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CICLO DE KREBS Uriel F. S. Junior - Medicina Nove de Julho É uma via anfibólica, participa de reações catabólicas (formação de acetil coa a partir de piruvato, ácido graxo e aminoácido). A função principal é reduzir coenzimas NADH, FADH2. A cada acetil coa (independente da onde veio,ácido graxo, glicose ou aminoácidos, entrou no ciclo já era) sendo oxidado é formado 2 moléculas de CO2, coenzimas são reduzidas NADH e FADH2 e 1 ATP é gerado (GTP no caso). Se não tem oxigênio, não tem como formar ATP. Músculo sem oxigênio começa a fermentar, se um cardiomiócito sem oxigênio por conta da isquemia causada pela obstrução da coronária não faz respiração celular, oxidar uma glicose até o oxigênio gera 30 - 32 moléculas de ATP, oxidar um ácido graxo até um oxigênio gera 107 ATP mas se nao tem esse processo de respiração celular no cardiomiócito o piruvato é reduzido em lactato que gera somente 2 ATP, sem esse processo o cardiomiócito sofre necrose por conta do acúmulo de ácidos nao tem ATP para manutenção do equilíbrio hidroeletrolítico, com o rompimento da membrana ele necrosa não tendo como melhorar tudo isso por conta que a respiração celular foi interrompido. Em jejum prolongado, o acetil pode ser desviado para formar corpos cetônicos, em condição pós prandial esse acetil coa é utilizado para formar esteroides para formar colesterol e ácidos graxos. Dependendo do estado metabólico do indivíduo, tudo é pela necessidade celular. Piruvato sem O2 o ele faz fermentação lática gerando 2 ATP, para uma hemácia sem mitocôndria é normal isso, ela não faz respiração celular. O piruvato pode ser descarboxilado e formar acetil coa, ele pode sofrer carboxilação formando oxaloacetato, pode também passar pelo processo de transaminação e dar origem a alanina. O piruvato é formado no CITOSOL, mas a conversão de piruvato em Acetil-CoA ocorre na MATRIZ MITOCONDRIAL . O piruvato quando sintetizadas no citosol tem que ir para a matriz mitocondrial, ele entra na membrana externa da mitocôndria por meio de PORINAS situado no espaço intermembranoso, e quem transporta o piruvato do espaço intermembrana para a matriz mitocondrial é a PIRUVATO TRANSLOCASE e lá na matriz mitocondrial será descarboxilado. CICLO DE KREBS Uriel F. S. Junior - Medicina Nove de Julho Complexo piruvato desidrogenase Formado por 3 enzimas e 5 coenzimas. Enzimas: ● Piruvato desidrogenase (E1) ● Di-hidrolipoil transacetilase (E2) ● Di-hidrolipoil desidrogenase (E3) Coenzimas: ● TPP (Tiamina Pirofosfato) - Cofator da E1 ● Ácido Lipóico - Cofator E2 ● CoA ● FAD ● NAD+ Na E1 o grupo prostético dela é o TPP (oxidado), no E2 o ácido lipóico, na E3 o FAD (oxidado). Isso significa que o complexo está com seu grupo prostético está na forma oxidada. CICLO DE KREBS Uriel F. S. Junior - Medicina Nove de Julho A primeira enzima que entra em contato com o piruvato é a E1 ela descarboxila o piruvato, quando ele é descarboxilado (remove carboxila do piruvato) o que resta do piruvato (hidroxietil) vai se ligar ao TPP, o TPP não fica para sempre com ele, na sequência a enzima E1 ela transfere esse hidroxietil, para o grupo prostético E2 (Ácido Lipóico) com isso perde a hidroxila e com isso origina o Acetil, quando ele recebe esse acetil ele reduz. O acetil quando se liga ao ácido lipóico o carbono se liga ao enxofre, esse acetil quer continuar ligado no enxofre so que o ácido lipóico não quer continuar com ele. A HS-Coa possui um enxofre, então ela vai se conectar com o acetil, formando a Acetil-CoA, e esse Acetil-Coa entra na reação do CICLO DE KREBS. O ácido lipóico se desfez do acetil para a coenzima A ele foi reduzido, o intuito é reoxidar e ser como antes ele nao pode ficar reduzido, então tem uma enzima chamada E3 que tem o grupo prostético FAD, a E3 vai captar os hidrogênios do tiol e passa para o FAD, quando recebe o hidrogênio formamos o FADH2. O NAD vai ajudar na reoxidação de todos, só o NADH fica reduzido. 1 glicose = 2 ATP = 2 ciclos CICLO DE KREBS Uriel F. S. Junior - Medicina Nove de Julho CONTROLE ALOSTÉRICO DA PIRUVATO DESIDROGENASE: Alostérica (a partir da ligação de efetores que aumentam ou diminuem a atividade enzimática) Se a célula tem níveis suficientes de Acetil-CoA, ATP e NADH para sua demanda, ela não precisa produzir mais tendo um efetor alostérico NEGATIVO as moléculas inibem o complexo piruvato desidrogenase não converte piruvato em acetil CoA, não precisa de mais. Quando se tem pouco Acetil-CoA e pouco ATP a inibição é cessada, o complexo será ativado de acordo com a demanda. Fosfatase -> remove fosfato Quinase -> adiciona um fosfato Quando falamos que proteínas são fosforilados, é os aminoácidos que são, e só podem ser três como serina, treonina, tirosina (possuem hidroxila na cadeia lateral). Na forma ativa não tem fosfato, mas o complexo pode ser fosforilado, e quando o complexo é fosforilado o complexo fica inativo e se está inativo não converte piruvato em Acetil-CoA. A proteína piruvato desidrogenase quinase, se ela adiciona 1 fosfato que leva a inativação do complexo então ela é uma proteína que inibe o complexo por ação da piruvato desidrogenase quinase. Os efetores Acetil-Coa, NADH e ATP estava inibindo o complexo mas eles podem também ativar a proteína que inibe que é a PROTEÍNA PIRUVATO DESIDROGENASE QUINASE, nesse momento tem a ativação da inibição. RESUMINDO: Acetil-CoA, ATP e NADH são efetores ALOSTÉRICOS POSITIVOS da Piruvato Desidrogenase quinase, pois ATIVA a proteína que INIBE o complexo. Efetor alostérico negativo = liga-se no sítio alostérico mudando a conformação da enzima de forma que o acesso do sítio ativo ao substrato se torna difícil não ocorre a catálise Efetor alostérico positivo = liga-se no sítio alostérico mudando a conformação da enzima de forma que o acesso do sítio ativo ao substrato se torna facilitado ocorre a catáliseCICLO DE KREBS Uriel F. S. Junior - Medicina Nove de Julho CONDIÇÕES CLÍNICAS: Síndrome de Wernicke-Korsakoff A depleção de tiamina pode ocorrer rapidamente (~14 dias). Os sintomas iniciais da deficiência de tiamina são perda de apetite, obstipação e náuseas. Eles podem progredir para depressão, neuropatia periférica e tremores. A deterioração adicional resulta em confusão mental (perda de memória recente), ataxia e perda da coordenação ocular. Esta combinação, frequentemente observada em pacientes etilistas, é a psicose de Wernicke-Korsakoff. O beribéri úmido é particularmente associado ao etilismo. CICLO DE KREBS Uriel F. S. Junior - Medicina Nove de Julho Importância da Tiamina: A Tiamina é essencial para reações de carboxilação A tiamina é importante para o metabolismo de carboidratos. Em sua forma nativa, tiamina-pirofosfato (TPP), é uma coenzima da piruvato desidrogenase (enzima E1 do complexo CPD). Ela participa em uma reação similar de descarboxilação do α-cetoglutarato, assim como no metabolismo de aminoácidos de cadeia ramificada. É também uma coenzima para a reação da transcetolase na via das pentoses fosfato e é importante na produção de ácido clorídrico no estômago. A deficiência de TPP resulta basicamente em transtornos neurológicos? Neurônios têm como fonte de energia a glicose. Em aerobiose, o piruvato - produto final da via glicolítica - é convertido ao grupo acetil da coenzima A, pelo complexo piruvato desidrogenase, Na ausência de tiamina, não há síntese de TPP, portanto não há atividade do complexo piruvato desidrogenase... ou seja, sem acetil-CoA para iniciar o ciclo Krebs e gerar ATP para o neurônio. CICLO DO ÁCIDO CÍTRICO: Em cada volta, duas moléculas de CO2, três moléculas de NADH, uma molécula de GTP e uma molécula de FADH2 , NAD e FAD como aceptores de elétrons que são reduzidos para NadH e FadH2. A partir do piruvato você produz o Acetil-CoA. Possui 8 reações, no qual 3 são irreversíveis. Enzimas irreversíveis: Citrato sintase,Isocitrato desidrogenase, Complexo alfa- Cetoglutarato desidrogenase, elas são o ponto de controle. Oxidar acetil, libera energia em forma de 1 atp e coenzimas reduzidas. CICLO DE KREBS Uriel F. S. Junior - Medicina Nove de Julho 1° reação: chegando no ciclo temos o Acetil-CoA (que é formado por 2 carbonos) ---> a enzima citrato – sintase condensa o acetil com o Oxalacetato (4 carbonos) ---> forma então o Citrato (6 carbonos); 2° reação: O Citrato (ácido cítrico, que tem 3 carboxilas) será isomerizado, sofrerá um rearranjo dos átomos de carbono (pois a uma enzima na terceira reação só consegue agir em Isocitrato) então a enzima Aconitase transforma-o em Isocitrato; 3° reação: A Isocitrato perde uma carboxila em forma de C02, perde hidrogênios (reduzindo NAD+, formando NADH) Isocitrato desidrogenase é a enzima responsável por isso, formando alfa-Cetoglutarato; 4º reação: o alfa-Cetoglutarato é mais uma vez descarboxilado, tendo mais prótons perdidos e mais uma NAD+ reduzida formando NADH. Entra uma CoA, formando Succinil CoA (que é considerada uma molécula de alta energia, pois quando ele é processado ele gera energia suficiente para fosforilar um GDP em GTP), toda essa reação é regida pela enzima alfa-Cetoglutarato-desidrogenase; 5° reação: o Succinil CoA é tem sua ligação carbono enxofre quebrada pela enzima Succinil CoA sintase, o CoA é liberado formado Succinato; 6° reação: o Succinato é desidrogenado pela enzima Succinato desidrogenase (quem recebe esse hidrogênio é o FAD formando FADH2) é formado então o Fumarato; 7° reação: - Adiciona-se uma molécula de H2O ao Fumarato e resulta em um malato -> Quem faz isso é a enzima FUMARASE. 8° reação: O oxaloacetato é regenerado através da oxidação do malato. Outra molécula de NAD + é reduzida a NADH. Esse malato perde hidrogênio a partir da malato desidrogenase só participa na presença de NAD, as reações antecipa as próximas. O fumarato não foi convertido CICLO DE KREBS Uriel F. S. Junior - Medicina Nove de Julho em oxaloacetato, só que essa última reação do ciclo a malato desidrogenase retira hidrogênio do substrato se ele fosse remover a partir do fumarato ia tirar os 2 últimos não tendo nenhum na molécula e não formaria o oxalacetato já que ele tem 2 hidrogênios, fumarato também. De que modo um aumento da relação ADP/ATP influência na atividade da isocitrato desidrogenase ? A partir do ciclo temos produção de ATP e coenzimas reduzidas, 3 NADH 1 FADH2. Alta relação ATP/ADP -> Muito ATP e pouco ADP Baixa relação ADP/ATP -> Pouco ADP e muito ATP No ciclo temos 3 enzimas irreversíveis, citrato sintase,Isocitrato desidrogenase, Complexo alfa- Cetoglutarato desidrogenase, elas são o ponto de controle. Com o aumento da relação ADP/ATP tem muito ADP e pouco ATP, se a carga energética está baixa a velocidade do ciclo de Krebs aumenta, se tem pouco ATP a carga energética da célula é baixa e com isso aumentamos a velocidade do ciclo, aumentando as enzimas irreversíveis que são o ponto de controle da via metabólica. Se tiver mais ADP, a célula entende que precisa de mais energia e isso favorece o ciclo. Se tiver mais ATP, ela entende que tem energia sobrando e diminui a velocidade do ciclo. No estado de baixo vai ter baixa do NADH para ativar o ciclo do ácido cítrico. Ciclo de krebs vai ser mais ou menos ativo quando uma célula tem uma relação de ATP/ADP e de NADH/NAD + alta ? ↑ATP ↑NADH → ↓Atividade do Ciclo CICLO DE KREBS Uriel F. S. Junior - Medicina Nove de Julho
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