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METABOLISMO, GLICÓLISE E GLICONEOGÊNESE - A glicose é uma molécula rica em energia em potêncial. Portanto, deve ser quebrada para gerar sua energia atrelada. GLICÓLISE: - Em suma, seria a quebra da glicose, juntamente com uma série de reações, para resultar na produção de energia. Em resumo, 1 glicose gera 2 moléculas de piruvato. Durante esse processo, parte da energia intrínseca à glicose é “transferida” à moléculas de NADH e ATP.} - Esse processo é, para algumas células, a única fonte de energia metabólica ( ex: eritrócitos, medula renal, encéfalo e esperma). Outras células podem realizar, quando não estão em presença de oxigênio, a FERMENTAÇÃO (degradação anaeróbica da glicose). - A Glicólise possui duas fases: fase preparatória (ou investimento) e fase de pagamento. - Fase preparatória: resumidamente, a energia do ATP é consumida, aumentando o conteúdo de energia livre dos intermediários, e as cadeias de carbono de todas as hexoses metabolizadas são convertidas em um produto comum o gliceraldeído-3-fosfato. - O ganho de energia provém da fase de pagamento. Mais precisamente, Ocorre a liberação de energia quando as duas moléculas de 1,3-bisfosfoglicerato são convertidas em duas moléculas de piruvato MAS QUAL, DE FATO, É O DESTINO DO PIRUVATO??? - O piruvato produzido na glicólise é metabolizado por três outras vias metabólicas. - O piruvato é oxidado, com a perda de seu grupo carboxila na forma de CO2, para gerar o grupo acetila da acetil-coenzima A. O grupo acetila é, então, completamente oxidado a CO2 no ciclo do ácido cítrico. Os elétrons originados dessas oxidações são transferidos ao O2 por uma cadeia de transportadores na mitocôndria, formando H2O. A energia liberada nas reações de transferência de elétrons impulsiona a síntese de ATP na mitocôndria. - A segunda rota de metabolização do piruvato é sua redução à lactato (que recebe os elétrons do NADH, o que gera NAD+ para continuar as reações.), por meio da fermentação lática. - A terceira rota seria o piruvato produzir etanol. O piruvato é convertido, em hipoxia ou em condições anaeróbicas, em etanol e CO2, em um processo chamado de fermentação etanólica (alcoólica). PS: PORQUE O ATP É UM COMPOSTO RICO EM ENERGIA? - Devido à quebra da ligação que existe entre a base nitrogenada e o agrupamento fosfato. - Além disso, os 3 fosfatos na molécula são carregados negativamente. Portanto, quando são quebrados, há liberação de energia. PS.2: O METABOLISMO DO ETANOL: - O etanol é convertido, pela ação da enzima álcool desidrogenase em acetaldeído. Esse segundo é convertido pelo aldeído desidrogenase em ACETATO. Essas vias geram um acúmulo de NADH em detrimento de NAD+ - A grande produção de coenzimas reduzidas (NADH) em detrimento de haver um balanço entre reduzidas e oxidadas (NAD+) vai provocar uma deficiência de aceptores intermediários de elétrons na cadeia respiratória, prejudicando, assim, a produção de energia. PS.3: PRINCIPAIS EFEITOS DO DIABETES DO TIPO 1 NO METABOLISMO DE CARBOIDRATOS E DAS GORDURAS (EM UM ADIPÓCITO): - Normalmente a insulina permite a fusão de receptores de membrana do tipo glut-4 com partes da membrana plasmática da célula, para permitir a captação de glicose do sangue. - Quando os níveis de insulina diminuem no sangue, GLUT4 é novamente sequestrado em vesículas por endocitose. No diabetes melito tipo 1 (dependente de insulina), a inserção de GLUT4 nas membranas, assim como outros processos normalmente estimulados por insulina, está inibida, como indicado por X. - A deficiência de insulina impede a captação de glicose pelos receptores GLUT-4. Impedindo, assim, o aporte de gli nas células. Assim sendo, sem glicose para o suprimento de energia, os adipócitos degradam triacilgliceróis estocados em gotas de gordura e fornecem os ácidos graxos resultantes para outros tecidos para a produção mitocondrial de ATP. - Isso gera 2 subprodutos da oxidação dos ácidos graxos (que se acumulam no fígado) : acetoacetato e β-hidroxibutirato. Fornecem combustível para o encéfalo, mas também diminuem o pH do sangue, causando cetoacidose GLICÓLISE + DESTINO DO PIRUVATO (RESUMO ESQUEMÁTICO): - Gliconeogênese Nova via de produção de glicose a partir de outros substratos: lactato, glicerol ou piruvato de alanina. GLICONEOGÊNESE: - Um processo alternativo para formação de glicose, quando não há um aporte necessário desse composto nas células. - Em mamíferos, a gliconeogênese ocorre principalmente no fígado, e em menor extensão no córtex renal e nas células epiteliais que revestem internamente o intestino delgado - A via a partir de fosfoenolpiruvato até glicose-6-fosfato é comum para a conversão biossintética de muitos precursores diferentes de carboidratos em animais e plantas. A via partindo de piruvato a fosfoenolpiruvato passa por oxalacetato, um intermediário do ciclo do ácido cítrico. - A glicólise e a gliconeogênese não são vias idênticas que correm em sentidos opostos. Ex: três reações da glicólise são essencialmente irreversíveis in vivo: a conversão de glicose em glicose-6-fosfato pela hexocinase, a fosforilação da frutose-6-fosfato em frutose-1,6-bisfosfato pela fosfofrutocinase 1 e a conversão de fosfoenolpiruvato em piruvato pela piruvato-cinase.