Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
AVA 2 – Gestão da indústria 4.0 Aluno: Bruno Sauberman Curso: Engenharia Ambiental Matrícula: 20201104066 Data: 26/05/2021 Introdução Os seres humanos, no decorrer dos anos, tiveram que aprender a passar pelos períodos de inovações que a tecnologia nos proporciona. Apesar de ser um processo no qual muita das vezes nos traz dúvidas e insegurança, o mesmo de certa forma nos obriga a evoluir tanto pessoalmente como profissionalmente. Nossos utensílios que hoje são multifuncionais, foram ganhando mais vida com o passar dos anos, muitos deles surgiram com funções bem limitadas exercendo muito das vezes apenas um determinado tipo de tarefa. Não se pode esquecer que a engenharia e o desenvolvimento de novas tecnologias estão alinhadamente ligados à ciência. Muitas das vezes são utilizadas tecnologia em estudos científicos, e as descobertas científicas ajudam os engenheiros a realizar os seus trabalhos e a implementar novas tecnologias. Dessa forma, é possível dizer que tudo o que é usado para fins como: trabalhar, adquirir informações, descobertas de curiosidades e estar por dentro de tudo o que acontece no planeta, só é possível por causa da existência desse profissional. A indústria 4.0 Conhecida como a “quarta revolução industrial”, a tecnologia 4.0 usa conceitos e inventos avançados para reinventar produtos e serviços, desde o design até a eficiência operacional. A engenharia tem um papel social que muitas vezes é esquecido e a tecnologia 4.0 pode ser o incentivo definitivo para que ela se volte para essa questão fundamental. A indústria 4.0 criou o que foi chamado de “fábrica inteligente”. Dentro das fábricas inteligentes os sistemas ciberfísicos monitoram processos físicos, criam uma “cópia virtual” do mundo físico e tomam decisões descentralizadas. Os equipamentos agora são inteligentes e capazes de tomar ações com base em dados previamente coletados, analisados e cruzados. Essas ações podem ser combinadas de infinitas formas, uma vez que temos uma capacidade enorme de coleta, análise e armazenamento de dados. A Indústria 4.0 é a transformação digital da fabricação, alavancada por tecnologias como Big Data/Analytics, IoT – Internet das Coisas, exigindo a convergência de Tecnologia da Informação e Tecnologia Operacional, robótica, computação cognitiva e processos de fabricação. Visando ter fábricas conectadas, fabricação inteligente descentralizada e sistemas de auto otimização. Diferenças da Quarta Revolução Industrial para as demais Na quarta revolução industrial, passamos de “apenas” à Internet e do modelo cliente- servidor para a mobilidade onipresente, a ponte de ambientes digitais e físicos (na fabricação referida como Cyber Physical Systems), a convergência de TI e OT, e todos as tecnologias mencionadas anteriormente (Internet of Things, Big Data, cloud, etc.) com aceleradores adicionais como a robótica avançada e a AI / cognitivo, que permitem à indústria 4.0 com automação e otimização de maneiras totalmente novas que levam a amplas oportunidades para inovar e realmente totalmente automatize e traga a indústria para o próximo nível. Tecnologias da Indústria 4.0 As tecnologias da Indústria 4.0 se baseiam na convergência e na aplicação de 11 tecnologias, que quando combinadas podem trazer resultados incríveis, nunca visto antes. Alguns avanços que impactam o mercado da engenharia no geral: Rastreabilidade A rastreabilidade na Industria 4.0 é definida como a capacidade de usar a Tecnologia da Informação para acompanhar os movimentos do produto, o que implica na aplicação de dispositivos digitais ao gerenciamento de ciclo de vida de produtos e transações, resultando em maior eficiência, funcionalidade de implantação de produtos e racionalização de gerenciamento de produção corporativa. No âmbito da gestão interna, mais e mais indústrias concentram seus esforços no cumprimento e qualidade, dois fatores que levam à rastreabilidade, o que, além de facilitar o controle absoluto da qualidade, ajuda a gerenciar queixas, produtos danificados, ineficiências na produção e distribuição de responsabilidades. Realidade Aumentada A realidade virtual e a realidade aumentada são usadas em diversos setores e contextos, desde aplicativos de consumo até fabricantes. No entanto, é na fabricação que a realidade aumentada oferece grande valor em inúmeras aplicações, em combinação com várias outras tecnologias, como de costume. O uso de VR e AR na fabricação e outras indústrias para as quais o termo Indústria 4.0 se usa não é ficção. Acontece enquanto falamos e está pronta a acelerar à medida em que os benefícios se tornam cada vez mais claros, as ofertas, o hardware e as aplicações amadurecem e passam para o próximo nível e os fabricantes aumentam seus esforços de transformação digital no caminho estratégico e encenado para a realização da Indústria 4.0 e transformação digital da fabricação. Na manutenção, a realidade aumentada pode ser de grande valia ao substituir procedimentos escritos em papel. O uso dessa tecnologia reflete diretamente na produtividade da mão de obra, na confiabilidade e qualidade dos serviços executados. Criptografia Avançada Uma vez que a Indústria 4.0 permite a coleta rápida de dados e o armazenamento desses dados na nuvem, a segurança desses dados também deve ser melhorada. Sistema de criptografia avançada são desenvolvidos quase que todos os dias, para garantir a confiabilidade e segurança dessas informações. Big Data e Data Analytics Na Indústria 4.0, o Big Data e Data Analytics é útil na fabricação preditiva e é um tema importante para o desenvolvimento de tecnologia industrial. Para ajudar os fabricantes a manter uma vantagem competitiva no controle de gerenciamento operacional e em melhorar sua eficiência de produção e taxas de rendimento, a ITRI desenvolveu uma grande solução de análise de dados com capacidade integrada de aprendizagem em conjunto. Um algoritmo avançado de aprendizagem de máquina analisa os dados do processo coletados dos sistemas de produção para fornecer alertas para anomalias em estágios iniciais e falhas do sistema, para prever a qualidade do produto. Uma precisão de até 100% e taxas de falso alarme de menos de 6,58% foram alcançadas na previsão da falha de próxima execução dos componentes ao longo da linha. O algoritmo também atinge 100% de precisão e 3. 51% de taxa de falso alarme na predição da qualidade (Go / No Go) da peça a seguir na linha. Esta solução inteligente para o setor de manufatura pode estimular as capacidades dos provedores de serviços de informação em grandes análises de dados. Também é adequado para o processo epitaxial e uma ampla gama de aplicações de semicondutores e usinagem. Manufatura Aditiva A Manufatura Aditiva é o conjunto de tecnologias que compõem a fabricação de objetos através da impressão 3D, adicionando camada sobre camada de material, se o material é plástico, metal, concreto etc. O comum às tecnologias de Manufatura Aditiva é o uso de um computador, software de modelagem 3D (Computer Aided Design ou CAD), equipamento de máquinas e material de camadas. Uma vez que um esboço CAD é produzido, o equipamento AM lê nos dados do arquivo CAD e estabelece camadas sucessivas de líquido, pó, material de folha ou outro, em uma camada sobre camada para fabricar um objeto 3D. A aplicação da Manufatura Aditiva é ilimitada e um de seus benefícios é a Prototipagem Rápida focada em modelos de visualização de pré-produção. Mais recentemente, está sendo usada para fabricar produtos de uso final em aeronaves, restaurações dentárias, implantes médicos, automóveis e até produtos de moda. Drones Eles têm sido utilizados em engenharia e em órgãos fiscalizadores, para vistorias em edificações e áreas onde aspectos geográficos, questões sociais e de segurança complicam o acessodos profissionais envolvidos. Produtividade na Indústria 4.0 Segundo o Boston Consulting Group, nos próximos cinco a dez anos, a Indústria 4.0 será adotada por mais empresas, aumentando a produtividade em todos os setores de produção € 90 bilhões para € 150 bilhões. As melhorias de produtividade nos custos de conversão, que excluem o custo dos materiais, variam de 15 a 25%. Quando os custos dos materiais são tidos em conta, ganhos de produtividade de 5 a 8 por cento serão alcançados. Essas melhorias variam de acordo com a indústria. Os fabricantes de componentes industriais podem alcançar algumas das maiores melhorias de produtividade (20 a 30 por cento), por exemplo, e as empresas automotivas podem esperar aumentos de 10 a 20%. Emprego Na contramão do que muitas pessoas pensam, a Indústria 4.0 levará a um aumento de 6% no emprego nos próximos dez anos. A demanda por empregados no setor de engenharia mecânica pode subir ainda mais – em até 10% durante o mesmo período. No entanto, serão necessárias habilidades diferentes. A curto prazo, a tendência para uma maior automação deslocará alguns dos trabalhadores, muitas vezes pouco qualificados, que realizam tarefas simples e repetitivas. Ao mesmo tempo, o crescente uso de software, conectividade e análise aumentará a demanda por funcionários com competências em desenvolvimento de software e tecnologias de TI, como especialistas em mecatrônica com habilidades de software. Essa transformação de competências é um dos principais desafios futuros. O profissional do futuro No livro “A Quarta Revolução Industrial”, o autor, fundador do Fórum Econômico Mundial, Klaus Schwab relata que “Estamos a bordo de uma revolução tecnológica que transformará fundamentalmente a forma como vivemos, trabalhamos e nos relacionamos. Em sua escala, alcance e complexidade, a transformação será diferente de qualquer coisa que o ser humano tenha experimentado antes.”. Com a proposta de agrupar o que é físico, digital e biológico, a Industria 4.0 traz ainda mais desafios para quem deseja se manter no mercado de trabalho. Para que as mudanças sejam feitas, será preciso mapear as competências necessárias aos profissionais que atuarão no atendimento às demandas dessa nova realidade tecnológica diante do cenário existente em cada local. A partir desse mapeamento é preciso que os governos incentivem as instituições de ensino públicas e privadas a ofertar cursos técnicos, de graduação, pós-graduação e aperfeiçoamento que contribuam para a criação de uma força de trabalho especializada. Os novos trabalhadores precisam entrar no mercado com as competências necessárias para lidar com a dinamicidade e a variedade de recursos tecnológicos, tanto em gestão, quanto em operação e negociação. Com todas as transformações que já estão acontecendo em fabricação e em tipos de serviços e produtos desejados pelos clientes, os trabalhadores que já atuam no mercado precisam se atualizar constantemente para ser https://www.bcg.com/pt-br/publications/2015/engineered_products_project_business_industry_4_future_productivity_growth_manufacturing_industries.aspx agentes dessa transição e não ficarem para trás. Deseja-se que os novos profissionais sejam adaptáveis e flexíveis. Para isso, aprender a aprender é uma das competências indispensáveis no século XXI. O perfil do profissional, ou seja, o engenheiro do futuro certamente deverá procurar ter uma visão holística dos processos; estar sempre em sintonia com sistemas produtivos, softwares, nanotecnologia e biotecnologia. Além disso, a imagem do profissional qualificado não se limitará à formação técnica. O engenheiro deverá ter a capacidade de entender também as transformações e impactos sociais que o avanço dessas tecnologias terá, assim como entender aspectos de mercado para enxergar oportunidades de ser também parte do desenvolvimento dessas tecnologias, ou seja, ser empreendedor. Portanto, fica claro que, para a atividade de engenharia ter sobrevida num mercado cada vez mais complexo e exigindo maiores qualificações, é peremptório que o profissional e as instituições formadoras estejam em constante afinação com as exigências deste – isto é, tomem consciência de seu papel fundamental de vanguarda no desenvolvimento de novas ferramentas tecnológicas. A indústria do futuro se aproxima, e traz consigo uma infindável gama de novas oportunidades profissionais; a revolução 4.0 conectará tudo e a todos, e a palavra do século para a economia é sincronização. É perfeitamente compreensível que mesmo os profissionais mais competentes de nosso tempo, se dessincronizados com essa avalanche de mudanças para melhor, acabem caindo em obsolescência. Um mundo 4.0 exige profissionais 4.0 Referências: https://elcoindustria.com.br/automacao-industrial-evolucao-tecnologica-linhas- de-producao/ https://www.aedb.br/seget/arquivos/artigos19/31028222.pdf https://openaccess.blucher.com.br/download-pdf/455 https://monografias.brasilescola.uol.com.br/computacao/tecnologia-informacao- como-ferramenta-para-logistica.htm https://elcoindustria.com.br/automacao-industrial-evolucao-tecnologica-linhas-de-producao/ https://elcoindustria.com.br/automacao-industrial-evolucao-tecnologica-linhas-de-producao/ https://www.aedb.br/seget/arquivos/artigos19/31028222.pdf https://openaccess.blucher.com.br/download-pdf/455 https://monografias.brasilescola.uol.com.br/computacao/tecnologia-informacao-como-ferramenta-para-logistica.htm https://monografias.brasilescola.uol.com.br/computacao/tecnologia-informacao-como-ferramenta-para-logistica.htm
Compartilhar