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USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS


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Samira Garcia
M4-2021.1
Uso Racional de Medicamentos – Farmaco I 
-Mais da metade de todos os medicamentos são prescritos, dispensados ou vendidos de forma inadequada. Isso é grave!
-Metade dos pacientes não usam os medicamentos corretamente. Por quê? O que podemos fazer para isso mudar?
-Mais de 50% de todos os países não implementam políticas básicas para promover uso racional de medicamentos.
O que tudo isso gera? 
Problemas de saúde pública, o desperdício de um recurso que já é escasso, que são os medicamentos.
Fatores que contribuem para o problema:
-Automedicação individual e coletiva
-Uso excessivo de medicamentos, (pessoas que muitos medicamentos em casa, quando “sobra” comprimido na cartela além do que a pessoa precisa tomar)
-Uso inadequado de antimicrobianos, que podem causar uma resistência a bactéria (tomar a mais ou a menos pode piorar a doença e o sintoma)
-Prescrição não baseada nas evidências, em que protocolo eu me baseei pra prescrever esse medicamento?
-Medicamentos que são prescritos sem considerar o que os pacientes já utilizam, pra evitar interações medicamentosas
-Não adesão correta a regimes posológicos (exemplo: o médico supõe quantas refeições o paciente faz no dia e, consequentemente, achar que vai tomar o medicamento três vezes ao dia, “sempre que comer”.)
-Acessibilidade ao serviço de saúde (qual o valor desse medicamento? paciente vai ter acesso? Ele vai conseguir pelo sus?)
IMPACTOS DOS PROBLEMAS:
Intoxicação, eventos adversos, interações medicamentosas, aparecimento de novas doenças, aumento da resistência bacteriana, indução de dependência (opioides, ritalina), agravamento dos sintomas e, numa situação mais grave, óbito. Conclui-se então que é a promoção do uso racional de medicamentos é extremamente importante. 
DEFINIÇÃO DO USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS:
-A atitude que garante ao paciente receber medicamentos apropriados à sua condição clínica nas doses adequadas que gere efeitos farmacológicos eficazes, boa tolerabilidade e segurança com o mínimo de efeitos tóxicos, pelo tempo necessário e ao menor custo possível. (CAI MUITO EM RESIDENCIA A DEFINIÇÃO)
HISTÓRICO DO URM:
-Criação da política nacional de promoção de saúde e da política nacional de medicamentos, que deu origem ao RENAME, que faz a relação de medicamentos essenciais que precisam ser disponibilizados para a população.
-Criação da ANVISA que faz a regularização do RENAME e fiscalização do URM.
-Comitê nacional para a promoção do uso racional de medicamentos, que tem competências que contribuem para a promoção do uso de medicamentos. (Não precisa saber todas as competências, mas precisa saber sua importância e o que ele fez).
BENEFÍCIOS DA URM:
-Para o usuário: Garantia do benefício terapêutico, uso de um fármaco eficaz e seguro, redução de riscos, tratamento feito no menor tempo possível e na dose adequada. Evita os impactos. Evita custos desnecessários.
-Para o sistema público de saúde: Melhor padrão de atendimento, reduz os gastos, melhor resolubilidade do problema.
*Condutas racionais reduzem mortalidade, morbidade e aumentam a qualidade de vida.
PORQUE É DIFÍCIL PROMOVER O URM?
-O uso inadequado pode acontecer em qualquer etapa. Na prescrição, na transcrição (escrita no receituário), dispensação (na entrega errada do medicamento pro paciente), preparo (por exemplo, medicamento em pó que precisa diluído em líquido específico, ai mistura na água destilada, formas de preparo do medicamento que podem diminuir a eficácia), administração (ex: deve ser administrado em 15 mas é em 5, será que pode causar uma intoxicação?)
-A maioria do problema está na pescrição e administração
*Por meio de estratégia simples e de baixo custo da pra promover o URM
5 ETAPAS DO URM, TODAS PASSIVEIS DE ERROS:
-Prescrição
-Verificação
-Preparação/Dispensação
-Administração
-Monitoramento
O USO RACIONAL NASCE ANTES DO MEDICAMENTO
INFORMAÇÕES EPIDEMIOLÓGICAS + INFORMAÇÕES CLÍNICAS + INFORMAÇÕES DEMOGRÁFICAS + INFORMAÇÕES SOCIOECONÔMICOS + INFORMAÇÕES ESTRUTURAIS E ORÇAMENTÁRIAS DO SISTEMA DE SAÚDE 
 
Orientar as prioridades para pesquisa, desenvolvimento e inovação, para novos medicamentos, novas apresentações farmacêuticas (doses, formas, posologia, mecanismos para administração) ou novos processos que possam ser mais efetivos.
Exemplo: Pesquisa e conhecimento se determinado fármaco ainda é usual, se ele é adequado para tal tratamento, conhecimento de novos fármacos. Informações anteriores: informações clínicas, epidemiológicas, socioeconômicas. Ex: Já tem uma indústria farmacêutica que vende um fármaco A, barato e eficaz. No entanto, aparece uma outa empresa no seu consultório querendo vender fármaco B, (garante ser eficaz, mas será que é mesmo? Vale a pena? Será que não é mais caro?).
DESENVOLVIMENTO DE UM NOVO FÁRMACO 
Quais conceitos garantem o desenvolvimento?
Primeiro: 
-Descoberta de um novo com potencial uso.
Segundo:
-Modificação em estruturas já conhecidas (que podem manter o efeito e diminuir ações adversas, pode ser benéfico)
-Identificação em isolamento de moléculas a partir de plantas ou microrganismos 
-Desenvolvimento a partir de novos entendimentos de mecanismos biológicos e estruturas químicas (ex: identificar uma proteína aumentada em todas as pacientes com câncer de mama, então vamos ver se tem algum medicamento que possa bloquear essa proteína)
-Farmacoeconomia: Avaliar o investimento, se vale a pena um investimento alto, para uma pequena parte da população ter acesso. Será que isso vai ser bom? Diferente de medicamentos para doenças raras.
ESTÁGIOS DE DESENVOLVIMENTO DE UM NOVO FÁRMACO
TESTE DE PERFIL FARMACOLÓGICO (FASE PRÉ CLÍNICA)
FARMACOVIGILÂNCIA
Objetivo: No brasil, quem faz é a ANVISA. Obter informações de segurança e eficácia na prática cotidiana. Identificar, avaliar e monitorar a ocorrência de eventos adversos relacionados ao uso dos medicamentos. Garantir os benefícios relacionados ao uso dos produtos, monitorar os eventos adversos, monitorar inefetividade terapêutica (quando os mesmos medicamentos são usados para outra doença, eles precisam passar por estudos de novo), uso abusivo.
Exemplo de discussão na farmacovigilância
TALIDOMIDA
-Hipnótico e sedativo seguro para ser utilizado na gravidez
-Passou por todas as fases, estudos em animais, mas não teve vigilância no cotidiano.
-Foi observado que aumentou malformação nos fetos das gravidas que ingeriram o fármaco, uma coisa estava associada a outra. A talidomida gerou superóxidos e os humanos não tivera glutationa suficiente para capturar. 
-Por que nas fases de estudo não indicou esse malefício? Os camundongos tinham mais glutationa que os humanos, ela é responsável por capturar os superóxidos e não teve efeito negativo.
*A farmacovigilância é muito importante, exemplo nesse caso.
PAPEL DO MÉDICO (PRESCRITOR) NO URM
No momento da prescrição, o que levar em conta?
CONJUNTO DE ESTRATÉGIAS
-Estabelecer um diagnóstico conclusivo 
-Escolher terapia medicamentosa adequada de acordo com as diretrizes clínicas
-Determinar posologia adequada de acordo com o paciente
-Informar corretamente a terapia medicamentosa p ter uma melhor adesão do paciente (ex: fármaco que tenha que administrar 6 vezes ao dia, não é melhor encontrar um com melhor administração 2 vezes ao dia?)
-Monitor os efeitos desejados e de possíveis efeitos colaterais (ex do uso de roacutan)
-Minimizar interações medicamentosas
-Confirmar inexistência de contraindicação
-Informar os riscos da automedicação 
-Minimizar a possibilidade de reações adversas 
FATORES QUE AFETAM A DOSE PRESCRITA E O EFEITO DOS FÁRMACOS NO PACIENTE 
-Será que uma mesma dose faz o mesmo efeito em todos os pacientes?
-Variáveis fisiológicos, fatores patológicos pregressos, fatores genéticos, interação com outros fármacos etc.
*é muito individual de cada paciente, isso tudo precisa ser avaliado*
PRESCRIÇÃO RACIONAL 
(depois de obedecer estratégias anteriores)
Definição: É uma ordem médica para preparar ou realizar um tratamentoespecífico para determinado paciente.
-Estabelecer diagnóstico específico, considerar fisiopatologia do diagnóstico estabelecido, selecionar um objetivo terapêutico, selecionar um fármaco de escolha, determinar posologia adequada, elaborar um plano de monitoramento da ação do fármaco, determinar parâmetro de avaliação final da terapia (ex: ah, o senhor retorna daqui a uma semana), Informar ao paciente qual é o tipo de tratamento, como ele funciona. 
 
 ELEMENTOS DA PRESCRIÇÃO:
-Pode ser feita a mão, digitada e eletrônica (na pandemia)
-Principais problemas: 
-Incapacidade de entendimento da grafia e a abreviatura de palavras 
Exemplo: 
-Medicamento prescrito a micrograma (escrever mcg ou mg de determinada forma) pode confundir com miligrama 
-10U (U de unidades pode ser confundido com 100)
-Acetazolamida x Acetoexamida 
 (glaucoma e diabetes)
-Não pode usar medidas de colher de chá, colher de sopa, precisam ser medidas mais precisas.
-Não abreviar nome de medicamentos, não poupar na descrição do tratamento para o paciente, em caso de crianças e idosos explicar aos acompanhantes
 MEDICAMENTOS GENÉRICOS
-Os medicamentos genéricos já passaram por vários testes de segurança e eficácia e diminuem os custos significativamente.
PRESCRIÇÃO PARA CONDIÇÕES ESPECIAIS
-Neonatos, grávidas, lactantes, idosos, paciente com IC.
EXEMPLO DURANTE A GRAVIDEZ
-Será que esse fármaco atravessa a placenta? (Exemplo: Heparina, anticoagulante seguro porque não atravessa a placenta x VARFARINA teratogênica, atravessa a placenta)
-A placenta desempenha um local de matabolismo > geração de metabolitos tóxicos
-Aleitamento 
*de acordo com a possibilidade causar danos, escolher o melhor
EXEMPLO PEDIATRIA
-O prescritor precisa saber que crianças não são pequenos adultos
-Levar em conta alteração corporal, alteração da distribuição de água e gordura
-Metabolização diferenciada 
-Taxa de filtração glomerular melhor 
-Geralmente são avessas a posologia incômoda (escolher medicações p aumentar a adesão
liquidas, em forma de goma, evitar comprimidos)
-Estratégias específicas para crianças 
-Dose pediátrica > cálculo pelo peso corpóreo 
EXEMPLO IDOSOS
-Diminuição da capacidade metabólica
-Alto risco de interações medicamentosas porque toma vários remédios
-Diminuição da função renal (não prescrever medicamentos que podem prejudicar)
-Custo
-Explicar com clareza porque muitas vezes não entendem
*O tempo de meia vida em adultos é menor do que em idosos, em idosos acumulam medicamentos, fica mais tempo no organismo, precisa ser feito ajuste de doses para evitar intoxicação 
FONTES FIDEDIGNA PARA INFORMAÇÕES DE MEDICAMENTOS 
OMS, RENAME, PUBMED 
ERROS NA ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS 
TOXICIDADE RELACIONADA A MEDICAMENTOS ADQUIRIDOS SEM PRESCRIÇÃO MÉDICA
-Uso inadequado e crônico de alguns antiácidos (por exemplo, hidróxido de alumínio)
-O abuso de laxativos que pode resultar em cólicas e distúrbios hidroelíticos 
-Uso de simpaticomiméticos e cafeína que pode provocar insônia, nervosismo, agitação
-A ingestão aguda de grandes quantidades de aspirinas e acetaminofeno (paracetamol gera muitos metabolitos tóxicos que o corpo n tem glutationa suficiente pra capturar)
INTERAÇÃO DA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR
-Profissionais de diferentes áreas do conhecimento que se complementam, a fim de possibilitar maior abrangência na discussão do problema e criar alternativas de soluções. Ex: nutricionistas que tem conhecimento de interação de medicamento com alimento.
A IMPORTÂNCIA DA URM NA PANDEMIA
-Uso indiscriminado de hidroxicloroquina (na pandemia por exemplo quem fez esse uso, o tratamento com esse medicamento chegou a triplicar o custo por conta da procura)
-Pacientes com medo tomando remédios desnecessários e faltando para os que realmente precisam

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