Prévia do material em texto
BERNARDO MARTINS 1º PERÍODO - 2020 CICLO DE KREBS Também chamado de ciclo do ácido cítrico e ciclo dos ácidos tricarboxílicos. Realizado na mitocôndria. Precisa de oxigênio. Transformação do piruvato NÃO FAZ PARTE DO CICLO DE KREBS Piruvato não consegue passar pela membrana interna da mitocôndria. Então na membrana interna tem proteínas que são transportadoras de piruvato. O piruvato precisa sofrer uma descarboxilação oxidativa (reação intermediaria), mas para isso ocorrer ele precisa se unir a Coenzima A (CoA). Nessa reação intermediária o piruvato vai se descarboxilado oxidativamente por um complexo chamado piruvato desidrogenase (várias enzimas piruvato desidrogenase e NAD+) processo de várias etapas. A união do piruvato com a CoA por uma esterificação, formando um grupo chamado Acetil-CoA. Oxida molécula de piruvato e reduz uma molécula de NAD+ produzindo uma NADH + H+ e gerando uma molécula de Acetil-CoA. O ciclo é uma via metabólica em que ocorre a regeneração de determinado produto. Via metabólica composta por 8 reações. Para iniciar ocorre a união de uma molécula de Acetil-CoA com uma de Oxaloacetato, formando o Citrato. Qual a função desse ciclo? Alguns defeitos em enzimas do ciclo de KREBS são fatais. Ele tem um caráter anfibólico tem caráter Catabólico (degradação) e Anabólico (síntese). Responsável pelo precursor para formação de glicose na gliconeogênese. Responsável pela biossíntese de Porfirina que fazem parte da estrutura N de hemoglobina. A partir do citrato tem a produção de ácidos graxos. 1º reação O Oxaloacetato (4C) vai se unir ao Acetil-CoA, a CoA vai ser liberada. A enzima que vai fazer essa união se chama citrato sintase. Formando o Ácido cítrico. 2º reação O Citrato vai sofrer uma reação de isomerização alterando a posição de um grupo hidroxila. Essa reação é feita através de uma desidratação e após uma hidratação (a enzima usada é Cis-Aconitase), o produto formado é Isocitrato. 3º reação O isocitrato vai ser transformado através de uma reação de descarboxilação oxidativa em uma molécula chamada alfacetoglutarato (5C) pela enzima isocitrato desidrogenase. A produção de uma molécula de NADH + H+ e uma molécula de CO2. 4º reação Outra descarboxilação oxidativa do alfacetoglutarato feita por um complexo chamado alfacetoglutarato desidrogenase. Essa molécula vai se unir a uma molécula de CoA. Formando uma molécula de Succinil-CoA (4C). Gera uma molécula de NADH+H+ e CO2. 5º reação Hidrólise do Succinil-CoA libera uma grande quantidade de energia para pegar uma molécula de GDP e unir um fosfato inorgânico formando uma molécula energética GTP. A enzima que faz isso é a Succinil-CoA sintase. Ocorre a liberação da CoA. Formando a molécula de Succinato. OBS.: A CoA foi unida para preservar a energia ali. BERNARDO MARTINS 1º PERÍODO - 2020 6º reação Esse Succinato vai ser oxidado pela enzima Succinato desidrogenase (única enzima que não está inserida dentro da matriz mitocondrial, ela está ancorada na membrana mitocondrial interna) (sua coenzima é o FAD) essa oxidação vai produzir uma coenzima reduzida chamada FADH2. Gerando um produto chamado Fumarato. 7º reação O Fumarato vai sofrer ação da fumarase que vai mediar um processo de hidratação. Com a formação do Malato. 8º reação O Malato sofre oxidação feito pela malato desidrogenase com a redução de uma molécula de NAD. Regenerando o Oxaloacetato. O GDP vai ser transformado em ATP A finalidade do ciclo de KREBS é produzir coenzimas reduzidas. Produz uma grande quantidade. Contabilidade do ciclo: 3 NADH + H+ 1 GDP 1 FADH2 Contabilidade do piruvato para entrar no ciclo de KREBS 4 NADH + H+ 1 GDP 1 FADH2 REGULAÇÃO DO CICLO DE KREBS O organismo só produz o que ele precisa. Existem fatores (moduladores) para fazer a regulação: Presença de NAD+ (coenzima oxidada) se não tiver NAD+ disponível para as desidrogenases, elas não vão ser ativas. Não tem NAD+ quando se tem muito NADH. O NADH produzido é um potencial gerador de energia, pois ele vai para cadeia transportadora de elétrons e vai produzir ATP. Se não tiver usando muito ATP, não é necessário que o NADH vá para cadeia. Quando se utiliza o ATP ele se transforma em ADP, então esta quer voltar a ser uma molécula energética. Os NADH produzidos na reação piruvato desidrogenase e no ciclo de Krebs, eles vão colocar seus elétrons na cadeia para produzir ATP. Voltando o NAD+ o que significa que é necessário a volta do ciclo de Krebs para que produza NADH Ou seja, se não tiver a presença de NAD+, o ciclo de Krebs vai parar. A regulação da reação mediada pelo complexo piruvato desidrogenase: Excesso de Acetil-CoA (oriundo de outras moléculas) MODULADOR NEGATIVO Presença de ATP MODULADOR NEGATIVO Presença de NADH MODULADOR NEGATIVO Além da modulação alostérica tem também a modulação covalente (através da fosforilação ou desfosforilaçao da enzima). Esse complexo tem um resíduo de serina que é modificável por fosforilação. Então quando as quinases são ativadas elas colocam fosfato na piruvato desidrogenase, o que a desativa. Quando as fosfatases vão tirar o fosfato da piruvato desidrogenase, o que faz com que ela fique ativa. Fatores que vão incentivar a fosforilação NADH, Acetil-CoA e ATP estes ativam quinases, fosforilando o complexo PDH inibindo o complexo PDH O NAD+ vai atuar como efetor positivo da PDH, em altas concentrações, eles ativam as fosfatase (retiram o fosfato do complexo) o que ativa o complexo. A presença de cálcio é muito importante (pois ativam fosfatases). BERNARDO MARTINS 1º PERÍODO - 2020 O glucagon ativam quinases (fosforilam enzimas) PDH inativa. O glucagon é o hormônio do jejum, e vai fazer com que ocorra a quebra de lipídios produzindo Acetil- CoA (excesso de Acetil-CoA) então o piruvato vai ser desviado para o processo gliconeogenese. A insulina ela ativa fosfatases ativa PDH o piruvato vai ser transformado em Acetil-CoA e entrar no ciclo de Krebs. Pontos de controle do ciclo de Krebs: Reação mediada pela piruvato desidrogenase Inibida: ATP NADH Acetil-CoA – excesso ativa a piruvato desidrogenase quinase que fosforila a Piruvato desidrogenase Ativada: AMP NAD+ - em altas concentrações ativa as fosfatases. Ca2+ - excesso de Ca2+ ativa fosfatase. Reação mediada pela Reação mediada pela citrato sintase Inibida: ATP se já tem ATP não precisa do ciclo de Krebs. NADH se tem NADH suficiente não precisa produzir mais. Excesso de citrato (modulação do tipo Feedback) Excesso de Succinil-CoA Ativada: ADP déficit de energia Reação mediada pela isocitrato desidrogenase Inibida: ATP se já tem ATP não precisa do ciclo de Krebs. Ativada: ADP déficit de energia Ca2+ mensageiro intracelular, quando ocorre a contração muscular é necessário energia. Reação mediada pela α cetoglutarato desidrogenase Inibida: NADH se tem NADH suficiente não precisa produzir mais. Excesso de Succinil CoA Ativada: Ca2+ mensageiro intracelular, quando ocorre a contração muscular é necessário energia. Alto valor da relação [ATP] / [ADP] INIBE O CICLO DE KREBS. Alto valor da relação [NADH] / [NAD+] INIBE O CICLO DE KREBS. A regulação do ciclo de Krebs pode afetar outras vias metabólicas. Excesso ATP inibe a reação da isocitrato desidrogenase excesso de Citrato vai inibir a Fosfofrutoquinase e a Citrato sintase. Excesso de ATP inibir a piruvato quinase e fosfofrutoquinase inibe a via glicolitica e ciclo de Krebs BERNARDO MARTINS 1º PERÍODO - 2020 LANÇADEIRAS NADH citosólico: Para que o NADH gere ATP ele tem que entrar na matriz mitocondrial. Entrar na cadeia,gerar o gradiente, gerar o ATP. Essa molécula não consegue entrar na membrana mitocondrial interna. Mas é possível transportar somente os elétrons por meio de um sistema de transporte, chamado Lançadeiras. Tem-se dois sistemas de transportes que ao invés de entrar como NADH, ele vai passar esses eletros para uma outra molécula, que vai conseguir passar a membrana interna da mitocôndria. Esses transportes de elétrons são feitos através de dois circuitos de lançadeiras: Malato-Aspartato presente em células hepática, cardíacas e renais. O NADH vai ser oxidado, vai reduzir uma molécula de Oxaloacetato que está no citosol por uma enzima chamada malato desidrogenase. Esse Oxaloacetato vai ser reduzido em malato, utilizando os elétrons desse NADH. O NAD+ vai voltar para a glicólise para a reação do gliceroaldeido 3P. Esse malato entra na matriz mitocondrial através de transportador de malato. Dentro da matriz esse malato é oxidado pela enzima malato desidrogenase mitocondrial, a coenzima usada é o NAD+. Ocorre a redução de uma molécula de NADH, regenerando a partir do malato o oxaloacetato. Esse oxaloacetato tem que sair para o citosol novamente, para isso ele é transformado em aspartato. Quando o oxaloacetato ganha uma molécula de um grupo amina ele se transforma em aspartato. Esse aspartato vai conseguir sair através do transportador de aspartato. Essa lançadeira não faz parte só desse processo de regeneração de NADH. Faz parte também de outra via metabólica chamada ciclo da ureia. O descarte faz parte do ciclo da ureia. Esse aspartato sai para o citosol e perde seu grupo amino no ciclo da ureia e transforma novamente em oxaloacetato. O NADH+H na matriz mitocondrial vai para cadeia transportadora de elétrons, e essa cadeia passando esses elétrons vindos do NADH vai fazer aquele gradiente de prótons, e cada NADH vai produzir 2,5 ATPs. Como na glicólise são produzidos 2 NADH, vai ter duas entradas de malato. Glicerol fosfato presente em músculo esquelético e cérebro dos mamíferos. Pegam o NAH+H+ produzido na glicólise e através de uma enzima chamada 3-fofoglicerol desidrogenase, vai promover a oxidação desse NADH. Quem vai pegar esses elétrons e hidrogênio é uma molécula chamada diidroxicetona fosfato. BERNARDO MARTINS 1º PERÍODO - 2020 Essa diidroxicetona fosfato vai ser reduzida por essa enzima 3- fofoglicerol desidrogenase, em uma molécula chamada glicerol 3- fosfato. Essa molécula vai doar seus elétrons e hidrogênios para uma enzima chamada glicerol 3-fosfato desidrogenase, essa enzima está localizada na parte externa da membrana mitocondrial interna. Essa enzima glicerol 3-fosfato desidrogenase tem como coenzima o FAD. Esses elétrons do glicerol 3-P vai ser passado para o FAD que vai se transformar em FADH2. Esse FADH2 vai passar esses elétrons para a ubiquinona que vai passar para o complexo 3. Obs.: esse FAD não está no complexo 2. Cada molécula de FADH2 consegue produzir 1,5 ATP. Como foi produzido duas moléculas de NADH na glicólise tem-se 2 FADH2, e consequentemente terá 3 ATPs no total. Esse processo vai regenerar o NADH para NAD+. As diferenças entre as duas lançadeiras: 32 ATPs 30 ATPs