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Gabrielle Milene da Silva.......................3°C Ceticismo é uma corrente filosófica fundada pelo filósofo grego Pirro (318-272 a.C.), caracterizada, essencialmente, por duvidar de todos os fenômenos que rodeiam o ser humano. O que é? A palavra ceticismo vem do grego “sképsis” que significa “exame, investigação”. Atualmente, a palavra designa aquelas pessoas que duvidam de tudo e não acreditam em nada. Podemos afirmar que o ceticismo: · defende que a felicidade consiste em não julgar coisa alguma; · mantém uma postura de neutral em todas as questões; · questiona tudo o que lhe é apresentado; · não admite a existência de dogmas, fenômenos religiosos ou metafísicos. Portanto, se estivermos dispostos a aceitá-lo, alcançaremos a afasia, que consiste em não emitir opiniões sobre qualquer tema. Em seguida, entramos no estado de ataraxia (despreocupação) e somente assim, poderemos viver a felicidade. ............................ ............................ ............................ ............................ Estoicismo ou Escola Estoica é uma doutrina filosófica fundamentada nas leis da natureza, que surgiu na Grécia no século IV a.C. (por volta do ano 300), durante o período denominado helenístico (III e II a.C.). Foi fundada pelo filósofo grego Zênon de Cítio (333 a.C.- 263 a.C.), e vigorou durante séculos (até III d. C.) tanto na Grécia, quanto em Roma. Para os estoicos, a perfeição humana estava fundamentada na ideia de que os seres humanos estão ligados à natureza. Assim, devem negar seus desejos para a realização de uma vontade guiada pela razão em conformidade com essa natureza. Ou seja, uma corrente filosófica donde a "virtude" depende da vontade subordinada à razão, sendo considerada a base para se atingir a felicidade. Além disso, a escola estoica influenciou o desenvolvimento do Cristianismo a partir do conceito de providência. Para ambos, há uma razão universal divina que regula tudo o que existe. A aceitação dessa providência, para os estoicos, fica a cargo da vontade orientada pela razão e a união do indivíduo com a natureza. Já para a doutrina cristã, dependia a abdicação do pecado e de uma vida devotada à fé e a ligação do indivíduo com Deus. O Cinismo é uma corrente filosófica que pregava o total desprezo pelos bens materiais e o prazer. Para os cínicos, a filosofia moral não poderia estar separada do modo de vida dos filósofos. Eles deveriam ser exemplos daquilo que afirmam. O termo Cinismo tem origem no grego kynismós, que significa "como um cão" e reflete a forma de vida dos adeptos dessa filosofia. Os filósofos cínicos eram identificados por possuírem apenas um manto dobrado como vestimenta, um bastão para auxiliar nas caminhadas e uma sacola para carregar algum donativo. Desde então, o significado de cínico é atribuído às pessoas que não possuem apego às convenções sociais e se sentem superiores por isso. Cinismo e a Filosofia A corrente filosófica do Cinismo teve origem com um dos discípulos de Sócrates, Antístenes (445-365 a.C.). A partir dos ensinamentos de Sócrates, Antístenes assumiu que a virtude é o que fundamenta a existência humana, e não o prazer. Sendo assim, o filósofo dedicou sua vida a demonstrar que o valor da existência humana não pode ser medido através da propriedade, mas do desenvolvimento pleno de sua humanidade. Para ele, a busca pelo prazer afasta os indivíduos da verdadeira felicidade. Antístenes inaugurou o pensamento cínico que buscava a coerência entre o pensamento e a ação. Daí, a necessidade de uma vida ascética, sem luxo nem bens. O Epicurismo Doutrina filosófica criada pelo filósofo grego Epicuro (341-271 a.C.), o "profeta do prazer e da amizade". A filosofia epicurista foi divulgada por seus seguidores, entre eles, se destaca Lucrécio, poeta latino (98-55 a.C.). Na física, a principal característica do Epicurismo é o atomismo. Na moral, a identificação do bem soberano como prazer, que há de ser encontrado na prática da virtude e na cultura do espírito. A doutrina de Epicuro substitui o bem pelo prazer e o mal pela dor. A felicidade consiste em assegurar-se com o máximo de prazer e o mínimo de dores, por meio da saúde do corpo e do espírito. Esse conceito difundido por Epicuro está enraizado no Hedonismo. Ou seja, deu origem a uma doutrina filosófica e moral que tem como base o "prazer", modo de obtenção da felicidade humana. Por conseguinte, tanto a ética como a teoria política dos epicuristas, apoiava-se inteiramente numa base utilitária. Negavam uma existência de uma justiça absoluta e acreditavam que as instituições seriam justas na medida em que contribuíssem para a felicidade do indivíduo. Para os epicuristas, todas as sociedades complexas estabelecem certas regras necessárias, visando a manutenção da segurança e da ordem. Os homens obedecem a elas apenas por ser-lhes vantajoso. Assim a origem e a existência do estado estão baseadas diretamente no interesse individual. De modo geral, Epicuro não atribuía grande importância nem a vida política nem à social. Considerava o Estado como uma mera conveniência e aconselhava o homem bem avisado a que não participasse da vida pública. Por fim, para os epicuristas o homem sábio perceberá que não pode extirpar os males do mundo, por mais exaustivos e sagazes que sejam seus esforços. Por isso, devem “cultivar seu jardim”, estudar filosofia e gozar da convivência de seus poucos amigos, do mesmo temperamento.
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