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Apostila GRA0100 CONTABILIDADE AVANÇADA II unidade_1 FMU 2021

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15/06/2021 Ead.br
https://fmu.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_668077_1&PA… 1/28
CONTABILIDADECONTABILIDADE 
 AVANCADA IIAVANCADA II
Me. Johny Henrique Magalhães Casado
I N I C I A R
15/06/2021 Ead.br
https://fmu.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_668077_1&PA… 2/28
introdução
Introdução
Iniciamos esta unidade destacando que a contabilidade vem passando por diversas mudanças em
todo o mundo (e o Brasil não é exceção), seja devido ao processo de internacionalização das
normas contábeis seja devido ao fato de que cada vez mais as operações de gestão das
organizações se so�sticarem e o pro�ssional contábil ter sido tecnicamente exigido.
Nesse sentido, abordaremos dois importantes processos que foram alterados a partir da adoção
dos pronunciamentos contábeis emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC). O
primeiro se refere à compreensão de como devem ocorrer as operações que envolvem benefícios
concedidos a empregados dentro das organizações; essas operações foram regulamentadas pelo
CPC 33. O segundo processo que apresentaremos visa a compreender como o conceito e a
mensuração de ativos não circulantes mantidos para venda e operação descontinuada deve
ocorrer; neste caso, serão considerados os tópicos trazidos pelo CPC 31.
Em suma, avançaremos sobre alguns aspectos especí�cos da contabilidade, bem como
contribuiremos para ampliar o conhecimento sobre conteúdos de grande importância para a
formação do pro�ssional contábil.
15/06/2021 Ead.br
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A compreensão e o estudo da política de benefícios a empregados se fazem necessários já que
representam um signi�cativo elemento no contexto operacional das Entidades em geral. É inegável
que os custos gerados visando a proporcionar esses benefícios aos empregados sejam
apropriadamente contabilizados, para que, posteriormente, as demonstrações contábeis da
entidade sejam divulgadas.
Com o objetivo de estabelecer um padrão para a contabilização e a divulgação dos benefícios a
empregados, o Comitê de Pronunciamentos Contábeis, juntamente com outras entidades
nacionais, considerando as normativas internacionais que recaem sobre a contabilidade, emitiram
em 13 de dezembro de 2012 o “CPC 33 (R1) – Benefícios a Empregados”. Os gastos com
empregados:
[...] passaram a ser cada vez mais signi�cativos na estrutura operacional, pois, além dos
gastos tradicionais com empregados, como salários e encargos, os benefícios
aumentaram sua representatividade com o crescimento da oferta de assistência médica,
CPC 33 – Benefícios Concedidos aosCPC 33 – Benefícios Concedidos aos
EmpregadosEmpregados
Figura 1.1 – Benefícios a Empregados 
Fonte: Yevhenii Doro�eiev / 123RF.
15/06/2021 Ead.br
https://fmu.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_668077_1&PA… 4/28
seguro de vida, planos de previdência, que passaram a ser oferecidos pelas empresas
(SILVA et al., 2016, p. 139).
A adoção do CPC 33 requer que as entidades reconheçam um passivo quando o empregado
prestou o serviço em troca de benefícios a serem desembolsados futuramente e considera,
também, como uma despesa quando a entidade se utiliza do benefício econômico proveniente do
serviço recebido do empregado em troca de benefícios pagos a ele.
É importante considerar que o alcance CPC 33 deve ser aplicado a todas as entidades
empregadoras ou patrocinadoras na contabilização de todos os benefícios ofertados aos seus
empregados (VICECONTI; NEVES, 2013). Há duas ressalvas que necessitam serem feitas sobre a não
aplicação deste CPC, sendo:
1. Não se aplica às entidades que efetuam pagamento baseado em ações; para essas,
aplica-se o CPC 10.
2. Esse pronunciamento não trata das demonstrações contábeis pelos planos de benefícios
a empregados ou pelos fundos de pensão.
No Quadro 1.1 constam os benefícios pagos aos empregados que são abarcados pelo CPC 33.
15/06/2021 Ead.br
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BENEFÍCIO DEFINIÇÃO ESPECIFICAÇÃO
 
 
 
1 – Benefícios de
curto prazo a
empregados
São benefícios (exceto benefícios
rescisórios) que se espera que
sejam integralmente liquidados
em até doze meses após o
período a que se referem as
demonstrações contábeis em
que os empregados prestarem o
respectivo serviço.
Ordenados, salários e contribuições
para a seguridade social.
Licença anual remunerada e licença
médica remunerada.
Participação nos lucros e bônus.
Benefícios não monetários (tais como
assistência médica, moradia, carros e
bens ou serviços gratuitos ou
subsidiados) para empregados atuais.
 
2 – Benefícios
pós-emprego
 
São os benefícios a empregados
(exceto benefícios rescisórios e
benefícios de curto prazo a
empregados) que serão pagos
após o período de emprego.
Benefícios de aposentadoria (por
exemplo, pensões e pagamentos
integrais por ocasião da
aposentadoria).
Outros benefícios pós-emprego, tais
como seguro de vida e assistência
médica pós-emprego.
 
 
3 – Outros
benefícios de
longo prazo aos
empregados
 
São todos os benefícios pagos
aos empregados que não são
benefícios de curto prazo aos
empregados, benefícios pós-
emprego e benefícios rescisórios.
Ausências remuneradas de longo
prazo, tais como licenças por tempo
de serviço ou sabáticas.
Jubileu ou outros benefícios por
tempo de serviço.
Benefícios por invalidez de longo
prazo.
 
4 – Benefícios
rescisórios
São benefícios aos empregados
fornecidos pela rescisão do
São pagos por decisão da entidade
terminar o vínculo empregatício do
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Quadro 1.1 – Benefícios pagos aos empregados que são abarcados pelo CPC 33 
Fonte: CPC 33 (2012, p. 3).
Os benefícios pagos aos dependentes dos empregados também estão abrangidos nas de�nições
do CPC 33. Dentre eles estão os benefícios que podem ser feitos por meio de pagamento ou
fornecimento de bens e serviços aos cônjuges, �lhos, dependentes ou, ainda, terceiros. Em relação
ao empregado, este não necessariamente necessita prestar serviço em período integral na
entidade para o CPC; se ele trabalhar parcial, permanente, casual ou temporariamente também
terá seus benefícios registrados pela norma em questão. Diretores e administradores também são
considerados empregados por esse pronunciamento.
O CPC 33 (2012) traz algumas de�nições importantes para a compreensão do processo
contabilização dos benefícios a empregados:
1. Planos de benefícios pós-emprego – Nesse tipo de plano, as entidades manterão
benefícios individuais ou a um grupo de empregados, mesmo após �nalização do vínculo
trabalhista. Ressalta-se ainda que esses acordos podem ser formais ou informais.
2. Planos de contribuição de�nida – Essas contribuições acontecem da empresa para uma
empresa terceira; elas não são, então, responsáveis pela administração desses recursos e
nem por haver ou não saldo para pagar os benefícios aos empregados. As empresas são
encaradas como patrocinadoras da ação.  
3. Planos de benefício de�nido – Esses planos de benefícios pós-emprego se diferenciam,
pois não possuem em suas características a necessidade de contribuírem
inde�nidamente para essa �nalidade.
4. Planos multiempregadores – Esses planos se caracterizam principalmente por
possuírem a condição de contribuição de�nida. Uma segunda marca desse tipo de plano
é que os ativos podem ser formados por duas ou mais empresas que não
necessariamente possuem relação entre si, bem como os empregados que recebem
esses benefícios também são de empresas diferentes.
Segundo Silva et al. (2016, p. 151), a evidenciação dos benefícios aos empregados “tem um papel
importante por dar subsídiosnecessários para que as entidades de classe e interessados tenham
condições de acompanhar as práticas que estão sendo adotadas por essas empresas para gerir os
benefícios aos empregados”. Nota-se que mesmo após passados mais de sete anos após a
divulgação do CPC, ainda há uma baixa aderência das empresas em realizarem a correta
divulgação das informações descritas no pronunciamento. Dentre as possíveis causas dessa baixa
contrato de trabalho de
empregado.
empregado antes da data normal de
aposentadoria; ou
Por decisão do empregado de aceitar
uma oferta de benefícios em troca da
rescisão do contrato de trabalho.
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aderência estão o desconhecimento dos dispostos no pronunciamento por parte das empresas,
bem como a falta de cobrança e �scalização das demais entidades que regulam e normatizam a
contabilidade no Brasil.
A seguir, vejamos as entidades que já normatizaram a utilização e a obrigatoriedade do CPC 33:
CVM – Comissão de Valores Mobiliários – Deliberação CVM Nº 695, de 13 de dezembro de
2012. Aprovou e tornou obrigatório o uso do CPC para as companhias abertas.
CFC – Conselho Federal de Contabilidade – Resolução 2015 / NBCTG33 (R2), de 06 de
novembro de 2015. Revogou disposições anteriores que tratavam do tema de benefícios
a empregados.
Banco Central do Brasil – Resolução n° 4.424, de 25 de junho de 2015. Aprovou que as
instituições �nanceiras e as demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco
Central do Brasil devem observar, a partir de 1º de janeiro de 2016, o Pronunciamento
Técnico CPC 33 (R1) – Benefícios a Empregados (CPC 33).
SUSEP – Superintendência de Seguros Privados – Circular n.º 517, de 30 de julho de 2015.
Dispõe sobre a necessidade de adoção do CPC 33 nas empresas que respondem a
SUSEP.
ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica – Resolução Normativa nº605, de 11 de
março de 2014. Aprova o Manual de Contabilidade do Setor Elétrico – MCSE.
ANS – Agência Nacional de Saúde Suplementar – Resolução normativa RN nº 322, de 27
de março de 2013. Altera o Anexo da Resolução Normativa nº290, de 27 de fevereiro de
2012, que dispõe sobre o Plano de Contas Padrão para as Operadoras de Planos de
Assistência à Saúde.
ANTT – Agência Nacional de Transportes Terrestres – Resolução ANTT nº3847, de 20 de
junho de 2012. Aprova o Manual de Contabilidade do Serviço Público de Transporte
Ferroviário de Cargas e Passageiros utilizado como padrão de contabilização por todas as
Concessionárias Ferroviárias reguladas pela ANTT.
Em um mercado globalizado e altamente competitivo que recebe constantemente investimentos
estrangeiros faz-se necessária a publicação de informações que irão auxiliar os usuários nas
tomadas de decisões; portanto, a adoção dos pronunciamentos se torna condição importante no
processo de publicação e divulgação das informações contábeis.
praticar
Vamos Praticar
“Benefícios a empregados são todas as formas de remuneração concedidas por uma entidade em troca
dos serviços prestados pelos empregados e precisam ser contabilizados por competência tendo como
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contrapartida, conforme o recebimento, os serviços prestados pelos empregados” (VICECONTI; NEVES,
2013, p. 573). Considerando o texto apresentado, de qual tipo de benefício os “ordenados, salários e
contribuições para a seguridade social” fazem parte?
VICECONTI, P.; NEVES, S. Contabilidade avançada e análise das demonstrações �nanceiras. 17. ed. São
Paulo: Saraiva, 2013.
a) Benefícios pós-emprego.
b) Outros benefícios de longo prazo aos empregados.
c) Benefícios rescisórios.
d) Benefícios de curto prazo a empregados.
e) Benefícios e planos de contribuição definida.
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A aplicação do CPC 33 ainda é restrita a algumas empresas. Dentre os motivos apontados para isso
está o fato de que muitos pro�ssionais da contabilidade ainda possuem muitas dúvidas sobre
como evidenciar as informações, de acordo com o que pede o pronunciamento.
Visando explicitar como esse pronunciamento deve ser explicitado, serão expostos alguns
exemplos especí�cos sobre como as informações precisam ser evidenciadas.
Reconhecimento e Mensuração
Em relação aos benefícios de curto prazo, eles são caracterizados quando os empregados prestam
algum tipo de serviço a uma entidade durante o período contábil. Esta entidade deve reconhecer o
valor (montante), não descontado dos benefícios de curto prazo aos empregados que deveriam ser
pagos em troca desses serviços. Esse valor pode ser reconhecido como passivo (despesa
acumulada), após a dedução de qualquer quantia já paga ou, ainda, como despesa (caso não haja
alguma especi�cidade descrita em outro pronunciamento). 
Casos Práticos de Aplicação do CPC 33Casos Práticos de Aplicação do CPC 33
Figura 1.2 – Acertando na Mensuração 
Fonte: Maxim Evseev / 123RF.
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Licenças
Em caso de licenças remuneradas de curto prazo, a entidade deve evidenciar o custo esperado com
esses benefícios de curto prazo aos empregados, na forma de licenças remuneradas da seguinte
forma: “(a) no caso de licenças remuneradas cumulativas, quando o serviço prestado pelos
empregados aumentar o seu direito a ausências remuneradas futuras; (b) no caso de licenças
remuneradas não cumulativas, quando as ausências ocorrerem” (CPC 33, 2012, p. 8).
Ainda em relação às licenças remuneradas, elas podem ser classi�cadas em duas categorias:
cumulativas e não cumulativas. As licenças remuneradas cumulativas são aquelas que, caso o
empregado não usufrua no momento a que tem direito, ele pode utilizá-la futuramente; portanto,
a entidade deve mensurar o custo que essas licenças remuneradas cumulativas possuem como
uma quantia adicional que a entidade terá de pagar futuramente. No item Re�ita seguinte há um
exemplo de como a entidade deve efetuar o registro da licença remunerada cumulativa, segundo o
CPC 33. 
As licenças remuneradas podem ser não cumulativas, ou seja, esse direito expira, se não for
usufruído. Nesse tipo de licença, o empregado também não tem direito ao recebimento em
dinheiro do valor da licença quando sair da empresa. Vejamos a seguir, alguns exemplos desse tipo
de licença:
doença;
maternidade ou paternidade;
serviços nos tribunais;
serviço militar.
reflitaRe�ita
A empresa XYC possui 100 empregados, sendo que cada um desses empregados tem direito a cinco dias de
trabalho de licença médica remunerada por ano, além do direito de, caso não utilizem esse direito, estenderem
o uso por até um ano/calendário.  Segundo normas, essa licença médica é excluída do direito do ano corrente e,
em seguida, do saldo do ano anterior (base UEPS). Em 31 de dezembro de 2011, o direito médio dessa licença é
de 2 dias por empregado. A entidade espera, considerando os anos anteriores, que 92 empregados não
gozarão mais de cinco dias de licença médica remunerada em 2012, bem como os oitos empregados restantes
gozarão em média seis dias e meio, cada um, de licença. A empresa XYC espera pagar um adicional de 12 dias
de auxílio-doença em consequência do direito não utilizado que tenha acumulado em 31 de dezembro de 2011
(um dia e meio cada, para oito empregados). Portanto, a empresa XYC reconhece um passivo igual a 12 dias
de auxílio-doença.
Fonte: CPC 33 (2012, p. 9).
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Pacotes de Bene�ícios
Algumas empresas oferecem em seu pacote de benefícios aos empregados os planos de
participação nos lucros e bônus. Essa é uma práticautilizada para reter talentos e melhorar o clima
organizacional. Esses benefícios também precisam ser evidenciados nas demonstrações
elaboradas por essas empresas segundo o pronunciamento.
Esses custos devem ser registrados quando:
“(a) a entidade tiver a obrigação legal ou construtiva de fazer tais pagamentos em
consequência de eventos passados; e (b) a obrigação puder ser estimada de maneira
con�ável. Existe uma obrigação presente quando e somente quando a entidade não tem
alternativa realista, a não ser efetuar os pagamentos” (CPC 33, 2012, p. 9).
Há casos em que quanto mais um empregado �car na empresa, maior será o valor que ele terá
direito a receber pelo pacote de benefícios. Essa obrigação de permanecer por um longo período é
denominada de obrigação construtiva, já que à medida que ele �car mais na empresa, maior será a
quantia a ser paga pela empresa. Aqui se faz necessário reconhecer na mensuração que alguns
empregados não �carão o tempo mínimo necessário para terem direito a receber o benefício,
então esse valor necessita ser desconsiderado.
Veja um exemplo de reconhecimento do pacote de benefícios: 
Segundo CPC 33 uma entidade pode fazer uma estimativa da sua obrigação legal (ou construtiva)
para seu plano de participação nos lucros somente quando atender aos três requisitos abaixo:
(a) os termos formais do plano contemplarem uma fórmula para determinar o valor do
benefício; (b) a entidade determinar os montantes a serem pagos antes da aprovação de
reflitaRe�ita
Para que uma entidade tenha um plano de participação nos lucros, isso exige que seja feita a destinação de
parte do seu lucro líquido obtido no ano, para os empregados que trabalharam o ano todo na entidade.
Considerando que nenhum empregado se desligue da empresa no período de ano, estão orçados que 3% do
lucro líquido para arcar com as despesas do pagamento da participação nos lucros. A entidade porém, identi�ca
uma rotatividade em algumas atividades, sendo assim, ela acredita que os pagamentos sejam reduzidos a
ordem de 2,5% do lucro líquido. Portanto, a entidade deverá reconhecer o passivo e uma de despesa de 2,5%
do lucro líquido de sua operação que será destinado ao plano de participação nos lucros.
Fonte: CPC 33 (2012, p.10).
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emissão das demonstrações contábeis; ou (c) a prática passada fornecer evidências
claras do montante da obrigação construtiva da entidade (CPC 33, 2012, p. 10).
Caso a entidade não efetue o pagamento da participação nos lucros e dos bônus a que seus
empregados tiverem direito em até doze meses após o período aquisitivo dos empregados, ela
deverá considerar esses benefícios como de longo prazo.
Divulgação
Em relação à divulgação das informações exigidas pelo CPC 33, nota-se que algumas informações
não necessitam ser evidenciadas de acordo com esse pronunciamento; porém, há algumas
especi�cidades que necessitam ser evidenciadas de acordo com outros pronunciamentos. As
principais estão contidas no Quadro 1.2. 
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TIPO DE
BENEFÍCIO
DIVULGAÇÃO PELO CPC 33 DIVULGAÇÃO POR OUTRO CPC
 
 
 
Benefícios de
curto prazo aos
empregados
 
 
 
Não exigida.
O Pronunciamento Técnico CPC 05 –
Divulgação sobre Partes Relacionadas
exige divulgação acerca de benefícios
concedidos aos administradores da
entidade.
O Pronunciamento Técnico
CPC 26 – Apresentação das
Demonstrações Contábeis exige a
divulgação de despesas com
benefícios a empregados.
Benefícios pós-
emprego: planos
de contribuição
de�nida
A entidade deve divulgar o
montante reconhecido como
despesa para os planos de
contribuição de�nida.
Sempre que exigido pelo
Pronunciamento Técnico CPC 05 –
Divulgação sobre Partes
Relacionadas, a entidade divulga
informação acerca das contribuições
para planos de
contribuição de�nida relativas aos
administradores da entidade.
Benefícios pós-
empregado:
planos de
benefícios
de�nido
A entidade deve divulgar
informações que:
(a) expliquem as
características de seus
planos de benefício de�nido
e os riscos a eles associados;
(b) identi�quem e expliquem
os montantes em suas
demonstrações contábeis
decorrentes de seus planos
de benefício de�nido;
(c) descrevam como seus
planos de benefício de�nido
podem afetar o valor, o prazo
Quando exigido pelo Pronunciamento
CPC 05 – Divulgação sobre Partes
Relacionadas, a entidade deve divulgar
informações sobre:
(a) transações com partes relacionadas
com planos de benefícios pós-emprego;
e
(b) benefícios pós-emprego para o
pessoal-chave da administração.
 
Quando exigido pelo Pronunciamento
CPC 25 – Provisões, Passivos
Contingentes e Ativos Contingentes, a
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Quadro 1.2 – Divulgação proposta pelo CPC 33 nas demonstrações 
Fonte: Adaptado de CPC 33 (2012).
praticar
e a incerteza dos �uxos de
caixa futuros da entidade.
entidade deve divulgar informações
sobre passivos contingentes decorrentes
de obrigações de benefícios pós-
emprego.
 
 
 
 
Outros benefícios
de longo prazo a
empregados
 
 
 
 
Não exigida.
O Pronunciamento CPC 05 – Divulgação
sobre Partes Relacionadas requer
divulgações sobre benefícios a
empregados para os administradores da
entidade.
 
O Pronunciamento CPC 26 –
Apresentação das Demonstrações
Contábeis requer a divulgação das
despesas de benefícios a empregados.
 
 
 
 
 
Benefícios
rescisórios
 
 
 
 
 
Não exigida.
O Pronunciamento CPC 05 – Divulgação
sobre Partes Relacionadas exige
divulgações sobre os
Benefícios rescisórios de
administradores da entidade.
 
O Pronunciamento CPC 26 –
Apresentação das Demonstrações
Contábeis exige a divulgação das
despesas de benefícios
aos empregados.
15/06/2021 Ead.br
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p at ca
Vamos Praticar
Segundo o CPC 33 (2012, p. 10) “as licenças remuneradas não cumulativas não são estendidas para o
próximo exercício: elas expiram se o direito não for totalmente usufruído no período corrente, e não dão
aos empregados o direito ao pagamento em dinheiro por direitos não usufruídos no momento em que se
desliguem da entidade”. Das opções a seguir, qual não é considerada uma licença remunerada não
cumulativa?
CPC 33. Benefícios a Empregados. São Paulo: Comitê de Pronunciamentos Contábeis. 2012. Disponível
em: <http://www.cpc.org.br/CPC/Documentos-Emitidos/Pronunciamentos/Pronunciamento?Id=64>. Acesso
em: 20 jun. 2019.
a) Licença remunerada por doença.
b) Licença maternidade.
c) Licença paternidade.
d) Licença prêmio de acordo com a convenção coletiva.
e) Serviço militar.
http://www.cpc.org.br/CPC/Documentos-Emitidos/Pronunciamentos/Pronunciamento?Id=64
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A venda de ativos não circulantes sempre foi motivo de muitas dúvidas para os pro�ssionais da
contabilidade. Visando a dirimir as principais dúvidas, o Comitê de Pronunciamentos Contábeis
divulgou, em 16 de setembro de 2009, o CPC 31 intitulado de “Ativo Não Circulante Mantido para
Venda e Operação Descontinuada”.
Esse pronunciamento objetiva estabelecer normas para a contabilização de ativos não circulantes
mantidos para venda (colocados à venda) e a consequente apresentação e divulgação das
operações descontinuadas. Para o CPC 31, os ativos que são mantidos para venda devem ser:
Mensurados pelo menor entre o valor contábil até então registrado e o valor justo menos
as despesas de venda, e que a depreciação ou a amortização desses ativos cesse;
Apresentados separadamente no balanço patrimonial;e que os resultados das
operações descontinuadas sejam apresentados separadamente na demonstração do
resultado (CPC 31, 2009, p. 1).
Esse CPC visa, também, a esclarecer as dúvidas sobre:
Quando um ativo não circulante, como o imobilizado, passa a ter seu valor contábil
líquido a ser recuperado pela sua venda, e não mais pelo seu uso, está pronto, ou
virtualmente pronto, para essa venda e teve iniciado o processo dessa alienação de
maneira que seja improvável a mudança dessa decisão, deve ser transferido para o ativo
circulante, pelo menor valor, entre seu valor líquido contábil e seu valor justo, líquido das
despesas com vendas (VICECONTI; NEVES, 2013, p. 572).
O alcance do CPC 31 aplica a todos os ativos não circulantes reconhecidos e a todos os grupos de
ativos mantidos para venda da entidade, com exceção dos itens constantes a seguir que possuem
pronunciamento especí�co que regulamenta sua evidenciação:
CPC 31 – Ativo Não Circulante Mantido paraCPC 31 – Ativo Não Circulante Mantido para
Venda e Operação DescontinuadaVenda e Operação Descontinuada
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a) imposto de renda diferido ativo (CPC 32 – Tributos sobre o Lucro); b) ativos
provenientes de benefícios a empregados (CPC 33 – Benefícios a Empregados); c) ativos
�nanceiros no alcance do CPC 48 – Instrumentos Financeiros; d) ativos não circulantes
que sejam contabilizados de acordo com o valor justo nos termos do CPC 28 –
Propriedade para Investimento; e) ativos não circulantes que sejam mensurados pelo
valor justo menos as despesas estimadas no ponto de venda, de acordo com o
Pronunciamento Técnico CPC 29 – Ativo Biológico e Produto Agrícola; f) direitos
contratuais de acordo com contratos de seguro tal como de�nido no CPC 11 – Contratos
de Seguro. (CPC 31, 2009, p. 3)  
É necessário considerar que o CPC 31 possui estreita relação com os demais pronunciamentos, ou
seja, sua análise também pede a leitura atenta de outros pronunciamentos.
Classi�icação de Ativo Não Circulante como Mantido
para Venda
Uma entidade deve classi�car um ativo não circulante como mantido para venda se o seu valor
contábil vai ser recuperado, especi�camente, por meio de transação de venda em vez do uso
contínuo. Esse ativo ou grupo de ativos que a entidade deseja vender deve estar à disposição para
ser vendido imediatamente, restando apenas a determinação das condições de venda, ou seja, ele
deve possuir uma grande perspectiva de venda.
Para considerar um ativo com alta perspectiva de venda, faz-se  necessário também que a alta
administração esteja decidida a se desfazer do ativo. No Quadro 3, a seguir, constam algumas
notícias que foram publicadas na imprensa sobre planos de desinvestimentos de grandes que se
des�zeram de ativos. 
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Quadro 1.3 – Notícias sobre empresas que realizaram programas de desinvestimentos 
Fonte: Elaborado pelo autor.
A partir de uma rápida observação das notícias contidas no Quadro 1.3, nota-se que quando uma
grande empresa implementa um plano de desinvestimentos, ou seja, quando ela pretende colocar
ativos para vendas, esse processo movimenta milhões de reais (ou até bilhões). Portanto, a
existência de um pronunciamento como CPC 31, que regulamenta a evidenciação dessas
EMPRESA DADOS ATIVOS COLOCADOS À VENDA
 
PETROBRÁS
 
 
 
A Petrobrás aprovou em 2015 um
plano de desinvestimentos em
que buscava vender ativos na
ordem de US$ 13,7 bilhões de
dólares. O valor levantado seria
para diminuir seu endividamento
e aumentar o caixa da empresa. 
As vendas de ativos estão divididas
entre exploração e produção no
Brasil e no exterior (30%),
abastecimento (30%) e gás e energia
(40%).
 
 
 JBS
 
A empresa de proteína animal
JBS, que possui como uma de
suas principais marcas a Friboi,
anunciou, em 2016,
desinvestimentos na ordem de R$
6 bilhões de reais. 
Dentre os ativos de que a empresa
pretendia se livrar, há destaque para
a venda de 19,2% da empresa Vigor
Alimentos S.A., além da venda da
empresa Moy Park e dos ativos da
Five Rivers Cattle Feeding e fazendas.
 
 
 CEMIG
 
A Cemig anuncia plano de
desinvestimentos da ordem de R$
6,5 bilhões.
Os ativos à venda se constituem
basicamente em participações da
companhia em diversas empresas
do setor elétrico e mesmo fora dele.
 
 
GRUPO CASINO
 
 
 
Grupo Francês Casino quer
vender empresa dona das Casas
Bahia e Ponto Frio por R$ 6,55
bilhões.
Os recursos serão usados para
reduzir a dívida. A Via Varejo tem
uma das maiores operações de
comércio eletrônico do Brasil e mais
de 900 lojas físicas.
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informações, é de tamanha importância para geração de informação de qualidade e permite a
correta tomada de decisão dos gestores.
Operação Descontinuada
Uma operação descontinuada trata basicamente de um componente da entidade que foi baixado,
podendo ser por venda ou não, ou que ainda é um componente que está classi�cado como um
ativo não circulante mantido para venda. Outra característica é que este componente representa
uma importante linha de negócios da entidade (VICECONTI; NEVES, 2013).
O CPC 31 (2009) indica ainda que uma operação descontinuada deve ter as seguintes
características:
● Representa uma importante linha separada de negócios ou área geográ�ca de
operações; 
● É parte integrante de um único plano coordenado para venda de uma importante
linha separada de negócios ou área geográ�ca de operações; ou 
● É uma controlada adquirida exclusivamente com o objetivo da revenda. (CPC 31,
2009, p. 9)
O principal objetivo da identi�cação da operação descontinuada é realizar a segregação dos ativos
da entidade na demonstração do resultado, separando dos resultados derivados desse
componente durante o período. Incluem-se também o obtido na baixa, líquidos dos tributos, numa
única linha, para segregação dos resultados das operações que continuam (VICECONTI; NEVES,
2013).
O pronunciamento indica ainda que “qualquer ganho ou perda relativa à remensuração de ativo
não circulante classi�cado como mantido para venda que não satisfaça à de�nição de operação
descontinuada deve ser incluído nos resultados das operações em continuidade” (CPC 31, 2009, p.
11).
Uma entidade necessita constantemente apresentar suas demonstrações contábeis de forma
�dedigna aos seus usuários. Somente assim ela garantirá que todas as análises feitas a partir
dessas demonstrações possam representar corretamente a situação econômica, �nanceira e
contábil da entidade. 
praticar
Vamos Praticar
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“A BRF, dona das marcas Sadia e Perdigão, anunciou nesta sexta-feira uma reestruturação operacional e
�nanceira, e espera arrecadar até R$ 5 bilhões, no segundo semestre, principalmente com a venda de
ativos e desinvestimento. O plano da companhia inclui a venda de unidades operacionais na Europa,
Tailândia e Argentina, mas não exclui a exportação para estes mercados. Também serão vendidos ativos
imobiliários e não operacionais, como áreas de re�orestamento, além de participações minoritárias em
empresas” (LIMA; SORIMA NETO, 2018). O plano de desinvestimentos anunciado pela empresa BRF requer
que o contador da empresa faça qual operação de acordo com o CPC 31?
LIMA, L.; SORIMA NETO, J. BRF anuncia plano de reestruturação e espera arrecadar R$ 5 bilhões. O Globo.
2018. Rio de Janeiro: Grupo Globo, 2018. Disponível em:  <https://oglobo.globo.com/economia/brf-anuncia-
plano-de-reestruturacao-espera-arrecadar-5-bilhoes-22837081>. Acesso em: 20 jun. 2019.
a) Registre o imposto de renda diferido ativo no balanço patrimonial.
b) Registreos ativos provenientes de benefícios a empregados que possuem ações da companhia.
c) Registre os ativos não circulantes que sejam contabilizados de acordo com o valor justo.
d) Classifique os ativos não circulantes e mantidos para venda e faça, posteriormente, o processo de operação
descontinuada.
e) Registre os ativos financeiros como disponíveis para comercialização.
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A entidade que adotar o CPC 31 deverá apresentar o ativo não circulante classi�cado como
mantido para venda de forma separada dos demais ativos em seu balanço patrimonial. Já os
passivos de grupo de ativos classi�cados como mantido para venda devem ser apresentados em
separado dos outros passivos evidenciados no balanço patrimonial. Tanto esses ativos quanto
esses passivos não deverão ser compensados nem apresentados em um montante único. É
importante salientar que as principais classes de ativos e passivos (que são apresentadas como
mantidos para venda) deverão ser divulgadas separadamente no balanço patrimonial ou ainda em
notas explicativas (CPC 31, 2009).
São necessárias, ainda, divulgações adicionais nas notas explicativas do período em que o ativo não
circulante tenha sido classi�cado como vendido ou mantido para venda:
(a) descrição do ativo (ou grupo de ativos) não circulante; 
(b) descrição dos fatos e das circunstâncias da venda, ou que conduziram à alienação
esperada, forma e cronograma esperados para essa alienação; (c) ganho ou perda
reconhecido(a) de acordo com os itens 20 a 22 e, se não for apresentado(a)
separadamente na demonstração do resultado, a linha na demonstração do resultado
que inclui esse ganho ou perda; (d) se aplicável, segmento em que o ativo não circulante
ou o grupo de ativos mantido para venda está apresentado de acordo com o
Pronunciamento Técnico CPC 22 – Informações por Segmento (CPC, 31, 2009, p. 12).
Em se tratando de disposição transitória, o CPC 31 indica que
[...] a entidade pode aplicar retrospectivamente os requisitos do Pronunciamento Técnico
a todos os ativos não circulantes ou a grupos de ativos que satisfaçam os critérios de
classi�cação como mantidos para venda e a operações que satisfaçam os critérios de
classi�cação como descontinuadas (CPC, 31, 2009, p. 12).
Ativo Não Circulante Mantido para Venda eAtivo Não Circulante Mantido para Venda e
Operação Descontinuada CPC 31Operação Descontinuada CPC 31
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Exempli�icação de Item Disponível para Venda
O item 7 do CPC 31 (2009, p. 3) indica que “um ativo ou o grupo de ativos mantido para venda deve
estar disponível para venda imediata em suas condições atuais”, ou seja, a sua venda deve ter
probabilidade muito provável de ocorrer. Visando a exempli�car esse item, segue o exemplo da
empresa CCB.
Exemplo 1: A empresa CCB busca realizar a venda do prédio sede onde está instalada, tendo
iniciado imediatamente o plano de vendas em busca de um comprador. Para isso, ela possui duas
opções:
OPÇÃO A:  A empresa CCB, nesta opção, tem como intenção transferir o prédio a um comprador
somente após desocupar o mesmo, ou seja, em tempo usual e respeitando o critério apresentado
no item 7.
OPÇÃO B: A empresa CCB, nesta opção, pretende continuar a utilizar o prédio mesmo após a
venda, por período igual ao tempo da construção da sua nova sede. Sendo assim, e considerando
que atrasos na fase da obra possam ocorrer, demonstra que a empresa não pretende se desfazer
do prédio imediatamente após a venda. O item 7 somente poderia ser cumprido após a construção
da nova sede, mesmo que a empresa já possuísse um �rme compromisso de venda do ativo.  
Exempli�icação de Conclusão de Venda Esperada
Dentro de um Ano
Segundo o CPC 31, em seu item 8, a entidade tem o tempo de até um ano a partir da classi�cação
do item como disponível para venda. No exemplo 2,  trazido pelo pronunciamento, esse item �ca
mais evidente.
Exemplo 2: Para ser quali�cado como um ativo mantido para venda, a venda de um ativo não
circulante (ou grupo de ativos) deve ser altamente provável, conforme apregoa o item 7 no CPC 33,
e para a transferência do ativo (ou grupo de ativos) deve ser esperada a conclusão da venda em até
um ano conforme o item 8. Sendo assim, o item 8 não seria cumprido nas opções seguintes:
OPÇÃO A: Quando a entidade “estiver mantendo para venda ou arrendamento equipamentos que
deixaram de ser recentemente arrendados e a última forma de transação futura (venda ou
arrendamento) ainda não foi determinada” (CPC, 2009, p. 16).
OPÇÃO B: Quando a entidade “estiver comprometida com o plano de ‘vender’ um imóvel que esteja
em uso e a transferência do imóvel será contabilizada como venda e retroarrendamento (leaseback)
�nanceiro” (CPC, 2009, p. 16).
Ativo Não Circulante a ser Baixado
Segundo o CPC 31 (2009), uma entidade não deverá classi�car como mantido para venda o ativo
não circulante ou o grupo de ativos destinado a ser baixado, pois o valor contábil poderia ser
recuperado por meio do uso contínuo deste. “Os ativos não circulantes a serem baixados incluem
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ativos que devem ser usados até o �nal da sua vida econômica e ativos não circulantes que devem
ser fechados em vez de vendidos” (CPC 31, 2009, p. 4), portanto, a entidade não deve contabilizar o
ativo não circulante que foi retirado (em condição temporária) de serviço como se este tivesse sido
baixado.
No exemplo 3, consta um ativo que não foi considerado abandonado; já no exemplo 4, consta um
caso em que o ativo foi abandonado.
Exemplo 3: A XYZ pretende deixar de utilizar uma unidade fabril, pois o produto ali fabricado
deixará de ser produzido. A empresa optou por deixar a fábrica em condições operacionais, para
caso de a demanda do produto voltar a aumentar; neste caso, a unidade fabril não pode ser
considerada como abandonada.
Exemplo 4: No mês de outubro do ano de 2015, as organizações PBC decidiram abandonar as
unidades fabris que produzem derivados de laranja que possui uma alta representatividade em
seu mix de produtos e alto faturamento. Considerando que todos os trabalhos nas fábricas �caram
parados em 2006, nas demonstrações do ano de 2005, os resultados e �uxos de caixa oriundos
dessas unidades são considerados em continuidade. Contudo, as demonstrações dessas mesmas
unidades, em 2006, são consideradas como “operações descontinuadas”. O pronunciamento pede,
também, que as organizações PBC façam as divulgações exigidas pelos itens 33 e 34 do CPC 31.
Ainda sobre os ativos abandonados, nota-se que se eles constituírem uma linha importante de
negócios ou área geográ�ca de operações, deverão ser reportados em operações descontinuadas
na data em que forem abandonados.
reflitaRe�ita
Sobre o código de ética pro�ssional do contabilista, convém relembrar que a este cabe “exercer a pro�ssão com
zelo, diligência, honestidade e capacidade técnica, observando as Normas Brasileiras de Contabilidade e a
legislação vigente, resguardando o interesse público, os interesses de seus clientes ou empregadores, sem
prejuízo da dignidade e independência pro�ssionais”.
Fonte: NBC Nº 1 (2019, p. 1).
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praticar
Vamos Praticar
Segundo CPC 31 (2009, p. 9) “uma operação descontinuada é um componente da entidade que foi baixado
ou está classi�cado como mantido para venda e representa uma importante linha separada de negócios
ou área geográ�ca de operações”. Além dessa característica, ainda podemos a�rmar sobre a operação
descontinuada:CPC 31. Ativo Não Circulante Mantido para Venda e Operação Descontinuada. São Paulo: Comitê de
Pronunciamentos Contábeis. 2009. Disponível em:
<http://static.cpc.aatb.com.br/Documentos/336_CPC_31_rev%2012.pdf>. Acesso em: 20 jun. 2019.
a) Representa uma linha secundária e sem importância para o negócio principal da empresa.
b) Não possui relevância geográfica com as principais operações da empresa.
c) Não necessita ser mantida para venda e nem informada nas notas explicativas.
d) É uma controlada adquirida exclusivamente com o objetivo da revenda.
e) Faz parte de um plano desintegrado e sem relevância de desinvestimento da entidade.
saiba mais
Saiba mais
Geralmente a venda de ativos entre as organizações é vista como uma forma de a empresa concentrar
esforços e recursos em seu core business. Ao contador que participa desse projeto, cabe a participação
realizando todos os procedimentos que permitam que esse plano atenda a todos os preceitos da
contabilidade. Por isso, leia o  plano de negócios e gestão 2019-2023 da Petrobrás, em que a empresa
optou por focar seus esforços em seu negócio principal.
ACESSAR
http://static.cpc.aatb.com.br/Documentos/336_CPC_31_rev%2012.pdf
http://www.petrobras.com.br/pt/quem-somos/plano-estrategico/plano-de-negocios-e-gestao/
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indicações
Material Complementar
LIVRO
Manual de Contabilidade Societária: Aplicável a Todas
as sociedades de Acordo com as Normas Internacionais
e do CPC
Ernesto Rubens Gelbcke, Ariovaldo dos Santos, Sérgio de Iudícibus,
Eliseu Martins
Editora: Atlas
ISBN: 978-8597016000
Comentário: A leitura desse livro é obrigatória para todo pro�ssional
que trabalha ou pretende trabalhar com contabilidade. Os autores são
verdadeiras referências no que tange à contabilidade, e as temáticas
abordadas contêm tudo que é de mais atual e necessário para os
pro�ssionais da contabilidade no Brasil.
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FILME
O contador
Ano: 2016
 Comentário: O �lme retrata a história de Christian Wol�, um contador
com uma síndrome que limita suas habilidades sociais e que cuida da
contabilidade das organizações criminosas mais perigosas do mundo.
Com a chegada de um novo cliente, uma empresa de robótica "state-of-
the-art", quanto mais perto ele chega da verdade, mais risco ele corre.
Para conhecer mais sobre o �lme, assista ao trailer.
T R A I L E R
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conclusão
Conclusão
A complexidade de se interpretar CPCs é algo inerente da pro�ssão contábil. Esse desa�o é apenas
um dos muitos que qualquer pro�ssional da contabilidade enfrentará ao longo da sua carreira.
Ao longo desses estudos, nota-se que ainda existem muitas dúvidas sobre a correta aplicação do
CPCs 31 e 33 nas demonstrações contábeis, porém, é algo que não pode ser ignorado pelos futuros
pro�ssionais. A oportunidade de poder estudar de forma racionalizada e estruturada ainda no
curso superior essa temática já pode ser considerada uma condição que os coloca à frente dos
demais pro�ssionais que se formaram há muito tempo.
Ainda é necessário reforçar que deve ser característica nata do pro�ssional contábil a busca cada
vez maior e mais constante por novas informações, novas fontes e também por formas que
possam modi�car como a contabilidade é implementada no dia a dia das entidades.
referências
Referências Bibliográ�cas
CPC 31. Ativo Não Circulante Mantido para Venda e Operação Descontinuada. São Paulo:
Comitê de Pronunciamentos Contábeis. 2009. Disponível em:
<http://static.cpc.aatb.com.br/Documentos/336_CPC_31_rev%2012.pdf>. Acesso em: 20 jun. 2019.
CPC 33. Benefícios a Empregados. São Paulo: Comitê de Pronunciamentos Contábeis. 2012.
Disponível em:
<http://www.cvm.gov.br/export/sites/cvm/menu/regulados/normascontabeis/cpc/CPC_33_R1_rev_08.pdf>
Acesso em: 20 jun. 2019.
NBC 01. Norma Técnica de Perícia Contábil: Conselho Federal de Contabilidade. 2019. Disponível
em: <https://cfc.org.br/wp-content/uploads/2016/02/NBC_TP_01.pdf>. Acesso em: 21 de jun. 2019.
SILVA, C. M. et al. Identi�cação dos disclosures do CPC 33 (R1) nas demonstrações de empresas
brasileiras do segmento de telefonia listadas da BM&FBOVESPA. RAGC, v. 4, n. 17, p. 133-153, 2016.
http://static.cpc.aatb.com.br/Documentos/336_CPC_31_rev%2012.pdf
http://www.cvm.gov.br/export/sites/cvm/menu/regulados/normascontabeis/cpc/CPC_33_R1_rev_08.pdf
https://cfc.org.br/wp-content/uploads/2016/02/NBC_TP_01.pdf
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Disponível em: <http://static.cpc.aatb.com.br/Documentos/336_CPC_31_rev%2012.pdf>. Acesso em:
15 jun. 2019.
VICECONTI, P.; NEVES, S. Contabilidade avançada e análise das demonstrações �nanceiras. 17.
ed. São Paulo: Saraiva, 2013.
IMPRIMIR
http://static.cpc.aatb.com.br/Documentos/336_CPC_31_rev%2012.pdf

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