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CALIFADO Ortodoxo Rashidun Omíada Abássida Fatímida CAPITAL Medina Damasco Bagdá Cairo ECONOMIA O Pacto estabelecido por Maomé para unificação dos povos, acabou por criar rupturas com tribos judaicas que culminaram em problemas de ordem material. A grande maioria vivia na miséria, vendo no saque uma oportunidade de fuga. Isto dava suporte as atividades dos fieis uma vez que Medina estava na na rota das caravanas de Meca para a Síria. Estes saques levaram a grandes incursões como ao poço de Badr onde o lucro foi dividido entre o profeta e os guerreiros de Medina que atuaram na invasão. Após a tentativa de invasão de Meca á Medina, Maomé busca traçar estratégias de enfraquecimento comercial de Meca cortando sua Utilizaram-se do sistema econômico herdado dos bizantinos, mantendo os bizantinos que já trabalhavam nas finanças durante o período em que Heráclio governou. Concessão de terras por arrendamento (qatia) Não árabe deveria pagar um imposto adicional para ter direito a qatia (Ushr). Havia uma taxa semelhante ao imposto de renda, no entanto individual (Djizya). Havia também o imposto territorial (Kharadj). O exército era importante na economia do Califado Omíada, pois os militares detinham benefício fiscal, além de receber salários, pensões e participação nos espólios de guerra, sendo a maior parte das vezes agraciados com terras e sua produção. No governo de Al-Malik houve uma das maiores modificações econômicas, pois até então a Em contrapartida do Califado Omíada, a rica burguesia durante o Califado dos Abássidas utilizou-se de rotas comerciais que estavam desembaraçadas e sem obstáculos, possuindo grande potencial comercial com outros povos, tornando Bagdá um centro de poder econômico. O comércio tornou-se a manifestação mais tangível da expansão muçulmana. Os camponeses eram na maioria das vezes massa de manobra para a agricultura, sendo empregados pelos burgueses que pagavam baixos salários. Estes posteriormente substituídos por escravos da África Negra. Tal expansão econômica drenou para as cidades toda uma população que até então era errante, ou vivia miseravelmente no campo. O modelo econômico dos Fatímidas, assim como o dos Abássidas, deriva do Omíada, como uma evolução natural, com o mesmo sistema de concessão de terras e arrendamento, o que os difere do Abássida é a centralização novamente da economia, assim como a centralização religiosa, obrigando a força inclusive indivíduos a converter-se ao islã, economicamente aconteceram diversos acontecimentos que levaram que levaram o Califa a declarar interdições alimentares entre outras formas de protecionismo e arbitrariedade. comunicação com a Síria, bizantinos e abissínios Após a morte de Maomé seu legado teológico para os muçulmanos influenciou diretamente na economia com a esmola legal (zakat) com valor de purificação religiosa. Logo se transformou em imposto coletado pelo amil (coletor de impostos). Este imposto incidia sobre as colheitas e os rebanhos, bem como sobre o capital, lucros comerciais e ganhos em geral. Os árabes cristãos que aceitavam o estatuto do dhimmi pagavam uma taxa especial, a djizya (taxa paga por cabeça), que se tomou o distintivo da proteção e, por conseguinte, da pertença a um grupo não-muçulmano que voluntariamente se submetia aos crentes; pagavam também um imposto sobre seus campos e rebanhos. Os espólios (fay) receberam um cuidado cunhagem de moedas era de origem bizantina ou sassânida, ocorre a partir de Al-Malik a cunhagem e produção de moedas estritamente de origem muçulmanas, como os dracmas e denarius. Os Mawali eram os não árabes muçulmanos, que pagavam mais tributação do que os árabes, independentemente de serem islamizados ou não. Já os Árabes Islamizados, eram chamados de Protegidos porque tinham privilégios fiscais. No campo, os agricultores produziam grãos com intuito de abastecer as cidades além de subsistência, no entanto não trabalhavam com a pecuária, esta tarefa era dominada pelos nômades, que comercializavam na maior parte das vezes com os sedentários (agricultores). A organização econômica dos militares durante o Califado Abássida era similar aos Omíadas, no que diz respeito a concessão de terras. No século IX, havia servidão por dívida, onde os camponeses, a fim de pagar o que era devido ao proprietário da terra, submetia-se ao mesmo. especial após as grandes conquistas muçulmanas, sendo diferentes sobre determinadas localidades. Onde existiu rendição, como no Estado Bizantino, estes espólios compreendiam todos os bens materiais encontrados nas terras. Noutros lugares, no Iraque por exemplo, onde a rendição foi incondicional, as terras, conforme os casos, foram pura e simplesmente confiscadas, ou deixadas aos antigos donos a título precário, mediante o pagamento do imposto territorial e de um tributo.Todas estas arrecadações foram transformadas em um Tesouro público, de onde saia o pagamento de exércitos e despesas do califa. POLÍTICA Maomé fixa residência em Medina sendo chefe espiritual e temporal (assim como os califas dos outros 3 califados). Lá instituiu a primeira mesquita, dando força ao Islamismo com a tarefa era de reforçar sua posição em Medina e de promover a integração dos diversos grupos de homens que ali viviam em um todo ordenado. As bases da organização da comunidade estavam registradas no Pacto, este que regula, pois, as relações entre os crentes, bem como entre os diversos grupos. Este pacto, mesmo conseguindo agrupar as tribos atingidas por Medina, cria rupturas com judeus e considera os coraixitas infiéis. Com a percepção de que sua situação em Medina não era a das melhores e para mostrar que era o único que poderia mandar no local, Maomé multiplicou as ações contra os judeus, e os versículos da revelação testemunham que estes se desviaram O Califado Omíada herdou do Império Bizantino o seu aparato administrativo, incluindo o recurso humano, no entanto tal medida acarretou na burocratização exagerada durante este período, deixando o Califado sem ter relevante poder econômico em relação aos Abássidas, no entanto era considerável. Com essa administração favorável dos Omíadas, houve certa estabilidade financeira, o que possibilitou o Califa Moawiya dobrar o salário dos militares, que eram integrados por tribos de beduínos. Tal medida além de evitar conflitos internos, facilitou a aproximação dos Omíadas com qualquer povo dominado, pois mantinham a aristocracia local com todos os seus privilégios, enquanto fossem leais ao Califado. Os persas não tardaram a adotar a mesma tática de comínio. Com Abd al-Malik, vieram as primeiras grandes Os Abássidas rebelaram-se eliminando todos os Omíadas, com exceção de um, que se exilou. Tal Califado caracterizou-se por ser uma evolução natural aos Omíadas, pois utilizou-se do já consolidado sistema para usufruir de todo seu potencial, levando o império a um grande período de bonança política e econômica. Diferentemente do Califado anterior, houve uma evolução na sociedade, que com a transformação administrativa, tornou a vida na cidade uma característica do período, tendo como evidente um impulso comercial e intelectual considerável. Em busca de aproximação política, o Califado Abássida, transferiu sua capital de Damasco para Bagdá, no Iraque. Isto fez com que iraquianos e iranianos que anteriormente haviam sido molestados pelos Omíadas ficassem satisfeitos pelo aumento de poder político e militar A concepção governamental administrativa dos Abássidas é derivada dos Omíadas e foi utilizada pelos Fatímidas da mesma forma. Os Fatímidas mantiveram-se em ascensão no mesmo período do apogeu do Califado Abássida, no entanto apenas no século IX que de fato eles começaram a tomar o poder, depondo os governantes Abássidas em diversas regiões, Egito sendo a região com mais força Fatímida. Os bizantinos, nesta época estavam em conflito com os Abássidas e também com os Fatímidas, possibilitando que houvesse uma aproximação com os Omíadas remanescentes que tinham os mesmos adversários. O grande aumento do número de Mawalis “engrossou”a resistência xiita em relação aos sunitas no oriente médio, já que em um governo xiita eles não seriam considerados (ao menos por lei) indivíduos do caminho traçado por Deus; os muçulmanos, de seu lado, receberam a verdade. Em 628 Maomé realiza uma peregrinação a Meca que é barrada na fronteira santa pelo exército de Meca. Neste momento é proclamado um acordo de paz entre os dois lados, este que possibilitava Maomé de voltar um ano depois e se manter por três dias na cidade com a palavra de que Maomé desistiria da peregrinação. Este trato se fez muito proveitoso para o profeta, uma vez que ele pode tratar com a coraixita de igual para igual além de converter inúmeros beduínos. Em março de 632 Maomé realiza a “peregrinação do adeus” até Meca, pregando pela última vez naquele solo. Maomé volta a Medina, piora de sua doença e vem a óbito. Com o desaparecimento do Profeta, a comunidade por ele criada estava ameaçada de dissolução. Os diversos grupos tenderam logo a retomar sua independência e seus modificações em relação a arabização administrativa do califado, motivadas pelo crescente número de Árabes na região além do número de muçulmanos recém-convertidos. No início do século VIII, o império foi dividido em nove províncias, posteriormente reagrupada em cinco governos. Os governantes (amir) tinham ampla autonomia e mantinham todos os privilégios da aristocracia, respondiam pela administração civil e militar de sua província. No princípio, o governante local comandava a taxação de impostos e o excedente enviava para o Califa também, no entanto Este que receava por ser roubado, decidiu criar um cargo administrativo para cobrar impostos (amil), mesmo que os amir ainda nomeavam os amil, os qadis e os comandantes do exército. Governantes assemelhavam-se muito a organização de Califa, só que em nível regional, no entanto estes eram nomeados ou depostos na região de um inimigo do seu inimigo. O Califado Abássida mantém-se intacto até o século XI, quando os turcos os colocam sob seu domínio, sobrepujando a autoridade do Califa. de segunda classe. O califa podia e o fez em momentos específicos ações arbitrárias, como por exemplo: suspender festas e diversões de qualquer espécie e obrigar cristãos e judeus a ostentar o signo de suas religiões, para os diferenciar e poder cobra-los a mais, como os mawali (que são não árabes islamizados) não eram mais considerados inferiores, portanto não deviam pagar tal taxa, o que sobrecarregava os judeus e cristãos. antagonismos. Nos tempos de Maomé, ainda não havia um verdadeiro Estado muçulmano: somente após as conquistas ele começa a organizar-se. Se a comunidade muçulmana, a umma, conservou elementos da antiga organização tribal pré-islâmica, a diferença primordial residia no fato de ela ter-se baseado na religião e não mais no parentesco. Na medida em que Maomé aumentava seus poderes, algumas tradições antigas foram abolidas, como por exemplo a Lei de Talião. A escravidão foi mantida, mas o Corão tentou atenuá-la concedendo um estatuto, decerto inferior, aos escravos e aos não árabes. Como pode-se perceber durante todo o período de Maomé, o califado Rashidun seguia tudo o que Maomé pregava. pelo grande Califa do Califado Omíada. Os juízes, denominados qadis, eram homens de ciência e estudos corânicos recrutados pelos governantes regionais para fazer justiça entre os islamizados, segundo o corão ou a tradição. CULTURA A nova religião pregada por Maomé era apenas uma religião: a partir da Período reconhecido principalmente por suas grandes obras O prestígio cultural do califado abássida foi assegurado por seu O Califado Fatímida descende diretamente do profeta Maomé, já que a hégira, a revelação comporta disposições de caráter social e político, permitindo a edificação do Estado muçulmano; o próprio estilo da pregação mudou, tornando-se muito menos lírico, mais prosaico, adaptado muitas vezes às necessidades do momento. O conteúdo da fé (iman) é relativamente simples. O princípio essencial é a crença em Alá, Deus único, todo-poderoso e eterno, criador e senhor de todas as coisas; a crença em Alá é acompanhada pela crença nos Profetas, nos anjos, nos Livros revelados, no dia da Ressurreição, na predestinação (qadar), o que implica na negação da liberdade do homem; todavia, os teólogos muçulmanos admitem que o homem é dotado de responsabilidade. Segundo um hadith, o Islã é pronunciar a profissão de fé (sha- hadah), cumprir o dever da oração, pagar a esmola legal, fazer a peregrinação, observar o arquitetônicas como o Domo da rocha e a mesquita Al Aqsa. No período também foi emitida a primeira moeda muçulmana e adotou o árabe como língua oficial da administração Também é estimulado o estudo da medicina pelo governo, que empreendeu a tradução de diversas obras do grego e de outras línguas para o árabe o reinado de Ibn Abdul Aziz foi especialmente brilhante nesse quesito. No período omíada observa-se também um grande desenvolvimento da música, apesar de ainda ter sido desenvolvida a partitura. Durante o período Omíada, a cultura e literatura beduínas foram consideradas proeminentes, visto que emanavam da “civilização do deserto, depositária da pureza e riqueza linguísticas”. extraordinário progresso intelectual e científico iniciado no século VIII e continuando até o fim do século XI, sendo seu apogeu no século IX. Nessa expansão a língua árabe foi adotada por todos os escritores do império, mesmo pelos não muçulmanos, sendo este um resultado da expansão militar do império. Os centros culturais e científicos dos abássidas localizavam-se majoritariamente nas grandes cidades como Baçra e Bagdá. Em um dos primeiros califados abássidas al-Mamun fundou uma Bayt al-Hikma, Casa de Sabedoria, espécie de biblioteca e lugar de reunião dos homens de letras. Duas das quatro escolas de interpretação jurídica do Corão tiveram sua origem em Bagdá: o hanefismo e o hanbalismo. Em Bagda a interação e troca de conhecimentos com outros povos eram constantes, em Bagda criação do mesmo advém da linhagem de sua filha, nos dois califados anteriores, assim como no califado Fatímida, o Califa era considerado um líder espiritual e temporal, no entanto só fazia o papel na prática de líder religioso. Os Fatímidas são considerados xiitas e eram um bastião Árabe na região do Egito durante o século IX e X, enquanto os turcos (Sunitas ortodoxos) conquistavam cada vez mais terreno árabe. Havia um fator de unidade nos Árabes, seja de sunitas ou xiitas Fatímidas, pois existia a ideia de conflito entre cristandade e islã, acentuado pelas cruzadas, no século XI. A difusão da cultura árabe nesse período se deu graças a utilização do papel, ela se generalizou pelo conhecimento mais fácil das obras dos escritores, bem como pelas viagens e relatos de viagens de alguns muçulmanos. jejum durante o mês do ramadã. Quanto aos bens materiais, estipulou-se que o muçulmano podia desfrutar dos bens deste mundo, desde que deles fizesse bom uso. As interdições alimentares procediam das práticas tradicionais da Arábia, mas é provável que a proibição do vinho e do jogo deva estar relacionada com os cultos pagãos. Outro marco cultural de grande expressão aplicado por Maomé foi a adoção do ano lunar de 12 meses, tendo como possível justificativa uma indicação de um carácter não agrário do Islã ou talvez por repudio as práticas anteriores. convergiam indianos, muçulmanos, cristãos e sabeus, que contribuíam para o desenvolvimento da astronomia, tradução de obras gregas e ensinamentos medicinais. No califado Abássida surgiram grandes nomes como: al-Kandi, al-Farabi, Ibn Sina dentre outros, que abrangiam áreas como matemática, física e medicina.
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