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Aparelho Reprodutor Feminino

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Aparelho Reprodutor Feminino 
 
 
Aparelho Reprodutor Feminino 
Karla Helena Picoli Natário 
Universidade Municipal de São Caetano do Sul 
Revisor: Kelvin Gomes 
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Aparelho Reprodutor Feminino 
 
Fonte: GARTNER, 2018. 
 
Ovários 
Os ovários são pequenas estruturas, com aproximadamente 3 cm de comprimento, 1,5 cm 
de largura e 1 cm de espessura e possuem formato de amêndoas. São recobertos por uma 
camada de tecido conjuntivo denso, a túnica albugínea, que confere seu aspecto esbranquiçado. 
A túnica albugínea é revestida pelo epitélio germinativo, classificado como epitélio cúbico 
simples. 
O ovário pode ser dividido em córtex, localizado abaixo da túnica albugínea e rico em 
folículos ovarianos, e medula, composta de estroma de tecido conjunto frouxo intensamente 
vascularizado. A medula possui células intersticiais secretoras de estrogênio e muitos 
fibroblastos. 
Desenho esquemático do ovário em fase reprodutiva. Fonte: Junqueira, 2018. 
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Aparelho Reprodutor Feminino 
No final do primeiro mês da fase embrionária, uma pequena quantidade de células 
germinativas primordiais migra do saco vitelino até as gônadas, ainda em desenvolvimento. 
Nas gônadas, essas células se dividem e se transformam em ovogônias. A divisão celular é 
muito intensa e por isso o número de ovogônias chega a mais de 7 milhões no quinto mês de vida 
intrauterina. A partir do terceiro mês gestacional, as ovogônias transformam-se em ovócitos 
primários, que não progridem para as demais fases de divisão celular. Estas células ficam 
envoltas por uma camada de células foliculares. Próximo ao sétimo mês gestacional, a maioria 
das ovogônias já se transformaram em ovócitos primários e parte delas sofreu um processo 
degenerativo, denominado atresia. 
A atresia é um processo que se estende por toda a vida reprodutiva da mulher, sendo que 
na puberdade o número de ovócitos é de aproximadamente 300 mil e durante a perimenopausa 
esse número se aproxima de 8 mil. Em cada ciclo menstrual é liberado, geralmente, 1 ovócito. 
Cada ovócito primário é circundado por uma camada de células epiteliais, denominadas 
de células foliculares e, em conjunto, essas duas estruturas constituem um folículo ovariano. 
No ovário, há uma quantidade variável de folículos, dependendo da idade da mulher. O folículo 
ovariano consiste em um ovócito envolvido por uma ou mais camadas de células foliculares, 
chamadas de células da granulosa. A maioria desses folículos está “em repouso”, pois são 
folículos primordiais formados durante a vida fetal e que nunca sofreram nenhuma transformação. 
As células foliculares secretam o inibidor de maturação do ovócito, sendo que o ovócito 
permanece na primeira fase da meiose (meiose I) até a ovulação. Nesse momento, as células 
foliculares secretam a substância indutora da meiose que, em conjunto com um pico de 
hormônio luteinizante (LH) secretado pela adeno-hipófise, resulta na finalização da meiose I e 
na transformação do ovócito primário em ovócito secundário, com sua posterior liberação pelo 
ovário. 
 
 
 
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Aparelho Reprodutor Feminino 
Região cortical e medular do ovário. Fonte: Junqueira, 2018. 
Os folículos ovarianos passam por diversos estágios de maturação, denominado processo 
de crescimento folicular que ocorre sob influência do hormônio FSH (hormônio folículo 
estimulante) liberado pela adenohipófise. Dentre esses estágios temos o folículo primordial, que 
é composto por um ovócito primário circundado por uma única camada de células foliculares 
pavimentosas. À medida que a maturação avança, as células foliculares tornam-se cúbicas e o 
folículo recebe o nome de folículo primário unilaminar - formando uma camada única de células 
cuboides. 
Os folículos primários multilaminares ou folículos pré-antrais contêm um único ovócito 
circundado por várias camadas de células foliculares e uma zona pelúcida (composta de 
glicoproteínas) interposta, além da teca interna situada externamente. 
Com a progressão do crescimento dos folículos, há um acúmulo de líquido folicular nos 
espaços intercelulares das células foliculares. Esse líquido é composto por glicosaminoglicanos, 
várias proteínas (principalmente proteínas ligantes de esteroides) e altas concentrações de 
esteroides (progesterona, andrógenos e estrógenos). Nesse ponto, a estrutura inteira é conhecida 
como folículo secundário ou folículo antral e apresenta uma zona pelúcida bem desenvolvida 
e membrana basal claramente distinguível, que é circundada pelas tecas interna e externa. 
O estroma situado em volta do folículo se modifica para formar as tecas foliculares, em 
teca interna e teca externa. O limite entre as duas tecas não é preciso, porém, a teca interna e a 
granulosa são separadas por uma lâmina basal. As células da teca externa são semelhantes ao 
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estroma ovariano e as da teca interna são diferenciadas, com formato poliédrico e produtoras de 
esteroides. 
Pequena região da parede de um folículo antral, na qual se observam o antro e a camada de células da granulosa. 
Uma teca interna recobre o folículo. As setas apontam dois grupos de células da teca interna. Fonte: Junqueira, 
2018. 
Habitualmente, durante cada ciclo menstrual, um folículo antral se desenvolve mais que os 
outros formando o folículo dominante que pode chegar ao seu máximo crescimento, passando 
a se chamar folículo maduro, pré-ovulatório ou de Graaf. O folículo maduro possui 2,5 cm de 
diâmetro, aproximadamente, e caracteriza-se por ser um líquido folicular contendo um antro 
central, cuja parede é formada pela camada granulosa. 
Um pouco adentro do antro está o cumulus oophorus, que contém o ovócito primário, 
com sua zona pelúcida e coroa radiada associadas. Vários folículos de Graaf desenvolvem-se 
durante um ciclo ovulatório, porém, em geral, apenas um libera seu ovócito e, por isso, é 
conhecido como folículo de Graaf dominante. O folículo dominante, basicamente por ação do 
hormônio luteinizante, rompe e libera o ovócito com suas células foliculares associadas. O 
processo total de crescimento do folículo na mulher, desde primordial até maduro, dura 
aproximadamente 90 dias. 
 
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Categorias de folículos ovarianos. Fonte: Junqueira, 2018. 
 
 Ovulação 
A ovulação é o processo de ruptura da parede do folículo maduro e a consequente 
liberação do ovócito, que será capturado pela extremidade da tuba uterina. Geralmente, ocorre 
na metade do ciclo menstrual, por volta do 14º – 15º dia, liberando um ovócito ou mais (ciclo 
ovulatório) e nenhum (ciclo anovulatório). O estímulo para ovulação é resultado do pico de LH 
liberado pela adeno-hipófise em resposta aos altos níveis de estrógeno circulante pelos folículos 
em crescimento. 
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A primeira divisão meiótica é completada um pouco antes da ovulação (até este momento 
o ovócito estava desde a vida fetal na prófase I da meiose). Os cromossomos são divididos 
igualmente entre as células-filhas, mas um dos ovócitos secundários retém quase todo o 
citoplasma. O outro se torna o primeiro corpúsculo polar, uma célula muito pequena que contém 
um pequeno núcleo e uma quantidade mínima de citoplasma. Imediatamente após a expulsão do 
primeiro corpo polar, o núcleo do ovócito inicia a segunda divisão da meiose, que estaciona em 
metáfase até que haja fertilização. 
Fonte: JUNQUEIRA, 2018. 
a) Corpo lúteo e corpo albicans 
Após a ovulação, as células da granulosa e as da teca interna do folículo que ovulou se 
reorganizam e formam uma glândula endócrina temporária, chamada de corpo lúteo. Quando 
o folículo de Graaf libera seu ovócito, ele transforma-se no corpo hemorrágico. Depois de alguns 
dias, o corpo hemorrágico transforma-se no corpo lúteo, que é uma estrutura glandular amarelada 
que secreta progesterona, um hormônio que suprimea secreção de LH inibindo o hormônio de 
liberação das gonadotrofinas (GnRH) e facilita o espessamento do endométrio uterino. Além 
disso, o estrogênio (inibidor do FSH) e a relaxina (que torna a fibrocartilagem da sínfise púbica 
mais flexível) também são liberados pelo corpo lúteo. 
A transformação no corpo lúteo é atribuída a fatores locais como o IGF-I (fator de 
crescimento semelhante à insulina tipo I) e o IGF-II, assim como aos hormônios LH e prolactina. 
Esse processo consiste em várias etapas, sendo elas: 
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➢ Decomposição da membrana basal entre a teca interna e as células da granulosa; 
➢ Colapso e dobramento do folículo de Graaf, previamente formado, sobre si próprio; 
➢ Reabsorção do sangue presente dentro do corpo hemorrágico; 
➢ Sua substituição por tecido conjuntivo fibroso. 
Além disso, as células do folículo de Graaf também se alteram, porque as células da teca 
interna transformam-se nas células granuloso-luteínicas. Se não houver fecundação, o corpo 
lúteo atrofia (processo conhecido como luteólise ou atresia) e a ausência do estrogênio e da 
progesterona permite novamente que a adeno-hipófise secrete FSH e LH. Nesse caso, o corpo 
lúteo é conhecido como corpo lúteo de menstruação e degenera, formando o corpo albicans 
(devido à grande quantidade de colágeno). 
Pequena porção do corpo lúteo. Fonte: Junqueira, 2018. 
 
Tubas Uterinas 
As tubas uterinas, antigamente denominadas de trompas de Falópio, são dois tubos 
musculares de aproximadamente 12 cm de comprimento. Uma de suas extremidades – o 
infundíbulo – abre-se na cavidade peritoneal próximo ao ovário e tem prolongamentos em forma 
de franjas chamados de fímbrias; a outra extremidade – intramural – atravessa a parede do 
útero e se abre no seu interior. 
A parede da tuba uterina é composta de três camadas: mucosa, espessa camada 
muscular de músculo liso disposto em uma camada circular ou espiral interna e uma camada 
longitudinal externa, e serosa formada de um folheto visceral de peritônio. 
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A mucosa tem dobras longitudinais muito numerosas na ampola. Em razão dessas pregas, 
o lúmen da ampola se assemelha a um labirinto em seções transversais da tuba. Essas dobras 
se tornam menores nos segmentos da tuba mais próximos ao útero. Na porção intramural, as 
dobras são reduzidas a pequenas protuberâncias, e a superfície interna da mucosa é quase lisa. 
Mucosa da tuba uterina. Fonte: Junqueira, 2018. 
A mucosa é formada por um epitélio colunar simples e por uma lâmina própria de tecido 
conjuntivo frouxo. O epitélio contém dois tipos de células: ciliadas e secretoras. Os cílios 
batem em direção ao útero, movimentando nesta direção uma película de muco que cobre sua 
superfície. Este líquido é formado, principalmente, por produtos das células secretoras. 
Epitélio que reveste a tuba uterina. Fonte: Junqueira, 2018. 
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No momento da ovulação, a tuba uterina exibe movimentos ativos decorrentes de sua 
musculatura lisa, e a extremidade afunilada da ampola (com numerosas fímbrias) posiciona-se 
muito perto da superfície do ovário. Isso favorece a captação do ovócito que foi ovulao. A secreção 
tem funções nutritivas e protetoras em relação ao ovócito, além de promover ativação 
(capacitação) dos espermatozoides. 
 
Útero 
O útero é um órgão em formato de pera e pode ser subdividido em: fundo, corpo e colo. 
O fundo do útero é a parte superior em forma de cúpula e o corpo é a porção dilatada abaixo 
do fundo. O colo uterino ou cérvice é a porção estreita que se abre na vagina. A parede do útero 
é composta por três camadas: serosa ou adventícia, miométrio e endométrio. 
➢ Serosa ou adventícia: está localizada externamente e constitui-se em uma fina camada de 
mesotélio e tecido conjuntivo, ou em algumas porções do órgão é constituída de tecido 
conjuntivo sem revestimento de mesotélio. 
➢ Miométrio: é a camada mais espessa do útero composta por fibras musculares lisas 
separadas por tecido conjuntivo e dispostas longitudinalmente e paralelas ao eixo longo do 
útero. Entre elas passam grandes vasos que irrigam o órgão, as artérias arqueadas. 
➢ Endométrio: é a camada mucosa esponjosa constituída em um epitélio e uma lâmina própria 
que contém glândulas tubulares simples. A cavidade uterina é revestida por epitélio 
colunar simples associado a células ciliadas e secretoras. As células ciliadas têm por 
função oscilar os cílios na direção do útero para deslocar o ovócito fecundado para o interior 
do útero, onde ocorre a sua implantação e as células secretoras tem o objetivo de tornam o 
ambiente rico em nutrientes, que nutre os espermatozoides e o ovócito fecundado em seu 
trajeto até o útero e liberar fatores de capacitação para os espermatozoides. O tecido 
conjuntivo da lâmina própria é rico em fibroblastos e suas fibras são constituídas 
principalmente de colágeno tipo III. O endométrio pode ser subdividido em duas camadas, 
sendo elas: 
o Camada basal: profunda e adjacente ao miométrio, composta por tecido conjuntivo e 
porção inicial das glândulas uterinas. Não sofre alteração durante o ciclo menstrual e é 
irrigada pelas artérias retas. 
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o Camada funcional: composta pelo restante do tecido conjuntivo da lâmina própria e das 
glândulas, além do epitélio superficial. Sofre intensas transformações durante o ciclo 
menstrual, sendo irrigada pelas artérias espirais. 
Fonte: GOOGLE IMAGENS, 2019. 
 
 Ciclo Menstrual 
O ciclo menstrual é controlado pelos hormônios ovarianos, estrógeno e progesterona, que 
por estímulo da adeno-hipofise atuam nas modificações estruturais do endométrio. Durante o 
período menstrual o endométrio passa por modificações estruturais, apresentadas na tabela a 
abaixo. 
Fase do 
ciclo 
Duração 
Hormônios 
envolvidos 
Características do endométrio 
Menstrual 
 3 – 4 
dias 
Baixos níveis de 
estrogênio e 
progesterona 
- Desprendimento da camada funcional do 
endométrio (artérias espiraladas fechadas e 
necrose); 
- Reepitelização do endométrio (células 
epiteliais da camada basal). 
Proliferativa 
ou folicular 
10 dias 
Altos níveis de LH E 
FSH, atingindo pico 
máximo no final da 
fase folicular. 
-Espessamento da camada funcional 
(reepitelização) 
-Estabelecimento das artérias espiraladas 
-Glândulas uterinas começam a secretar. 
Secretora 
ou lútea 
14 dias 
Aumento dos níveis 
de estrogênio e pico 
 -Espessamento da camada funcional 
(MÁXIMO) e tortuosidade das glândulas 
uterinas e artéria espiraladas 
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do nível de 
progesterona. 
Redução dos níveis 
de LH e FSH. 
-Células estromais acumulam nutrientes para 
receber possível blastocisto. 
Efeitos dos hormônios hipotalâmicos e adeno-hipofisários sobre o córtex ovariano e endométrio. Fonte: Gartner, 
2018. 
 
Vagina 
A parede da vagina possui três camadas: mucosa, muscular e adventícia. O epitélio da 
mucosa vaginal é estratificado pavimentoso e suas células podem conter uma pequena 
quantidade de queratina. O epitélio vaginal acumula grande quantidade de glicogênio, 
principalmente sob estímulo de estrogênio, que é depositado no lúmen da vagina quando as 
células do epitélio vaginal descamam. 
A camada muscular vaginal é composta por fibras musculares lisas dispostas 
longitudinalmente e algumas de maneira circular (próximo a mucosa). 
A adventícia é uma camada de tecido conjuntivo denso rico em fibras elásticas espessas 
que une a vagina aos tecidos circunvizinhos. 
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As glândulas da cérvice uterina produzem muco que lubrificam a região vaginal. O 
pH baixo vaginal deve-se a produção de ácido lático pelas bactérias que habitam a vagina, 
constituindo, desta forma, uma proteção contra patógenos. A grande elasticidade da vagina se 
deveao elevado número de fibras elásticas no tecido conjuntivo de sua parede, no qual há um 
plexo venoso extenso, feixes nervosos e grupos de células nervosas. 
Epitélio estratificado pavimentoso da vagina. Fonte: Junqueira, 2018. 
 
Genitália Externa 
A genitália externa feminina, também chamada de vulva, é formada pelas seguintes 
estruturas: clitóris, pequenos e grandes lábios e vestíbulo (abertura externa da vagina 
delimitada pelos pequenos lábios). Esta região possui muitas terminações nervosas sensoriais 
táteis, como corpúsculos de Meissner e Pacini que contribuem para a fisiologia do estímulo 
sexual. 
A uretra e os ductos das glândulas vestibulares se abrem no vestíbulo. As glândulas 
vestibulares maiores, ou glândulas de Bartholin, situam-se uma em cada lado do vestíbulo e 
são homólogas às glândulas bulbouretrais no homem. As glândulas vestibulares menores se 
localizam ao redor da uretra e do clitóris. Tanto as glândulas maiores quanto as menores secretam 
muco. 
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O clitóris e o pênis são estruturas homólogas em origem embrionária. O clitóris é formado 
por dois corpos eréteis que culminam em uma glande clitoriana rudimentar e um prepúcio. O 
clitóris é recoberto por epitélio estratificado pavimentoso. 
Os lábios menores são dobras da mucosa vaginal que possuem tecido conjuntivo 
penetrado por fibras elásticas. O epitélio estratificado pavimentoso que os cobre tem uma delgada 
camada de células queratinizadas na superfície. Nas superfícies interna e externa dos pequenos 
lábios há significativa quantidade de glândulas sebáceas e sudoríparas. 
Os lábios maiores são dobras de pele que possuem grande quantidade de tecido adiposo 
e uma fina camada de musculo liso. Sua superfície interna tem estrutura histológica semelhante 
à dos lábios menores, e a externa é coberta por pele e por pelos pubianos. 
 
Glândulas Mamárias 
As glândulas mamárias são glândulas sudoríparas extremamente modificadas. Elas são 
idênticas em homens e mulheres até o início da puberdade e, por influência hormonal, se 
desenvolvem nas mulheres. 
Cada glândula mamária é composta por 15 a 25 lóbulos de glândulas tubuloalveolares que 
tem por função secretar leite materno para alimentar os recém-nascidos. Cada lóbulo consiste 
em uma glândula individualizada com seu próprio ducto excretor, denominado ducto galactóforo. 
Cada ducto emerge independentemente no mamilo, que possui entre 15 e 25 aberturas. 
Durante a puberdade, período de desenvolvimento das características sexuais 
secundárias, as mamas aumentam de tamanho e desenvolvem um mamilo proeminente nas 
meninas. Já, nos meninos, as mamas permanecem planas. O crescimento das mamas se deve 
ao acúmulo de tecido adiposo e conjuntivo e da proliferação e ramificação dos ductos galactóforos 
que resultam do aumento de estrógenos circulantes durante a puberdade. Na mulher adulta, o 
lóbulo desenvolve-se a partir das extremidades dos menores ductos. 
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Desenho esquemático da mama inativa e ativa. Junqueira, 2018. 
Um lóbulo é formado vários ductos intralobulares que se unem em um ducto interlobular 
terminal. Cada lóbulo é imerso em tecido conjuntivo intralobular frouxo e muito celularizado, sendo 
que o tecido conjuntivo interlobular que separa os lóbulos é mais denso e menos celularizado. 
Próximo à abertura do mamilo, os ductos galactóforos se dilatam para formar os seios 
galactóforos. As aberturas externas dos ductos são revestidas por epitélio estratificado 
pavimentoso, o qual bruscamente se transforma em estratificado colunar ou cuboide nos 
ductos galactóforos. O revestimento dos ductos galactóforos e ductos interlobulares terminais 
é formado por epitélio simples cuboide, envolvido por células mioepiteliais. 
O tecido conjuntivo que envolve os alvéolos contém muitos linfócitos e plasmócitos, os 
quais aumentam significativamente no final da gravidez, pois são responsáveis pela secreção de 
imunoglobulinas, principalmente IgA para conferir imunidade ao recém-nascido 
Durante o ciclo menstrual, as glândulas mamárias podem sofrer algumas alterações como 
proliferação de células dos ductos e maior hidratação do conjuntivo que provoca aumento do 
volume da mama. 
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O mamilo tem a forma cônica, sendo recoberto por epitélio estratificado pavimentoso 
queratinizado contínuo com o da pele adjacente. A pele ao redor do mamilo é chamada aréola 
e sofre alteração de coloração durante a gravidez, devido ao acúmulo de melanina no local. O 
epitélio do mamilo estabelece-se sobre uma camada de tecido conjuntivo rico em fibras 
musculares lisas que estão dispostas circularmente ao redor dos ductos galactóforos. O mamilo 
possui diversas terminações nervosas responsáveis por produzir o reflexo da ejeção do leite pela 
secreção de ocitocina. 
Glândula mamária em repouso. Fonte: Junqueira, 2018. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referências Bibliográficas 
1. GARTNER, Leslie P. Atlas colorido de histologia. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 
2018. 
2. JUNQUEIRA, Luiz Carlos Uchoa. Histologia básica: texto e atlas. 13. ed. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2018. 
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