Buscar

AV2 primeira aula 01

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 63 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 63 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 63 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

DIREITO FINANCEIRO TRIBUTÁRIO – Aula 01 da AV2 Dia 07/05/2021 
 
 
 
Ciência do Direito, classificada entre as disciplinas jurídicas, fundamentais constitui 
um conjunto ordenado e sistemático [04] de princípios e regras que tem por tarefa 
definir e sistematizar o ordenamento jurídico (Direito positivo ou direito posto [05], vale 
dizer, produzido pelo Estado) que o Estado impõe à sociedade e apontar solução para 
os problemas ligados à sua interpretação e aplicação. 
 
Seu objeto [07] é o Direito positivo (ou direito posto), mas considerado o Direito 
positivo de um Estado determinado, num dado momento histórico-cultural, ou como 
direito em certo ponto do espaço-tempo, com suas peculiaridades histórico 
socioculturais. 
 
Lógica Teônica – (O Dever Ser) 
 
(DIREITO OBJETIVO) 
 
AS FONTES DO DIREITO TRIBUTÁRIO. 
• Delas emanam regras Jurídicas- instrumento normativo. 
• As fontes principais do Direito Tributário são as leis, os tratados e convenções 
internacionais e os decretos (CTN, art. 96), tendo em vista que as demais 
normas são elencadas no art. 100 do CTN, sob título de Normas 
Complementares 
 
A expressão "fontes do direito", segundo BERNARDO R. DE 
MORAES, é empregada com o significado de "ponto originário de 
onde provém ou nasce a norma jurídica", sendo expressão sinônima 
de "causas de nascimento do direito", correspondendo, pois aos 
processos de criação das normas jurídicas. (ROSA JR., 1991, p. 134). 
 
CLASSIFICAÇÃO: 
 
Basicamente, podemos, então, classificá-las como formais, principais e secundárias. 
Paulo de Barros Carvalho (1991, p. 43), atualmente, prefere, ao invés de utilizar a 
expressão fontes formais, empregar instrumentos introdutórios de normas. 
Aquela expressão (fontes formais), entretanto, é a mais utilizada, v. g., por Celso 
Ribeiro Bastos (1999, p. 163), pois, segundo ele, "são elas que exprimem esse Direito, 
e nada mais são do que o conjunto das normas que compõem esse ramo das ciências 
jurídicas". 
Impõe-se, desde já, salientar que a doutrina não é fonte do direito positivo, ajudando 
a compreendê-lo sem, contudo, modificá-lo [2], assumindo feição deontológica. 
As chamadas fontes reais (ou materiais) referem-se aos pressupostos fáticos da 
tributação sendo, também, conhecidas doutrinariamente como pressupostos de fato 
da incidência ou fatos imponíveis [3]. 
Esclarece a doutrina que o estudo de tais fontes (reais ou materiais) interessa a 
outras áreas (v. g., à sociologia, à política e à economia) e não ao direito, "porque as 
mesmas correspondem a um conjunto de causas que determinam a formação de 
ordem jurídica ou que lhe dão certa configuração" [4]. 
 
 
FONTE MATERIAL – São órgãos habilitados pelo Sistema Tributário. 
Ex. Congresso Nacional, Assembleias Legislativas, Câmaras Municipais e a Presidência 
da República. 
FONTE FORMAL – São os veículos introdutoras de normas. 
Ex. Medidas Provisórias, Constituição, Leis Ordinárias, Leis Complementares. 
• As fontes formais do Direito são também chamadas de formas de expressão 
do Direito, significando a sua exteriorização (do direito), e corporificando-se 
nos atos normativos através dos quais o Direito "cria corpo e nasce para o 
mundo jurídico" 
 
• As fontes formais, consoante a preleção de Luiz Emygdio F. da Rosa (1991, p. 
135), podem ser extraídas do exame conjugado dos artigos 96 e 100 do 
CTN [6], devendo ser divididas em fontes primárias (ou principais) e fontes 
secundárias (ou complementares). 
• O legislador pátrio, no art. 96 do CTN, adotou a expressão legislação 
tributária no sentido lato sensu, nela inserindo, também, a lei (stricto sensu) 
propriamente dita. 
 
FONTES FORMAIS PRIMÁRIAS, são chamadas DE PRINCIPAIS ou 
IMEDIATAS, são aquelas que podem criar regras jurídicas, podem inovar em caráter 
originário uma norma Jurídica.(a CF vai dizer onde pode ser criada uma lei). 
 
As fontes principais do Direito Tributário são as leis, os tratados e convenções 
internacionais e os decretos (CTN, art. 96), tendo em vista que as demais normas são 
elencadas no art. 100 do CTN, sob título de Normas Complementares. 
 
Constituição 
É na Carta da República que, direta ou indiretamente, encontramos o sustentáculo 
do Direito Constitucional Tributário Positivo, porque é a sua primeira e principal fonte. 
Contempla a Constituição a principiologia básico-normativa atinente aos tributos, bem 
como o apanágio da soberania do Estado e os limites do seu poder de tributar. 
O Sistema Tributário Nacional vem contemplado no Título VI, Capítulo I, da Magna 
Carta, que trata dos princípios gerais (Seção I, arts. 145-149); das limitações do poder 
de tributar (Seção II, arts. 150-152); dos impostos da União (Seção III, arts. 153-154); 
dos impostos dos Estados e do Distrito Federal (Seção IV, art. 155); dos impostos dos 
Municípios (Seção V, art. 156); e da repartição das receitas tributárias (Seção VI, arts. 
157-161). 
https://jus.com.br/tudo/direito-constitucional
A Constituição, no dizer de Paulo de Barros Carvalho (1991, p. 45), é o instrumento 
primeiro e soberano que se "sobrepõe aos demais veículos introdutórios de normas". 
Cumpre salientar que a Constituição, conquanto seja considerada a Lei Tributária 
Fundamental, não cria tributos. A competência tributária (direito de criar o tributo), 
esgota-se na lei. Editada a norma, afasta-se aquela expressão (competência tributária), 
vez que surge a capacidade tributária ativa (direito de arrecadar o tributo, após a 
ocorrência do fato imponível). 
A competência tributária, assim, não sai da esfera do legislativo, pois exaure-se com a 
edição da lei (tributária). Apenas o Legislativo pode criar tributos. 
É na Constituição que encontramos a delimitação e fracionamento da competência 
tributária, pelo que a União, os Estados, os Municípios e o Distrito Federal, receberam 
cada qual um campo tributável próprio. 
 
FONTES FORMAIS EM ESPÉCIES: 
 
A primeira FONTE FORMAL EM ESPÉCIE é a Constituição, lembramos de três 
autores e o primeiro e Kelsen, o segundo é o Bulos (força Normativa), a constituição 
não cria Tributos, quem cria é a Lei, a constituição de 1988 veio tratar de várias 
espécies tributárias nos seus art. 145, 148, 149 e 195 da CF (força normativa). No art. 
150 da CF trata de Princípios e no Inciso VI trata das imunidades. O art. 146 da CF trata 
de reserva de Lei complementar.(o conteúdo do art. 146 é muito importante que 
aprendamos e levemos para o resto da vida). 
A segunda FONTE FORMAL É A EMENDA CONSTITUCIONAL – Ela pode 
modificar as regras tributárias contidas no texto da CF.(as cláusulas imodificáveis não 
cabem emendas). 
 
EC Nº 03 
EC 
EC Nº 20 1988 – ART. 195 CF 
EC Nº 32 2001 - ART. 62 §2º CF 
EC Nº 33 2001 – ART.149 §2º - SIDS Inciso IX - ICMS 
 
 
As Emendas Constitucionais não criam Tributos, elas instituem(modificam, mas não 
criam) o Tributo, porém, quem cria é a Lei. 
 
FONTE FORMAL EM ESPÉCIE É LEI COMPLEMENTAR FEDERAL – As leis 
complementares federais são fontes primarias principais ou imediatas. 
A CF selecionou diversos temas de direito tributário como reserva de lei complementar 
no art. 146 da CF. – Já mais poderá ser lei ordinária, lei delegada, decreto, EC.... 
Aparecem com temas selecionados pela própria constituição. 
Podem elaborar Lei complementar LCM, LCE, LCF e CFRB 
 
a) Dispor sobre conflitos de competências sobre Tributação entre os entes 
federativos, para isso é necessário dispor de uma Lei complementar para tratar 
desse assunto. (Examinar a CF, o que vai dizer estabelecer normas gerais sobre 
distribuições de Tributos). A competência tributária é tema exclusivamente 
constitucional, o qual foi esgotado pelo constituinte, sendo a Constituição, para 
as pessoas políticas, a Carta das Competências. Em epítome, a Constituição não 
criou tributos, apenas atribuiu competências para que as pessoas políticas, por 
meio de lei, venham a fazê-lo. 
 
EMENDAS CONSTITUCIONAISA Constituição deve refletir a realidade social, impondo-se lhe, por corolário, a 
evolução, mediante sujeição às emendas (reforma ou revisão parcial de uma ou de 
diversas regras constitucionais), excepcionadas as matérias enunciadas no seu art. 60, § 
4º, I a IV, tendo em vista que não se admite a abolição da forma federativa de Estado; 
do voto direto, secreto, universal e periódico; da separação dos Poderes; e dos direitos e 
garantias fundamentais. 
A Constituição, por ser a Lei Fundamental, deve ser estável, porém, mutável. É nesse 
sentido que ela (Constituição) própria incorpora as regras do processo legislativo 
constitucional para sua emenda (CF, art. 59, I), referindo-se aos procedimentos 
concernentes à sua proposta, discussão, promulgação e exceções [7]. 
LEIS COMPLEMENTARES - (Estadual, Distrital e Municipal – definidos pela 
constituições Estaduais e as Leis orgânicas tendo como simetria a CF). 
"A lei complementar caracteriza-se por seu âmbito material predeterminado pelo 
constituinte e no quórum especial para sua aprovação" (TEMER, p. 150 apud ROSA 
JÚNIOR, 1991, p. 136). 
• As Leis Ordinárias Federais em regra são elas que vão disciplinar o Direito 
Tributário, criar novos Tributos. O uso de Leis Complementares são 
exceções.(Cabe a essa Lei disciplinar tudo o que não estiver disciplinado. 
 
A Emenda n. 18 (de 1965), à Constituição de 1946, proporcionou e instrumentalizou a 
integral reestruturação do sistema tributário nacional, "constituindo a mesma um marco 
na história do nosso Direito Tributário" (ROSA JÚNIOR, 1991, p. 136). 
Essa emenda constitucional incorporou à técnica legislativa a figura jurídico-
constitucional da Lei Complementar (CF, art. 59, II). 
A inspiração que ensejou a criação da lei complementar visou à obtenção de um ato 
representativo do interesse de toda a Nação, e não só da União, na qualidade de fisco 
federal. 
Nesse sentido, a própria Constituição estabelece as atribuições, o objeto, a amplitude e a 
delimitação da lei complementar. 
Esta, destarte, completa uma norma constitucional que não tem, por si, eficácia, por não 
ser autoexecutável, sujeitando-se à aprovação por maioria absoluta. 
https://jus.com.br/tudo/separacao
https://jus.com.br/tudo/processo
• É através de Lei complementar federal que vamos dispor do fato gerador do ISS 
art. 156, III da CRFB 
• As fontes de custeio da seguridade social art. 195 §4º 
 
 
ADIN 2391/96 (É admitida MPs estaduais, desde que estejam previstas na 
Constituição Estadual daquele Estado). 
 
MEDIDAS PROVISÓRIAS 
MP – Medida Provisória – precisa ter relevância e a urgência. (nasce com força de lei, 
mas precisa ser submetida de imediato ao CN – Congresso Nacional. (Só trata de tema 
de Lei Ordinária). 
 
- Não haja reserva de lei complementar. Art. 62 CF 
 
Estabelece a Constituição, verbis: 
Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente 
da República poderá adotar medidas provisórias, com 
força de lei, devendo submetê-las de imediato ao 
Congresso Nacional, que, estando em recesso, será 
convocado extraordinariamente para se reunir no prazo 
de cinco dias. 
Parágrafo único. As medidas provisórias perderão 
eficácia, desde a edição, se não forem convertidas em lei 
no prazo de trinta dias, a partir de sua publicação, 
devendo o Congresso Nacional disciplinar as relações 
jurídicas delas decorrentes. 
A medida provisória não se mostra instrumento hábil e legal à criação ou majoração de 
tributos, pois a Constituição exige via específica, consubstanciada na lei formal, em face 
do princípio da legalidade. 
Celso Ribeiro Bastos (1999, p. 172), afirma que a medida provisória, em matéria 
tributária, só é utilizável para a criação de impostos extraordinários de guerra, e para 
a instituição de empréstimos compulsórios de emergência (guerra, sua iminência e 
calamidade pública). 
O Direito Tributário consagra a reserva formal da lei (necessidade do ato legislativo) e a 
reserva absoluta (necessidade de a lei descrever todos os elementos do tipo tributário). 
Convencemo-nos, porém, que a retirada do decreto-lei - instrumento de poder 
extremamente forte - das mãos do Presidente da República, na prática, pouco mudou. 
O número exacerbado de medidas provisórias, editadas em descompasso com os 
parâmetros jurídico-constitucionais (relevância e urgência), vem deturpando sua 
essência e tumultuando a ordem jurídica e, ainda, tem gerado profunda irresignação dos 
"consumidores de justiça" e insegurança no meio jurídico. 
As medidas provisórias são atos administrativos lato sensu (e não leis), embora sejam 
dotadas de alguns atributos da lei. 
O Congresso Nacional aprecia a medida provisória sob enfoque político (conveniência) 
e jurídico (constitucionalidade). O aspecto da conveniência guarda adstrição aos 
requisitos da relevância e da urgência. A ótica constitucional refere-se à matéria tratada 
na medida provisória e aos próprios limites materiais. 
Cuidamos trazer a lume a abalizada lição de Roque Antônio Carraza (1999, p. 
194/197), verbis: 
E a medida provisória rejeitada não pode ser reeditada (ao contrário do que, na 
prática, infelizmente, vem acontecendo, com o consentimento do próprio Poder 
Judiciário). Há casos, até, de reedição com emendas, ampliando o objeto da medida 
provisória. (...) Queremos, a propósito, fazer dois registros. 
O primeiro: a medida provisória nula, isto é, editada em descompasso com o art. 62 da 
CF, não pode ser validamente convertida em lei (será, pois, inconstitucional a lei que a 
´aprovar´). 
O segundo: a medida provisória não revoga lei que dispõe em sentido contrário. Apenas 
suspende-lhe a eficácia. A revogação dar-se-á quando a medida provisória for 
convertida em lei. E, ainda assim, se não houver nenhuma inconstitucionalidade a tisná-
la. 
Acompanhando esse entendimento, Alexandre de Moraes (2000, p. 542) afirma que 
as medidas provisórias não podem aumentar ou criar os tributos sujeitos ao princípio 
da anterioridade. Ressalta, no entanto, que pela relevância da decisão o intérprete 
maior da Constituição (STF, Pleno, ADIN n. 1.441-2-DF, DJU 26.11.1996), 
excepcionalmente e em sede de medida liminar, admitiu, verbis: 
A edição de medida provisória para determinar a extensão, aos proventos dos 
servidores públicos inativos, da incidência de contribuição para o custeio da 
previdência social, observando, porém, a obrigatoriedade do cumprimento do prazo 
de noventa dias para a sua exigibilidade, nos termos do art. 195, § 6º, da Constituição 
Federal. 
Há outras decisões, em sede liminar (ADIN n. 1.417-0-DF) e, até, em decisão 
definitiva de mérito (ADIN n. 1.135-9-DF), quando o Supremo Tribunal Federal 
(Pleno) julgou parcialmente inconstitucional a Medida Provisória n. 628, de 
23.9.1994 (e reedições, até a MP n. 1.482-34, de 14.3.1997), por entender que "apesar 
da possibilidade de instituição de tributos, absolutamente necessário o respeito, por 
parte das medidas provisórias, do princípio da anterioridade do Direito Tributário" 
(MORAES, 2000, p. 542). 
Destarte, a possibilidade de disciplinar matéria tributária, por meio de medidas 
provisórias (que têm força de lei), é pacífica no Pretório Excelso, ainda que com 
ressalvas. 
https://jus.com.br/tudo/atos-administrativos
Entretanto, acompanhando os entendimentos de Marcelo Figueiredo e de Leon 
Frejda Szklarowsky, Alexandre de Moraes (2000, p. 543) preleciona a impossibilidade 
de edição de medida provisória em matéria reservada à lei complementar, verbis: 
... uma vez que o legislador constituinte originário expressamente estabeleceu uma 
reserva de competência à edição de lei complementar, a ser deliberada por maioria 
absoluta dos membros de ambas as Casas Legislativas, incompatível, pois, com a uni 
pessoalidade na edição das medidas provisórias. Além disso, como afirma Marco 
Aurélio Greco, o ´art. 62 prevê a conversão da medida provisória em lei e não em lei 
complementar´. 
CONSTITUIÇÃOESTADFUAL, Também é uma fonte formal do Direito Tributário, 
elas não podem criar Tributos, só trazem os meios para que sejam criadas por Lei 
Complementar.(não pode conceder isenções de tributos, imunidades). 
IMUNIDADES – irrevogáveis, vem na Constituição. 
ISENÇÃO – Vem de uma Lei fora da Constituição Federal ou Estadual, revogável. 
 
Em matéria tributária, a eficácia de várias normas constitucionais depende de lei 
complementar: instituição de empréstimos compulsórios (CF, art. 148); instituição de 
contribuições sociais (CF, art. 149); instituição de alguns impostos (CF, art. 154 c/c art. 
153), dentre outras (CF, arts. 155, 156, 161). 
IMUNIDADE – NA CRFB – C. PÉTREA STF ISENÇÃO - LEI 
Limita a competência Tributária- Antes 
do fato gerador. 
Interpretação ampliativa 
 
Dispensa o pagamento depois de 
ocorrido o fato gerador 
Interpretação literal – aquela que está 
em cima da lei, moldura de Kelsen. 
 
 
Alcança Impostos, em regra 
Exclui a Competência Tributária 
São Perenes 
 
Alcanças todos os Tributos 
Decorrentes da competência Tributária 
Tendem a temporariedade 
 
 
 
O Código Tributário Nacional (Lei n. 5.172, de 25 de outubro de 1966) é a principal lei 
complementar, mesmo tendo sido aprovado como lei ordinária. É que, àquela época, o 
ordenamento jurídico-constitucional não previa a lei complementar. Esse status, 
redunda da análise comparativa do art. 146, da Constituição, com o art. 1º do CTN, que 
define o objeto da mencionada lei. 
Portanto, o Código Tributário Nacional "tem hoje eficácia de lei complementar, por 
versar assunto reservado exclusivamente a esse tipo de ato legislativo, só podendo ser 
revogada por diploma desta natureza" (CARVALHO, 1985, p. 37 apud ROSA JÚNIOR, 
1991, p. 138). 
 
RESOLUÇÕES 
A resolução consubstancia-se na deliberação tomada por uma das Câmaras do Poder 
Legislativo ou pelo próprio Congresso Nacional, fora do processo legislativo. A 
resolução, conquanto não seja lei, tem força como tal. Regula matéria de competência 
do Congresso Nacional, ou de competência privativa do Senado Federal ou da Câmara 
dos Deputados, mas em regra com efeitos internos (interna corporis). 
Excepcionalmente, porém, a Constituição admite a resolução com efeitos externos, 
como a que dispõe sobre a delegação legislativa. 
Em matéria tributária, a Constituição Federal prevê a expedição de resolução do Senado 
Federal nas hipóteses previstas no seu artigo 155, com a redação dada pela Emenda 
Constitucional n. 3, de 17.3.1993 [15]. 
De conformidade com a finalidade pretendida pela resolução, podemos classificá-la 
em ato político (resolução senatorial que referenda nomeações); ato 
deliberativo (fixação de alíquotas); ato de coparticipação na função judicial (suspensão 
de lei declarada inconstitucional pelo STF); e ato-condição da função 
legislativa (autorização ao Executivo para elaborar lei delegada: habilita a produção da 
lei delegada). 
DECRETOS 
Decreto é o ato baixado pelo Poder Executivo aspirando à regulamentação da lei, tendo 
em vista que esta apenas fixa os pontos primários (básicos) relativos ao assunto sobre o 
qual trata, cabendo àquele (decreto) a função de tratar de seu detalhamento 
(complemento). 
O conteúdo e o alcance do decreto encontram-se delineados no art. 99 do CTN, sendo 
que a vigência da lei que dele depende ocorre somente depois de sua expedição, 
conforme reiterada jurisprudência do Supremo Tribunal Federal [17]. 
No que concerne ao decreto regulamentar, estabelece o art. 84, IV, da Constituição 
Federal, que compete privativamente ao Presidente da República "sancionar, promulgar 
e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel 
execução". O decreto regulamentar traça as normas para a fiel execução da lei, da qual é 
mero complemento e de cujos limites não se pode afastar. 
O regulamento é um ato de caráter normativo, assemelhando-se, neste aspecto, à lei 
material, não fugindo, em matéria tributária, à regra geral da estrita subordinação à lei. 
Assim, não pode revogá-la, aditá-la, ou recusar-lhe eficácia, dada a sua posição 
subalterna (infra legem). 
TRATADOS E CONVENÇÕES INTERNACIONAIS 
Os tratados e as convenções internacionais derivam de atos externos que provocam 
efeitos na ordem interna, máxime em matéria tributária, tendo em vista que o art. 98 do 
CTN atribui-lhes, especificamente, o condão revocatório ou modificativo [10]. 
O art. 98 do CTN poderia conduzir ao entendimento (equivocado) que sua premissa é 
autônoma e absoluta. 
Os atos que envolvem os tratados e as convenções são celebrados pelo Executivo, 
representado pelo Presidente ou ministros plenipotenciários, não prescindindo, porém, 
da chancela do Congresso Nacional, mediante decretos legislativos, conferindo-lhes os 
efeitos (material e formal) de lei [11]. 
O aperfeiçoamento dos tratados e das convenções internacionais exige que o Congresso 
Nacional os referende, sendo que o Legislativo pode recusá-los, não os recepcionando. 
 
LEIS ORDINÁRIAS 
A lei é fonte por excelência do Direito como um todo, e não só em matéria tributária. 
A questão fiscal, no entanto, exige que a lei contenha os atributos imanentes à criação, 
modificação e extinção da obrigação tributária, estabelecendo, inclusive, as punições 
pelo seu não-cumprimento. 
Deverá a lei descrever o fato gerador da obrigação principal, determinar a alíquota e a 
base de cálculo e os sujeitos (ativo e passivo) dos tributos, competindo-lhe instituir e 
aumentar tributos [12]. 
Por força da Constituição, a lei ordinária não pode instituir certos tributos, que exigem 
um plus procedimental. Os empréstimos compulsórios, parte das contribuições sociais e 
os impostos residuais, por exemplo, dependem, para sua criação, de lei complementar 
(CF, arts. 148, 154, I e 195, § 4º). 
O princípio da legalidade, assegurado expressamente ao contribuinte, delimita as 
prerrogativas das pessoas políticas, vedando à União, aos Estados, ao Distrito Federal e 
aos Municípios, v. g., exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça (CF, art. 150, 
I). No mesmo sentido, estabelece o Código Tributário Nacional (arts. 9º e 97). 
LEIS DELEGADAS 
Trata-se de ato normativo oriundo do Poder Executivo, em forma de lei, emanado de 
delegação expressa do Poder Legislativo, tão-somente para casos específicos e 
concretos. 
O Presidente elabora a lei delegada, após o deferimento do pedido de delegação 
formulado ao Congresso Nacional, que o confere mediante resolução. 
O objeto da delegação não é irrestrito, não podendo envolver os atos de competência 
exclusiva do Congresso Nacional, os de competência privativa da Câmara dos 
Deputados ou do Senado Federal, a matéria adstrita à lei complementar, e determinadas 
matérias próprias da legislação [13]. 
A lei delegada está no mesmo plano de eficácia da lei ordinária, pelo que, através dela, 
qualquer matéria tributária poderá ser veiculada, desde que não afronte os direitos 
individuais como, por exemplo, o princípio da legalidade tributária. 
FONTES SECUNDÁRIAS OU COMPLEMENTARES 
DECRETOS, INSTRUÇÃO NORMATIVA, PORTARIAL MINISTERIAL, 
REGULAMENTO 
As fontes secundárias (também chamadas complementares) do Direito Tributário são 
estabelecidas pelo art. 100 do Código Tributário Nacional e, juntamente com as fontes 
principais (alhures expendidas), compõem a legislação tributária. 
FONTE FORMAL SECUNDÁRIA – É acessória, ela não pode inovar a ordem 
jurídica. 
Ex. Decreto, que é uma fonte acessória, ou secundária. 
 
Tríade Kelsiana. 
O que diz a lei 
O que diz a jurisprudência 
O que diz a Doutrina 
 
ATOS NORMATIVOS 
Os atos normativos são normas genéricas e abstratas, visando à minudência do 
regulamento. São expedidos pelas autoridades administrativas e, por vezes, interpretam 
certo ponto sujeito à atuação administrativa, aproveitando ao contribuinte que o cumpre. 
Exemplos: as portarias, as circulares, as resoluções, ospareceres normativos, etc. 
Os atos normativos obedecem ao rigor hierárquico das normas, pelo que devem guardar 
conformidade à lei à qual são pertinentes. 
Poder-se-ia enquadrá-los como lei em sentido lato sensu, pois têm força normativa, 
implicando o seu descumprimento na imposição de sanções. 
PRÁTICAS REITERADAS (Ex. solicitações, documentos, informações que pegamos 
e levamos já por costumes). 
Os usos e costumes que, adotados pelo contribuinte, eximem-no de qualquer 
penalidade, denominam-se introdutórios (nova norma de conduta oriunda de falta de 
lei); ab-rogatórios (consideram revogada uma lei que tenha deixado de ser aplicada); 
e interpretativos (explicam o sentido de uma lei). 
Não paira dúvida que, em matéria tributária, acolhem-se somente os costumes 
interpretativos, posto que somente a lei (stricto sensu) pode instituir tributo, não sendo a 
lei revogada pelo costume, ainda que em desuso, nos termos do art. 2º da LICC. 
Nesse sentido, "não podemos considerar os usos e costumes como fontes do Direito 
Tributário, tendo em vista que a obrigação tributária só pode resultar da lei" (ROSA 
JÚNIOR, 1991, p. 143). 
Porém, especificamente, quanto às práticas reiteradas na administração, esclarece 
Celso Ribeiro Bastos (1999, p. 176), verbis: 
As práticas reiteradas na Administração num determinado sentido geram no contribuinte 
o sentimento de estar cumprindo com o seu dever. Seria uma demasia exigir-se que ele 
próprio fosse se insurgir contra um comportamento administrativo que o beneficiasse 
para pleitear outro mais oneroso. Se a Administração decidir alterar essa prática, só 
poderá fazê-lo com relação aos comportamentos futuros e nunca relativamente aos 
pretéritos, pois estes encontram-se protegidos pelo caráter normativo de que se reveste o 
comportamento habitual da Administração. 
 
DECISÕES ADMINISTRATIVAS 
Por lei, as decisões administrativas são dotadas de eficácia normativa, sendo emanadas 
de órgãos singulares ou coletivos como, por exemplo, os pareceres normativos 
proferidos pela Secretaria da Receita Federal, as decisões dos Conselhos de 
Contribuintes do Ministério da Fazenda, etc. 
Celso Ribeiro Bastos (1999, p. 176), tratando do tema sob comento (decisões 
administrativas), preleciona, acerca da busca da tutela jurisdicional, verbis: 
É da índole do nosso sistema constitucional a recorribilidade irrestrita ao Poder 
Judiciário independentemente do percurso prévio pela instância contenciosa 
administrativa. Esta é, portanto, voluntária. Cumpre observar, no entretanto, que as 
decisões proferidas pelos órgãos administrativos em favor do contribuinte são 
imodificáveis. Dá-se, aí, a impropriamente chamada coisa julgada. 
A normatividade das decisões proferidas na esfera administrativa, que se aplicam não só 
a quem foi parte no processo que a originou, mas a todos os que estejam na mesma 
situação, sujeita-se, à obviedade, ao direito e garantia fundamental inserto no art. 5º, 
XXXV, da Carta da República. 
DECISÕES JUDICIAIS 
A solução legislada (constituição, lei, etc...) contempla o caráter normativo, obrigando a 
todas as hipóteses submetidas à sua parte dispositiva. 
A jurisprudência consolida-se como precedente (exemplo de solução), mas não obriga, 
por si, não constituindo o seu não atendimento uma infração. Esta, ocorre quando o 
contribuinte desatende à lei, ou o funcionário não a cumpre, ou o juiz decide contra o 
seu texto, ensejando os recursos especiais. 
Segundo Ruy Barbosa Nogueira (1990, p. 71), "por isso é que se coloca a 
jurisprudência como fonte depois das disposições legisladas". 
Este mesmo autor refere-se à chamada jurisprudência administrativa, rotulando-a 
como uma quase jurisprudência, a qual constitui-se das soluções dos órgãos fiscais de 
julgamento (órbita administrativa), ensinando, verbis: 
Estas soluções que do ponto de vista teórico são colocadas no final das fontes, porque o 
administrativo não decide conclusivamente, porque os seus julgados não produzem, 
mesmo na espécie, a chamada coisa julgada (qualidade que é encontrada na decisão 
judicial definitiva), entretanto têm muita importância prática em Direito Tributário, pois 
toda vez que esses órgãos decidem em última instância administrativa contra o fisco, 
https://jus.com.br/tudo/processo
praticamente fica estabilizada a decisão, porque pertencendo esses órgãos à própria 
Fazenda, não seria possível fosse ela pleitear ao Judiciário a modificação de sua própria 
orientação: ´Nemo potest venire contra factum proprium´. É o que reconhece atualmente 
o art. 156, IX, do CTN 
Realmente, a decisão administrativa irreformável (definitividade na órbita 
administrativa, que não pode ser objeto de ação anulatória), extingue o crédito 
tributário, nos termos do art. 156, IX, do Código Tributário Nacional. 
CONVÊNIOS 
Os convênios que a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios celebram 
entre si, são ajustes ou acordos entre duas ou mais pessoas para a prática ou comissão de 
certos e determinados atos. Podem os convênios visar à execução de suas leis, serviços 
ou decisões, através da atuação de funcionários federais, estaduais ou municipais. 
Os convênios, mesmo não possuindo força vinculativa absoluta, instrumentalizam a 
orientação na solução de problemas jurídicos relativos às normas que contenham, 
enquanto não forem transmudados em lei pelo legislativo, sendo que - erroneamente, 
na opinião de Luiz Emygdio F. da Rosa Júnior (1991, p. 143) – têm sido opostos às 
leis estaduais e municipais, redundando na injuridicidade. 
Daí, a necessidade de validação do conteúdo dos convênios pelas Assembleias 
Legislativas, em ratificação aos termos prefirmados nas assembleias de Estados-
membros, prelecionando Celso Ribeiro Bastos (1999, p. 177), verbis: 
Sob o ponto de vista formal, são atos administrativos porque dimanam de órgão 
administrativo colegiado (assembleia de funcionários representantes do Poder Executivo 
dos Estados). Sob o ponto de vista material, são atos legislativos porque têm conteúdo 
de preceituação genérica e normativa (não há aplicação de norma a caso concreto). 
Como o princípio da legalidade para pôr e tirar o tributo exige lei em sentido formal – 
proveniente de órgão legislativo -, a previsão de ratificação pelo Poder Legislativo dos 
Estados teria precisamente esta finalidade: conferir aos convênios força de lei. 
A hipótese é prevista na atual Constituição Federal – como o foi na anterior – tendo os 
convênios, por objeto, as matérias fiscais cujos efeitos (reflexos, repercussões) 
ultrapassam os limites territoriais de cada unidade da federação. Estabelece o art. 155, 
XII, g, da CF que cabe à lei complementar a regulamentação da forma como, mediante 
deliberação dos Estados e do Distrito Federal, as isenções, os incentivos e os benefícios 
fiscais serão concedidos e revogados.
 
II - CÓDIGO TRIBUTÁRIO 
A Lei n. 5.172, de 25 de outubro de 1966, com as alterações posteriores, nos termos do 
Ato Complementar n. 36, de 13 de março de 1967 (art. 7º) passou a denominar-se 
Código Tributário Nacional. 
O CTN é a principal lei complementar (em sentido material), mesmo tendo sido 
aprovado como lei ordinária, pois a Lei n. 5.172/66 é o seu veículo legislativo. É que, 
àquela época, o ordenamento jurídico-constitucional não previa a lei complementar. 
https://jus.com.br/tudo/atos-administrativos
Esse status, redunda da análise comparativa do art. 146, da Constituição, com o art. 1º 
do CTN, que define o objeto da mencionada lei. 
Portanto, o Código Tributário Nacional "tem hoje eficácia de lei complementar, por 
versar assunto reservado exclusivamente a esse tipo de ato legislativo, só podendo ser 
revogada por diploma desta natureza" (CARVALHO, 1985, p. 37 apud ROSA 
JÚNIOR, 1991, p. 138). 
Roque Antônio Carraza (1999, p. 585-586), tratando do tema sub examine, assevera 
(em nota de rodapé), verbis: 
A nosso ver, a Lei n. 5.172/66 continua, sim, sendoformalmente uma simples lei 
ordinária: materialmente, entretanto, é lei de cunho nacional. Nem poderia ser de outra 
forma, como escorreitamente sustenta Paulo de Barros Carvalho, ao inferir que o 
raciocínio ortodoxo "(...) representaria o mesmo dislate de conceber-se como Emenda 
Constitucional um decreto-lei que versasse matéria agora privativa do legislador 
constituinte, por virtude de ordem jurídica adventícia". Evidentemente, a matéria de 
que a lei em questão cuida (normas gerais em matéria de legislação tributária) passou 
a ser privativa de lei complementar, por determinação, primeiro, do art. 18, § 1º, da 
Carta de 1967/69 e, agora, do art. 146 da atual Constituição. Desta forma, a Lei 
nacional n. 5.172/66 só poderá ser revogada ou modificada por lei formalmente 
complementar. 
Em verdade, o palco principal do Direito Tributário é a Constituição Federal (Lei 
Fundamental Tributária) - que disciplinou o exercício da atividade tributária e 
garantiu a liberdade e o patrimônio do contribuinte - e não o Código Tributário 
Nacional. Este, não tem o condão de ingerência naqueles temas, sob pena de revelar o 
inadmissível (e inconstitucional) autoritarismo. 
Não pode o Código Tributário Nacional, inclusive, "estabelecer o modo pelo qual 
deverão ser entendidas e aplicadas, aos casos concretos, as leis tributárias federais, 
estaduais, municipais e distritais. Noutras palavras, não lhe é dado disciplinar a 
interpretação e a integração da legislação tributária" (CARRAZA, 1999, p. 587). 
Sinoticamente, no que concerne à hermenêutica tributária, extrai-se dessa mesma obra e 
página, verbis: 
Em suma: o contribuinte, o Fisco e, acima de tudo, o Judiciário não poderão ter sua 
atuação disciplinada por eventual ‘norma interpretativa’ contida na lei complementar 
ora em exame. O ideal seria que o novo Código Tributário Nacional – ao contrário do 
atual – não cuidasse deste tema, até para evitar possíveis inconstitucionalidades na 
aplicação das leis tributárias.
 
CONCLUSÃO 
As fontes do Direito Tributário encontram-se delineadas no art. 96 do Código Tributário 
Nacional, sendo que a expressão legislação tributária nele inserida tem a conotação lato 
sensu, abrangendo as leis, os tratados e as convenções internacionais, os decretos e as 
normas complementares, desde que tenham por objeto, ainda que de modo parcial, a 
matéria tributária e as relações dela oriundas. 
As normas complementares estão elencadas no art. 100 do CTN e referem-se aos atos 
normativos, às decisões proferidas pelas autoridades administrativas, às práticas 
reiteradas, e aos convênios celebrados pelas pessoas políticas. 
Preocupa-nos não conter a Carta da República dispositivo expresso que obste o uso da 
medida provisória para instituição e modificação de tributos, consolidando uma ameaça 
aos contribuintes, em face do poder tributário do Estado e da eficácia imediata da 
medida provisória. 
A doutrina entende que a medida provisória pode, tão-somente, criar impostos 
extraordinários de guerra e instituir empréstimos compulsórios de emergência (guerra, 
calamidade pública). 
Vemo-nos, porém, inseguros e fragilizados frente à avalanche de edição de medidas 
provisórias, em manifesta afronta aos requisitos que lhe são imanentes (relevância e 
urgência), e em desfavor do "consumidor de justiça", com a concordância tácita do 
Judiciário. 
Recentemente, perplexos, vimos a absurda vulneração do Estatuto Consumerista (Lei n. 
8.078/90), norma de ordem pública e interesse social, de berço constitucional, 
impingida teratologicamente por uma pretensa medida provisória que, praticamente, o 
"revogaria", sob argumento da crise de energia e que o procedimento visava a tutela do 
interesse nacional. 
Questões desse gênero são uma constante no cenário jurídico-político do País, 
necessitando, imediatamente, de um instrumento legal mais eficaz à sua coibição e de 
uma atuação mais efetiva e enérgica dos Poderes Legislativo e Judiciário. 
A abordagem aos tratados e convenções internacionais, também, merece destaque, vez 
que o mundo globalizado impõe as parcerias internacionais, destacando-se, 
hodiernamente, o Mercosul e a União Europeia. 
Aula 02 da Av2 dia 14-03-2021 
 
TÍTULO II 
 obrigação tributária 
 SEÇÃO I 
Disposições gerais 
 
FATO GERADOR. 
 
Conceito: é aquela situação definida pelo legislador(descrito em lei), ao qual praticada 
por determinada pessoa, impõem a ela a “obrigação” de “doar” ao Estado parcela do seu 
patrimônio. 
 
Conceito do professor: é o fato imponível, é a ocorrência concreta no mundo das 
relações sociais no sentido de mundo econômico. 
Ex. circulação de mercadorias, comprar um imóvel......(o evento específico é um fato 
gerador)- Auferir renda(fato gerador de imposto de renda) 
 
CTN-ART. 114- Fato gerador da obrigação principal é a situação definida em lei como 
necessária e suficiente à sua ocorrência. “Obrigação acessória, declarar o tributo”. 
 
TIPOS DE OBRIGAÇÕES, são dois. 
 
Produto-obrigação principal 
NF- Obrigação acessória 
 
CTN - Art. 113. a obrigação tributária é principal ou acessória. 
(........) 
§ 2o a obrigação acessória decorre da legislação tributária e tem por objeto as prestações, positivas ou 
negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos. 
HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA. 
Conceito: é a situação descrita em lei, recortada pelo legislador entre inúmeros fatos do 
mundo fenomênico, a qual, uma vez concretizada no fato gerador, enseja o surgimento 
da obrigação tributária. Ex. quando ocorre o fato gerador existe é criada a hipótese de 
incidência Tributária. Auferir renda(fato gerador de imposto de renda). 
 
Doutrina de Geraldo Ataliba, traz o conceito de hipótese de incidência tributária (deus 
Hermes-Hermenêutica). 
 
Critérios ou aspectos da hipótese incidência tributária: é a descrição legal de um fato”, 
é um “mero conceito abstrato”, é a “descrição genérica de um fato”. ... Assim, a 
obrigação tributária não surge da lei, mas sim da realização da hipótese contida nesta 
lei, que é, portanto, um conceito legal. 
 
1) Aspecto temporal- Tem a função de dizer o momento da ocorrência do 
fenômeno(fato) gerador. É a hipótese de incidência de definir o fato gerador. 
Determina o instante que ocorre o fato gerador 
. 
2) Aspecto territorial ou espacial- É a delimitação geográfica de sua ocorrência, 
isto é local onde ocorre o fato tributário. Por Ex. União, Estados, DF e 
Municípios em suas zonas urbanas e rural. 
CF art. 170 art. 5º XXIII 
 
3) Aspecto material- Representa a ação ou a situação que dá origem ao 
nascimento da obrigação tributária(fato gerador, evento ou situação que 
ocorrendo, produz o dever de pagar tributo). Nesse sentido, confunde-se com o 
próprio fato gerador, ou seja, o que está sendo tributado. Ex. Ser proprietário 
de veículo automotor e efetuar a venda de mercadorias são exemplos do aspecto 
material. Ex1 procurar um banco para fazer um CDC, paga o imposto em 
operação de crédito, que é pago pelo capital e dos juros. 
 
4) Aspecto pessoal- visa caracterizar o sujeito ativo e o sujeito passivo da relação 
tributária, ou seja, visa caracterizar o ente político que possui competência 
para instituir o tributo, bem como caracterizar o sujeito que efetivamente 
realizou o fato gerador, que é o contribuinte. 
 
5) Aspecto quantitativo- Este é o aspecto que define o valor devido. Estão 
compreendidos neste aspecto os elementos necessários à operação matemática 
que irá determinar o quantum devido, vale dizer, a alíquota e a base de cálculo. 
 
 
CTN 
CAPÍTULO III 
Sujeito Ativo 
 
Art. 119. sujeito ativo da obrigação é a pessoa jurídica de direito 
público, titular da competência para exigir o seu cumprimento. 
 
Art. 120. salvo disposição de lei em contrário, a pessoa jurídica de 
direito público, que se constituir pelo desmembramento territorial de 
outra, sub-roga-se nosdireitos desta, cuja legislação tributária 
aplicará até que entre em vigor a sua própria. 
CAPÍTULO IV 
Sujeito Passivo 
SEÇÃO I 
Disposições gerais 
 
Art. 121. sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada 
ao pagamento de tributo ou penalidade pecuniária. Parágrafo único. 
o sujeito passivo da obrigação principal diz-se: 
 
I – contribuinte, quando tenha relação pessoal e direta com a 
situação que constitua o respectivo fato gerador; 
 
II – responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua 
obrigação decorra de disposição expressa de lei. 
 
 
COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA – É atribuída exclusivamente pela Constituição. 
É o poder de tributar conferido pela CFRB, a União, Estados, DF e Municípios para 
criar, modificar, instituir tributos por meio de Lei......, Art. 6 do CTN. 
• Não pode ser conferida ou modificada através de Lei ou outras normas 
infraconstitucionais. Arts. 145, 147, 148, 149, 149A, 153, 156 e 195 da 
CFRB.(somente as Entidades Federativas) – Direito que Integram a 
Administração direta. Art. 18 da CF. 
• Poder = denominação legal concedido pela CFRB. 
 
 
TÍTULO II 
Competência tributária 
CAPÍTULO I 
Disposições gerais 
 
Art. 6o a atribuição constitucional de competência tributária 
compreende a competência legislativa plena, ressalvadas as 
limitações contidas na Constituição Federal, nas Constituições dos 
Estados e nas Leis orgânicas do Distrito Federal e dos Municípios, e 
observado o disposto nesta Lei. 
 
Parágrafo único. os tributos cuja receita seja distribuída, no todo ou 
em parte, a outras pessoas jurídicas de direito público pertencerá à 
competência legislativa daquela a que tenham sido atribuídos. 
 
 
Outro conceito de Competência tributária é a 
possibilidade conferida pela Constituição Federal aos 
entes federativos de instituírem em seus territórios 
determinados tributos. Diante dessa autorização 
constitucional, o ente pode, por meio de lei stricto sensu, 
instituir o tributo em seu território. 
 
Capacidade Tributária Ativa – é a aptidão para figurar, por lei, na posição de sujeito 
ativo da relação tributária, ou seja, na posição de credor, com as prerrogativas que lhe 
são inerentes de fiscalizar o cumprimento das obrigações pelos contribuintes e de 
cobrar os respectivos créditos tributários.”. Ela desenvolve-se por meio de exercício de 
função administrativa. A competência Tributária é indelegável, mas a capacidade pode 
ser delegada. 
• A Capacidade Tributária Ativa é atribuída ao sujeito ativo do tributo, ou seja, 
para aquele que possui o direito subjetivo de cobrar o tributo(Poder público 
competente). 
 
 
QUADRO COMPLEMENTAR 
 
COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA - CAPACIDADE TRIBUTÁRIA ATIVA 
 
1- Criar tributo; 1- Cobrar Tributos(arrecadar e promover Tributo) 
2- Legislar; 2- Função Administrativa(exercício da função estatal) 
3- Poder de Tributar; 3- Poder executivo 
4- Exclusivo das entidades Federativas; 4- Fiscalizar o Tributo 
5- Indelegável. 5- Delegável através de Lei. 
 
 
Atributos ou características da competência Tributária 
 
a) Indelegabilidade; impossibilidade de a entidade transferir por vontade própria 
a aptidão de receber o tributo para outa pessoa. 
b) Privatividade; é privativo ao ente o direito(competência) para cobrar 
determinado tributo a ele determinada pela CRFB. 
c) Facultatividade; é uma permissão dada ao legislador, nunca um dever, esse 
não está obrigado a elaborar lei criando algum tributo. 
d) Irrenunciabilidade; o ente não pode renunciar da sua competência de criar ou 
receber seu tributo 
e) Incaducabilidade; Não caduca, não tem prazo, o direito ao Tributo, ainda que 
não seja regularizada a norma art. 156 CF 
f) Inampliabilidade. O ente federativo não pode aumentar sua competência 
tributária. (Só o Constituinte é quem pode mudar aumentando ou diminuindo) 
 
Art. 174. a ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em cinco anos, 
contados da data da sua constituição definitiva.72 Parágrafo único. a prescrição se 
interrompe: 
I – pelo despacho do juiz que ordenar a citação em execução fiscal; 
II – pelo protesto judicial; 
III – por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor; 
IV – por qualquer ato inequívoco ainda que extrajudicial, que importe em 
reconhecimento do débito pelo devedor. 
 
O CTN 
 
O Código Tributário Nacional – CTN (Lei nº 5.172/66) dispõe sobre normas gerais 
acerca da legislação tributária, em atendimento ao disposto no art. 146, III, da 
Constituição Federal de 1988. 
 
• Lei Ordinária cria os tributos, nunca a CRFB, esta, só autoriza. 
• Lei Complementar cria tributo, porém, precisa 
 
Art.153, 155 e 156 – Carta de competência foi extraída desses artigos, juntando tudo 
encontra a carta de competência privativa do ente federativo chamado União. 
 
A competência privativa da União é referente a imposto. Criado através de Lei 
Ordinária, exceto Grandes Fortunas(imposto não vinculado), esta será Lei 
Complementar. 
 
CRFB 
SEÇÃO III Dos Impostos da União - 
 Competência Privativa, Residual, extraordinária, especial, cumulativa e comum. 
Por Lei Ordinária ou Complementar. 
 
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre: (EC no 20/98 e EC no 42/2003) 
I – importação de produtos estrangeiros; 
II – exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados; 
III – renda e proventos de qualquer natureza; 
IV – produtos industrializados; 
V – operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores 
mobiliários; 
VI – propriedade territorial rural; - Lei Complementar 
VII – grandes fortunas, nos termos de lei complementar. 
§ 1o É facultado ao Poder Executivo, atendidas as condições e os limites estabelecidos 
em lei, alterar as alíquotas dos impostos enumerados nos incisos I, II, IV e V. 
§ 2o O imposto previsto no inciso III: 
I – será informado pelos critérios da generalidade, da universalidade e da progressividade, 
na forma da lei; 
II – (Revogado). 
§ 3o O imposto previsto no inciso 
IV: I – será seletivo, em função da essencialidade do produto; 
II – será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação com o 
montante cobrado nas anteriores; 
III – não incidirá sobre produtos industrializados destinados ao exterior; 
IV – terá reduzido seu impacto sobre a aquisição de bens de capital pelo contribuinte do 
imposto, na forma da lei. 
 § 4o O imposto previsto no inciso VI do caput: 
I – será progressivo e terá suas alíquotas fixadas de forma a desestimular a manutenção de 
propriedades improdutivas; 
II – não incidirá sobre pequenas glebas rurais, definidas em lei, quando as explore o 
proprietário que não possua outro imóvel; 
III–será fiscalizado e cobrado pelos Municípios que assim optarem, na forma da lei, desde que 
não implique redução do imposto ou qualquer outra forma de renúncia fiscal. 
§ 5o O ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial, sujeita-se 
exclusivamente à incidência do imposto de que trata o inciso V do caput deste artigo, devido 
na operação de origem; a alíquota mínima será de um por cento, assegurada a transferência 
do montante da arrecadação nos seguintes termos: 
I–trinta por cento para o Estado, o Distrito Federal ou o Território, conforme a origem; 
II – setenta por cento para o Município de origem. 
 
Obs. As MPs quando aprovada, se transforma em Lei Ordinária.(Pode criar um imposto 
por MP que quando transformada em Lei Ordinária)- Respeita o princípio da 
Legalidade, anterioridade, noventena...., Exceto quando cuida do Imposto Importação e 
do Imposto de Renda, que se inicia no momento da publicação. 
 Carrazzo, Alexandre Mazza e Paulo Barros de Carvalho diz que só a Lei ordinária no 
geral e Lei complementar pode criar.Estados possuem competência – Privativa, comum, especial comum...... 
SEÇÃO V 
Dos Impostos dos Municípios 
e 
DF (suigeneres)Competência Estadual e Municipal e é 
cumulativo. 
O DF é uma (Civita Civitat, pois hospeda Brasília) 
 
Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos 
sobre: (EC no 3/93, EC no 29/2000 e EC no 37/2002) 
 I – propriedade predial e territorial urbana; 
II – transmissão Inter vivos, a qualquer título, por ato 
oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, 
e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, 
bem como cessão de direitos a sua aquisição; 
III – serviços de qualquer natureza, não compreendidos 
no art. 155, II, definidos 
em lei complementar; 
IV – (Revogado). 
§ 1o Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se 
refere o art. 182, § 4o, inciso II, o imposto previsto no 
inciso I poderá: 
I – ser progressivo em razão do valor do imóvel; e 
II – ter alíquotas diferentes de acordo com a localização e 
o uso do imóvel. 
§ 2o O imposto previsto no inciso 
II: I – não incide sobre a transmissão de bens ou direitos 
incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica em 
realização de capital, nem sobre a transmissão de bens ou 
direitos decorrente de fusão, incorporação, cisão ou 
extinção de pessoa jurídica, salvo se, nesses casos, a 
atividade preponderante do adquirente for a compra e 
venda desses bens ou direitos, locação de bens imóveis ou 
arrendamento mercantil; 
II – compete ao Município da situação do bem. 
§ 3o Em relação ao imposto previsto no inciso III do 
caput deste artigo, cabe à lei complementar: 
I – fixar as suas alíquotas máximas e mínimas; 
II – excluir da sua incidência exportações de serviços 
para o exterior; 
III – regular a forma e as condições como isenções, 
incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e 
revogados. 
§ 4o (Revogado) 
 
Competência Comum. É criada para todos os entes federativos e serve para serviços 
que precisam dá uma contrapartida. 
 
CRFB 
SEÇÃO I 
os Princípios Gerais 
 
Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios poderão instituir os seguintes tributos: 
 
I – impostos; 
 
II – taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou 
pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos 
específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou 
postos a sua disposição; 
 
III – contribuição de melhoria, decorrente de obras 
públicas. 
 
§ 1o Sempre que possível, os impostos terão caráter 
pessoal e serão graduados segundo a capacidade 
econômica do contribuinte, facultado à administração 
tributária, especialmente para conferir efetividade a esses 
objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e 
nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as 
atividades econômicas do contribuinte. 
 
§ 2o As taxas não poderão ter base de cálculo própria de 
impostos. 
 
 
Outra categoria de competência tributária que temos dentro do texto da nossa 
Constituição. 
 
Art. 154. A União poderá instituir: 
 
I – mediante lei complementar, impostos não previstos no 
artigo anterior, desde que sejam não-cumulativos e não 
tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos 
discriminados nesta Constituição; 
 
Obs1.( Competência residual da União). – Trata-se do poder que é conferido a união 
para instituir de novos impostos, diferentes daqueles já discriminados na CF que já 
é de sua competência, precisa ser um imposto novo. Somente através de Lei 
Complementar. – Ter um novo fato gerador e ter nova base de cálculo. 
 
As contribuições sociais residuais são instituídas pela União, respeitada as 
exigências no art. 195 §4º da CF(§ 4o A lei poderá instituir outras fontes destinadas a 
garantir a manutenção ou expansão da seguridade social, obedecido o disposto no art. 154, 
I.) 
 
II – na iminência ou no caso de guerra externa, impostos 
extraordinários, compreendidos ou não em sua competência 
tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, 
cessadas as causas de sua criação. 
 
Obs2.(Competência extraordinária da União) Ex. Imposto de Guerra Externa ou em 
sua iminência). Criado por Lei Ordinária, são exceção ao princípio da anterioridade 
e ao princípio da noventena, não há qualquer exceção ao princípio da legalidade. – 
Pode ser sobre fatos geradores que já existe. (Art. 76 CTN. Na iminência ou no caso 
de guerra externa, a União pode instituir, temporariamente, impostos extraordinários 
compreendidos ou não entre os referidos nesta Lei, suprimidos, gradativamente, no 
prazo máximo de cinco anos, contados da celebração da paz.) 
 
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a 
sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, 
mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, 
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das 
seguintes contribuições sociais: (EC no 20/98, EC no 42/2003 e 
EC no 47/2005) 
 
§ 4o A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir 
a manutenção ou expansão da seguridade social, obedecido o 
disposto no art. 154, I. 
 
SEÇÃO II do CTN 
impostos Extraordinários 
 
Art. 76. Na iminência ou no caso de guerra externa, a 
União pode instituir, temporariamente, impostos 
extraordinários compreendidos ou não entre os referidos 
nesta Lei, suprimidos, gradativamente, no prazo máximo 
de cinco anos, contados da celebração da paz. 
Competência Tributária Especial – O Doutrinador que 
mostra melhor essa competência é Cláudio Borba – é a 
competência o ente União tem para instituir empréstimo 
compulsório em Lei Complementar Federal. As 
contribuições parafiscais, chamadas de especial. Art. 148, 
149 e 149ª 
 
 
Competências............ 
 
 
Art. 148 da CF. A União, mediante lei complementar, 
poderá instituir empréstimos compulsórios: 
 
I – para atender a despesas extraordinárias, decorrentes 
de calamidade pública, de guerra externa ou sua 
iminência; 
 
II – no caso de investimento público de caráter urgente e 
de relevante interesse nacional, observado o disposto no 
art. 150, III, “b”. 
 
Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes 
de empréstimo compulsório será vinculada à despesa que 
fundamentou sua instituição. 
 
Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir 
contribuições sociais, de intervenção no domínio 
econômico e de interesse das categorias profissionais ou 
econômicas, como instrumento de sua atuação nas 
respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, 
e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6o, 
relativamente às contribuições a que alude o dispositivo. 
(EC no 33/2001, EC no 41/2003 e EC no 42/2003) 
 
§ 1o Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios 
instituirão contribuição, cobrada de seus servidores, para 
o custeio, em benefício destes, do regime previdenciário 
de que trata o art. 40, cuja alíquota não será inferior à da 
contribuição dos servidores titulares de cargos efetivos da 
União. 
 
§ 2o As contribuições sociais e de intervenção no domínio 
econômico de que trata o caput deste artigo: 
 
I – não incidirão sobre as receitas decorrentes de 
exportação; 
 
II – incidirão também sobre a importação de produtos 
estrangeiros ou serviços; 
 
III – poderão ter alíquotas: 
 
a)ad valorem, tendo por base o faturamento, a receita 
bruta ou o valor da operação e, no caso de importação, o 
valor aduaneiro; 
 
b) específica, tendo por base a unidade de medida 
adotada. 
 
§ 3o A pessoa natural destinatária das operações de 
importação poderá ser equiparada a pessoa jurídica, na 
forma da lei. 
 
§ 4o A lei definirá as hipóteses em que as contribuições 
incidirão uma única vez. 
 
A Competência Especial Comum foi instituída para o servidor público. 
 
Art. 149-A. Os Municípios e o Distrito Federal poderão 
instituir contribuição, na forma das respectivas leis, para 
o custeio do serviço de iluminação pública, observado o 
dispostono art. 150, I e III. (EC no 39/2002) 
 
Parágrafo único. É facultada a cobrança da contribuição 
a que se refere o caput, na fatura de consumo de energia 
elétrica. 
 
 
Art. 195 da CF. A seguridade social será financiada por toda 
a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, 
mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, 
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das 
seguintes contribuições sociais: (EC no 20/98, EC no 42/2003 e 
EC no 47/2005) 
 
§ 4o A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir 
a manutenção ou expansão da seguridade social, obedecido o 
disposto no art. 154, I. 
 .............Aqui é uma categoria da competência extraordinária 
do regime especial, que vai incidir sobre toda população, 
entre as receitas e faturamentos de todos. 
 
 
Competência cumulativa ou múltipla. É assim determinada porque certo ente político 
instituiu um imposto que seria competência de um outro ente instituir. 
 
Ex. Sendo criado Territórios, a própria União poderá criar tributos dentro do território e 
se não houver municípios a União criará os municipais para a própria União receber 
todos. 
 
 
A competência no caso do Distrito Federal. 
 
Institui os impostos municipais e também os estaduais. 
 
 
 
• A Hipótese De Incidência, que é o fato gerador em abstrato, se ele acontecer, 
terá o fenômeno da obrigação. 
• Fato Gerador. 
• Obrigação: Principal e a Acessória. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
____________________________________________________________________________________ 
Autores: 
Kelsen. Tudo na forma da Lei. 
Lassale. Na CRFB. A constituição sofre com os fatores reais de poder, que é toda essa realidade 
representada pela sociedade. 
Quem examina se houve inconstitucionalidade por ação ou omissão? Se for por questão 
administrativa é pelo Tribunal de contas. 
União é o STF 
Estados e Municípios são os TJs Estaduais ou Federais se caso for matéria da União. 
Quem auxilia encontrar irregularidades? Os tribunais de Contas. 
AULA DO DIA 28/05/2021 
 
REGRA MATRIZ DE INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA. 
DIFERENÇAS ENTRE HIPÓTESES DE INCIDÊNCIA E FATA GERADOR 
 
Os conceitos de hipótese de incidência e de fato gerador derivam sua importância da 
aplicação do princípio do devido processo legal (art. 5º, LIV, CF88) às relações entre os 
contribuintes e a Fazenda Pública: há um procedimento determinado para que a Fazenda 
Pública cobre o contribuinte pelos tributos que deve pagar futuramente e pelos que 
deixou de pagar. 
A Fazenda Pública não pode, para cobrar os tributos, valer-se de meios indiretos ou de 
sanções políticas. Somente a lei pode determinar o procedimento de cobrança de 
tributos. 
O primeiro momento da incidência tributária é a previsão genérica e abstrata do tributo, 
o que se faz por meio da lei e em obediência ao princípio da estrita legalidade 
tributária, consignado no art. 150 inciso I da CF. 
1) FATO GERADOR.(Fenômeno) - (Concreto-Objetivo) 
É a ocorrência concreta da situação descrita na hipótese de incidência 
pertencente ao mundo concreto. 
Ex. Proprietário de veículo automotor; Proprietário de Residência na Rua Felipe 
Camarão.... Art. 114 do CTN 
CTN - Lei nº 5.172 de 25 de Outubro de 1966 
Dispõe sobre o Sistema Tributário Nacional e institui 
normas gerais de direito tributário aplicáveis à União, 
Estados e Municípios. 
Art. 114. Fato gerador da obrigação principal é a 
situação definida em lei como necessária e suficiente à 
sua ocorrência. 
II - que definem novas hipóteses de incidência; 
 
https://www.jornalcontabil.com.br/direito/
https://www.jornalcontabil.com.br/direito/
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91647/CTN-Lei-n-5.172-de-25-de-Outubro-de-1966#art-114
1) HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA.(Abstrato-Subjetiva, não 
aconteceu, porém quando acontece, essa aparece) 155, III da CRFB – ser 
proprietário de veículo automotor 
 
A Hipótese de incidência é a situação descrita em lei, recortada pelo legislador 
entre inúmeros fatos do mundo fenomênico, a qual, uma vez concretizada no 
fato gerador, enseja o surgimento da obrigação tributária. 
A descrição da hipótese em que o tributo é devido, só se materializará com a 
efetiva ocorrência do fato legalmente previsto. É um fato previsto em lei que, 
quando praticado pelo sujeito passivo (pessoa física ou jurídica), torna-se fato 
jurídico, vinculando o contribuinte ou responsável ao sujeito sanções previstas 
nas normas. 
Qual é a utilidade da hipótese de incidência? O instituto da Hipótese de 
incidência tem uma dupla finalidade 
a) Primeira finalidade, no plano do ordenamento serve como instrumento 
para delimitar a competência tributária, definindo o âmbito dentro do qual o 
tributo pode ser instituído na sua atribuição legal. 
b) No Plano Doutrinário, atua como ferramenta, como instrumento dos 
advogados tributaristas, serve como facilitador dos cinco critérios ou 
aspectos que envolvem a relação jurídico tributária, o aspectos temporal, 
territorial, material, pessoal e o aspecto quantitativo. 
Portanto, a hipótese de incidência se refere a situação futura e incerta que 
caso venha a se materializar se configurará em fato imponível, ao qual será 
cabível a imputação por autoridade administrativa da consequência legal, em 
referência ao consequente da hipótese de incidência. 
Já o fato gerador pode ser considerado como o fato efetivamente realizado, 
materializado. É a realização concreta de um comportamento descrito na 
norma, cuja observação faz nascer uma obrigação jurídica, bem como define 
juridicamente a natureza do tributo. Ou seja, a materialização da hipótese de 
incidência. A Hipótese de Incidência e o fato gerador são coisas distintas. 
Ex. ser proprietário é a descrição legal de hipótese de Incidência(o aspectos 
temporal, territorial, material, pessoal e o aspecto quantitativo). 
-Aspecto temporal(o período(tempo), que cria essa hipótese), é parte da 
hipótese de incidência responsável por definir quando se considera ocorrido o 
fato gerador, ou seja, a fixação do momento de sua ocorrência. Ex. IR inicia-se 
01/01/2021 até 31/12/2021 (Esse é o momento)(Fato gerador complexivo) – 
Existe fato gerador instantâneo (Fazer a Feira, abastecer o carro, etc...) 
-Aspecto Territorial ou espacial - 
https://www.jornalcontabil.com.br/direito/
https://www.jornalcontabil.com.br/direito/
O critério espacial ocupa-se da definição do lugar para a verificação do fato. No 
caso do Imposto Territorial Rural, sua incidência se dá sobre imóveis rurais. 
Nesse contexto, surge uma antiga polêmica doutrinária acerca do que seja 
imóvel rural e do que seja imóvel urbano. Surgem assim, duas teorias: a da 
situação e a da destinação do imóvel. 
Pelo critério de destinação, se o imóvel urbano é destinado à agricultura ou 
pecuária, é considerado como rural. Do contrário, se destinado à moradia, 
comércio e indústria, é, por sua vez, considerado como urbano. 
Já pelo critério da situação, um imóvel que se encontra situado dentro do 
perímetro urbano do município é um imóvel urbano, enquanto um imóvel 
situado fora deste, é considerado um imóvel rural. 
[10:47] FRANCISCO NICACIO DO NASCIMENTO 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de 
qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos 
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à 
vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, 
nos termos seguintes: 
XXII - é garantido o direito de propriedade; 
 
[10:49] FRANCISCO NICACIO DO NASCIMENTO 
Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do 
trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a 
todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, 
observados os seguintes princípios: 
II - propriedade privada; 
III - função social da propriedade; 
Prov. 31.8 
- Aspecto Material – 
Representa a ação ou a situação que dá origem ao nascimento da obrigação 
tributária. Nessesentido, confunde-se com o próprio fato gerador, ou seja, o que 
está sendo tributado. Ser proprietário de veículo automotor e efetuar a venda de 
mercadorias são exemplos do aspecto material. 
-Aspecto Pessoal – 
O aspecto pessoal visa caracterizar o sujeito ativo e o sujeito passivo da relação 
tributária, ou seja, visa caracterizar o ente político que possui competência para 
instituir o tributo, bem como caracterizar o sujeito que efetivamente realizou o 
fato gerador, que é o contribuinte. 
SUJEITO ATIVO - CREDOR 
A Constituição Federal, em seu artigo 153, inciso VI, determina a competência 
da União para instituir impostos sobre a propriedade territorial rural, conforme 
trecho abaixo transcrito: 
"Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre: 
(...) 
VI - propriedade territorial rural". 
 (...) 
§ 4º O imposto previsto no inciso VI do caput: 
(...) 
III - será fiscalizado e cobrado pelos Municípios que 
assim optarem, na forma da lei, desde que não implique 
redução do imposto ou qualquer outra forma de renúncia 
fiscal. 
 
Logo abaixo, no art. 158, inserido na seção que corresponde à repartição das 
receitas tributárias, determina o Texto Constitucional, no novo inciso II, incluído 
pela Emenda Constitucional nº 42: 
"Art. 158. Pertencem aos Municípios: 
 (...) 
II - cinquenta por cento do produto da arrecadação do 
imposto da União sobre a propriedade territorial rural, 
relativamente aos imóveis neles situados, cabendo a 
totalidade na hipótese da opção a que se refere o art. 153, 
§ 4º, III. 
 
Como se verifica, a norma constitucional estipula que o ITR poderá ser 
fiscalizado e cobrado pelos Municípios que assim optarem, desde que esta opção 
não acabe por implicar em qualquer redução do imposto ou outra forma de 
renúncia fiscal, conforme se depreende da leitura do artigo 150, §4º, inciso III 
acima citado. 
Como explicitado pelo próprio texto constitucional, efetivando-se por parte dos 
Municípios esta opção, competirá aos mesmos à totalidade do produto da 
arrecadação do imposto no que se refere, logicamente, aos imóveis situados em 
seu território; de outra forma, não se realizando tal escolha, a fiscalização e a 
cobrança permanecerão como atribuição da União, que deverá repassar aos 
Municípios em questão apenas os cinquenta por cento do produto da 
arrecadação dos imóveis neles situados, nos exatos termos do inciso II do art. 
158 da CF/88. 
Assim, temos que o referido imposto não saiu, portanto, da competência 
legislativa da União, mas os Municípios optantes passam a ter as atribuições de 
arrecadar e fiscalizar o imposto em questão. 
Não se trata de uma simples delegação de atribuições, mas apenas de uma 
alteração da sujeição passiva, uma vez que o Município passa a arrecadar e 
fiscalizar o ITR, não podendo, no entanto, instituí-lo. 
Deste modo, não há transferência da competência tributária, e sim a 
transferência da delegação da capacidade tributária ativa, permissão para 
cobrança e fiscalização. 
Neste sentido, o art. 119 do Código Tributário Nacional estabelece que o sujeito 
ativo da obrigação é o titular da competência para lançar e cobrar o tributo, 
aquele que detém a competência para exigir o adimplemento da obrigação. 
Deste modo, temos que o sujeito ativo da relação tributária relativa ao Imposto 
sobre a propriedade territorial rural pode ser tanto a União quanto os 
Municípios, estes últimos quando estiverem no exercício da capacidade 
tributária ativa. 
SUJEITO PASSIVO - DEVEDOR 
O contribuinte do ITR é a pessoa física ou jurídica, inclusive condômino ou 
copossuidor, que na data da efetiva apresentação da declaração, seja proprietário 
do imóvel rural – quem possui o direito de usar, gozar e dispor do imóvel e de 
reavê-lo de quem quer que injustamente o possua ou o detenha –, seja titular do 
domínio útil – enfiteuta ou foreira – ou possuidora a qualquer título – inclusive a 
usufrutuária. 
É o que determina o artigo 34 do Código Tributário Nacional, que assim dispõe: 
Art. 34. Contribuinte do imposto é o proprietário do 
imóvel, o titular do seu domínio útil, ou o seu possuidor a 
qualquer título. 
A figura do sujeito passivo do Imposto sobre a propriedade territorial rural 
também está estampada no artigo 4º da Lei 9.393/1996, senão vejamos: 
Art. 4º Contribuinte do ITR é o proprietário de imóvel 
rural, o titular de seu domínio útil ou o seu possuidor a 
qualquer título. 
Parágrafo único. O domicílio tributário do contribuinte é o município de 
localização do imóvel, vedada a eleição de qualquer outro. 
Portanto, o contribuinte do referido imposto é o proprietário de imóvel rural, o 
titular de seu domínio útil ou o seu possuidor a qualquer título. 
-Aspecto Quantitativo – 
Este é o aspecto que define o valor devido. Estão compreendidos 
neste aspecto os elementos necessários à operação matemática que irá 
determinar o quantum devido, vale dizer, a alíquota e a base de cálculo. 
Dois elementos: 
A Base de Cálculo – é a grandeza econômica sobre a qual incide o Tributo. 
Ex. Valor da área construída versos valor do terreno esse é o valor venal do 
Tributo, esse é o valor apurado. 
A Alíquota – é o percentual(fração) aplicado sobre o valor apurado durante a 
medição no cálculo do bem, esse serve como base para se calcular o valor do 
tributo a ser cobrado. 
Ainda sobre a Hipótese de Incidência: 
Noutro prisma, impende destacar que a tributação deverá incidir sobre 
atividades lícitas, ilícitas ou imorais, porque para o direito tributário não 
importa se a situação concreta ou a natureza do objeto do ato que ensejou a 
ocorrência do fato gerador é proibido, permitido ou nulo. Uma vez ocorrida 
concretamente a situação e o verbo previstos na norma, o tributo é devido. 
Podemos então concluir que fato gerador e hipótese de incidência são institutos 
diferentes onde o primeiro é o fato concretamente realizado conforme descrito 
na norma e o segundo é a abstração legal que descreve um fato relevante para 
o direito tributário. 
Posto isso, veja que a incidência dos referidos princípios deverá ser aplicada em 
sua plenitude, pois prestigia a isonomia e a igualdade da tributação. 
Os contribuintes devem ser tratados de forma isonômica entre si, até mesmo 
aqueles que auferem lucros e desenvolvem atividades proibidas ou punidas por 
lei, devendo ser considerada legal a tributação de todo e qualquer ato ilícito. 
2) REGRA MATRIZ DE INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA 
 
Critério Temporal: o momento em que se realiza, totalmente, o fato social de 
mercancia ou prestação de serviços desenhados na hipótese normativa 
de incidência tributária, fazendo surdir o liame abstrato entre as pessoas 
obrigadas em direitos e deveres correlatos. 
 
Sequência do rito Tributário – Rito Legal. (MAPA MENTAL....) 
 
1º- Descrição de Hipótese de Incidência Tributária (Lei) 
 
2º- Ocorrência do Fato Gerador Tributário 
 
3º- Nascimento da Obrigação Tributária 
 
4º- Lança o Tributário 
 
5º- Constituição do Crédito, (gera obrigação) 
 
6º- Não Pagou – Inscrição na Dívida Ativa 
 
7º- Certidão da Dívida Ativa 
https://www.jornalcontabil.com.br/direito/
https://www.jornalcontabil.com.br/direito/
 
8º- Propositura da Execução Fiscal 
Aula do dia 04/06/2021 
 
 
Obrigação. 
 
OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA E SEUS ASPECTOS LEGAIS 
INTRODUÇÃO 
O instituto da obrigação tributária trata-se de um liame jurídico estabelecido entre 
Estado e Particular, onde aquele amparado pela lei tributária poderá exigir deste uma 
prestação tributária tanto positiva quanto negativa. 
O Direito Tributário possui natureza obrigacional, ou seja, gira em torno de relações 
obrigacionais, objetivando, ao final, a aquisição de receitas para o erário. 
A relação jurídica desta obrigação tributária é objeto essencial do direito tributário, 
pois sendo este de natureza obrigacional, constitui sempre em um vínculo 
obrigacional entre o sujeito passivo – Estado, e o sujeitoativo – Contribuinte. 
Tem credor(ativo-Estado) e devedor(passivo-particular) 
A relação estabelecida entre estes sujeitos segue, em princípio, as mesmas regras que 
regulam as relações obrigacionais entre as pessoas, com sujeito ativo e passivo, causa, 
objeto e, envolvendo tudo isso, o próprio vínculo jurídico. 
1. NOÇÕES GERAIS 
A obrigação tributária, integrada, originariamente, pelos mesmos elementos de uma 
obrigação privada, é um vínculo jurídico ligado ao campo das relações do Direito 
Público, mediante o qual, uma entidade estatal – o fisco federal, estadual ou municipal, 
na condição de sujeito ativo, e a partir da ocorrência de uma situação prevista em lei ou 
na legislação tributária – fato gerador, pode exigir de uma pessoa física ou jurídica – 
sujeito passivo, um determinado objeto, que tanto pode ser um pagamento do tributo ou 
multa pecuniária, como uma prestação positiva ou negativa – obrigação de fazer ou não 
fazer, que não constitua pagamento. 
Segundo o renomado doutrinador Ricardo Alexandre, para se entender os parâmetros da 
obrigação tributária se faz necessário estudar o instituto de obrigações previsto no 
Direito Civil, citando Washington de Barros Monteiro, define obrigação como: 
Conceito: 
“Obrigação é uma relação jurídica, de caráter transitório, estabelecida entre devedor e 
credor e cujo objeto consiste numa prestação pessoal econômica, positiva ou negativa, 
devida pelo primeiro ao segundo, garantindo-lhe o adimplemento através do seu 
patrimônio (ALEXANDRE apud MONTEIRO, p. 289, 2015)”. 
Na esfera jurídico-tributária também há a relação obrigacional, entre o polo ativo – 
credor, que pode ser um ente político ou até mesmo uma pessoa jurídica de direito 
público que tenha recebido atribuições de forma delegada para exercer função pública. 
No polo passivo estará um particular – devedor de uma obrigação tributária. 
É importante mencionar que entre credor e devedor existe o elemento objetivo que 
vinculam as partes, qual seja: uma prestação econômica que pode ser positiva ou 
negativa. No Direito Civil é conhecida como obrigações de dar, fazer ou deixar de fazer 
algo. Na relação tributária, também poderá ser definida desta forma (ALEXANDRE, p. 
290, 2015): 
“Pagar tributo ou multa tributária caracteriza-se como uma obrigação de dar 
(dinheiro); Escriturar livros fiscais e de entregar declarações tributárias são 
obrigações de fazer; Não rasurar a escrituração fiscal e não receber mercadorias sem 
os documentos fiscais previstos na legislação são obrigações de deixar de fazer. Pode 
se aplicar, ainda, uma quarta modalidade; O dever de permitir algo (tolerar que se 
faça), como seria a obrigação de permitir o acesso da fiscalização a livros, documentos 
e mercadorias”. 
Obrigação tributária é um gênero na relação de tributação, possuindo duas espécies, 
quais sejam: Obrigação principal e Obrigação acessória. Trata, ainda, de uma imposição 
constitucional, conforme prevê o art. 146, III, “a e b” CF/88, in verbis: 
Art. 146. Cabe à lei complementar: […] 
III – estabelecer normas gerais em matéria de legislação 
tributária, especialmente sobre: 
a) definição de tributos e de suas espécies, bem como, em 
relação aos impostos discriminados nesta Constituição, a 
dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e 
contribuintes; 
b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e 
decadência tributários; 
2. DAS ESPÉCIES DE OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA 
Como supramencionado, a obrigação tributária trata de vínculo obrigacional tributário 
existente entre um ente público, ou fisco, e um particular, derivado da obrigação civil, 
que tem por elemento objetivo uma prestação que envolve direta ou diretamente um 
tributo ou multa, bem como deveres instrumentais de fazer ou não fazer em favor 
alguma coisa em favor do fisco. 
Ressalta-se que obrigação tributária se diferencia de crédito tributário que é uma 
obrigação tributária quantificada pelo fisco, ou seja, trata da própria obrigação 
tributária, nos termos do art. 139, CTN, mas já lançada, titulada e individualizada. O 
crédito tributário quantifica, valoriza e materializa a obrigação tributária, isto é, 
determina a quantidade do tributo, mediante o lançamento por autoridade administrativa 
que é o ato que o constitui, conforme art. 142, CTN. 
Art. 139. O crédito tributário decorre da obrigação 
principal e tem a mesma natureza desta. 
Art. 142. Compete privativamente à autoridade 
administrativa constituir o crédito tributário pelo 
lançamento, assim entendido o procedimento 
administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato 
gerador da obrigação correspondente, determinar a 
matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, 
identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a 
aplicação da penalidade cabível. 
Parágrafo único. A atividade administrativa de 
lançamento é vinculada e obrigatória, sob pena de 
responsabilidade funcional. 
As obrigações principal e acessória estão expressamente 
previstas no art. 113 e parágrafos, do Código Tributário 
Nacional, espécies o instituto da obrigação tributária 
divide-se em, senão vejamos: 
Art. 113. A obrigação tributária é principal ou acessória. 
§ 1º A obrigação principal surge com a ocorrência do fato 
gerador, tem por objeto o pagamento de tributo ou 
penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o 
crédito dela decorrente. 
§ 2º A obrigação acessória decorre da legislação 
tributária e tem por objeto as prestações, positivas ou 
negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou 
da fiscalização dos tributos. 
§ 3º A obrigação acessória, pelo simples fato da sua 
inobservância, converte-se em obrigação principal 
relativamente à penalidade pecuniária. 
2.1. OBRIGAÇÃO PRINCIPAL - A possibilidade do tributo. 
A obrigação principal surge em razão do fato gerador, seu objetivo final é o pagamento 
tanto da prestação pecuniária – tributo, ou penalidade pecuniária – multa, prevista no 
art. 113, §1º, CTN. 
Art. 113. A obrigação tributária é principal ou acessória 
§ 1º A obrigação principal surge com a ocorrência do fato 
gerador, tem por objeto o pagamento de tributo ou 
penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o 
crédito dela decorrente. 
Vale ressaltar que um crédito assim como seus respectivos juros e multas são 
considerados obrigação tributária principal, vez que para ser uma obrigação tributária 
principal depende exclusivamente do seu conteúdo pecuniário. Diferente do que é 
apresentado na esfera civil, onde a coisa acessória segue a principal, pois só esta existe 
por si, abstrata ou concretamente. Logo, se uma obrigação principal for nula, nula 
também será a respectiva cláusula penal (multa). 
A multa é o que o tributo não pode ser, nem por definição legal – uma sanção por ato 
ilícito. Desta forma, a obrigação de pagar a multa tributária é uma obrigação tributária 
principal, ou seja, a multa tributária não é tributo, mas a obrigação de pagá-la tem 
natureza tributária. 
Em suma, a obrigação tributária principal é caracterizada pelo pagamento, seu objeto 
principal, tanto do tributo ou da multa tributária, isto é, tal obrigação é sempre de dar – 
dinheiro, jamais de fazer ou não fazer algo. 
2.2. OBRIGAÇÃO ACESSÓRIA Ex. emissão de documentos 
A obrigação acessória é caracterizada pelas prestações de cunho positivo ou negativo, 
ou como são classificadas pelo Direito Civil de obrigações de fazer ou deixar de fazer, 
previstas no interesse da fiscalização dos tributos ou da arrecadação, nos termos do § 2.º 
do art. 113 do CTN: 
Art. 113. A obrigação tributária é principal ou 
acessória.[…] 
§ 2º A obrigação acessória decorre da legislação 
tributária e tem por objeto as prestações, positivas ou 
negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou 
da fiscalização dos tributos. 
É importante frisar que tratam de obrigações simples e instrumentais que viabilizam o 
cumprimento das obrigações principais

Outros materiais