26/28 FILME O contador Ano: 2016 Comentário: O �lme retrata a história de Christian Wol�, um contador com uma síndrome que limita suas habilidades sociais e que cuida da contabilidade das organizações criminosas mais perigosas do mundo. Com a chegada de um novo cliente, uma empresa de robótica "state-of- the-art", quanto mais perto ele chega da verdade, mais risco ele corre. Para conhecer mais sobre o �lme, assista ao trailer. T R A I L E R 15/06/2021 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_668077_1&P… 27/28 conclusão Conclusão A complexidade de se interpretar CPCs é algo inerente da pro�ssão contábil. Esse desa�o é apenas um dos muitos que qualquer pro�ssional da contabilidade enfrentará ao longo da sua carreira. Ao longo desses estudos, nota-se que ainda existem muitas dúvidas sobre a correta aplicação do CPCs 31 e 33 nas demonstrações contábeis, porém, é algo que não pode ser ignorado pelos futuros pro�ssionais. A oportunidade de poder estudar de forma racionalizada e estruturada ainda no curso superior essa temática já pode ser considerada uma condição que os coloca à frente dos demais pro�ssionais que se formaram há muito tempo. Ainda é necessário reforçar que deve ser característica nata do pro�ssional contábil a busca cada vez maior e mais constante por novas informações, novas fontes e também por formas que possam modi�car como a contabilidade é implementada no dia a dia das entidades. referências Referências Bibliográ�cas CPC 31. Ativo Não Circulante Mantido para Venda e Operação Descontinuada. São Paulo: Comitê de Pronunciamentos Contábeis. 2009. Disponível em: <http://static.cpc.aatb.com.br/Documentos/336_CPC_31_rev%2012.pdf>. Acesso em: 20 jun. 2019. CPC 33. Benefícios a Empregados. São Paulo: Comitê de Pronunciamentos Contábeis. 2012. Disponível em: <http://www.cvm.gov.br/export/sites/cvm/menu/regulados/normascontabeis/cpc/CPC_33_R1_rev_08.pdf> Acesso em: 20 jun. 2019. NBC 01. Norma Técnica de Perícia Contábil: Conselho Federal de Contabilidade. 2019. Disponível em: <https://cfc.org.br/wp-content/uploads/2016/02/NBC_TP_01.pdf>. Acesso em: 21 de jun. 2019. SILVA, C. M. et al. Identi�cação dos disclosures do CPC 33 (R1) nas demonstrações de empresas brasileiras do segmento de telefonia listadas da BM&FBOVESPA. RAGC, v. 4, n. 17, p. 133-153, 2016. http://static.cpc.aatb.com.br/Documentos/336_CPC_31_rev%2012.pdf http://www.cvm.gov.br/export/sites/cvm/menu/regulados/normascontabeis/cpc/CPC_33_R1_rev_08.pdf https://cfc.org.br/wp-content/uploads/2016/02/NBC_TP_01.pdf 15/06/2021 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_668077_1&P… 28/28 Disponível em: <http://static.cpc.aatb.com.br/Documentos/336_CPC_31_rev%2012.pdf>. Acesso em: 15 jun. 2019. VICECONTI, P.; NEVES, S. Contabilidade avançada e análise das demonstrações �nanceiras. 17. ed. São Paulo: Saraiva, 2013. IMPRIMIR http://static.cpc.aatb.com.br/Documentos/336_CPC_31_rev%2012.pdf
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