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FISIOLOGIA III PROF DANIEL LETICIA GRECCO T5 1 AULA 6 - METABOLISMO DE CÁLCIO E FOSFATO (PARATORMÔNIO, CALCITONINA E VITAMINA D) VISÃO GERAL – REGULAÇÃO DO CÁLCIO E DO FOSFATO CÁLCIO: Cofator da cascata de coagulação sanguínea Excitabilidade da membrana Contração muscular Exocitose Sinalização intracelular (atividade enzimática) FOSFATO: Fosfato ligações de alta energia (ATP) Incorpado a proteínas, lipídios e ácidos nucleicos Regulação da atividade proteica (fosforilação e desfosforilação) Tampão (pois tem carga negativa) No nosso corpo, o que mais temos é hidrogênio. Cálcio e fosfato correspondem de 1 a 2% do peso. O tecido ósseo tem que aguentar várias forças, como: a força de compressão (joelho em baixo e quadril em cima), comprime o osso e a força de estiramento, quando pegamos muito peso, por exemplo. Além disso, é importante que o osso tenha flexibilidade para movimentos de torção. OSSO E SUA RELAÇÃO COM O CA2+ E PO43- EXTRACELULARES Matriz orgânica óssea (30%): Substância fundamental (proteoglicanos, sulfato de condroitina, ácido hialurônico); Colágeno (90 a 95%) Tipo I; Osteocalcina e osteonectina (ajudam a captar o cálcio, para posteriormente fazer a mineralização); Fosfatase alcalina (produzida pelos osteoblastos e serve como marcador atividade óssea); Responsável pela flexibilidade óssea. FISIOLOGIA III PROF DANIEL LETICIA GRECCO T5 2 Sais ósseos (70%) → inorgânicos Hidroxiapatita Ca10(PO4)6(OH)2 → cálcio, fosfato e hidroxilas; Magnésio; Sódio; Potássio; Carbonato; Metais pesados; Radioativos; Responsável pela resistência óssea. Se o osso for muito rígido, ele perde a capacidade de se deformar → fica mais resistente, porém, ele quebra facilmente. O osso, por ser uma estrutura viva, está em constante desenvolvimento e arrumação, sempre há osso sendo fabricado e osso sendo destruído. A cada dez anos, trocamos de esqueleto. Osso é o principal reservatório de cálcio que temos no organismo. ✎ A porção cortical é composta cerca de 30 % pela matriz orgânica óssea (essa matriz é composta pela substância fundamental). Cerca de 90 a 95% dessas fibras são colágenas e elas representam a força tênsil essa força é a que dá flexibilidade aos nossos ossos. A matriz óssea é reforçada pelos minerais ósseos, principalmente a hidroxiapatita e é ela que dá a força de rigidez para os nossos ossos. Além da hidroxiapatita, temos o magnésio, sódio, potássio, carbonato, metais pesados e radioativos. ✎ Por exemplo, ao colocar um osso no refrigerante, o osso fica flexível/ muito mole, o ácido do refrigerante separa o fosfato, ele vai desfazer a hidroxiapatita. REGULAÇÃO DO CÁLCIO E FOSFATO: Cálcio: no LEC, precisa ser regulado de forma precisa 0,1% do cálcio corporal total se encontra no LEC - é importante para coagulação, junções celulares, estabilização de membrana. 1% está nas células e organelas (para fazer contração, exocitose, ativação de enzimas). 99% nos ossos (para estrutura do osso e reserva). Fosfato: 85% está nos ossos (forma do fosfato inorgânico ligado ao cálcio). 14 a 15% está no LIC (tecidos moles). 1% está no LEC (para função de tampão, não só para o ácido, com o hidrogênio, mas também, para o cálcio). A regulação das concentrações plasmáticas de cálcio e fosfato, se dá pelos hormônios: PARATORMÔNIO, VITAMINA D e a CALCITONINA. EFEITOS NÃO ÓSSEOS DAS CONCENTRAÇÕES DE CÁLCIO E FOSFATO: Hipocalcemia (↓ cálcio): 50% abaixo do normal, pode ser letal; Causa excitação do sistema nervoso; Causa tetania (contrações involuntárias, decorrente da somação de potenciais de ação); Hipercalcemia (↑ cálcio): Deprime o sistema nervoso; Causa fraqueza muscular; 70% acima do normal, pode ocasionar precipitação de cristais, devido a maior dificuldade de atravessar membranas. Pode causar danos celulares que podem ser irreversíveis. Explicação fisiológica da Tetania: Quando temos pouco cálcio, entra pouca carga positiva na célula → o potencial de ação mais ‘’baixos’’, que vão se somando → antes de terminar um PA, começa outro PA → contração constante → relaxa por fadiga. Potenciais subliminares, ausência de cálcio mantém os canais de sódio aberto. FISIOLOGIA III PROF DANIEL LETICIA GRECCO T5 3 ABSORÇÃO E EXCREÇÃO DE CÁLCIO: Praticamente todo cálcio que consumimos, é eliminado ou nas fezes, ou na urina; Quando comemos, a absorção de cálcio é um pouco prejudicada, porque o cálcio tem carga positiva (difícil absorver, são transportadas por canais) → existem hormônios reguladores que podem facilitar ou atrapalhar essa absorção. O osso primeiro cresce na porção orgânica, depois que ele sofre o processo de calcificação; Secreta bastante cálcio no intestino, para ele poder ser eliminado. Pelas concentrações de cálcio no LEC precisarem estar estritamente controladas, a quantidade de cálcio que é absorvida pelo organismo e quantidade que é secretada pelo nosso organismo precisa ser controlada. Cerca de 1000 mg de cálcio que ingerimos todos os dias é excretado, na forma de 900 mg excretado nas fezes e 100 ml excretado pela urina. Essa forma que é excretado pelas fezes se dá principalmente pela secreção do cálcio que vem dos sais biliares, o cálculo que se forma na vesícula pode ser de cálcio. Uma vez que aumenta a concentração de cálcio no LEC, esse cálcio precisa ser depositado nos nossos ossos ou ele precisa ser filtrado para ser excretado pela urina ou ser excretado na forma de bile. Outra coisa que pode acontecer é a diminuição da absorção intestinal de cálcio, tudo para regular a quantidade de cálcio que fica no LEC. Já quando o cálcio começa a diminuir no LEC, o corpo começa a aumentar a absorção de cálcio e a diminuir a secreção. ABSORÇÃO E SECREÇÃO DE FOSFATO: O fosfato não precisa ser tão regulado quanto o cálcio. Ele é muito importante para formação da hidroxiapatita. O rim elimina bem mais fosfato do que o cálcio. Ingerimos cerca de 1000 mg de fosfato, vai excretar cerca de 650 mg pela urina e cerca de 350 pelas fezes. Aproximadamente cerca de 10% da nossa carga filtrada de fosfato é excretada pela urina. Fica uma constante de aproximadamente 500 mg no LEC que será trocada com os tecidos moles e por sua vez vão depositar cerca de 250 mg por dia e reabsorver cerca de 250 mg por dia. FISIOLOGIA III PROF DANIEL LETICIA GRECCO T5 4 FOSFATO INORGÂNICO NO PLASMA E NO LEC: Duas formas do fosfato: No LEC, o cálcio se encontra 50% ionizado, e essa é a porção que utilizamos. 45% está ligado a proteínas (albumina, proteínas de transporte) e 5% complexado (carbonato ou fosfatos). O fósforo se encontra 84% ionizado, 10% ligado às proteínas e 6% complexado com cálcio. O fosfato funciona como tampão, tem carga negativa, e é capaz de atrair o próton hidrogênio → podem se complexar e formar: hidrogenofosfato ou dihidrogenofosfato. SOMENTE A FORMA LIVRE DOS ÍONS/IONIZADA (CÁLCIO E FOSFATO) SÃO RESPONSÁVEIS PELO EFEITO FISIOLÓGICO. PRECIPITAÇÃO E ABSORÇÃO DE CÁLCIO E FOSFATO NO OSSO - EQUILÍBRIO COM O LEC: POR QUE HIDROXIAPATITA NÃO PRECIPITA NO LEC? No LEC tem a presença de inibidores: pirofosfato! (isso impede que o cálcio e o fosfatose precipitam formando hidroxiapatita no LEC); Precipitação acontece apenas nos ossos; CALCIFICAÇÃO ÓSSEA: Osteoblastos secretam colágeno e substância fundamental; Fibras colágenas se tornam osteóide (material parecido com a cartilagem, mas distinto devido a fácil precipitação dos sais de cálcio); Depois de alguns dias precipitação de cálcio, formando cristais de hidroxiapatita; Mecanismo indutor da deposição não é totalmente conhecido - supostamente, os osteoblastos secretam neutralizador do inibidor (pirofosfato). Por isso, lá nos ossos ocorre a formação de hidroxiapatita. DEPOSIÇÃO E ABSORÇÃO ÓSSEAS – REMODELAGEM ÓSSEA: OSTEOBLASTOS: Produção do osteóide; Neoformação constante; Produz fosfatase alcalina (marcador de atividade); Receptores: PTH (paratormônio), Vit D, estrogênio, interleucinas; OSTEOCLASTOS Reabsorção óssea; Célula grande e multinucleada derivadas de monócitos e macrófagos; Receptores: calcitonina, estrogênio, interleucinas (não tem receptor para PTH e vitamina D); Inibidos pelos Bisfosfonatos (possui receptor) → principal medicamento para osteoporose O muda entre os dois? A presença do próton hidrogênio, se o nosso pH abaixa, se temos mais próton hidrogênio para fornecer, o fosfato vai ser mais encontrado da segunda forma. Se o nosso pH aumenta, teremos mais fosfato da primeira forma. Aqui funcionando como tampão: se aumentou o pH, começa a segurar o próton hidrogênio. FISIOLOGIA III PROF DANIEL LETICIA GRECCO T5 5 REMODELAÇÃO ÓSSEA: Células do estroma dão origem aos osteoblastos (síntese do osso) → em seguida, vai produz inibidores do pirofosfato que vão permitir a calcificação do osso; Osteoblasto produz substâncias que ativam os osteoclastos (fator estimulador de colônias de macrófagos → transforma os monócitos e macrófagos em pré-osteoclastos) → fusão celular; O osteoclasto também produz RANKL (ligante do RANK) → receptor ativador do fator nuclear K B; Esse ligante se liga no receptor RANK dos pré-osteoclastos, que estimula ele a se fundir e formar o osteoclasto (célula multinucleada) (sintetizam enzima/ácido); Hidrogênio vai fazer a separação da hidroxiapatita → quebra ela; E as enzimas hidrolíticas corroem/degradam a matriz óssea orgânica; A reabsorção óssea ocorre com o os osteoclastos se fixando no osso com as integrinas, formando uma cobertura embaixo do tecido ósseo, ele passa a produzir enzimas hidrolíticas, que ficam armazenadas nos lisossomos, a principal delas é a capetecina K, que degrada o colágeno e a substancia funcadamental. Já o ácido, vai quebrar a hidroxiapatita. Esse ácido vem das mitocôndrias, do ciclo do ácido lático. Anidrase carbônica converte água e CO2 em ácido carbônico → quebrado em bicarbonato e próton H, que é colocado para fora, através de bombas; Remodelação: processo de desmineralização feito pelo H+, e quebra da matriz óssea pelas enzimas hidrolíticas (capetecina K). FISIOLOGIA III PROF DANIEL LETICIA GRECCO T5 6 PARATORMÔNIO: Produzido pelas glândulas paratireoides, que estão na porção de trás da glândula tireoide; É produzido pelas células principais da glândula paratireoide; Muito irrigada, que ajuda a conduzir o paratormônio para a circulação. É responsável por aumentar as concentrações plasmáticas de cálcio: O paratormônio aumenta a atividade dos osteoclastos → maior quantidade de cálcio na circulação; Nas células principais, têm receptores para o cálcio, em altas concentrações, cálcio se liga e ativa o receptor, o receptor ativado vai ter vias de sinalização (Gq, Gi) que vão inibir a produção do paratormônio → presença do cálcio no LEC, inibe a síntese de paratormônio, e também inibe a liberação de paratormônio; Quando temos pouco cálcio, o receptor deixa de ser ativado → via inibitória deixa de funcionar → começa a liberar/produzir paratormônio; AÇÕES DO PARATORMÔNIO: Aumenta os níveis plasmáticos de cálcio e diminuem de fosfato: ele estimula a reabsorção óssea, estimula a reabsorção de cálcio pelos rins e inibe a reabsorção de fosfato pelo rim. Isso acontece porque a gente precisa de cálcio livre, se o fosfato vem junto, cálcio e fosfato formam um complexo e esse complexo não chega até as nossas células. Estimula reabsorção óssea (de maneira indireta); Estimula reabsorção de cálcio pelos rins; Inibe reabsorção de fosfato nos rins; Estimula síntese de calciferol (forma ativa da vitamina D); Aumenta a absorção intestinal de cálcio e fosfato (de maneira indireta, pela ativação da vitamina D); EXPLICAÇÃO DO ANO PASSADO: O osteoclasto é ativado pelo osteoblasto. A célula que faz a síntese do osso é quem ativa a célula que faz a reabsorção óssea. Os osteoclastos se encontram na forma de pré- osteoclastos. Esse pré- osteoclasto tem um receptor chamado de RANK (receptor ativador do fator nuclear K B). O paratormônio e a vitamina D se liga em receptores que tem no osteoblasto e o osteoblasto produz substâncias como o ligante do RANK e também fator estimulador de colônias de macrófagos, que vão transformar os pré- osteoclastos em osteoclastos. Então, paratormônio se liga ao osteoblasto e o osteoblasto produz RANKL, M-CSF eles que transformam o pré- osteoclasto em osteoclasto e assim, o osteoclasto começa a fazer a reabsorção óssea. Como isso acontece? Ele libera enzimas proteolíticas que vão quebrar a matriz óssea e também secretam ácidos, como o ácido cítrico que por sua vez vai quebrar a hidroxiapatita. Como funciona o equilíbrio entre osteoblasto e osteoclasto? O osteoblasto produz uma substância chamada osteoprotegerina (OPG), ela funciona como antagonista endógeno do receptor RANK. Então quando ele é produzido, principalmente por estímulos como do estrogênio, a osteoprotegerina bloqueia o receptor e aí o RANKL não consegue ativar o osteoclasto em osteoblasto. O que acontece na menopausa? Temos menor produção de osteoprotegerina e aí vai ter um desbalanço onde o osteoclasto começa a ficar mais ativo do que o osteoblasto e aí teremos maior reabsorção óssea. Farmacologicamente, para tratar osteoporose usamos bifosfonatos, são substâncias que se ligam ao osteoclastos e diminuem a atividade dele para tentar voltar ao balanço entre osteoblastos e osteoclastos. FISIOLOGIA III PROF DANIEL LETICIA GRECCO T5 7 Osteoblasto estimula formação do osteoclasto; Osteoblasto produz M-CSF (que vão diferenciar monócitos em pré-osteoclasto) e vai produzir o ligante do receptor RANK, que estimula o pré-osteoclasto a se tornar osteoclasto, que por sua vez se fixa no osso e libera ácido e enzimas digestivas (hidrolíticas), que quebram a matriz óssea orgânica; Osteoblasto que tem receptor para paratormônio, osteoclasto não tem receptor para paratormônio! Com isso, o paratormônio estimula o osteoblasto a produzir o RANKL (ligante) → vai ativar os pré- osteoclastos (pelo receptor RANK) e estimula a maturação do osteoclasto → dessa maneira que o paratormônio estimula reabsorção óssea, de maneira indireta; Como o pré-osteoclasto se transforma em osteoclasto → o ligante produzido pelos osteoblastos se ligará ao receptor que fará os pré-osteoclastos se ligarem para formar osteoclasto, gerando absorção óssea; Quando tem reabsorção óssea: ↑ cálcio extracelular → ↓ diminui paratormônio ⇒ é um ciclo! Osteoblasto também produz osteoprotegerina (OPG) → antagonista exógeno do receptor RANK → quando o RANK é ativado, estimula produçãode osteoclasto → quando OPG se liga no receptor RANK e não deixa o RANKL ativar ele; Paratormônio e vitamina D inibem a produção de OPG, e estimula a de RANKL. Pouco cálcio→ estimula paratormônio→ paratormônio age nos osteoblastos ajudando na produção de RANK-L → RANK-L se liga ao receptor RANK que está nos pré-osteoclastos → vira osteoclasto → faz reabsorção óssea → aumenta concentração do cálcio extracelular → inibe a produção de paratormônio ⇒ é um ciclo (feedback negativo) EXPLICAÇÃO DO ANO PASSADO: SÍNTESE E A LIBERAÇÃO DO PARATORMÔNIO: O paratormônio ativa receptores nos osteoblastos que vão estimular os osteoblastos a produzir o RANKL que por sua vez vai se ligar ao receptor RANK que vai transformar o pré- osteoclasto em osteoclasto. Por sua vez o osteoclasto vai reabsorver o osso e mandar cálcio para circulação. A concentração de cálcio inibe a produção do paratormônio (serve para aumentar o cálcio). E se temos concentrações de cálcio um pouco elevadas? o cálcio ativa receptores acoplados a proteínas Gi e Gq, que por sua vez ativam vias de sinalização inibitórias para o núcleo, o cálcio acaba por inibir a expressão do gene do paratormônio. E quando o cálcio diminui na concentração plasmática? esse receptor deixa de ser ativado e o gene de produção do paratormônio passa a ser lido, vai sair RNAm para formação de paratormônio. Pré- pró- paratormônio → Pró- paratormônio → Paratormônio A vitamina D também inibe o gene do paratormônio, a vitamina D estimula o gene do recetor do cálcio, o cálcio ativa esse receptor e inibe o paratormônio. A vitamina D estimula a produção desse receptor. Lembrar: a vitamina D aumenta a absorção intestinal de cálcio, então se já temos bastante cálcio, não precisamos de paratormônio. Por isso a vitamina D tem essa ação inibitória sobre o paratormônio. PARATORMÔNIO NO RIM: No túbulo contorcido proximal → quando PTH se liga no receptor, ativa proteína Gs que vai ativar a conversão de ATP em AMPC → que ativa proteínas quinases, que por sua vez, faz fosforilação de outras enzimas → essas enzimas fazem a degradação dos transportadores de sódio e fosfato ⇒ inibe a reabsorção de fosfato (menos fosfato livre no sangue → aumento de cálcio); Se não tem fosfato, não forma a hidroxiapatita → fica mais cálcio livre; Então, um dos jeitos de aumentar a concentração de cálcio livre, é inibindo a reabsorção de fosfato; FISIOLOGIA III PROF DANIEL LETICIA GRECCO T5 8 No túbulo distal/ ramo ascende de Henle → estimula a produção dos canais de cálcio (estimula reabsorção de cálcio) → mais cálcio livre no LEC; Resumindo: baixas concentrações de cálcio, vão deixar de inibir a paratireoide, e com isso, a paratireoide vai produzir e liberar o paratormônio. O paratormônio por sua vez, vai estimular a reabsorção óssea, agindo nos osteoblastos e vai estimular a produção do ligante RANK (RANKL), convertendo os pré- osteoclastos em osteoclastos. Esses osteoclastos, se fixam no osso, liberam enzimas digestivas e ácido, esse ácido, quebra hidroxiapatita e libera cálcio livre no sangue. Além disso, o paratormônio estimula a cálcio intestinal e a reabsorção de cálcio no túbulo proximal e distal. No proximal, diminui a reabsorção de fosfato, aumenta a reabsorção de cálcio, levando ao aumento das concentrações plasmáticas de cálcio. A forma ativa da VIT D (1,25-dihidroxicolecalciferol) → age no intestino aumentando a absorção de cálcio e absorção de fosfato; Qual o efeito fisiológico do paratormônio sobre as concentrações de cálcio no LEC? Aumentará as concentrações de cálcio no LEC, por meio da reabsorção de cálcio, inibe reabsorção de fosfato, de maneira indireta, aumentar a absorção intestinal de cálcio e fosfato. VITAMINA D: Conseguimos produzir vitamina D no nosso organismo, a partir do ergocalciferol (D2 de origem vegetal), e do colecalciferol (D3 de fontes animais) → passam pelo fígado, e são convertidos em 25-hidroxivitamina D (forma inativa); Também conseguimos produzir esse colecalciferol através de um tipo de colesterol que temos na pele (por isso tomar sol ajuda); Raios UVB que convertem 7 desidrocolesterol na pele em colecalciferol, que depois no fígado será transformado em vitamina D; Já os raios UVA (presentes em maior concentração no sol do meio-dia), são nocivos para pele e danificam o DNA; Depois que a vit D inativa passa pelos rins, a enzima 1-alfa-hidroxilase age sobre ela (doando uma hidroxila) → aí vira 1-25 hidroxicolecalciferol e posteriormente 1-25 hidroxivitamina D (porção ativa). A VITAMINA D VAI: Estimular a reabsorção óssea; Aumenta absorção intestinal de cálcio; FISIOLOGIA III PROF DANIEL LETICIA GRECCO T5 9 Aumenta a reabsorção renal de cálcio; Efeito de feedback negativo na produção de paratormônio (↓ síntese); O paratormônio ATIVA a enzima 1-alfa-hidroxilase e dessa maneira, o paratormônio estimula síntese a vitamina D (calciferol); 1-25 hidroxicolecalciferol = 1-25 hidroxivitamina D; O aumento de cálcio no LEC ativa a enzima 24-alfa-hidroxilase → coloca hidroxila, aí fica na forma inativa (24-25 OH)2 vitamina D (efeito feedback negativo), para que não aumente demais a concentração de cálcio. Como o cálcio elevado interfere na liberação de PTH e ativação da vitamina D? Diminui paratormônio e a vitamina D fica inativa. AÇÕES DA VITAMINA D: RECEPTORES NUCLEARES (ESTIMULA PROTEÍNAS): Semelhantes aos receptores de esteróides e hormônios da tireoide; Forma complexo com o receptor retinóide X ligando- se ao DNA; A vitamina D ativa entra na célula e no citosol encontra receptores para ela. Ela forma um complexo com o receptor retinóide do tipo X e o receptor retinóide do tipo X vai ativar a transcrição de várias proteínas entre elas as proteínas relacionadas a absorção do cálcio. A vitamina D3 é o composto mais importante e é formada na pele. O raio ultravioleta faz a transformação. A D3 passa pelo fígado e encontra uma enzima que é a 25- hidroxilase que vai hidroxilar esse colicalciferol transformando ele em 25- hidroxicolecalciferol. Quando chega no rim, o rim sobre ação do paratormônio estimula uma enzima que chama 1 alfa hidroxilase, que vai transformar 1,25-di-hidroxicolecalciferol, essa substância por sua vez vai agir no epitélio intestinal e faz com que ocorra aumento da proteína ligadora de cálcio, aumento da bomba de cálcio e aumento da fosfatase alcalina que por sua vez vai aumentar a absorção intestinal de cálcio que vai aumentar a concentração plasmática de cálcio e vai inibir o paratormônio, que vai ativar menos a conversão do 25- hidroxicolecalciferol em calcitriol. É um ciclo de auto-regulação. FISIOLOGIA III PROF DANIEL LETICIA GRECCO T5 10 AUMENTA A ABSORÇÃO INTESTINAL DE CÁLCIO: Estimula a calbindina (transportador de cálcio) (e reduz o cálcio livre dentro da célula, para que possa ter a difusão); Estimula adenosina trifosfatase estimulada pelo cálcio (bombas de cálcio); Estimula produção de canais de cálcio, vai absorver mais cálcio (entra por difusão); Então: aumenta transportador de cálcio, aumenta calbindina e aumenta bomba de cálcio. A vitamina D ativada vai aumentar a produção de canais de cálcio na borda em escova, vai aumentar a calbidina (proteína transportadora de cálcio), ele pode ser colocado para fora pela bomba de cálcio, por difusão ativa ou por antiporte com o sódio.AUMENTA A ABSORÇÃO INTESTINAL DE FOSFATO (DIRETA E INDIRETA): Aumenta a atividade do co-transportador de sódio e fosfato; Aumenta a absorção paracelular de fosfato; A vitamina D aumenta a atividade do transportador de sódio ou fosfato que por sua vez aumenta o transporte de fosfato. Esse gradiente causado pelo aumento da concentração de cálcio faz com que ocorra a atração do fosfato por vias paracelulares. DIMINUI A EXCREÇÃO RENAL DE CÁLCIO: ↑ a absorção de cálcio e fosfato pelas células epiteliais dos túbulos renais; Aumenta a absorção de cálcio e fosfato pelas células epiteliais dos túbulos renais. No túbulo proximal temos uma reabsorção de mais ou menos 55% do cálcio, na alça de henle mais ou menos 25% e no túbulo coletor mais ou menos 3%. Cerca de 2% desse cálcio é excretado. DIURÉTICOS QUE PODEM CAUSAR HIPERCALCEMIA: Sódio sempre tem menor quantidade dentro da célula, o que favorece a absorção; Quando usamos um diurético (Tiazídico) → bloqueia o transportador de sódio e cloreto → o sódio diminui dentro da célula, então aumentará a entrada pelo antiporte → consequentemente tira mais cálcio → o gradiente fica menor, então é absorvido mais cálcio ⇒ HIPERCALCEMIA FISIOLOGIA III PROF DANIEL LETICIA GRECCO T5 11 Os diuréticos inibem a reabsorção de sódio, então as concentrações de sódio vão diminuir dentro da célula. A absorção de cálcio pode ocorrer pela ação da bomba de cálcio ou pela troca com o sódio, então se diminui sódio intracelular, começa a entrar mais sódio pelo transportador e isso leva a um aumento da absorção de cálcio intracelular, no túbulo renal terá a absorção de cálcio que por sua vez vai jogar de volta para corrente sanguínea. CALCITONINA: Tem efeito contrário do paratormônio. Enquanto o PHT estimula a reabsorção óssea e o aumento do cálcio, a calcitonina possui efeito contrário. Sintetizada e secretadsa na glândula tireóide pelas células parafoliculares ou células C; Diminui concentração de cálcio plasmática e sua secreção é estimulada pelo aumento do cálcio; Mesmo efeito com relação ao fosfato; Inibe a reabsorção óssea; Inibe os osteoclastos, pela via AMPC; GRÁFICO: Conforme a concentração de cálcio vai diminuindo, o PTH vai aumentando. E conforme a concentração de cálcio vai aumentando, a secreção de calcitonina aumenta. RESUMO: FISIOLOGIA III PROF DANIEL LETICIA GRECCO T5 12 QUANDO ↓ CÁLCIO NO SANGUE → estimula as glândulas paratireoides → estimulam produção de paratormônio → ativa os osteoclastos para liberar cálcio (desmineralização óssea) (através dos osteoblastos) → também age nos rins, ↓ reabsorção de fosfato e ↑ reabsorção de cálcio → aumenta cálcio livre no sangue. Paratormônio também faz a ativação da vitamina D (pela enzima 1-alfa-hidroxilase) → vitamina D, estimula reabsorção intestinal e renal de cálcio → ↑ [ ] cálcio livre no sangue. QUANDO ↑ CÁLCIO NO SANGUE → diminuição do paratormônio e diminuição da produção de vitamina D, e ativa liberação de calcitonina → vai agir nos osteoclastos e inibe eles (não tem reabsorção óssea) → vai ↓ cálcio plasmático, também favorece o depósito de cálcio nos ossos. Ela também inibe a reabsorção renal de cálcio (estimula excreção de cálcio) → menor ativação da vitamina D. Quando tem concentração de cálcio abaixo do esperado, vai ter estimulação da paratireóide para ter produção do paratormônio e a tireoide vai inibir a produção da calcitonina. O paratormônio vai estimular a reabsorção óssea através da desmineralização isso vai levar ao aumento da concentração de cálcio, nos rins ele estimula a vitamina D a virar ativa e no intestino ela aumenta a reabsorção de cálcio, o paratormônio também estimula a reabsorção de cálcio. Quando temos aumento da concentração de cálcio, ele vai inibir as paratireóides (lá tem um receptor para cálcio, que quando ativado inibe o paratormônio), sem o paratormônio não tem produção da vitamina D3 ativada então diminuir absorção intestinal de cálcio, além disso, a calcitonina aumenta a atividade dos osteoblastos fazendo com que ocorra maior síntese óssea fazendo o cálcio ser guardado nos nossos ossos, a calcitonina também aumenta a excreção de cálcio fazendo com que as concentrações de cálcio diminuam até voltar ao normal. FISIOPATOLOGIA DO PARATORMÔNIO, DA VIT. D E DA OSTEOPATIA: HIPOPARATIROIDISMO: Pode ser causado por diversos problemas, principalmente imunes, como câncer; Sintomas relacionados a hipocalcemia (PTH aumenta concentração de cálcio, sem ele, vai ter dificuldade de ter essas funções); FISIOLOGIA III PROF DANIEL LETICIA GRECCO T5 13 HIPERPARATIREOIDISMO: Sintomas relacionados a hipercalcemia (fraqueza, calcificações, distúrbios neuropsiquiátricos, musculares, depressão, problemas renais (cálculos), osteopenia. Tem aumento da secreção do hormônio da paratireóide, os sinais que observamos é do aumento das concentrações plasmáticas de cálcio. RAQUITISMO CAUSADO POR DEFICIENCIA DE VITAMINA D: Mineralização inadequada dos ossos em crescimentos na fises: Distúrbio no metabolismo do cálcio e fósforo; Proliferação celular normal com falha na calcificação; Zona hipertrófica: crescimento desordenado; Zona de calcificação endocondral: mal definida; Etiologia: Falta de cálcio (nutrição mais comum, doenças HI, insensibilidade do receptor da vit D, osteodistrofia renal); Falta de fosfato (hipofosfatemia ligada ao X, anormalidade tubular renal); Outras síndromes paraneoplásicas, aminoacidúria; Quadro clínico: Deformidades ósseas: Geno varo (calcifica de maneira errada); Alargamento epifisário; Rosário raquítico (protuberâncias nas costelas) – mais comum em crianças; Outros: proeminência frontal, craniotabes, fraqueza muscular, déficit pondero- estatural, alopecia, alterações relacionadas a hipocalcemia. FISIOLOGIA III PROF DANIEL LETICIA GRECCO T5 14 OSTEOPOROSE: ✎ Possui como causa principal o envelhecimento (vai perdendo os fatores de proteção, com isso, perdendo a densidade óssea). ✎ Hormônios sexuais estimula osteoprotegerina (antagonista de RANK-L). ✎ A osteoporose é basicamente um desbalanço entre osteoblastos e osteoclastos, na osteoporose os osteoclastos estão trabalhando demais então a reabsorção óssea é maior do que a síntese óssea. ✎ No gráfico, vemos que durante a puberdade o homem possui uma massa óssea maior e isso se mantém por vários anos. Quando chega perto da menopausa a massa óssea das mulheres diminui bastante pois elas deixam de produzir os hormônios sexuais. FISIOLOGIA III PROF DANIEL LETICIA GRECCO T5 15
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