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CRIANÇA E ADOLESCENTE NUTRIÇÃO (e obesidade)

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@nutriuniversitaria.j 
 
 
“O adolescente é uma pessoa; A 
adolescência é um conceito.” 
FAIXA ETÁRIA 
 OMS - faixa etária entre 10 e 19 anos 
e 11 meses 
  ECA - lei n°8.069 – 13/07/1990: 
individuo entre 12 e 18 anos. 
 
Por que o adolescente vem a consulta? 
 
- queixas físicas, reais ou imaginárias; 
- dificuldades de ajustamento social na 
escola, no trabalho, com 
companheiros, transtornos de conduta; 
- mau rendimento escolar; 
- dificuldades na área da sexualidade, 
- queixas psicológicas 
- preocupações, angústias, distúrbios 
do sono, da alimentação, do humor. 
 
EXAME FÍSICO 
Itens obrigatórios: 
- Estágio de desenvolvimento puberal-
critérios de Tunner; 
- Avaliação do estado nutricional-IMC, 
Peso, altura; 
- Dobras cutâneas 
- Inspeção o mais completa possível: 
saúde bucal, pele e mucosas; 
- Coluna vertebral; 
- Mamas; 
- Tireóide; 
- PA; 
 
 
QUEIXAS FREQUENTES: 
• DOENÇAS PSICOSOCIAS: 
Depressão 
Bulimia 
Anorexia nervosa 
 
• GINECOLÓGICAS 
Dismenorréias 
Vulvovaginites 
HPV 
 
• ANEMIAS 
Ferropriva - rápida expansão do 
volume, hábitos nutricionais 
perdas menstruais; 
Falciforme - jovens negros e 
mestiços; 
 
CRESCIMENTO E 
DESENVOLVIMENTO 
 
- velocidade de crescimento é 
realmente aumentada. O 
adolescente ganha em período de 
tempo curto cerca de 20% de sua 
altura adulta e 50% de seu peso. - 
Esse período também é chamado 
de estirão do crescimento e ocorre 
em idades diferentes para cada 
indivíduo. Em geral as meninas 
maturam mais cedo que os 
meninos. 
- Na fase pré-puberal (aquela que 
antecede a maturação sexual) os 
meninos e as meninas tendem a 
ser igual na gordura corporal 15-
19%.  Já na fase puberal (onde a 
capacidade de reprodução já foi 
atingida) e adulta as meninas 
tendem a ter maior gordura 
corporal cerca de 22-26% contra 
15-18% nos meninos.  
 Já os meninos ganham na 
puberdade duas vezes mais tecido 
magro que as meninas. 
 
 
 
ADOLESCENTE 
 
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL 
 
Ingestões recomendadas de macronutrientes em gramas: 
 
• Proteína: 
 Normalmente não há defasagem na ingestão. 
As necessidades de proteínas e energia, na adolescência se correlacionam mais com o 
padrão de crescimento do que com a idade cronológica. 
A ingestão insuficiente de proteína na população adolescente é rara, mas se a ingestão 
calórica estiver abaixo do recomendado por algum motivo, sua ingestão estará 
comprometida. 
A ingestão excessiva de proteínas pode interferir no metabolismo do cálcio e também 
aumentar a necessidade de líquidos, em atletas adolescentes deve-se dobrar a 
vigilância no que diz respeito à desidratação. 
 
 
 
• A ingestão de cálcio tende a 
diminuir na adolescência devido ao 
alto consumo de refrigerantes, as 
meninas adolescentes estão em 
maior risco de ingestão 
inadequada de cálcio. O risco de 
desenvolverem osteoporose na 
fase adulta vai depender 
parcialmente de quanto depósito 
 
 
de cálcio ósseo se teve nessa fase. 
• Uma maior necessidade de ferro é 
justificada pelo aumento da massa 
muscular, principalmente nos 
meninos, e o início da menstruação 
nas meninas. Sua deficiência pode 
levar a uma anemia, prejudicar a 
resposta imunológica e afetar o 
aprendizado, pois causa problemas 
de memória de curto prazo. 
• O zinco é essencial para o 
crescimento e maturação sexual, a 
retenção desse mineral no 
organismo aumenta 
significativamente no estirão de 
crescimento físico. 
• As vitaminas têm suas 
necessidades aumentadas, mas 
deve-se destacar o ácido fólico 
que, na fase em que as mulheres 
podem engravidar, deve ser 
suplementado ou através de 
alimentos fortificados ou 
suplementos orais. Sua deficiência 
pode causar uma má formação no 
tubo neural do feto. 
 
AVALIAÇÃO DO CRESCIMENTO 
 
Relação entre as variáveis antropométricas 
– IMC 
– Estatura/idade 
– Dobras cutâneas 
– Circunferências 
– Maturação sexual 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
COMPOSIÇÃO CORPORAL EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desnutrição 
 
 
 
 
 
Obesidade e doenças associadas 
 
 
No Brasil, em torno de 15% das crianças estão com sobrepeso e obesidade. 
Segundo a OMS, em 2025, serão 75 milhões de crianças acima do peso no mundo. 
 
 
• A obesidade é doença crônica, complexa, de etiologia multifatorial e resulta de balanço 
energético positivo (SBP, 2012). 
 • Doença caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal localizada ou generalizada, 
trazendo prejuízos à saúde do indivíduo (ABESO, 2010).
 
 
 
Fatores de risco: 
• Obesidade dos pais: A obesidade da mãe, 
mesmo antes da gestação, correlaciona-se 
ao índice de massa corpórea da criança, na 
idade de 5 a 20 anos. 
 
• Sedentarismo: A inatividade física, 
indiretamente avaliada pelo número de 
horas assistindo à televisão, relaciona-se, de 
maneira significativa, à obesidade. 
 
• Peso ao nascer: Sobrepeso ao nascer 
parece ser um preditor de risco de 
obesidade em adultos, assim como baixo 
peso ao nascer parece aumentar o risco de 
doenças cardiovasculares em adultos. 
 
• Aleitamento matern:o O aleitamento 
materno é um fator de proteção contra o 
aparecimento de obesidade em crianças. 
 
Causas da obesidade: 
 
• Hábitos alimentares; 
• Sedentarismo; 
• Ambiente; 
• Fatores psicológicos; 
• Fatores genéticos; 
• Stress; 
• Medicamentos 
 
 
 
Causas secundárias da obesidade a criança 
e no adolescente: 
 
• Endócrinas: 
- Hipotireoidismo 
- Deficiência do hormômio do crescimento 
 - Síndrome do ovário policísticos - 
Disfunção Hipotalâmica 
 
• Genéticas: 
- Síndrome de Turner 
- Lawewnce-Moon Biedel 
- Prader Willi. 
- Disfunção hipotalâmica 
 
• Outras Síndromes: 
- Síndrome de Cohen 
- Síndrome de Carpentier 
 
• Medicações (ácido valpróico, 
neurolépticos, etc..) 
 
 
Diagnóstico: 
 
O diagnóstico de obesidade é clínico, 
baseado na história, no exame laboratorial 
e em dados antropométricos. 
 
Anamnese: 
 
• História da obesidade – idade de início, 
relação com fatores desencadeantes, 
tentativas anteriores de tratamento e 
percepção da família quanto ao problema. 
 
• Antecedentes pessoais – alto ou baixo 
peso ao nascer, ganho de peso acentuado 
no primeiro ano de vida e uso de 
medicamentos (anti-histamínicos, 
corticosteróides, imunossupressores, entre 
outros). 
 
• Antecedentes familiares – no que diz 
respeito a obesidade e a doença 
cardiovascular precoce. Também devem ser 
incluídas informações sobre obesidade, 
hipertensão arterial, dislipidemias, diabetes 
e tabagismo. 
 
• Uso de drogas, álcool (1 g = 7 kcal) e 
tabaco – para adolescentes. 
 
• Comportamento e estilo de vida - 
Pesquisar como o paciente vai para a escola, 
a periodicidade e duração das atividades 
físicas curriculares e extracurriculares que 
ele realiza, o tempo gasto com televisão, 
video games e computadores e quais são as 
brincadeiras e atividades que ele prefere. 
 
• Hábitos alimentares – os dados a respeito 
são obtidos com base em informações 
sobre o dia alimentar habitual e/ou pelo 
recordatório de 24 horas, além da 
frequência de consumo dos alimentos. 
Deve-se investigar também a dinâmica da 
refeição: onde é realizada, se ocorre com ou 
sem a presença de pais e irmãos, em que 
ambiente, horários, intervalos, o tempo 
gasto, se ocorre repetição, se há ingestão 
concomitante de líquidos, como é a 
mastigação. 
 
 
Doenças associadas: 
• Hipertensão arterial 
• Síndrome metabólica: A 
síndrome metabólica (SM) é uma 
condição clínica composta de 
anormalidades antropométricas, 
fisiológicas e bioquímicas que 
predispõem os indivíduos afetados 
ao desenvolvimento de diabetes 
tipo 2 e doença cardiovascular. 
• Resistência insulínica: A 
resistência a insulina pode ser 
definida como a incapacidade do 
organismo a responder a ação da 
insulina. É a alteração metabólica 
de base responsável pelo 
aparecimento do Diabetes Tipo 2. 
• Dislipidemias: A dislipidemia 
relacionada a obesidade é 
caracterizada pelo: 
Aumento Triglicerídeos eLDL – 
colesterol 
E baixo HDL-colesterol

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