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HISTOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO

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O NEURÔNIO E O TECIDO NERVOSO 
Resumo correspondente ao capítulo 1 do livro “Neuroanatomia Aplicada”. 
 
V I N I C I U S D A S I L V A S A N T O S - M E D I C I N A - U N I V E R S I D A D E F E D E R A L D E P E R N A M B U C O 
TERMINOLOGIAS BÁSICAS NA NEUROLOGIA 
• Comissuras: Feixes de fibras nervosas que 
interligam os dois hemisférios cerebrais. 
Cruzam perpendicularmente a linha sagital 
mediana. 
• Decussação: Formação anatômica em que há o 
cruzamento das fibras nervosas no plano 
mediano. 
• Trato: Feixe de fibras com a mesma origem, 
função e destino. 
• Fascículo: Funcionalmente é o mesmo que 
trato, a diferença é que as fibras nervosas 
estão mais compactadas. 
• Gânglios: Conjunto de corpos neuronais no 
Sistema Nervoso Periférico (SNP). 
• Núcleos: Conjunto de corpos neuronais no 
Sistema Nervoso Central (SNC). 
• Lemnisco: Fibras aferentes que levam 
impulsos ao tálamo. 
• Células excitáveis: Neurônios, músculos e 
glândulas, susceptíveis a estímulos nervosos. 
• Impulso nervoso: Condução da mudança de 
potencial de ação entre os neurônios. 
• Botão sináptico: Terminações finais dos 
axônios. 
• Circuitos neurais: Combinação de diferentes 
prolongamentos para executar uma função. 
TECIDO NERVOSO → Composto pelos neurônios + 
células da glia ou neuróglia. 
FUNÇÕES DO SISTEMA NERVOSO 
• Funções Sensoriais: Possibilidade de receber 
estímulos externos e propagá-los, assimilá-los, 
analisar e utilizar. 
• Funções Coordenativas: O sistema nervoso 
coordena e organiza o funcionamento da 
maior parte das vísceras do corpo. 
NEURÔNIOS: Principal unidade celular do SN. 
• Corpo Celular ou Pericário: Centro trófico da 
células, onde se localiza o núcleo e a maior 
parte das organelas. 
• Axônio: Prolongamento único, responsáveis 
por propagar o impulso nervoso para outros 
neurônios. 
• Dendritos: Prolongamentos numerosos, 
captam o impulso nervoso, menor diâmetro, 
amielinizados, afunilados, se ramificam. 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS N. POR TAMANHO E FORMA 
• Neurônios multipolares: Possuem um axônio 
único e vários dendritos e prolongamentos, 
são os mais comuns. 
• Neurônios bipolares: Um axônio + um 
dendrito, incomum. 
• Neurônios pseudounipolares: Emergem de 
um segmento único mas bifurcam em um 
axônio e um dendrito, nesses neurônios o 
impulso não passa pelo corpo celular. 
CLASSIFICAÇÃO DOS N. POR FUNÇÃO 
• Neurônios motores ou eferentes: Controlam 
órgãos efetores como músculos e vísceras, 
geralmente localizados na porção periférica. 
• Neurônios sensitivos ou aferentes: 
Responsável pelos estímulos 
externos/ambientais ou do organismo. 
• Interneurônios ou n. associação: Fazem 
conexões entre os neurônios motor e 
sensitivo, geralmente com estímulos 
inibitórios do impulso. 
o Tipo I de Golgi: Axônio longo, 
geralmente localizados longe do SNC. 
o Tipo II de Golgi: Axônios curtos, mais 
localizados no SNC. 
 
 
COMPONENTES DA CÉLULA NERVOSA 
• Núcleo: Semelhante ao de outras células 
humanas, esférico e pouco corado na lâmina. 
• Retículo Endoplasmático Rugoso: Organelas 
abundantes nos neurônios, conhecidas como 
corpúsculos de Nissl. 
• Complexo de Golgi: Estão presentes apenas no 
corpo celular. 
• Mitocôndrias: Pouca quantidade, mais 
concentradas no pericário e nas terminações 
dos axônios. 
• Neurofilamentos e microtúbulos: Mantém a 
citoarquitetura celular e importantes no fluxo 
axoplasmático. 
 
NERVO: Várias fibras nervosas circundadas de tecido 
conjuntivo, este pode ser chamado de: 
• Epineuro: Tec. conjuntivo que reveste o nervo 
• Perineuro: Reveste o feixe nervoso. 
• Endoneuro: Reveste cada fibra nervosa. 
 
AXÔNIO: Nasce a partir de um cone de implantação no 
pericário, possui uma membrana chamada axolema, 
seu citoplasma é chamado de axoplasma. 
*Fluxo axoplasmático: É quando ocorre a 
transferência de estruturas do corpo para a periferia ou 
vice-versa. 
• Fluxo anterógrado: Fluxo do pericário para a 
periferia, pela proteína dineína. 
• Fluxo retrógrado: Fluxo da periferia pro 
pericário, dado pela proteína cinesina. 
 
 
POTENCIAL DE MEMBRANA NEURONAL 
• Potencial de repouso: Sem estar excitada, o 
neurônio é negativo por dentro e a região 
externa é positiva (proporcionalmente). 
• Potencial excitatório: Ocorre com a 
despolarização do neurônio através da entrada 
de sódio. 
• Potencial inibitório: Ocorre com a 
hiperpolarização da membrana. 
*A polarização e despolarização só ocorre por 
abertura e fechamanto de canais iônicos nas 
membranas, como canais de sódio e cálcio. 
POTENCIAL DE AÇÃO: É um estímulo excitatório forte 
o suficiente para ser conduzido ao longo do neurônio. 
TRANSMISSÃO DO IMPULSO NERVOSO: O potencial 
de ação é recebido pelos dendritos → Esse impulso é 
conduzido para o corpo celular e para o axônio → O 
 
axônio conduz esse impulso até sua extremidade → 
Sinapse → Recepção do impulso pelos dendritos. 
 
SINAPSE: Local de contato do axônio com o neurônio 
pós-sináptico. 
• Sinapse Axodendrítica: Axônio + dendritos, 
associados a memória de longo prazo. 
• Sinapse Axossomática: Axônios + pericário do 
outro neurônio 
• Sinapse Axoaxônica: Entre dois axônios, 
intensifica ou inibe a transmissão nervsa. 
• Sinapse Dendodendrítica 
COMPONENTES SINÁPTICOS 
• Terminal pré-sináptico: Podem ser nas 
extremidades dos axônios (botões sinápticos) 
ou em varicosidades na face lateral dos axônios 
(botões na passagem). 
• Fenda sináptica: Espaço que interliga os dois 
neurônios, geralmente eles estão aderidos 
eletronicamente ou até por filamentos. 
• Membrana pós-sináptica: Recebe o impulso, 
geralmente o dendrito ou o pericário 
desempenham essa função. 
• Vesículas sinápticas: Armazenam os 
neurotransmissores. 
 
*SINAPSES ELÉTRICAS: A passagem de íon de se dá por 
junção comunicativa dos dois neurônios. 
TECIDO GLIAL OU NEURÓGLIA: Componentes 
celulares adjuvances no tecido nervoso. 
ASTRÓCITOS: Célula que envolve os capilares do 
sistema nervoso, fazendo o controle da entrada de 
substâncias pro interstício tecidual, importante 
também na manutenção da homeostase de potássio 
interstícial e cicatrização do tecido nervoso. 
• Protoplasmáticos: Revestimento mais externo 
do encéfalo, prolongamentos curtos e ramif. 
• Fibrosos: Revestimento mais interno do encé-
falo, prolongamentos retos e escassos. 
*Astrocitomas fibrosos são responsáveis por 80% dos 
tumores cerebrais em adultos. 
 
OLIGODENDRÓCITOS E CÉLULAS DE SCHWANN: Os 
oligodendrócitos (também conhecidos como células 
satélite), são responsáveis por produzir a bainha de 
mielina que envolve os axônios do SNC. Já as células de 
Schwann desempenham o mesmo papel, só que no 
SNP. 
 
*Para lembrar: Dendrócitos pequenos não 
conseguiriam atingir lugares distantes, por isso são 
restritos ao sistema nervoso central. 
MICRÓGLIA: Células fagocitárias presentes no tecido 
nervoso do SNC. (Monócitos do SNC) 
CÉLULAS EPENDIMÁRIAS: Células que revestem os 
ventrículos e a medula espinal, no plexo coróide dos 
ventrículos, compõe o epitélio coróide que produz o 
líquido cefalorraquidiano, não tem membrana basal 
(tecido conjuntivo de suporte). 
MIELINIZAÇÃO: Importante na propragação saltatória 
do impulso nervoso, a bainha de mielina é formada a 
partir dos oligodendrócitos que envolvem o axônio, 
formando a bainha e um espaço comunicante entre o 
axônio e o oligodendrócito, chamado de mesaxônio. 
• Mesaxônio: Há a invaginação celular e a 
formação de uma “goteira”, que se fecha e 
começa a girar em torno do axônio, formando 
a bainha de mielina, no seu lúmen temos o 
mesaxônio interno e na região mais externa 
temos o mesaxônio externo, 
• Nó de Ranvier: Espaço no prolongamento sem 
bainha, importante pois é nele que estão 
presentes vários canais de sódio responsáveis 
pelo salto do impulso. 
 
ESTRUTURAS E CIRCUITOS NERVOSOS 
• Sistema de convergência: Ocorre quando um 
neurônio recebeestímulo de vários outros. 
• Sistema de divergência: Ocorre quando um 
estímulo central se espalha para diversos 
outros neurônios. 
 
CIRCUITOS INIBITÓRIOS 
• Inibição por feedback: Um ramo colateral do 
axônio neuronal pré/pós-sináptico sinaliza 
para um interneurônio, que é estimulado e 
envia um sinal inibitório para o neurônio 
excitado. 
• Inibição lateral: Um ramo colateral do axônio 
neuronal pré-sináptico sinaliza para um 
interneurônio, que é estimulado e envia um 
sinal inibitório pra um neurônio adjacente, 
inibindo-o e aumento o contraste do impulso. 
 
GÂNGLIO NERVOSO 
 
CONVERGÊNCIA DIVERGÊNCIA 
 
• Setas: Corpos celulares. 
• FN: Fibras nervosas 
• Células satélite: Núcleos pequenos na periferia dos 
corpos celulares. 
 
LEGENDA: A – axônio, FN – fibra nervosa, NR – nódulo 
de Ranvier, M – mielina, Nl – neurilema, N – núcleo, SL 
– incisura de Schmidt-Lanterman. 
 
APLICAÇÃO CLÍNICA 
DEGENERAÇÃO TRANSNEURONAL: Ocorre quando um 
neurônio é destruído e o neurônio pós-sináptico que 
receberia seus impulsos é degenerado. 
DEGENERAÇÃO WALLERIANA OU ANTERÓGRADA: 
Uma fibra nervosa é lesada, o que leva à formação 
fluxo axoplasmático anterógrado de expulsão dos 
componentes principais e também degeneração do 
axônio distalmente. 
 
 
 
 
NEUROTRANSMISSORES 
• Acetilcolina, serotonina, GABA, glutamato, 
dopamina, histamina, etc. 
• Neuropeptídeos: Hormônios, encefalinas 
(opioides endógenos), entre outros. 
 
*GABA é o principal neurotransmissor inibitório do 
corpo. 
*Glutamato é o principal neurotransmissor excitatório 
do corpo. 
TEORIA DA NEUROTOXICIADE EXCITATÓRIA: Explica a 
patogênese da ELA, em que o excesso de 
neurotransmissores excitatórios como o glutamato 
causaria dano e degeneração progressiva dos 
motoneurônios. O paciente é tratado com Riluzol, um 
antagonista glutamatérgico.

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