Prévia do material em texto
Apg 21: 1. compreender a Morfofisiologia do sistema reprodutor feminino 2. entender a identificacao de genero, sexo biologico e orientacao sexual • Órgãos genitais femininos internos são constituídos por: ovários, tubas uterinas, útero e vagina. Eles estão contidos principalmente na cavidade pélvica e no períneo • Genitália externa inclui: monte do púbis, lábios maiores e menores do pudendo, clitóris, vestíbulo e abertura da vagina, hímen e óstio externo da uretra. Ovários, tubas uterinas e o útero de mulheres sexualmente maduras sofrem alterações estruturais e funcionais acentuadas relacionadas com atividade neural e hormonal no ciclo menstrual. Menarca: primeira menstruação 9-14 anos Ciclo irregular: climatério 45-55 anos Menopausa: ultima menstruação • OVÁRIO Funções: gametogênese (produção de gametas – oocitogênese-oócito-óvulo) e esteroidogênese (produção de esteroides – estrogênio e progesterona) • Estrogênios: promovem o crescimento e a maturação dos órgãos sexuais internos e externos, e são responsáveis pelas características sexuais femininas que se desenvolvem na puberdade. Atuam sobre as glândulas mamárias, estimulando o crescimento dos ductos e do estroma, e acúmulo de tecido adiposo. • Progestógenos: preparam os órgãos sexuais internos, principalmente o útero, para a gravidez, causando alterações secretoras no endométrio, também preparam as adaptações das glândulas mamárias, por meio da promoção da proliferação lobular. ANATOMIA São par de estruturas em formato de amêndoa, de coloração branco-rosada, com cerca de 3 cm de comprimento, 1,5 cm de largura e 1 cm de espessura. Fixado à superfície posterior do ligamento largo pelo mesovário Polo superior (ou tubário) está fixado à parede pélvica pelo ligamento suspensor do ovário, que transporta os vasos e nervos daquele Polo inferior (ou uterino) está fixado ao útero pelo ligamento útero-ovárico (remanescente do gubernáculo) Suprimento sanguíneo: artérias ováricas são ramos da parte abdominal da aorta, que se anastomosam com os ramos ováricos das artérias uterinas, que se originam das artérias ilíacas internas – originam artérias espiraladas, que entram no hilo do ovário Drenagem venosa: plexo pampiniforme, que origina a veia ovárica Inervação: plexo ovárico autônomo. HISTOLOGIA • Medula: localizada na porção central, contém tecido conjuntivo frouxo, massa de vasos sanguíneos, vasos linfáticos e nervos • Córtex: porção periférica, circundando a medula. Contém os folículos ovarianos inseridos em tecido conjuntivo ricamente celularizado. Existem ainda fibras musculares lisas dispersas no estroma, envolvendo os folículos. Superfície do ovário é recoberta por uma única camada de células cuboides que, em algumas partes, tornam-se quase pavimentosas (epitélio germinativo - é contínua com o mesotélio que recobre o mesovário) Túnica albugínea (camada de tecido conjuntivo denso), situa-se entre o epitélio germinativo e o córtex subjacente • TUBAS UTERINAS ANATOMIA São um par de tubos que se estendem bilateralmente do útero em direção aos ovários (10-12cm) Uma extremidade da tuba é adjacente ao ovário e abre-se na cavidade peritoneal; a outra extremidade comunica-se com a cavidade uterina **transportam o óvulo do ovário até o útero e proporcionam o ambiente necessário para a fertilização e o desenvolvimento inicial do zigoto, até o estágio de mórula. • Infundíbulo: é o segmento em formato de funil adjacente ao ovário. Na extremidade distal, abre-se na cavidade peritoneal. A extremidade proximal comunica- se com a ampola da tuba uterina. Prolongamentos franjados ou fímbrias estendem-se do óstio do infundíbulo para o ovário. • Ampola: é o segmento mais longo da tuba uterina, constitui o local de fertilização • Istmo: é o segmento medial estreito da tuba uterina adjacente ao útero • Parte uterina/intramural: que mede cerca de 1 cm de comprimento, situa-se na parede do útero e abre-se na cavidade deste. HISTOLOGIA • Serosa ou peritônio: é a camada mais externa da tuba uterina, composta de mesotélio e de uma camada fina do tecido conjuntivo • Muscular: organizada em uma camada circular interna, relativamente espessa, e uma camada longitudinal externa, mais delgada • Mucosa: o revestimento interno, exibe pregas longitudinais relativamente finas, que se projetam para dentro do lúmen da tuba uterina em toda sua extensão. As pregas são mais numerosas e complexas na ampola, além do que, tornam-se menores no istmo. Epitélio colunar simples, composto por células ciliadas (mais no infundíbulo e ampola, direção dos cílios para o útero) e células não ciliadas (secretoras de liquido que fornece material nutritivo pro óvulo) **células epiteliais sofrem hipertrofia cíclica durante a fase folicular e atrofia durante a fase lútea, em resposta a alterações nos níveis hormonais, particularmente estrogênios ** estrogênio estimula a ciliogênese, enquanto a progesterona aumenta o número de células secretoras FISIOLOGIA Apresenta movimentos ativos imediatamente antes da ovulação, quando as fímbrias se tornam apostas sobre a superfície do ovário no qual ocorrerá ruptura (favorece a captação do oócito que foi ovulado) Oócito é liberado, as células ciliadas no infundíbulo o direcionam para o óstio da tuba uterina e, assim, impedem a sua entrada na cavidade peritoneal. O oócito é transportado ao longo da tuba uterina por contrações peristálticas A fertilização geralmente ocorre na ampola, próximo de sua junção com o istmo da tuba uterina. O óvulo permanece na tuba uterina durante aproximadamente 3 dias, antes de entrar na cavidade uterina • ÚTERO ANATOMIA É um órgão oco piriforme, que está localizado na pelve entre a bexiga e o reto, o lúmen é contínuo com as tubas uterinas e com a vagina. • Corpo: é a porção superior grande do útero. A superfície anterior é quase plana, enquanto a superfície posterior é convexa. A parte superior expande acima da fixação das tubas uterinas, é denominada fundo do útero • Colo: é a parte inferior em formato de barril, separado do corpo pelo istmo. O lúmen do colo, o canal do colo do útero, apresenta uma abertura contraída em cada extremidade. O óstio interno do útero comunica-se com a cavidade do útero; já o óstio externo, com a vagina. HISTOLOGIA • Endométrio: é a mucosa do útero, tecido epitelial colunar simples, com células ciliadas e secretoras. Lâmina própria com glândulas tubulares simples. Tem uma camada basal (início das glândulas) e uma camada funcional (muda de acordo com o ciclo) • Miométrio: é a camada muscular espessa. Esta é contínua com a camada muscular da tuba uterina e da vagina. As fibras musculares lisas também se estendem nos ligamentos conectados ao útero. É a camada mais espessa. Formado por 3 camadas: muscular média/estrato vascular e músculo liso nas camadas interna e externa estão orientados paralelamente ao eixo longo do útero. • Perimétrio: a camada serosa externa ou revestimento peritoneal visceral do útero, é contínuo com o peritônio pélvico e abdominal, além do que consiste em mesotélio e em uma camada fina de tecido conjuntivo frouxo. Cobre toda a superfície posterior do útero, mas apenas parte da superfície anterior. A parte remanescente da superfície anterior consiste em tecido conjuntivo ou adventícia. Colo do útero: mucosa cervical tem aproximadamente 2 a 3 mm de espessura e difere acentuadamente do restante do endométrio uterino, visto que contém grandes glândulas ramificadas e não apresenta artérias espiraladas. No ciclo menstrual a mucosa não sofre alterações, mas as glândulas sim (transporte de espermatozoides) **zona de transformação constitui o local de transição entre o epitélio estratificado pavimentoso da vagina e o epitélio simples colunar do colo do útero. • VAGINAANATOMIA É uma bainha fibromuscular que se estende do colo do útero até o vestíbulo, que corresponde à área entre os lábios menores do pudendo, a abertura pode ser circundada pelo hímen HISTOLOGIA • camada mucosa: interna, com numerosas pregas ou rugas transversais, revestida por epitélio estratificado pavimentoso. Células com queratina -acumula glicogênio – bactérias -acido lático – Ph baixo • camada muscular: intermediária de músculo liso, organizada em camada longitudinal externa (continua com a camada do útero e mais espessa) e uma camada circular interna. • camada adventícia: externa, camada interna de tecido conjuntivo denso, adjacente à muscular, e uma camada externa de tecido conjuntivo frouxo, que se mistura com a adventícia das estruturas circundantes. A camada interna contém numerosas fibras elásticas que contribuem para a elasticidade e a força da parede vaginal. A camada externa contém numerosos vasos sanguíneos e linfáticos, além de nervos. Lúmen é revestido por epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado, desprovida de glândulas, superfície é lubrificada pelo muco produzido pelas glândulas cervicais ** próximo da fase menstrual ou durante esta, a camada superficial do epitélio vaginal pode ser descamada. Lâmina própria abaixo do epitélio, é formada por um tecido conjuntivo frouxo muito celularizado, a mais profunda, adjacente à camada muscular, é mais densa e pode ser considerada como submucosa. São encontrados numerosos linfócitos e leucócitos que aumentam acentuadamente por ocasião do fluxo menstrual • GENITÁLIA EXTERNA ANATOMIA Conjunto de estruturas denominado pudendo feminino, que apresenta um epitélio estratificado pavimentoso • Monte do púbis: é a proeminência arredondada sobre a sínfise púbica formada por tecido adiposo subcutâneo • Lábios maiores do pudendo: são duas grandes pregas longitudinais de pele, homólogas à pele do escroto, que se estendem a partir do monte do púbis e que formam os limites laterais da fenda urogenital. contêm um músculo liso, tecido adiposo subcutâneo. A superfície externa, assim como a do monte do púbis, é revestida por pelos púbicos. Já a superfície interna é lisa e desprovida de pelos. Observa-se a existência de glândulas sebáceas e sudoríparas em ambas as superfícies • Lábios menores do pudendo: consistem em um par de pregas de pele desprovidas de pelos, que margeiam o vestíbulo e são homólogas à pele do pênis. Centro de tecido conjuntivo dentro é desprovido de gordura, mas contém numerosos vasos sanguíneos e fibras elásticas delgadas. Observa-se a existência de grandes glândulas sebáceas no estroma • Clitóris: é uma estrutura erétil homóloga ao pênis. Seu corpo é composto de dois pequenos corpos eréteis unidos, os corpos cavernosos; a glande do clitóris, que é um pequeno tubérculo arredondado na extremidade dos corpos cavernosos; além de dois ramos do clitóris, que ancoram este aos ramos do púbis. A pele sobre a glande é muito fina, forma o prepúcio do clitóris e contém numerosas terminações nervosas sensoriais • Vestíbulo da vagina.: é revestido por epitélio estratificado pavimentoso. Numerosas glândulas mucosas pequenas, as glândulas vestibulares menores e glândulas vestibulares maiores que secretam muco lubrificante. • Terminações nervosas: corpúsculos de Meissner (pele sobre o monte do púbis e os lábios maiores do pudendo), corpúsculos de Pacini (camadas mais profundas de tecido conjuntivo, e são encontrados nos lábios maiores do pudendo e em associação com o tecido erétil) e terminações nervosas livres na pele. • GLÂNDULAS MAMÁRIAS Derivam de glândulas sudoríparas modificadas na epiderme, estão localizadas no tecido subcutâneo Composta de 15 a 20 lobos irregulares, intercalados por faixas fibrosas de tecido conjuntivo. Cada glândula termina em um ducto galactóforo que se abre por meio de um orifício contraído na papila mamária Abaixo da aréola, cada ducto apresenta uma porção dilatada, o seio galactóforo revestidos por epitélio estratificado pavimentoso queratinizado. A unidade lobular do ducto terminal (ULDT) da glândula mamária representa um aglomerado de pequenos alvéolos secretores (em uma glândula em lactação) ou dúctulos terminais (em uma glândula inativa), circundado por estroma intralobular. • GAMETOGÊNESE As células germinativas primordiais (CGPs) são derivadas do epiblasto durante a gastrulação e migram para a parede da vesícula vitelínica na quarta semana e, a seguir, para a gônada indiferenciada, aonde elas chegam ao fim da quinta semana. Na preparação para a fertilização, as células germinativas masculina e feminina sofrem gametogênese, que inclui meiose e citodiferenciação. Durante a meiose I, os cromossomos homólogos se pareiam e trocam material genético; na meiose II, as células não conseguem replicar o DNA, e cada célula acaba com um número haploide de cromossomos e metade da quantidade de DNA de uma célula somática normal. Assim, os gametas femininos e masculinos maduros têm 22 cromossomos mais um X ou 22 mais Y, respectivamente. • OOGÊNESE A maturação a partir de uma célula germinativa primitiva até o gameta maduro, começa antes do nascimento; As CGPs formam oogônias/ovogônias.. No 3 es de gestação, após repetidas divisões mitóticas, algumas delas entram em meiose e param na prófase da meiose I (diplóteno) para formar os oócitos/ovócito primários. (só voltam na puberdade) Por volta do sétimo mês, muitas oogônias remanescentes sofrem atresia, e apenas os oócitos primários permanecem cercados por uma camada de células foliculares pavimentosas derivadas do epitélio superficial do ovário. Juntos, formam o folículo primordial. (oócito primário + células foliculares) Na puberdade, um conjunto de folículos em crescimento é recrutado e mantido a partir de uma reserva finita de folículos primordiais. Assim, a cada mês, de 15 a 20 folículos começam a crescer e, conforme amadurecem, passam por três estágios: • Primário ou pré-antral: quando o oócito aumenta de tamanho e as celulas foliculares pavimentosas se tornam cubicas. À medida que cresce, o oócito secreta proteínas específicas, que são organizadas em um revestimento extracelular denominado zona pelúcida **zona pelúcida: entre o oócito e as células foliculares adjacentes, composta de quatro classes de glicoproteínas ácidas sulfatadas da zona pelúcida (ZP), induzem a reação acrossômica nos espermatozoides capacitados. Após a fusão da membrana do espermatozoide com a membrana plasmática do oócito, as glicoproteínas ZP são clivadas por metaloendoproteases, que são liberadas de grânulos corticais, assim fazendo com que as glicoproteínas ZP se tornem não reconhecíveis para ligação com outros espermatozoides As células foliculares sofrem estratificação e formam a camada granulosa do folículo primário. À medida que as células da granulosa proliferam, as células do estroma, que circundam imediatamente o folículo, formam uma bainha de células de tecido conjuntivo conhecida como teca folicular, cuja localização é imediatamente externa à lâmina basal Teca interna: vascularizada de células secretoras cuboides, produtoras de esteroides, com receptores de LH, o que em resposta à estimulação do LH, essas células sintetizam e secretam os androgênios que são os precursores dos estrogênios Teca externa: células musculares lisas e feixes de fibras colágenas • Vesicular/Secundário ou antral: surgem cavidades repletas de líquido (liquido folicular – ácido hialurônico) entre as células da granulosa – forma o antro (cavidade em forma de simi-lua) Folículo secundário aumenta de tamanho, o antro, revestido por várias camadas de células da granulosa, também aumenta Células da granulosa formam uma região espessada ao redor do oócito, o cúmulo oóforo – após a ovulação forma a cora radiada• Folículo vesicular maduro/dominante ou folículo de De Graaf: À medida que o folículo se aproxima de seu tamanho máximo, a atividade mitótica das células da granulosa diminui – granulosa mais delgada e teca mais espessa Oócito e as células do cúmulo são gradualmente afastados do restante das células da granulosa, preparando-se para a ovulação A síntese de estrógenos no ovário exige uma relação colaborativa entre as células da teca interna e da granulosa. Quando as células da teca interna são estimuladas pelo LH, elas facilitam a conversão de colesterol em pregnenolona e, depois, via intermediários, em androgênios. Devido à ausência da enzima P450 aromatase, as células da teca interna não conseguem produzir estrógenos, porém, as células da granulosa têm essa enzima. Portanto, androgênios secretados pelas células da teca interna penetram nas células da granulosa, onde, no retículo endoplasmático liso (REL), são convertidos pela P450 aromatase em estrógenos, o que acontece em resposta ao FSH (estimulador primário da expressão do gene da P450 aromatase nas células da granulosa). Os estrógenos secretados pelas células da granulosa estimulam sua própria proliferação e, assim, aumentam as dimensões do folículo. O oócito primário permanece na prófase da primeira divisão meiótica até que o folículo secundário esteja maduro. Nesse estágio, um pulso do hormônio luteinizante (LH) estimula o crescimento pré-ovulatório: a meiose I se completa, e um oócito secundário e um corpo polar são formados. O oócito secundário para na metáfase da meiose II aproximadamente 3 horas antes da ovulação e não completa essa divisão celular até a fertilização. •REGULAÇÃO DO SISITEMA REPRODUTOR Ovários e testículos secretam hormônios peptídicos que exercem retroalimentação diretamente sobre a hipófise. As inibinas inibem a secreção do FSH, e os peptídeos relacionados, chamados de ativinas, estimulam a secreção do FSH. Quando os níveis circulantes dos esteroides gonadais estão baixos, a adeno-hipófise secreta FSH e LH. Conforme a secreção de esteroides aumenta, a retroalimentações negativa geralmente inibe a liberação das gonadotrofinas. Os androgênios sempre mantêm uma retroalimentação negativa sobre a liberação de gonadotrofinas: quando os níveis de androgênios aumentam, a secreção de FSH e de LH diminui. altas concentrações de estrogênios podem exercer retroalimentação negativa ou positiva. Baixos níveis não exercem retroalimentação. Concentrações moderadas de possuem efeito de retroalimentação negativa. Contudo, se os níveis de estrogênio sobem rapidamente até um nível limiar e permanecem altos por pelo menos 36 horas, a retroalimentação muda de negativa para positiva, e a secreção de gonadotrofinas (particularmente LH) é estimulada. • CICLO OVARIANO Controlado por: GnRH do hipotálamo. FSH e LH da adeno-hipófise. Estrogênio, progesterona, inibina e AMH do ovário. 1. FASE FOLICULAR: período de crescimento folicular no ovário, duração de 10 a 21 dias. ESTROGÊNIO é o hormônio dominante. • FASE FOLICULAR INICIAL 1º dia da menstruação é o dia 1 do ciclo FSH estimula um grupo de folículos ovarianos terciários a crescer Conforme os folículos crescem, as suas células da granulosa (sob a influência do FSH) e suas células da teca (sob a influência do LH) começam a produzir hormônios esteroides ** células da granulosa também secretam AMH que atua como um regulador para evitar que muitos folículos ovarianos se desenvolvam ao mesmo tempo Os estrogênios exercem retroalimentação negativa na secreção de FSH e de LH, o que impede o desenvolvimento adicional de folículos no mesmo ciclo. Estrogênio estimula a produção de mais estrogênio pelas células da granulosa. Esta alça de retroalimentação positiva permite que os folículos continuem sua produção de estrogênio mesmo que os níveis de FSH e de LH diminuam No útero: menstruação termina na fase folicular inicial, e endométrio começa a crescer, ou proliferar e as glândulas mucosas do colo do útero produzem um muco claro e aquoso (por estimulo do estrogênio) EFEITOS DO ESTROGENIO • FASE FOLICULAR TARDIA Secreção de estrogênio ovariano atinge o seu ponto máximo Assim que a fase folicular está completa, as células da granulosa do folículo dominante começam a secretar inibina e progesterona, além do estrogênio. **progesterona estava fazendo retroalimentação negativa na fase inicial, agora faz retroalimentação positiva, levando ao pico pré-ovulatório de GnRH. – par gerar o pico de LH (desencadeia a secreção de inúmeros sinais químicos necessários para os passos finais da maturação do ovócito.) A meiose é retomada no folículo em desenvolvimento com a primeira divisão meiótica. Esta etapa divide o ovócito primário em ovócito secundário (2n DNA) e em um primeiro corpúsculo polar (2n), que se degenera. O folículo cresce preparando-se para liberar o ovócito. No útero: muito estrógeno - endometrio cresce e imediatamente antes da ovulação, as glândulas cervicais produzem grandes quantidades de muco fino e filante (elástico) para facilitar a entrada do espermatozoide EFEIITOS DO PICO DE LH 2. OVULAÇÃO Ocorre 16 a 24 horas após o pico de LH Folículo maduro secreta prostaglandinas e enzimas proteolíticas, como metaloproteinases de matriz (MMPs) que dissolvem o colágeno e outros componentes do tecido conectivo que mantêm as células foliculares unidas. O óvocito é arrastado para dentro da tuba uterina para ser fertilizado ou para morrer. 3. FASE LÚTEA • FASE LÚTEA INICIAL Progesterona é o hormônio dominante Após a ovulação, as células foliculares da teca migram para o espaço antral, misturando-se com as células da granulosa e preenchendo a cavidade – formando o corpo lúteo (luteinização) As células lúteas recém-formadas acumulam gotículas de lipídeos e grânulos de glicogênio em seu citoplasma e começam a secretar hormônios. (progesterona, estrogênio e inibina) A síntese de estrogênio diminui inicialmente e depois aumenta. Entretanto, os níveis de estrogênio nunca atingem o pico observado antes da ovulação No útero: endométrio continua se torna uma estrutura secretora., células endometriais depositam lipídeos e glicogênio no seu citoplasma. (nutrição para o embrião em desenvolvimento enquanto a placenta está se desenvolvendo) Progesterona causa o espessamento do muco cervical - cria um tampão que bloqueia a abertura do colo uterino, impedindo que bactérias e espermatozoides entrem no útero. • FASE LÚTEA TARDIA E MESNTRUAÇÃO Corpo lúteo tem uma duração de aproximadamente 12 dias. Se a gestação não ocorrer, o corpo lúteo sofre apoptose espontânea. Conforme as células lúteas degeneram, a produção de progesterona e de estrogênio diminui - retira o sinal de retroalimentação negativa sobre a hipófise e o hipotálamo, e, assim, a secreção de FSH e de LH aumenta. ** corpo albicante: remanescente do corpo lúteo No útero: vasos sanguíneos da camada superficial do endométrio contraem. Sem oxigênio e nutrientes, as células superficiais morrem. Cerca de dois dias após o corpo lúteo parar de funcionar, ou 14 dias após a ovulação, o endométrio começa a descamar a sua camada superficial, e a menstruação inicia. A menstruação continua por 3 a 7 dias, já na fase folicular do próximo ciclo ovulatório • CICLO UTERINO Fase Menstrual: começa quando a produção de hormônios pelo ovário declina (estrógeno e progesterona) com a degeneração do corpo lúteo. (endométrio descamando) Fase Proliferativa: ocorre concomitantemente com a maturação folicular e é influenciada pela secreção ovariana de estrogênios (pré-ovulatorio/ endométrio crescendo LH alto também) Fase Secretora: coincide com a atividade funcional do corpo lúteo e é influenciada principalmente pela secreção de progesterona ** estrogênio controla o desenvolvimentodas características sexuais primárias das mulheres e da característica sexual secundária da mulher: o desenvolvimento das mamas e o padrão de distribuição da gordura corporal (nos quadris e na parte superior das coxas). O crescimento de pelos pubianos e axilares e a libido (desejo sexual) estão sob o controle dos androgênios da glândula suprarrenal FECUNDAÇÃO A cada ciclo ovariano, alguns folículos primários começam a crescer, mas, em geral, somente um alcança a maturidade plena e apenas um oócito é liberado na oocitação. Na oocitação, o oócito está em metáfase na segunda divisão meiótica e está cercado pela zona pelúcida e por algumas células granulosas. O movimento das fímbrias tubais carrega o oócito para a tuba uterina. Antes que os espermatozoides possam fertilizar o oócito, têm de passar por: 1. Capacitação, período no qual uma capa de glicoproteínas e de proteínas plasmáticas seminais é removida da cabeça do espermatozoide 2. Reação acromossômica, durante a qual são liberadas substâncias semelhantes à acrosina e à tripsina, para penetrar a zona pelúcida. Durante a fertilização, o espermatozoide precisa penetrar na: 1. Coroa radiada 2. Zona pelúcida 3. Membrana celular do oócito Tão logo o espermatozoide penetre no oócito: 1. O oócito termina sua segunda divisão meiótica e forma o pró-núcleo feminino 2. A zona pelúcida se torna impenetrável a outros espermatozoides 3. A cabeça do espermatozoide se separa da cauda, incha e forma o pró-núcleo masculino Após os pró-núcleos replicarem seus DNAs, os cromossomos paterno e materno se misturam, dividem-se longitudinalmente e passam por uma divisão mitótica, dando origem ao estágio de duas células. Os resultados da fertilização são: 1. Restauração do número diploide de cromossomos 2. Determinação do sexo cromossômico 3. Início da clivagem Clivagem é uma série de divisões mitóticas que resultam no aumento da quantidade de células, os blastômeros, os quais se tornam menores a cada divisão. Após três divisões, eles sofrem compactação, para se tornarem uma bola celular altamente agrupada com camadas interna e externa. Os blastômeros compactados se dividem para formar uma mórula de 16 células. Conforme a mórula entra no útero no terceiro ou no quarto dia após a fertilização, começa a aparecer uma cavidade, e se forma o blastocisto. A massa celular interna, que se forma por volta do período da compactação e que se desenvolverá no embrião em si, aloja-se em um dos polos do blastocisto. A massa celular externa, que envolve as células internas e a cavidade blastocística, formará o trofoblasto. O útero está na fase secretória no período da implantação, e o blastocisto se implanta no endométrio ao longo da parede anterior ou posterior. Se a fertilização não ocorrer, então começa a fase menstrual, e as camadas endometriais esponjosa e compacta são liberadas. A camada basal permanece para regenerar as outras durante o ciclo seguinte SEXO BIOLOGICO O sexo biológico é considerado pela ciência como o conjunto de informações cromossomiais. Se baseia na identificação genotípica e considera os órgãos sexuais do nascimento, a capacidade de reprodução e as principais características físicas e fisiológicas que diferenciam o masculino do feminino, ou macho da fêmea.... IDENTIDADE DE GÊNERO Diz respeito a como a pessoa se sente e se percebe em relação ao seu gênero, de maneira profunda e estritamente particular. Uma pessoa pode ter a identidade de gênero como feminina, masculina, trans, travesti — ou também ser designada como mulher, homem, mulher trans, travesti, homem trans, não binário (que não é masculino nem feminino), entre outras formas. “Cisgênero” e “transgênero” são termos usados para caracterizar identidades de gênero de forma mais ampla. Pessoa cisgênera: se identifica com o gênero que lhe foi atribuído ao nascer (feminino/mulher cisgênera; masculino/homem cisgênero). Pessoa transgênera: se identifica (ou pode se identificar, a partir de determinado momento da vida) com um gênero diferente daquele que lhe foi atribuído ao nascer. Ou seja, ao nascer, por seu sexo biológico, uma pessoa pode ser considerada de um gênero — homem/masculino, por exemplo —, mas esse gênero não corresponde a como ela se encara e se identifica; nesse caso, essa pessoa trans pode se identificar como feminina/mulher, entre outras possibilidades. ORIENTAÇÃO SEXUAL Relaciona-se com o desejo afetivo ou sexual de uma pessoa por outra Heterossexual: sente atração por uma pessoa do gênero oposto ao seu. Homossexual: sente-se atraída por alguém do mesmo gênero. Bissexual: sente atração pelos gêneros feminino e masculino. Pansexual: sente atração por outras pessoas, independentemente se é gay, hétero, bi, masculina, feminina, transgênera, não binária etc. Assexual: não sente nenhum tipo de desejo/atração sexual ou afetiva. ROSS, M. H.; PAWLINA, W. Histologia: texto e atlas, correlações com Biologia celular e molecular. 7.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016 SILVERTHORN, D. Fisiologia Humana: Uma Abordagem Integrada, 7ª Edição, Artmed, 2017 SADLER, T.W. Langman Embriolog ia Médica. 13. Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Kooga n, 2016 Orientação sexual, identidade e expressão de gênero: conhecendo para cuidar da população LGBTI+. Acesso em: https://pebmed.com.br/o-sexo-biologico-a- orientacao-sexual-identidade-de-genero-expressao-de- genero-conhecendo-para-cuidar-da-populacao- lgbti/#:~:text=O%20sexo%20biol%C3%B3gico%20%C 3%A9%20considerado,feminino%2C%20ou%20macho %20da%20f%C3%AAmea.