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1 
 
Conceitos de Anatomia e Fisiologia 
Coração localizado no mediastino médio. Tem certa mobilidade 
dentro dessa região. 
Base cardíaca está localizada no segundo espaço intercostal 
direito e esquerdo, próximo ao esterno. Ela é É formada pelos 
átrios, que se situam atrás e acima dos ventrículos. O ventrículo 
esquerdo situa-se atras e a esquerda do ventrículo direito, neste local acontece o choque 
sistólico da sai extremidade inferior chamado Ictus Cordis, e é a única estrutura passível de 
avaliação durante a inspeção e palpação. 
Conceitos Fisiológicos: 
O estímulo elétrico é gerado no nodo sinusal e a migração é descendente, em direção ao 
feixe de His (direito e esquerdo) e, por fim, fibras de Purkinje. 
Propriedades fundamentais do coração: 
1 – Cronotropismo ou automacidade geração espontânea de estímulos. 
2- Excitabilidade propriedade de iniciar potencial de ação em resposta a estímulo. 
3- Condutibilidade propriedade de condução e transmissão de estímulo recebido 
4- Inotropismo ou contratilidade resposta a estímulo elétrico com atividade mecânica = 
contração miocárdica. 
Ciclo Cardiaco: 
Conjunto de eventos entre o inicio de um batimento e o início do próximo, inicia-se pela 
geração espontânea de um potencial de ação no nodo sinusal. 
SISTOLE: CONTRAÇÃO 
Excitação elétrica dos ventrículos desencadeia contração ventricular ( Aumenta a pressão 
intraventricular B1) 
Primeiro período de contração isovolumétrica – Sem alteração do volume, contração sem 
esvaziamento, todas as valvas fechadas. 
Periodo de ejeção ventricular ( aumento da pressão) 
Ejeção rápida ( 70% do volume), Ejeção lenta 
Pressão intra-aortica e intra artéria pulmonar elevadas forçam fechamento das valvas ( 
ocorrendo a B2) e fim da Sistole. 
Propedeutica Cardiovascular 
 
2 
 
Inicio: fechamento das valvas atrioventriculares 
Final: Fechamento das valvas aórticas e pulmonar. 
DIASTOLE: RELAXAMENTO 
Período de relaxamento isovolumentrico – sem alterações de volume, todas as valvas 
fechadas. Valvas mitral e tricúspide se abrem. Periodo de enchimento ventricular rápido 
primeiro terço, período de enchimento ventricular lento segundo terço, período de 
contração atrial – ultimo terço cerca de 20% do volume total que o ventrículo ira receber. 
Período desde o fechamento das valvas aórticas e pulmonar até a próxima b1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BULHAS CARDÍACAS 
a) B1 (TUM-TÁ) = Os sons são gerados pela vibração dos folhetos valvares após o 
seu fechamento, causado pela movimentação de sangue no interior dos ventrículos. O 
seu primeiro componente é secundário ao fechamento da válvula mitral (M1) e seu 
segundo componente secundário ao fechamento da válvula tricúspide (T1). Coincide 
com o ictus cordis e o pulso carotídeo, sendo mais intenso em foco mitral. A duração é 
pouco maior do que a B2 e o timbre é grave (TUM). Indica o início da sístole ventricular. 
b) B2 (TUM-TÁ) = É gerada pela desaceleração da coluna líquida sobre as valvas 
aórtica e pulmonar já fechadas, provocando assim vibrações da coluna líquida e das 
estruturas adja-centes, como aparelho valvar, paredes vasculares e via de saída dos 
ventrículos. Coincide com o início da diástole, sendo composto inicialmente pelo 
fechamento da válvula aórtica (A2) e depois da pulmonar (P2). É mais intenso em foco 
aórtico e pulmonar, sendo o timbre mais agudo e seco (TÁ). A duração é menor do que 
B1. Pode sofrer desdobramento inspira-tório (TUM-TRÁ). 
3 
 
c) B3 (TUM-TÁ--TÁ) = Som que ocorre entre a proto e mesodiástole, sendo gerado 
pela brusca desaceleração da coluna de sangue contra as paredes ventriculares no final 
da fase de enchimento rápido. Melhor audível em área mitral em decúbito lateral 
esquerdo. Ocorre na insuficiência cardíaca, sendo um indicador da sua gravidade 
Pode ser fisiológico em crian-ças e adolescentes. 
d) B4 (TRRUM-TÁ) = Ocorre na telediástole e é gerado pela desaceleração da coluna 
san-güínea que é impulsionada pelos átrios na fase de contração atrial contra a 
massa sangüínea existente no interior do ventrículo esquerdo, no final da diástole. 
Representa uma contração 
ANAMNESE 
• Identificação, QD, HPMA, ISDRAS, Antecedentes Pessoais e familiares, Hábitos de 
vida. 
Exame Físico: 
Posicionar o paciente em decúbito dorsal e sentado. PACIENTE COM TORAX DESPIDO! 
Inspeção: 
 
Abaulamentos: Observar em duas incidências (tangencial e frontal). Crianças tem parede 
torácica mais flexível, isso provoca 
abaulamentos. O VD causa os 
abaulamentos. 
Tangencial, com o examinador de 
pé do lado direito do paciente 
Frontal, com o examinador ficando 
junto aos pés do paciente, que 
permanece deitado. 
A presença de abaulamento pode indicar aneurisma da aorta , cardiomegalia, derrame 
pericárdico e outras alterações da própria caixa torácicas. 
4 
 
Inspeção + Palpação: 
O ictus cordis ou choque da ponta: 
traduz o contato da porção anterior do 
ventrículo esquerdo com a parede 
torácica, durante a fase de contração 
isovolumétrica, do ciclo cardíaco. Não se 
trata, realmente, da ponta do coração em 
contato com a parede torácica. Na 
verdade, o ápice cardíaco encontra-se 
mais para o interior do tórax e pode estar, 
lateralmente ao ponde onde se percebe o 
ictus. Ele pode ser observado com o 
paciente em posição supina, em decúbito 
lateral esquerdo (um recurso importante 
para 
paciente os quais não é possível observar ou palpação 
em decúbito dorsal). LOCALIZAÇÃO DO ICTUS 5 ESPAÇO 
INTERCOSTAL NA LINHA HEMICLAVICULAR. 
Posição de Pachón. (posição dorsal em 
DLE . Estenose Mitral – associação com exercícios isotônicos 
(repetitivos) -> aumento fluxo mitral -> aumento vibração dos 
folhetos na diástole -> aumento do sopro.) 
Durante fase que recebe o nome de contração 
isovolumétrica, o movimento de rotação e translação dos 
ventrículos faz com que o coração se aproxime da parede 
torácica e logo após, inicia-se a ejeção ventricular, com 
abertura, da valva aórtica, responsável por diminuição do 
volume ventricular e afastamento do coração da parede 
torácica. – Fisiologia Ictus. 
É estudado pela inspeção e palpação, investigando-se localização, extensão, intensidade, 
mobilidade, ritmo e frequência. Colocar o dedo no espaço intercostal e sentir o coração 
batendo, nesses casos estamos falando do VE. 
Em indivíduos normais: Observa-se presença do ictus simultaneamente à palpação do pulso 
arterial carotídeo. Em 30% das pessoas normais o ictus pode estar ausente. 
Ausência do ictus em condições fisiológicas: Pode ser por uma interposiçãode musculatura 
e/ou panícula adiposa desenvolvida. 
5 
 
Ausência do ictus patológica: em miocardiopatias, pericardite com derrame, efisema 
pulmonar, deformidades na caixa torácica. 
A localização do ictus cordis: varia de acordo com o biótipo. Nos mediolineos, situa-se no 
cruzamento da linha hemiclavicular esquerda com 4 ou 5 espaço intercosta, nos brevelineos, 
desloca-se uns 2 cm para fora e para cima, situando-se no 4 espaço intercostal, nos 
longilíneos, costuma estar no 5 espaço, 1 ou 2 cm para dentro da linha hemiclavicular. O 
deslocamento do ictus cordis indica dilatação e/ou hipertrofia do ventrículo esquerdo, como 
pode ocorrer na esteno aórtica, insuficiência aórtica e mitral, hipertensão arterial, 
miocardiopatias e algumas cardiopatias congênitas. 
A extensão do ictus cordis: procurando determinar quantas polpas digitais são necessárias 
para cobri-lo (normalmente duas polpas digitais – 2 a 5 cm); 
 Avalia-se a intensidade do ictus: ausente -30%- Normal, forte- magros, emoções, exercícios- 
ou vigoroso; 
Avalia-se a mobilidade do ictus: ele é 
móvel, teste essa mobilidade fazendo 
com que o paciente se posicione emdecúbito lateral esquerdo. 
Avalia-se os batimentos ou movimentos: 
nos casos são o choque valvar, você 
sente as bulas; 
Avalia-se os Frêmitos: sensação tátil 
devido as vibrações produzidas no 
coração e vasos, é necessário se atentar 
a localização, intensidade em cruzes, e 
eles correspondem aos sopros; 
OBS: SEMPRE QUANDO ESTIVER AVALIANDO O ICTUS, DEVE—SE SENTIR O PULSO 
CAROTIDEO 
PULSOS ARTÉRIAIS: 
 Frente ao exposto, as características básicas, que devem ser investigadas na avaliação 
dos pulsos arteriais, são: 
✓ Frequência 
✓ Ritmo (regular ou irregular): a realização da ausculta cardíaca junto com a verificação 
do pulso carotídeo permite verificar a concomitância entre o batimento cardíaco e a 
ocorrência do pulso. 
6 
 
✓ Localização: Carotídeo, temporal, braquial, radial, ulnar, femoral, poplíteo, tibial 
posterior, pedioso e abdominal. 
✓ Simetria: comparar um lado com o outro 
✓ Formato 
✓ Amplitude (normal, aumentada ou reduzida) 
TIPOS DE PULSOS: 
1. Pulso célere 
(hipercinético): 
circulação 
hipercinética, 
decorrente de 
insuficiência aórtica, 
persistência do canal 
arterial e vasodilatação 
acentuada. 
2. Pulso parvus: amplitude pequena em razão da redução do volume ejetado, podendo 
ser decorrente de hipovolemia, insuficiência de ventrículo esquerdo, estenose aórtica 
ou mitral. 
3. Pulso tardus: amplitude tardia, podendo ser decorrente de estenose aórtica. 
4. Pulso Bisferines: Pulso amplo, com dois componentes perceptíveis durante a sístole. 
- Sinonímia - Pulso de Corrigan; Pulso em martelo d'agua. - Geralmente, 
acompanhado de outros sinais periféricos de insuficiência ártica. 
5. Pulso Bífido: - Sinonímia - "Pico e Domo" - Pulso amplo, com dois componentes 
sistólicos. - O primeiro componente é decorrente da fase de ejeção rápida, sendo 
limitado no momento em que se estabelece a obstrução dinâmica ao fluxo 
sanguineo. Segue-se o segundo componente, de ejeção mais lenta, com configuração 
de um domo. - Geralmente, de difícil detecção ‡ beira do leito. - Quando presente, 
implica em gravidade. Miocardiopatias hipertróficas. 
6. Pulso Dicrótico: - Raro. - . Caracteristicamente apresenta um pico na diástole - Pode 
ser diferenciado dos anteriores por maior intervalo entre os picos. - não ocorre acima 
de 45 anos. Presente em estados de baixo DC, tamponamento cardíaco e ICC. 
7. Pulso alternante: alterna intensidade maior e menor com a mesma frequência. Mais 
perceptível no pulso radial. Sensibilizado pela posição sentada ou em pé.ICC 
8. Pulso paradoxal: sinonímia - Pulso de Kussmaul. Diminui de intensidade ou 
desaparece com a inspiração. Tamponamento cardíaco, pericardite constrictiva. 
Pulsos arteriais: Carótida/ aorta (fúrcula esternal/ abdominal)/femoral/ radial/ 
braquial/ tibial/ pediosos) Checar: simetria, amplitide, frequência cardíaca, 
7 
 
ritmo Aneurismas? (Ex; aneurisma de Ao= massa abdominal que pulsa para 
todos os lados) 
• Manobra de Allen- comprimir pulso radial até palidez da palma depois solta e vê o 
retorno da coloração (obstrução de artérias?) 
Frêmito cardiovascular: 
É a sensação que sentimos pelas vibrações produzidas pelo coração ou vasos. 
Ao encontrar um frêmito é necessário investigar três características: 
• Localização – usando com referência as áreas de ausculta 
• Situação no ciclo cardíaco – se diferenciando pela coincidência ou não com o pulso 
carotídeo, frêmitos sistólico, diastólico e sistodiastólico 
• Intensidade – avaliada em cruzes (+, ++). Os frêmitos correspondem aos sopros e sua 
presença tem grande importante para o raciocínio clínico. 
Ausculta: 
Deve-se anotar: 
1. Frequência Cardíaca (60-100 Normal, acima de 100 é taquicardia, abaixo de 60 é 
bradicardia) 
2. Ritmo cardíaco (se é regular, em dois tempos –B1 e B2) 
3. Bulhas (fechamentos das valvas, e se tem bulhas acessórias -B4 e B5) 
4. Sopros 
5. Estalidos 
6. Atritos 
7. Sopros em artérias/pescoço/axila 
Focos Aórticos 
8 
 
• Foco mitral (FM) – 4° ou 5° espaço 
intercostal esquerdo da linha 
hemiclavicular e corresponde à o 
ictus cordis 
• Foco pulmonar (FP) – 2° 
espaço intercostal 
esquerdo junto ao 
esterno. 
• Foco aórtico (FAo) – 2° 
intercostal direito junto ao 
esterno 
• Foco aórtico acessório – 
3° espaço intercostal 
esquerdo, junto ao esterno Foco tricúspide (FT) – corresponde à base do apêndice 
xifoide, ligeiramente para a esquerda 
Outras áreas de ausculta no precórdio: 
• Borda esternal esquerda (BEE) – corresponde ao espaço situado entre a área 
pulmonar e a área tricúspide 
• Borda esternal direita (BED) – é a região entre o foco aórtico e o 5º espaço 
intercostal direito, justaesternal 
• Endoápex ou mesocárdio – área situada entre o foco tricúspide e o foco 
mitral 
• Regiões infra e supraclaviculares direita e esquerda 
• Regiões laterais do pescoço 
• Regiões interescapulovertebrais 
Sopros 
Os sopros podem surgir dos seguintes mecanismos: 
• Aumento da velocidade da corrente sanguínea ( exercício físico, hipertireoidismo, 
febre) 
• Diminuição da viscosidade sanguínea (anemia) 
9 
 
• Passagem do sangue por uma 
passagem estreita (estenoses) 
• Passagem do sangue por zona 
dilatada (aneurismas) 
Os seguintes aspectos do sopro devem ser avaliados: 
• Situação do sopro no ciclo cardíaco: sistólico, 
diastólico, sistodiastólico ou contínuos. 
• Localização: Qual foco da ausculta o sopro é mais 
audível. 
• Irradiação: tem relação com o fluxo sanguíneo, 
ao deslocar o estetoscópio em várias direções para identificar irradiação. 
• Intensidade: Avaliação subjetiva, feita em graduação ( + a ++++). 
Grau 1: Sopro muito leve, dificilmente audível 
Grau2: Sopro leve facilmente audível 
Grau 3: Sopro alto, sem frêmito no foco de maior intensidade. 
Grau4: Sopro muito alto com frêmito 
Grau5: Sopro muito alto, audível com estetoscópio levemente encostado na pele do 
paciente 
Grau6: Sopro muito intenso, audível mesmo com estetoscópio desencostado da pele 
do paciente. 
Timbre e tonalidade: Qualidade do sopro, que pode ser suave, rude, musical, em jato, piante 
e ruflar. 
 
SOPROS SISTÓLICOS: 
✓ Sistole, contração dos ventriculos para 
as artérias pulmonares e a aórtica. 
✓ Os sopros de estenose são sopros 
ejetivos: se por exemplo estiver uma 
estenose na aorta, nesse momento da 
sistole irá fazer barulho. 
✓ Os sopros de ejeção: logo após B1, 
após a contração isovolumétrica, 
10 
 
termina antes de B2. Ele é máximo na mesossistole. Ele é crescendo e decrescendo 
(diamante). ESTENOSES ou Aórtico ou Pulmonar. 
✓ Os sopros de regurgitação: Relacionado a insuficiências, as válvulas envolvidas são as 
mitras e as tricúspides (pois na sistole, o sangue do ventrículo não deve voltar para os 
átrios, porem na insuficiência dessas válvulas isso ocorre). Audível desde o início da 
sistole, aparece com a B1. Pode mascarar B1. Mesma intensidade em todo período. 
Termina antes de B2 ou a recobre. 
1- Mesossistólico ( em crescendo e decrescendo/diamante): Ex: estenose Aórtico 
2- Telessistólico ( começa no final da sístole e Termina em B2) 
3- Holossistólicos (panssistólico) Ex: Insuficiência mitral 
 
 
 
 
 
 
Insuficiência mitral: Holossistólico, apical, irradia para axila, timbre aumentado, aumenta de 
intensidade com handgrip, B1 hipofonética / B3 (sobrecarga de volume)/ desdobramento de 
B2 (A2 adianta) 
Estenose Aórtica: Mesossistolico (crescendo/decrescendo/em diamante), rude, aórtico, 
irradia para pescoço, aumenta de intensidade quando agachado e diminui com valsava.B4 
(sobrecarga de pressão)/ pulso Parvus Tardus/ Estalido de abertura Aórtico. 
Insuficiência tricúspide: Sopro sistólico que aumenta na Inspiração (aumenta RV). B3 
(sobrecarga de volume), pulso venoso (onda V) TJP/ hepatomegalia/ pulso hepático/Ascite. 
CIV Comunicação Interventricular: Holossistólico. B3 (sobrecargade volume) S/S: hiper fluxo 
pulmonar (hipertensão pulmonar/ infeção de repetição) 
 
SOPROS DIASTÓLICOS: 
✓ Diastole: átrio para os ventriculos 
✓ Sopros diastólicos ejetivos: Estenose AV (EM e ET): Ocupam parte média da diástole, 
enchimento rápido dos ventrículos, reforço pré-sistólicos, intervalo entre B2 e inicio 
11 
 
do sopro. RUFLAR (Estenose mitral). É um som protodiastolico que vai diminuindo e 
depois á um reforço telediastolico. 
✓ Sopros diastólicos regurgitativos: Insuficiência (IA e IP). Início imediato após B2. 
Podem ser só protodiastolicos. São de alta frequência, decrescendo. ASPIRATIVOS. 
1- Protodiastólicos (em decrescendo) Ex: Insuficiência Aórtica 
2- Mesodiastólicos – começa um pouco depois da B2 
3- Telediastólico (pré-sistólico – em crescendo) Ex: Estenose Mitral 
 
 
 
 
 
 
Estenose Mitral: Mesotelediastólico, com reforço pré-sistólico (cont. atrial), baixa frequência 
sem irradiação, B1 hiperfonetica, Estalido de abertura mitral, S/S: hipertensão pulmonar 
(dispneia/ hemoptoicos/edema agudo do pulmão) 
Insuficiência aórtica: protodiastólico, aspirativo, alta frequencia, foco aórtico acessório, 
aumenta com Handgrip. Sopro de Austin Flint: EM relativa devido a IA grave ( não tem B1 
hiperfonética), B3 (sobrecarga de volume). 
Sinais: de Musset (cabeça), Pulso em Martelo d´agua ou Célere ou de Corrigan, Pulso de 
Quink (capilar), Hill (PA mmii 40 mmHg> que em mmss), Sopro femoral ( Durozrez) 
Batimento Fúrcula esternal, PA divergente, Cardiomegalia/Precordialgia/Síncope 
Outros sopros: 
Sopro de Grahan-Steel = É um sopro diastólico precoce, que ocorre na insuficiência 
da válvula pulmonar secundário a hipertensão pulmonar. 
Sopro de Austin Flint = É um ruflar diastólico, por fechamento funcional da válvula 
mitral em decorrência de insuficiência da válvula aórtica. 
Sopro de Still = É um sopro mesosistólico suave, não estando associado a doenças. 
12 
 
Sopro de Carey Coombs = É um sopro protomesodiastólico precedido de B3 que ocorre 
na insuficiência mitral 
decorrente de moléstia 
reumática aguda, devido ao 
grande fluxo de sangue 
pela artéria pulmonar 
ressoando no átrio esquerdo, 
criando assim este sopro de 
fluxo diastólico. 
Sopros “Inocentes” = Sem 
frêmito; nunca são 
diastólicos ou 
holossistólicos; suaves; sem 
alteração de bulhas e com irradiação restrita 
Cliques e estalidos: 
Podem ser classificados em diastólicos e sistólicos (protossistólicos e mes ossistólicos). 
Estalidos diastólicos: 
Podem ocorrer nas estenoses das valvas mitral (ruído seco, agudo e de curta duração, 
representado por um “TEP”, audível no 3º ou 4º espaço intercostal e no foco mitral) e 
tricúspide. 
Apesar de raro, também pode ocorrer na insuficiência mitral e comunicação 
interatrial. 
Estalidos protossistólicos: 
São ruídos de ejeção, de alta frequência, agudos e intensos, produzidos na artéria 
pulmonar e na aorta. 
• O protossistólico pulmonar (presente na estenose pulmonar, hipertensão pulmonar grave) 
é mais audível no foco pulmonar e na borda esternal esquerda, diferenciando-se de B1 
pelo timbre mais agudo 
• O protossistólico aórtico (presente na dilatação ou aneurismas de aorta, tetralogia de 
Fallot) é mais audível do 4º EIC esquerdo, borda esternal até a área mitral. 
13 
 
Atritos: 
Sensação tátil do atrito entre as 
membranas pericárdicas e pleuras (V e P) 
inflamadas Pericardite/ derrame pleural 
atrito pericárdico : É causado pelo atrito 
de folhetos pericárdicos. Em geral é um 
ruído perceptível na sístole e na 
diástole, sem relação constante e fixa 
com as bulhas cardíacas. É mais audível 
entre o ictus e a borda esternal esquerda. Pode ser mais facilmente audível com o 
paciente inclinado para a frente. É um som rude, ás pero a ausculta, continuo e presente em 
toda a caixa torácica 
MANOBRAS: 
Aumenta ou diminui os sopros 
✓ Rivero Carvalho: Apnéia inspiratória profunda =  Retorno venoso (aumenta sons de câmara 
direita) Diferencia entre o sopro da insuficiência mitral e tricúspide (o sopro tricúspide é 
mais intenso na inspiração 
✓ Agachamento =  Retorno venoso ( EA/ Diminui PVM) compressão dos vasos dos MsIs e 
abdominais -> aumento do retorno venoso ->aumento do volume e fluxo em todas as 
cavidades cardíacas -> acentua todos os sopros ( diminui sopro da cardiomiopatia 
hipertrófica). 
✓ Mudança de posição deitado ou cócoras para posição ortostática -> redução do retorno 
venoso-> diminuição de intensidade todos os sopros cardíacos. (Cardiomiopatia Hipertrófica 
->diminuição do volume vent. ->septo espessado ->obstrução mais efetiva da via de saida do 
VE ->aumento do sopro ) 
✓ Posição de Harvey: Paciente sentado, inclinando o tórax anteriormente aproxima os focos 
pulmonar e aórtico da parede torácica, facilitando a ausculta. 
✓ Manobra de Handgrip = Fechar a mão com força, torna sopros de câmara esquerda mais 
audíveis. (IAM e IA) 
✓ Elevação das pernas: aumento do retorno venoso para o lado direito do coração -> aumento 
do volume no VE -> acentua os sopros (diminuição do sopro da cardiomiopatia hipertrófica). 
✓ Valsalva (soprar contra mão)= Todos os volumes cardíacos diminuem e todos os sopros 
diminuem, exceto o sopro de prolapso mitral e o sopro de estenose suaortica hipertrófica 
idiopática, então durante a fase de pressão da manobra, se o paciente referir precordialgia 
14 
 
ou apresentar síncope se dá o diagnóstico de Miocardiopatia Hipertrófica. (PVM diminui EA e 
EP) 
 
Alterações nas Bulhas: 
Alterações de B1: 
a) B1 hipofonético = BAV de 1º grau, regurgitação mitral, diminuição da contratilidade 
de VE (insuficiência cardíaca). 
b) B1 hiperfonético = Taquicardia e estados de alto débito cardíaco (ex: anemia, 
exercício, hipertireoidismo), estenose mitral. 
c) Desdobramento de B1 = Se muito amplo, suspeitar de bloqueio de ramo direito, 
acarretando atraso no fechamento da válvula tricúspide (trum-tá) 
Alterações de B2: 
a) A2 hipofonético = Estenose aórtica calcificada e regurgitação aórtica. 
b) A2 hiperfonético = HAS, dilatação aórtica e coarctação de aorta. 
c) P2 hipofonético = Aumento do diâmetro ântero-posterior do tórax e estenose pulmonar. 
d) P2 hiperfonético = Hipertensão pulmonar, dilatação da artéria pulmonar e 
comunicação interatrial. 
e) Desdobramento de B2 (auscultado em foco pulmonar) = Podemos observar no 
sujeito normal um desdobramento fisiológico de B2 durante a inspiração. Em 
situações patológicas ocorre um amplo desdobramento de B2 (bloqueio de ramo 
direito, estenose pulmonar, dilatação aguda ou crônica do VD). Pode ser constante 
e variável, acentuando-se na inspiração (bloqueio de ramo direito) ou constante e 
fixo, permanecendo inalterado durante o ciclo respiratório (CIA, estenose pulmonar). 
O desdobramento pode ser paradoxal, surgindo na expiração, por um retardo na 
formação de A2 (bloqueio de ramo esquerdo). 
Ritmos de Galope: Ocorre em disfunção miocárdica por súbita desaceleração do fluxo 
sanguíneo ao penetrar nos ventrículos. Indica sofrimento miocárdico ou insuficiência 
cardíaca. Podemos ter os seguintes ritmos: 
a) Ritmo de galope ventricular (TUM-TÁ--TÁ) = Sempre associado à taquicardia, 
formado por B3 patológica, sendo indicativo de ICC. 
b) Ritmo de galope atrial (TRRUM-TÁ) = Formado por B4, indicando crise hipertensiva, 
cardiopatia isquêmica, estenose aórtica e miocardiopatia hipertrófica. 
15 
 
c) Ritmo de galope de soma = Ritmo de galope ventricular + ritmo de galope atrial 
(B3 + B4). 
Fenômeno de Gallavardin 
● Sopro alta frequência irradiado paraapex 
● “Puro, musical” 
● “Área de silêncio” esterno 
● Pode ser mais intenso que o sopro ejetivo 
Exemplo de descrição de exame: 
• Ausculta do paciente X revelou presença de ritmo cardíaco regular ou irregular; 2, 3, 4 tempos; 
desdobramento em B1 ou B2; foco do desdobramento; bulhas cardíacas normo, hipo ou 
hiperfonéticas; com ou sem sopros (com sopro: sistólico ou diástólico, foco do sopro, 
irradiação, intensidade, timbre); freqüência cardíaca. 
Descrição do exame normal: 
• Precórdio calmo, sem abaulamentos, retrações ou deformidades, ictus cordis palpável 1-2 polpas 
digitais na linha hemiclavicular esquerda no 5º EIC (espaço intercostal). Bulhas cardíacas rítmicas, 
normofonéticas em dois tempos, sem sopros. 
SINAIS E SINTOMAS REFERENTES AO SISTEMA 
CARDIOVASCULAR 
 
DOR CARDÍACA 
Consiste em um dos mais graves sintomas referidos pelos pacientes, consistindo na 
manifestação mais frequente da doença arterial coronariana, grande causa de morte ao 
redor do mundo. 
DOR TORÁCICA: 
Não é sinônimo de dor cardíaca, mas é um indicativo. A dor precordial pode ter como 
origem órgãos como pleura, esôfago, aorta, mediastino, estômago e na própria parede 
torácica. Importante lembrar do Sinal de Levine → Paciente coloca o punho cerrado sobre o 
tórax, ao se queixar de dor torácica. Característico da isquemia miocárdica. Sinal 
patognomônico de angina. 
16 
 
A dor torácica de origem cardíaca é descrita geralmente como opressão, queimação ou mal-
estar torácico mal definido. Para auxiliar na caracterização da dor, deve-se pedir para o 
paciente: “Mostre com a mão onde é o local da dor” 
Deve-se investigar o decálogo da dor: 
1. Localização: Nas ocasiões em que o paciente consegue 
apontar precisamente o local da dor com o dedo, sendo a 
região da dor bastante pequena, deve-se pensar em dor 
de origem osteomuscular. A DOR CARDÍACA é geralmente 
indicada com a mão esfregando o peito indicando uma 
região grande e imprecisa. 
2. Irradiação: O local mais comum de irradiação da dor anginosa é a região do esterno, 
hemitórax esquerdo, podendo ser irradiada para face ulnar do braço esquerdo, o 
dorso, a mandíbula ou o epigastrio. 
3. Qualidade ou caráter: A dor isquêmica é quase sempre do tipo constritiva. O paciente leva a 
mão fechada fechada ao peito, refere “aperto”, “opressão”, “peso”, “queimação” e 
“sufocação”. Tipica: Constrição, compressão, queimação, peso, dor surda. Atípica: Facada, 
agulhada, pontadas, piora ao respirar. 
4. Intensidade: LEVE: Paciente a sente, mas não se fixa nela, relatando – a. MODERADA: 
Quando incomoda bastante o paciente e agrava-se como exercícios físicos. INTENSO: Inflige 
grande sofrimento. Acompanhada de sudorese, palidez, angústia e sensação de morte. 
5. Duração: Angina Estável ( 2 a 3 minutos) – Hipóxia Celular; Angina Instável (20 minutos) – 
Alterações Histológicas; IAM (+20 minutos/horas) – Alterações Necróticas 
OBS: A principal diferença entre angina estável e instável é que a angina estável geralmente 
ocorre em situações de esforço e a dor desaparece com o repouso. Já a angina instável surge de 
repente e não cessa com o repouso, podendo ser um sinal de ataque cardíaco (infarto do 
miocárdio). 
 
6. Evolução: Revela a maneira como a dor evoluiu desde o início até o momento da anamnese, 
é importante determinar o modo de instalação: súbito ou insidioso. 
7. Fatores desencadeantes ou agravantes: A dor da angina de peito ocorre invariavelmente 
após esforço físico, mas pode ser desencadeada por todas as condições que aumentam o 
trabalho cardíaco. Dor que se agrava com a tosse pode ocorrer em virtude da pericardite, 
pleurite ou compressão de raiz nervosa. Tem dores atípicas também que se apresentam ao 
repouso. 
8. Fatores atenuantes: Alívio da dor ao repouso é uma das características da angina ou melhora 
ao uso de vasodilatadores. 
9. Manifestações concomitantes: Náuseas, vômitos e sudorese fria, sugere IAM. 
10. Relação com as funções Orgânicas. 
17 
 
DESCRIÇÃO CLÍNICA DAS SINDROMES: 
✓ ANGINA: Pressão torácica retroesternal, queimação ou peso; irradiação para o pescoço, 
mandíbula, epigastro, ombro ou MSE. Precipitada pelo exercício, tempo frio ou estresse 
emocional. Tem diração de em média 2 à 10 minutos 
✓ ANGINA EM REPOUSO OU INSTAVEL: A mesma da angina, porém pode ser mais intensa. 
Geralmente a duração é maior que 20 minutos, e tem menor tolerância para o esforço 
✓ IAM: A mesma da angina, porem pode ser mais intensa. Tem inicio súbito com duração maior 
ou igual a 30 minutos. Associada com dispneia, fraqueza, náuseas e vômito. 
✓ Pericardite: Dor aguda, pleurítica, agravada com mudanças na posição, tem duração variável 
e apresenta atrito pericárdico. 
PALPITAÇÃO: 
Significa a percepção incômoda dos batimentos cardíacos 
relatadas pelos pacientes – “batimentos mais fortes”, 
“falhas”, “arrancos”, “paradas”, “tremor no coração”, 
“coração aos pulos”, “batedeira”. 
Deve-se ver a frequência, ritmo, horário de aparecimento, 
modo de instalação e se tem início e término súbitos. 
DISPNEIA: 
A Sociedade Americana do Tórax define dispneia como a experiência de respirar 
desconfortavelmente, cuja a sensação tem várias qualidades e intensidades. “Falta de ar”, 
“respiração curta”, “pouco fôlego”, “ar curto”, etc. 
OS TIPOS MAIS IMPORTANTES PARA A SEMIOLOGIA CARDIOVASCULAR SÃO: 
1. Dispneia de esforço: sugere insuficiência ventricular esquerda; 
2. Dispneia de decúbito (ortopneia): sugere congestão pulmonar; 
3. Dispneia paroxistica noturna: sugere edema 
agudo de pulmão; 
4. Dispneia Periódica (cheyne-stokes): sugere 
hipertensão arterial, insuficiencia ventricular, 
doença arterialcoronariana, hemorragias 
cerebrais, etc. 
TOSSE E EXPECTORAÇÃO: 
✓ A tosse da IVE é seca, mais intensa à noite e quase sempre associada a dispneia; 
constituindo um mecanismo de valor na manutenção da permeabilidade da árvore 
brônquica nos casos em que haja aumento de secreções. 
18 
 
✓ Edema Agudo de Pulmão; 
CIANOSE: 
Significa a coloração azulada da pele e mucosas, em razão do AUMENTO DA HEMOGLOBINA 
REDUZIDA (desoxigenada) no sangue capilar, chegando a 5g por 100ml; (a quantidade normal de 
hemoglobina reduzida é de 2,6 g). 
Leve, Moderada e Grave (+/4+); Ela pode ser central, periférica ou mista 
O exame deve ser feito à luz do dia, observando-se lábios, ponta do nariz, região malar (bochechas), 
os lóbulos das orelhas, língua, palato, a faringe e as extremidades das mãos e dos pés; 
EDEMA 
É o resultado do aumento do líquido intersticial, proveniente do plasma sanguíneo; Pode ser sinal de 
ICC. 
Na presença de edema deve-se analisar: 
Principalmente em MMII, Simetria, Pele lisa ou com 
aspecto de casca de laranja, Sinal do Cacifo, 
Determinar grau (++++), Sinais flogísticos 
Em regiões edemaciadas, geralmente encontramos 
a pele local lisa e brilhosa. Quando palpamos a 
região, a digitopressão forma uma depressão local, 
que se desfaz lentamente. A esse achado chamamos 
de Sinal de Godet ou do cacifo. 
 
TURGENCIA DA JUGULAR: 
Turgência = Aumento de volume 
Manobra do Refluxo 
Hepatojugular (consiste na 
distensão das veias jugulares 
quando uma compressão é 
aplicada ao abdome. O refluxo 
hepatojugular pode ocorrer na 
ICC, regurgitação tricúspide, 
pericardite constrictiva, 
tamponamento cardíaco e 
obstrução da veia cava superior). 
19 
 
Sinal de Kussmaul (aumenta TJP com inspiração- pericardite constrictiva) 
 
PATOLOGIAS: 
PERICARDITES: 
Causas: infeciosas, trauma, idiopática, doenças autoimunes, doenças metabólicas, neoplasias. 
PERICARDITE AGUDA: 
Manifestações clinicas: 
✓ Dor de localização precordial ou retroesternal, tipo continua, longa duração (horas ou dias), 
irradia para a região cervical e para o trapézio, tipo pleurítica ( piora nítida com a inspiração 
profunda, tosse e espirro), piora em decúbito dorsal, alivia na posição sentada inclinada parafrente. 
✓ A dor é de caráter constritivo, com irradiação para o braço esquerdo, simulando uma dor 
anginosa. Paciente também pode queixar-se de dispneia, e um outro sintoma pode ser os de 
um quadro gripal, é comum em pacientes da pericardite aguda com etiologia viral. 
PERICARDITE CONTRICTIVA: 
É uma pericardiopatia na qual o pericárdio esta endurecido e exerce um efeito limitante ao 
enchimento ventricular diastólico, desencadeando uma síndrome congestiva. O pericárdio vai 
ficando mais rígido e espesso, formando uma carapaça em volta do coração. Os dois pericárdios se 
fundem e obliteram o espaço pericárdico. 
Manifestações Clinicas: 
✓ turgência jugular patológica, 
✓ hepatoesplenomegalia congestiva 
✓ ascite e o edema de membros inferiores e da genitália. 
✓ Nas fases mais avançadas os pacientes podem apresentar: sintomas de congestão pulmonar, 
como dispneia aos esforços, ortopneia e dispneia paroxística noturna, e/ou de baixo debito 
cardíaco, como a fadiga, tonteira, indisposição física. 
 
 
DERRAME PERICARDICO: 
✓ Na maioria das vezes o derrame pericárdico não causa sintomas ao paciente, nem sinais ao 
exame físico. 
✓ Quando ele é de moderado a grande pode causar sintomas da pericardite subaguda/crônica, 
uma dor precordial ou retroesternal continua e de caráter opressivo, geralmente de leve 
intensidade. 
20 
 
✓ Grandes derrames pericárdicos podem comprimir estruturas adjacentes, como, o esôfago, o 
parênquima pulmonar, os brônquios, o nervo frênico ou o nervo laríngeo recorrente, levando 
a sintomas como: 
✓ disfagia, tosse seca, dispneia, soluços e rouquidão. 
✓ O peso do liquido pode levar a sensações de náuseas e desconforto abdominal. 
TAMPONAMENTO CARDIACO: 
Condição no qual o debito cardíaco está significativamente reduzido devido ao enchimento 
ventricular prejudicado pelas altas pressões intrapericardicas. Ele é provável, quando ocorre um 
rápido acumulo de liquido pericárdico, principalmente se ele for denso (sanguinolento ou purulento). 
O tamponamento pode ocorrer com qualquer tipo de derrame pericárdico, inclusive aquele 
decorrente de uma pericardite aguda. 
Duas consequências importantes: 
1- Aumento progressivo das pressões de enchimento ventricular e atriais leva à síndrome congestiva 
aguda, com congestão pulmonar e sistêmica, esta ultima é caracterizada por uma turgência jugular 
patológica. 
2- A restrição diastólica imposta pelas altas pressões reduz o volume de enchimento ventricular e, 
consequentemente, o débito cardíaco 
Manifestações clinicas: 
Taquipneia, dispneia e ortopneia. 
✓ A taquicardia é regra, na tentativa de compensar o baixo débito cardíaco imposto pelo 
tamponamento. 
✓ Exame físico: Turgência jugular patológica e o pulso paradoxal (redução da PA sistólica em 
mais de 10 mmHg e/ou redução detectável da amplitude do pulso arterial, durante a 
inspiração). 
✓ Forma grave do tamponamento : Tríade de Beck: hipotensão arterial + bulhas hipofonéticas + 
turgência jugular patológica. Possível causa: hemopericárdico traumático por dissecção da 
aorta. 
ATEROSCLEROSE: 
É e o acúmulo de placas de gordura, colesterol e outras substâncias nas paredes das artérias, o que 
restringe o fluxo sanguíneo. 
As placas ateromatosas formam-se: Predominando na raiz do vaso; A evolução das placas 
ateromatosas culmina, muitas vezes, na sua calcificação. Quando isto ocorre, é possível diagnosticar 
a aterosclerose aórtica pelo encontro, em radiografias simples do tórax, de imagens densas 
localizadas na parede do vaso. Não havendo lesão da valva aórtica (estenose e insuficiência) ou 
formação de aneurisma, a aterosclerose da aorta não apresenta sintomas. 
Complicações: Obstrução arterial com isquemia; Crescimento da placa; Hemorragia no ateroma 
(sangue no interior da placa); Vasoespasmos; Trombose: especialmente em placas moles (instáveis); 
21 
 
Embolia: tromboembolia ou ateroembolia; Dilatação da parede e formação de aneurismas (Redução 
da elasticidade e resistência da parede por compressão e/ou comprometimento da média). 
Manifestações clínicas: Angina (sintoma da aterosclerose nas coronárias); Dispneia; Fadiga; 
OBS: O exame físico pode ser assintomático. 
IAM 
Conhecido como ataque cardíaco, é um processo de morte do tecido (necrose) de parte do músculo 
cardíaco por falta de oxigênio, devido à obstrução da artéria coronária. 
A obstrução ocorre em geral, pela formação de um coágulo sobre uma área previamente 
comprometida por aterosclerose (placa de gordura), causando estreitamentos dos vasos sanguíneos 
do coração. 
Manifestações Clinicas: 
✓ A apresentação típica é caracterizada por dor precordial em aperto à esquerda, irradiada 
para o membro superior esquerdo, de grande intensidade e prolongada (maior do que 20 
minutos), que não melhora ou apenas tem alívio parcial com repouso ou nitratos sublinguais 
✓ Também pode ocorrer irradiação para mandíbula, membro superior direito, dorso, ombros e 
epigástrio. 
Obs: Em pacientes diabéticos, idosos ou no período pós-operatório, o infarto pode ocorrer na 
ausência de dor, mas com náuseas, mal-estar, dispnéia, taquicardia ou até confusão mental 
Sintomas comuns 
✓ Dor ou desconforto intenso no peito 
✓ Aperto 
✓ Opressão 
✓ Peso 
✓ Queimação 
Sintomas acompanhados por 
✓ Tontura 
✓ Falta de ar 
✓ Aumento da frequência cardíaca 
✓ Náusea e vômito 
✓ Sudorese 
✓ Palidez 
✓ Mal-estar súbito e sensação de morte 
CARDIOPATIAS CÔNGENITAS: 
Consistem em defeitos estruturais presentes desde o nascimento. Surge nas primeiras 8 semanas de 
gestação e ocorre por uma alteração no desenvolvimento embrionário da estrutura cardíaca. As 
22 
 
causas variam desde infecções, uso de medicamentos, agentes físicos ou químicos. Porém, na 
maioria dos casos, não se consegue estabelecer uma correlação entre o defeito e possível causa 
COMUNICAÇÃO INTERATRIAL: 
É o segundo defeito cardíaco congênito mais frequente. Mais comum o tipo ostium secundum. A 
característica hemodinâmica principal é o hiperfluxo pulmonar devido ao desvio de sangue do átrio 
esquerdo para o direito. Os portadores só apresentam sintomas na vida adulta, exceto quando a 
comunicação é muito ampla. 
Manifestações clinicas nas crianças que apresentam: dispneia de esforço e bronquites de repetição. 
✓ À inspeção e palpação do precórdio, observa-se batimento ventricular direito 
hipercinético 
✓ Na ausculta, o acho principal é o desdobramento da 2ª bulha cardíaca no foco 
pulmonar, tendo igual intensidade os componentes aórtico e pulmonar 
Percebe-se também sopro sistólico, de pequena intensidade, localizado na área pulmonar. 
COMUNICAÇÃO INTERVENTRICULAR (CIV) 
Na maioria das vezes, o defeito do septo interventricular que estabelece a comunicação entre os 
ventrículos situa-se na porção membranosa do septo, logo abaixo da valva aórtica; Fenômeno 
hemodinâmico: passagem de sangue do ventrículo esquerdo para o direito durante a sístole 
ventricular, o que resulta em hiperfluxo pulmonar com aumento do retorno sanguíneo ao átrio 
esquerdo, elevando sua pressão e causando, em consequência, hipertensão venocapilar pulmonar. 
Manifestações clínicas: 
✓ Dependem da magnitude do orifício no septo interventricular; 
✓ Porte pequeno: há pouca repercussão hemodinâmica e o paciente é assintomático, 
sem atraso do desenvolvimento físico. 
✓ Porte mediano: dispneia ao mamar; ganha peso vagarosamente; propensa a contrair 
infecções respiratórias. 
✓ Nas grandes comunicações: a criança apresenta-se gravemente enferma logo após o 
nascimento, com desenvolvimento precoce de insuficiência cardíaca. 
Na inspeção e na palpação do precórdio, encontram –se impulsão ventricular direita e esquerda, 
simultaneamente, com características hipercinéticas, e frêmito sistólico mais intenso na região 
mesocardíaca. 
Na ausculta, constata-se hiperfonese da 2ª bulha cardíaca no foco pulmonar, indicando hipertensão 
na artéria pulmonar, soproholossistólico de regurgitação, mais intenso no 4° e no 5º espaço 
intercostal esquerdo, entre os focos mitral e tricúspide, irradiando-se na direção do hemitórax 
direito. 
TETRALOGIA DE FALLOT: 
4 defeitos anatômicos: comunicação interventricular, estenose pulmonar infundibulovalvar, 
dextroposição da aorta e hipertrofia do ventrículo direito. 
23 
 
A gravidade da tetralogia depende do grau da estenose infundibulovalvar. Quando a estenose é 
pronunciada, grande parte do sangue insaturado que chega ao ventrículo direito passa diretamente 
para a aorta por meio da comunicação interventricular sendo assim a cianose será permanente e 
intensa. 
Se a obstrução na via de saída do ventrículo direito não for grave, boa parte do sangue que chega a 
esta cavidade consegue alcançar os pulmões em que será oxigenado, sendo assim a cianose só irá 
aparecer durante esforço físico. 
Manifestações clínicas: 
✓ muitas crianças com tetralogia de fallot não apresentam cianose ao nascer, a qual só vai se 
manifestar após alguns meses de vida. 
✓ Esses pacientes estão sujeitos a “crise de hipóxia”, após algum esforço, que caracterizam por 
aumento da cianose, taquipneia e perda da consciência. 
✓ A causa é espasmo do infundíbulo do ventrículo direito. É uma situação grave, com alta 
mortalidade. 
✓ Crianças de mais idade: observa-se a “posição de cócoras” que eles adotam após esforço 
essa posição aliviam seus sintomas, pois ocorre um aumento da resistência arterial periférica 
que se transmite à raiz da aorta e ao ventrículo esquerdo, redundando em diminuição do 
shunt direita-esquerda e consequentemente o aumento do fluxo pulmonar. Diminuição do 
fluxo sanguíneo pulmonar e aumento dos volumes aórticos. 
✓ Gravidade clínica: grau de obstrução do fluxo da saída pulmonar. 
✓ Policitemia 
✓ Aumenta o risco de endocardite infecciosa e de embolia sistêmica 
✓ Artérias colaterais aortopulmonares 
✓ Baqueteamento digital. 
✓ Segunda bulha hiperfonética. 
✓ Estalido protossistólico. 
✓ Dificuldade de alimentação do bêbe 
✓ Incapacidade de se desenvolver 
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA: 
Se caracteriza por um distúrbio do desempenho miocárdico e da ativação progressiva do sistema 
neuroendócrino que acarreta insuficiência circulatória e congestão. 
Na pratica, a IC é um diagnostico de beira do leito, definido por meio da avaliação clinica. Alguns 
pacientes podem ter disfunção cardíaca (p. ex., diminuição da fração de ejeção do VE) sem quaisquer 
sintomas, sendo conhecido por insuficiência cardíaca assintomática. Outros podem ter função 
sistólica preservada e apresentar sinais e sintomas que chamamos de IC com função de VE 
preservada. 
24 
 
 
Manifestações Clínicas: 
✓ Passando a fase assintomática, os primeiros sintomas e mais comuns são dispneia aos 
esforços. 
✓ Quando a doença está descompensada pode apresentar Ortopneia, podendo surgir Dispneia 
Paroxística Noturna (DPN) e padrão respiratório de Cheyne-Stokes. 
✓ Fadiga, astenia e má tolerância física aos esforços são bastante comuns. Tontura também 
pode ocorrer mas é mais iatrogênica. 
✓ Sincope e palpitações podem ocorrer em paciente com arritmia adjacente. Anorexia e dor 
abdominal é comum em paciente em estagio avançado de IC direita. 
Os sinais físicos dependem: (1) do grau de compensação, (2) da cronicidade e (3) do envolvimento 
cavitário (IC direita versus esquerda). 
Acúmulo de líquido ou de volume é um sinal característico da insuficiência cardíaca, em especial no 
quadro de descompensação aguda e insuficiência cardíaca direita. Os sinais físicos típicos de 
sobrecarga de volume são: 
o Estertores pulmonares, decorrentes do acúmulo de líquido no interstício e nos alvéolos 
pulmonares, descritos como edema pulmonar cardiogênico agudo (EPCA). 
o Macicez nas bases dos pulmões compatíveis com derrame pleural. 
o Distensão venosa jugular (DVJ). 
o Edema, ascite e hepatomegalia. 
 
25 
 
HAS 
É uma condição clínica multifatorial, caracterizada 
por elevação sustentada dos níveis pressóricos: acima 
ou igual à 140 mmhg 90 mmhg. 
 
Hipertensão do avental branco: Situação clínica 
caracterizada por valores anormais da PA no 
consultório, porém com valores normais no MAPA ou 
MRPA. 
Hipertensão mascarada: Valores normais da PA no 
consultório e elevada pela MAPA ou medidas 
residenciais. 
Hipertensão sistólica isolada: Pressão Arterial Sistólica aumenta Aumentada com PAD Normal. É 
importante fator de risco cardiovascular em pacientes de meia-idade e idosos. 
Manifestações clínicas: 
✓ podem ocorrer dores no peito, dor de cabeça, tonturas, zumbido no ouvido, fraqueza, visão 
embaçada e sangramento nasal. 
 
HIPOTENSÃO: 
A hipotensão ocorre quando existe uma descida significativa da pressão artéria relativamente ao 
valor tensional basal. (> PAS 20mmHg e PAD 10mmHg), valores tensionais inferiores a 90/60 mm Hg. 
Manifestações clínicas: 
✓ Tonturas, vertigens ou desmaio 
✓ Batimento cardíaco rápido ou irregular 
✓ Náuseas e vômitos 
✓ Sentir mais sede do que o habitual 
✓ Visão embaçada, Fraqueza, Confusão, Cansaço 
✓ Pele fria e pegajosa 
✓ Respiração ofegante 
- Exame físico: PA e FC com o paciente em decúbito dorsal após 5 min 
- PA e FC 1-3 minutos como paciente em pé 
OBS: Aumento acentuado (para > 100 bpm ou por > 30 bpm) sugere hipovolemia ou, se os sintomas 
se desenvolverem sem hipotensão. 
26 
 
Síncope 
Perda transitória e autolimitada da consciência, decorrente do comprometimento globo 
agudo do fluxo sanguíneo cerebral. O início é rápido, a duração é breve e a recuperação é 
espontânea e completa. 
Outras causas de perda transitória da consciência precisam ser distinguidas da síncope, elas 
incluem: Convulsões, isquemia vertebro-basilar, hipoxemia e hipoglicemia. 
A pré-síncope é comum, embora a síncope possa ocorrer sem qualquer sinal de aviso, os 
sintomas comuns de pré-síncope são: Tontura, vertigem, fraqueza, fadiga, distúrbios auditivos 
e visuais. 
As causas da síncope podem ser divididas em três categorias gerais : 
1. Síncope mediada neuralmente (Síncope Reflexa): compreende grupos de distúrbios 
funcionais que alteram os reflexos responsáveis pela manutenção da homeostasia 
cardiovascular. Ocorre vaso dilatação e bradicardia resultando em falha temporária da 
pressão sanguínea. Compreende a parte das causas de síncope. 
2. Hipotensão Ortostática: de corrente de insuficiência autônoma, os reflexos 
cardiovasculares são prejudicados de maneira crônica. 
3. Síncope Cardíaca: pode ser de corrente de arritmias ou cardiopatias estruturais que 
causam uma queda no débito cardíaca. 
 
ECG – Eletrocardiograma 
As Ondas 
 Cada uma das variações da linha do 
eletrocardiograma corresponde a um evento 
do batimento cardíaco, sendo cada varição 
chamada de onda. E são 5 os principais 
momentos que são designados no 
eletrocardiograma: as ondas P, Q, R, S e T. 
27 
 
A Onda P é a primeira variação observada num eletrocardiograma básico, ele representa a 
despolarização dos átrios, o momento anterior à 
contração destas câmaras, empurrando o sangue 
para os ventrículos. 
Logo depois da onda P, há um breve momento em 
que não há variação elétrica registrada. Este 
momento, chamado de segmento PQ (ou PR), 
corresponde ao momento que os átrios estão 
totalmente contraídos e o impulso chega ao nó 
atrioventricular. Nesse momento, o impulso 
sofre um atraso e pára, fazendo com que os 
ventrículos comecem a se contrair depois da 
contração atrial. 
É graças a esse atraso que os átrios e 
ventrículos se contraem de forma alternada. 
A variação seguinte é o complexo QRS, que 
corresponde às principais variações dos 
ventrículos. Seus sinais são muito maiores que a 
onda P porque a massa muscular envolvida é maior 
e, portanto, mais sinal é lido de uma vez. 
A onda Q é resultado da despolarização das 
primeiras células musculares do coração no septo 
interventricular. Apesar de ser uma despolarização,exatamente como a onda P, o sentido dessa 
despolarização é contrário ao vetor. Por isso a 
representação é de uma onda negativa. 
A onda R (ou segmento QR) corresponde à 
despolarização completa do septo interventricular, 
dessa vez em direção ao ápice do coração. Ou 
seja, esta despolarização segue o mesmo sentido 
do vetor de referência. Como é uma quantidade 
massiva de músculo, o sinal é muito mais 
intenso e tem orientação positiva. 
28 
 
O ventrículo continua se despolarizando, seguindo dos Feixes de His para as Fibras de 
Purkinje. Ao chegar às Fibras, o sinal elétrico se afasta do ápice do coração, se afastando 
também da extremidade do vetor. Por isso o segmento RS tem grande intensidade e 
é negativa. 
Entre as ondas S e T (chamado segmento ST) há total despolarização dos ventrículos. Então 
não há uma variação de eletricidade por um curto período de tempo, indicado pela linha reta, 
até a onda T. 
 
 
Finalmente, 
a Onda T é uma 
onda de 
repolarização, mas 
tem algo bastante 
curioso nela. 
Seguindo a lógica das 
outras ondas, por ser uma repolarização, o sinal deveria estar 
negativo, já que a variação elétrica está caindo. Porém ela é 
positiva porque as células musculares que estão mais próximas 
da superfície mais externa do coração (na porção 
chamada epicárdio) se repolarizam um pouquinho mais rápido 
que as células das camadas mais internas 
(chamadas mesocárdio e endocárdio). Então a 
repolarização é feita de fora para dentro no 
sentido contrário ao vetor. E segue a lógica da 
matemática: Negativo com negativo dá positivo, e 
o vetor é mostrado como uma onda positiva. Por 
fim, a repolarização ventricular termina e 
encerram-se as variações elétricas até o próximo 
ciclo cardíaco. O intervalo entre duas ondas iguais 
(geralmente duas ondas P ou R) é o que marca um batimento cardíaco, e a leitura contínua de 
vários ciclos determina a frequência cardíaca. 
CALCULO DA FC : de R a R quadradão equivale a 5mm conta isso e divide por 1500. Ex 5 
quadradoes = 25 / 1500 = 60bpm 
Arritmias: 
Anormalidades na frequência, regularidade ou origem do impulso cardíaco, ou uma alteração na sua 
condução, causando uma sequência anormal da ativação miocárdica. 
29 
 
As taquiarritmias ou taquicardias são alterações no ritmo cardíaco caracterizadas por frequência 
cardíaca (FC) acima de 100 bpm em adultos. No caso dos pacientes pediátricos, é necessário verificar 
se a FC se situa acima da prevista para a faixa etária específica. Para o correto manejo deste 
acometimento, é fundamental determinar se há pulso presente. Se houver pulso, é necessário definir 
se o paciente está hemodinamicamente estável ou instável e, então, fornecer o tratamento mais 
adequado, de acordo com a condição e o ritmo do paciente. 
Taquiarritmias 
• FC > 100 bpm 
• Taquicardias: 
supra-ventriculares (QRS estreito) 
• taquicardia sinusal 
• fibrilação atrial / flutter atrial 
• taquicardia paroxística 
supraventricular 
• ventriculares (QRS largo) 
• FV / TV 
• Dissociação eletromecânica 
Taquicardias supraventriculares 
 Taquicardia sinusal 
• Febre, hipertireoidismo, exercício físico 
Fibrilação atrial / flutter atrial 
• Múltiplos focos atriais 
• A maioria filtrada no nodo AV 
• Ausência de inda P, 
• R-R irregular 
• Pulso irregular, 
anisocardiosfigmia (ausculta de batimento cardíaco sem palpação de pulso 
periférico),variação na fonese de B1 e classicamente, ausência de B4. 
Taquicardia supraventricular paroxística 
30 
 
• QRS estreito 
• ausência de onda P 
• R-R regulares 
• É causada pelo 
mecanismo de reentrada que pode se dar pela via Nodal (75% dos casos) 
ou por via Acessória (25% dos casos). A frequência cardíaca na TSVP varia de 120-250bpm. A 
TSVP predomina em jovens e quase sempre provoca sintomas que 
variam desde palpitações até síncope. A sensação de palpitações no 
pescoço é altamente sugestiva de TSVP por via Nodal. 
Síndrome de Wolff- Parkinson-White 
• Presença de onda delta 
• Intervalo P-R curto 
• É originada de uma via acessória congênita que permite a 
condução do átrio para o ventrículo (anterógrada), ou seja, o 
estimulo elétrico atinge o ventrículo pela via acessória antes do 
nódulo AV, gerando uma pré-excitação ventricular (Onda Delta) e encurtando o intervalo PR. 
Taquicardias Ventriculares 
• QRS largo 
• Monomórfica 
• Polimórfica – causa mais freq.: 
isquemia 
• Torsades de Points – prolongamento 
do QT, algumas drogas predispõem 
Bradicardias 
• Mais comuns – bloqueios átrio-ventriculares (BAV) 
• BAV 1o grau 
• Prolongamento P-R 
• Toda onda P leva a um QRS 
• BAV 2o Grau 
31 
 
• Mobitz 1 – prolongamento progressivo do P-R, até que 
“pula” um QRS 
• Mobitz 2 – “pula” um QRS, sem o prolongamento 
progressivo 
• BAV 3o Grau 
• Intervalos P-R irregulares

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